RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O CORPO ASTRAL



"A inteira disputa entre a ciência profana e a esotérica se mantém na crença e na demonstração da existência de um corpo astral dentro do corpo físico, o primeiro independente do último."---- The Secret Doctrine, II, 149, 1888.

 
O reconhecimento de um corpo astral que precede o corpo físico, e que isso é na verdade uma necessidade na formação de qualquer forma física, representa um importante e significativo passo na percepção final de que o aspecto interior da vida é sempre causal, e que o exterior, visível a nós, é sempre o efeito. O corpo por si próprio não poderia funcionar, nem mesmo reter a sua estrutura, sem o corpo astral básico interior; tão logo a Ciência venha a compreender isso, mais cedo ela encontrará a chave para muitos dos seus preocupantes mistérios.

 
Não muito tempo atrás a existência do corpo astral dentro do corpo físico efêmero era um fato aceito. Foi a iniciativa de Descartes em explicar o movimento de todas as partículas de matéria e dos corpos orgânicos de acordo com as leis de movimento que estabeleceu o materialismo no mundo cientifico, e não deixou espaço para nada que não pudesse ser fisicamente sentido. 

 
Mas o materialismo está próximo de seu fim. Há alguns anos atrás Robert Millikan, um dos cientistas líderes no mundo, ao relatar uma série de descobertas importantes na física conduzindo à relatividade e aos fenômenos atômicos nos quais o princípio da incerteza de Heisenberg se fundamenta, concluiu: "Como resultado, o materialismo dogmático está morto." O próximo passo além do materialismo foi apontado por Einstein em 1938 quando ele afirmou, "Aos poucos e com muito esforço o conceito de campo estabeleceu para si mesmo um lugar de destaque na física, e permaneceu como um dos conceitos físicos básicos. O campo eletro-magnético é, para um físico moderno, tão real quanto a cadeira sobre a qual ele se senta." 

 
E se o campo magnético subjacente for ainda mais real que o envelope externo, qual a importância e a função do corpo físico? 

 
O QUE É O CORPO FÍSICO?

 
No Ocean p. 36, o Sr. Judge afirma que o corpo físico é "a mais transitória, provisória, e ilusória de toda a série de constituintes do homem... Sempre em mutação, em movimento em cada parte, ele nunca está completo ou acabado de fato, embora tangível. Apesar disso nós sabemos que o corpo é de grande importância para nós no presente estágio de evolução. Ele é o nosso meio de contato com a vida, e de adquirir experiências neste plano, assim como nosso meio de ajudar as vidas que o constituem. 

 
Nós pensamos no corpo como sendo feito de carne, ossos, músculos, sangue, matéria cerebral, etc., enquanto que na verdade ele é feito de inúmeras "vidas" ou inteligências que realizam estas funções por um período de tempo e passam a outros aspectos em seu ciclo de evolução. É bem sabido que a matéria que forma o nosso corpo atualmente será completamente substituída por uma nova matéria dentro de um período de sete anos. Estas vidas passaram por eras e eras de treinamento e experiências em diversas formas da natureza, e agora estão preparadas para operar na forma humana. Elas são uma parte do registro de nossa história passada, uma inteligência acumulada de elevado grau, e é devido a esta inteligência que elas são capazes de responder às demandas extremamente complexas que recebem do cérebro.

 
Podemos dizer, então, que o material que forma o nosso corpo é nosso? Não, mas durante o período em que ele está sob nossos cuidados nós somos responsáveis por ele, pelas inclinações e disposições que nós o submetemos. Quando estas vidas deixam o nosso corpo, elas retornam a alguma das muitas formas na Grande Natureza, levando consigo as tendências que nós lhes demos.Nós iremos vê-las novamente? Provavelmente sim, devido à atração magnética que estabelecemos. Este é um dos processos universais de evolução. 

 
No Ocean p. 35, o Sr. Judge tem isso a dizer a respeito dessas vidas: 

 
Um dos mistérios da vida física está escondido entre estas "vidas". A sua ação compelida adiante pela energia da Vida, chamada Prana, ou Jiva,explica a existência ativa e a morte física. Elas estão divididas em duas classes, os destruidores e os preservadores, e estas duas duelam contra a outra desde o nascimento, até que os destruidores vençam. 

 
Ele continua a explicar que quando estamos adormecidos, nós estamos absorvendo a Energia da Vida, mas para estarmos despertos e ativos nós temos que resistir ao fluxo da vida do mesmo modo que o filamento em um bulbo de luz elétrica resiste contra o fluxo de eletricidade para produzir a luz. Como o filamento termina por não resistir à passagem da eletricidade, as vidas no corpo finalmente perdem a capacidade de resistir à Força da Vida, e a Vida mata o corpo. 

 
"Vida", diz o Sr. Judge, (Ocean, p. 37), "é um princípio universalmente impregnante. Ela é o princípio no qual a terra flutua; ela permeia o globo e cada ser e objeto nele". Quando nós encarnamos em um corpo, precisamos de um instrumento ou veículo especial para transformar esta força universal de vida em uma energia particularizada que sustente o nosso corpo. Em Sânscrito esta vida universal é chamada Jiva. A vida particularizada é chamada Prana. Na morte, a energia da vida não desaparece; ela retorna à sua forma universal para ser utilizada por outro veículo especializado. 

 
O CORPO ASTRAL

 
Todas as formas previamente mencionadas, nós iremos ver, são dependentes de um veículo que possa realizar pelo menos duas funções importantes: ele deve ser capaz de transformar a força energética universal em uma vitalidade individual; e ele deve ser um modelo de orientação para o físico, que mantenha a sempre mutante matéria física em uma forma e um semblante de solidez. Este veículo é o Corpo Astral. Ele recebeu muitos nomes; duplo-etérico; fantasma; doppelgänger; homem pessoal; alma irracional e muitos outros, mas o melhor é o termo Sânscrito, Linga Sarira, cujo significado designa corpo. Ele não é apenas o modelo para o corpo físico, mas é na verdade o corpo físico real, e pode, sob certas circunstâncias, operar de maneira independente do invólucro físico. O termo Corpo Astral é utilizado porque a substância de sua forma é derivada da matéria cósmica ou estelar, falando a grosso modo, e ele pode ser descrito como um "campo" elétrico e magnético. O Sr. Judge tem mais a acrescentar sobre a constituição deste poderoso e interessante corpo na página 39 do Ocean

 
O corpo astral é feito de matéria de textura muito fina se comparada ao corpo físico visível, e tem uma resistência à tração maior, de forma que ele muda muito pouco durante o tempo da vida, enquanto que a matéria física se altera o tempo todo. E não apenas ele tem esta grande resistência, mas ao mesmo tempo possui uma elasticidade que permite a sua extensão a distâncias consideráveis. Ele é flexível, plástico, extensível e forte. A matéria que o compõe é elétrica e magnética em sua essência, e é exatamente do que o mundo inteiro era composto em um passado longínquo, quando o processo de evolução não havia ainda chegado a ponto de produzir o corpo material do homem. Mas ela não é matéria rude ou crua. Tendo passado por um amplo período de evolução, e submetida a processos de purificação de incalculável número, a sua natureza foi refinada a um grau muito acima dos constituintes físicos brutos que nós vemos e tocamos com o nosso olho físico e nossas mãos. 

 
Foi afirmado anteriormente que o Corpo Astral é, na verdade, o corpo físico real. Isto é demonstrado pelo fato de que quando estamos dormindo, ou em transe ou estado hipnótico, nós temos um conjunto completo e ativo de sentidos interiores. Os sentidos reais estão no Astral, sendo os externos apenas o contato físico com este plano ou matéria. O Sr. Judge adiciona, "Ele tem um sistema particular de nervos e artérias completo, para a distribuição do fluido astral, que é para este corpo o que o sangue é para o físico. Ele é o homem pessoal real. Nele estão localizadas as percepções subconscientes e a memória latente, a qual os hipnotizadores lidam e são confundidos." (Ocean, p. 42) 

 
COMO O CORPO ASTRAL É PRODUZIDO?

 
O Corpo Astral precede o físico e serve como um padrão pelo qual o corpo físico é construído. De maneira semelhante, o ser interior, a mente, projeta o astral como uma ligação entre o seu mundo e este. A formação deste corpo é, claro, orientada pelo Carma individual do ego, o Carma que traz as condições corretas para a próxima encarnação. Ele também é afetado pelos skandhas, os traços de caráter formados pelo ser enquanto num corpo anterior. Estes skandhas poderiam ser ditos como sendo as memórias das lições passadas ou lições não aprendidas que nos deixaram na morte mas nos encontram novamente na próxima encarnação.

 
Nós realmente criamos nosso próprio corpo astral, ainda que nossas capacidades de alterar a forma deste corpo sejam limitadas às mudanças periféricas e não àquelas da forma geral. A forma humana que conhecemos foi estabelecida para esta era, e o efeito dos nossos pensamentos e ações está limitado ao refinamento ou à corrupção desta forma básica. H. P. Blavatsky diz, na Secret Doctrine: (Vol I, p. 282 e fn.) 

 
Então nossas formas humanas têm existido na Eternidade como protótipos astrais ou etéreos,...O ocultismo ensina que nenhuma forma pode ser dada a nenhuma coisa, seja pela natureza ou pelo homem, cujo tipo ideal já não seja existente no plano subjetivo. Mais que isso; que tal forma não é possível de entrar na consciência do homem, ou evoluir em sua imaginação, se não existir em protótipo, ou pelo menos em aproximação.

 
QUANTO NÓS PODEMOS AFETAR O CORPO ASTRAL?

 
É ensinado que o Corpo Astral muda muito pouco durante o período da vida, e que mesmo o ácido ou o aço cortante não o afetam. Mas ele é afetado em algum grau pelos nossos pensamentos e emoções. Nos estágios iniciais de desenvolvimento do feto, a imaginação da mãe, se forte o bastante, e apoiada em alguma emoção forte, pode afetar o astral da criança, deixando marcas ou possíveis deformidades, mas isto é raro. O conhecimento deste fato é a razão pela qual os Gregos colocavam belas estátuas perto do leito das gestantes. 

 
Mas este não é o único modo pelo qual o Corpo Astral, ou na verdade o funcionamento do Corpo Astral, é afetado pelo nosso pensar. Em seu artigo "Mesmerism", o Sr. Judge explica que "Todos os sentidos têm o seu lugar nesta pessoa (o corpo astral), e cada um deles é milhares de vezes mais forte no alcance dos seus desdobramentos que os representantes externos." Ele continua ao dizer, "Em uma pessoa normalmente saudável, estes sentidos astrais são inextricavelmente unidos ao corpo, e limitados pelo aparato que ele fornece durante o estado acordado." Apenas quando estes órgãos externos são paralisados pelo sono ou outro processo de mesmerizacão que os sentidos interiores podem operar livremente e dar ao homem a visão relativamente ilimitada que eles oferecem. 

 
Há, entretanto, outro meio pelo qual estes sentidos astrais podem ser trazidos ao uso pelo próprio indivíduo, um modo que nós todos iremos seguir no decurso do tempo, um modo que é parte da nossa evolução futura. No seu fascinante artigo "The Culture of Concentration", o Sr. Judge explica que, com o cultivo da concentração da mente, nós podemos gradualmente liberar estes sentidos interiores de suas contrapartes externas, e assim liberá-los para agirem ao seu modo. Ele tem essas dicas sobre o desenvolvimento dos nossos poderes interiores:

 
Deve existir em nós o poder do discernimento, o cultivo do qual irá nos libertar para conhecer tudo que desejarmos saber. A existência destes poderes é afirmada pelos mestres do ocultismo, e o modo de adquiri-los é através do cultivo da concentração. 

 
Geralmente é negligenciado, ou não se acredita que o homem interior, que é aquele que tem estes poderes, deve crescer à maturidade, assim como o corpo tem que amadurecer até que os seus órgãos realizem suas plenas funções. Por homem interior eu não quero dizer eu superior, o Ishwara anteriormente mencionado, mas aquela parte de nós que é chamada de alma, ou homem astral, ou veículo, e assim por diante... 

 
Enquanto é verdade que o segundo, ou homem interior, tem latentes todos os poderes e peculiaridades atribuídas ao corpo astral, é igualmente verdade que estes poderes estão, na maioria das pessoas, ainda latentes ou apenas muito parcialmente desenvolvidos. 

 
Este ser interior é, por assim dizer, inextricavelmente embaraçado no corpo, célula por célula e fibra por fibra. 

 
De forma geral não há demarcação que seja observada entre estes órgãos interiores e os exteriores; o ouvido interno está muito entrelaçado com o externo para poder ser percebido à parte. Mas quando a mal" style="margin-top: 0; margin-bottom: 0">Conforme mencionado, o corpo astral tem um conjunto completo de sentidos e órgãos que são os "originais" daqueles do corpo físico. Mas sendo formado de uma matéria muito mais refinada e desenvolvida, estes poderes não são apenas muito mais elevados, mas eles abrangem um número maior e diferente de funções.

 
É o nosso mundo "material" que impõe as restrições do tempo e espaço sobre as nossas percepções. Quando os sentidos internos são libertados destas restrições, os obstáculos do tempo e do espaço não existem mais para eles. As funções de telepatia, clariaudiência e clarividência se tornam operações naturais a eles. E como eles podem perceber as causas que já foram estabelecidas, e os resultados que deverão ocorrer, eles podem oferecer, em certo grau, uma visão do futuro. E já que eles podem apresentar percepções mais abrangentes e profundas, eles oferecem avenidas para o poder de discernimento do Ego.

 
É no plano astral que as imagens e memórias de todos os eventos da vida são capturados e armazenados. O Corpo Astral, sendo da mesma substância, é capaz de contatar estas imagens, sons, emoções, etc. Para o Adepto treinado isto pode ser de grande valor. Para o psíquico não treinamento que não sabe como interpretar estes sinais, eles podem oferecer fascinação, mas, com freqüência, confusão. 

 
Existem muitos outros poderes atribuídos ao Corpo Astral tais como a capacidade de expulsar uma parte do corpo, até realmente deixar o corpo e viajar a grandes distâncias, tornar-se visível e realizar muitos outros feitos. Estes serão abordados em maior profundidade em um tópico posterior, mas no momento é suficiente dizer que sem o conhecimento completo das leis que governam estes fenômenos, em conjunto como intenções e caráter puros, quaisquer excursões nessas atividades podem ser extremamente perigosas. 

 
No seu artigo "Sheats of the Soul", o Sr. Judge apresenta uma descrição do lugar e da operação normal do Corpo Astral como uma dessas "roupas". Ele afirma: 

 
Então durante as longas eras que passaram desde que a presente evolução teve início neste sistema solar, a Alma construiu para o seu uso próprio várias vestes, variando desde as mais finas, próximas à sua própria essência, àquelas mais remotas, terminando com a veste física externa, e esta é a mais ilusória de todas, embora pareça, do lado externo, verdadeiramente real. Estas vestes são necessárias se a Alma precisar conhecer ou agir. Pois ela não pode por si mesma compreender a Natureza de modo algum, mas transforma instantaneamente todas as sensações e idéias por meio das diferentes vestes, até que neste processo ela tenha orientado o corpo abaixo, o obtido por si mesma a experiência acima.

 
O Corpo Astral é uma dessas vestes e tem a função de relatar ou traduzir qualquer sensação à próxima veste superior, e de maneira semelhante ele traduz os comandos do Homem Interior aos nervos, músculos, etc., do homem físico. E, embora o Corpo Astral contenha todos os órgãos e sentidos, o corpo físico rudimentar é necessário ao Ego para o contato com a vida neste plano físico. 

 
NÓS JÁ EXISTIMOS PREVIAMENTE SEM O CORPO FÍSICO?

 
Sim, houve um tempo em que o astral era o veículo mais externo que nós precisávamos, uma vez que a matéria por si mesma estava no estado astral. Virá o tempo no qual a humanidade coletivamente irá enxergar através da ilusão da matéria e nós iremos novamente operar nestes corpos refinados. Existem aqueles que atualmente já avançaram a esse estado em que vivem e agem neste plano interior nos seus corpos astrais. Estes são os Adeptos, Mestres, etc., que não têm necessidade atual de veículos físicos, e todavia continuam o seu trabalho nos planos interiores. Existem aqueles entre esses Seres, entretanto, que empregam corpos físicos de modo que possam comunicar-se diretamente com os seres no nosso plano. Nestes casos é ensinado que Eles podem deixar o corpo sempre que necessário e podem operar igualmente em ambos os planos.

 
NÓS PODEMOS APERFEIÇOAR OU CORROMPER O CORPO ASTRAL?

 
Uma vez que o Corpo Astral esteja em operação é extremamente difícil alterá-lo em qualquer grau. Entretanto, como este corpo é o corpo físico real, e está sujeito às atividades tanto de natureza Cármica como da mente inferior, é possível poluir o Corpo Astral com a maldade e os pensamentos e sentimentos horríveis. 

 
É possível também, obstruir o uso daqueles sentidos astrais interiores. E isto é feito principalmente pelo descrédito na sua existência, na existência de um Ser interior. Tanto pela falta de conhecimento como pelo preconceito materialista, nós desenvolvemos um apego às coisas que são objeto dos sentidos físicos. Este apego tem o efeito de travar os sentidos interiores aos externos ou físicos, e assim limitar a sua completa efetividade. No Bhagavad-Gita Krishna fala do valor do desapego aos resultados das nossas ações como a chave para a obtenção da percepção do Supremo.

 
Olhando o lado mais positivo da situação, a Filosofia fala de um modo pelo qual o Corpo Astral pode ser alterado ou purificado; é o processo de construção de um Corpo Astral permanente através do controle (concentração), ao qual ela dá grande atenção, já que este é um procedimento que nós todos teremos que começar em algum momento. É através deste esforço que um indivíduo cria um Corpo Astral que possa ser mantido, juntamente com as suas memórias, e poderes, vida após vida.

 
O Sr. Crosbie diz no Friendly Philosopher: p. 292. 

 
Quanto mais cedo nós iniciarmos o esforço de controlar a mente, e desejarmos conhecer e assumir a posição do homem interior, este esforço e a compreensão trarão o acesso ao poder e à estabilidade. Nós iniciamos algo indo à direção ao corpo astral. O que antes eram apenas centros de forca ao redor dos quais os órgãos foram construídos, agora tendem a se tornar órgãos astrais separados. Um crescimento gradual destes órgãos ocorre junto conosco, até que nosso esforço termina por construir um corpo astral, com todos os órgãos do físico completamente sintetizados, e nós estaremos além das vicissitudes da existência física; nós temos então o poder da ação do corpo astral. O corpo astral é ainda mais completo e efetivo em seu próprio plano que o nosso instrumento corpóreo aqui no plano físico, pois ele tem uma maior abrangência de ações nos seus sete supersentidos, enquanto que fisicamente nós usamos apenas cinco sentidos. 

 
EXISTE MAIS DE UM CORPO ASTRAL? 

 
O corpo físico é o instrumento para a expressão de apenas um estado de consciência, nossa consciência desperta diária. Mas o Corpo Astral precisa cobrir uma ampla faixa de atividade. Ele deve fornecer tanto a substância como os poderes para a expressão de vários estados de consciência, e para os vários princípios internos do homem sétuplo. Devido ao fato que as fases de uma vida são diversificadas, as demandas por instrumentos especializados são igualmente diversas. Em alguns pontos nos Ensinamentos afirma-se que existem sete corpos astrais (até sete), em outros pontos afirma-se que existe apenas um astral com vários aspectos. Além disso é indicado que quando uma tarefa é completada, um corpo particular pode ser alterado para responder a uma nova demanda. 

 
Nas últimas páginas do Answers to Questions on the Ocean of Theosophy, o Sr. Crosbie faz estas interessantes colocações: 

 
Corpo astral é apenas um nome genérico. O termo "astral" é utilizado para tudo que está além do físico. Mas deve ser compreendido que no físico nós temos terra, água, ar e fogo como divisões deste plano, e do mesmo modo existem divisões no astral. A forma astral que corresponde à terra permanece com o corpo físico e se dissipa com ele. A que corresponde à água é aquele estado da substância astral que forma o kama-rupa; a que corresponde ao fogo é o local da consciência, o corpo do pensador.

 
Existem outros modos de categorizar os vários aspectos deste corpo, mas é suficiente dizer que "Corpo Astral" é o nome dado a um princípio interior, mais sutil, que, devido à sua natureza inteligente e plástica, é capaz de desempenhar um número de papéis como transmissor e tradutor entre o lado espiritual do homem e seu invólucro físico. 

 
A CIÊNCIA ESTÁ ATUALMENTE PRÓXIMA DE ACEITAR A EXISTÊNCIA DO CORPO ASTRAL COMO UM FATO?

 
A história mostra que a ciência, sendo uma instituição, tem dificuldade em aceitar qualquer idéia nova que imponha uma mudança radical na estrutura de sua disciplina. Esta aceitação irá provavelmente ocorrer apenas quando uma outra disciplina, como a psicologia, a medicina, etc., venha a enxergar este corpo como algo que possa trazer luz às suas próprias pesquisas. Entretanto, existem alguns cientistas chegaram perto, e ainda estão se aproximando da posição Teosófica. Os mais destacados dentre estes foram o Dr. H. S. Burr e o Dr. F. S. C. Northrop da Universidade de Yale, os quais, em 1939, apresentaram os resultados de experimentos baseados em uma "Teoria Eletro-dinâmica da Vida". Nós relatamos estas afirmações retiradas de um relatório feito pelo Editor de Ciência do New York Times em 25 de Abril de 1939: 

 
Existe nos corpos dos seres vivos um arquiteto elétrico o qual molda e cria o indivíduo conforme um padrão específico, e permanece dentro do corpo desde os estágios embrionários até a morte. Tudo o mais no corpo está sob constante mudança; a miríade de células individuais que forma o corpo, excetuando-se as células cerebrais, cresce e morre, sendo substituídas por outras células, mas o arquiteto elétrico permanece como o único constante ao longo da vida, construindo novas células e organizando-as seguindo o mesmo padrão das células originais, e assim, no sentido literal, constantemente recriando o corpo. A morte vem quando o arquiteto elétrico dentro dele para de operar.

 
O arquiteto elétrico promete ser uma nova abordagem à compreensão da natureza da vida e dos processos vitais. Ele indica que cada organismo possui um campo eletrodinâmico, assim como o magneto emana para todos os lados o seu campo de força magnético. Similarmente, as evidências experimentais mostram, de acordo com o Dr. Burr, que cada espécie de animal e muito provavelmente também os indivíduos dentro de cada espécie, têm seu campo elétrico característico, de modo análogo às linhas de força de um magneto. 

 
Outros cientistas que admitiram claramente a existência de um padrão eletro-magnético corpóreo interpenetrando o corpo físico são aqueles que, na União Soviética, foram capazes de fotografar, com o fotografia de Kirlian, o corpo astral de vegetais.

 
Uma outra descoberta foi realizada em 1981 por Rupert Sheldrake em "A New Science of Life", o qual, estando insatisfeito com a abordagem ortodoxa atual da biologia, apresentou o que poderia ser chamada de uma teoria revolucionaria para explicar o mistério da criação. Ele afirmou que os campos morfogenéticos têm de fato efeitos físicos mensuráveis, e que estes campos são responsáveis pelas características de forma e organização dos sistemas em todos os níveis de complexidade,...que eles impõem "restrições padronizadas aos resultados energeticamente possíveis do processo físico." 

 
O QUE OCORRE COM O CORPO ASTRAL APÓS A MORTE?

 
Na morte do corpo, o aspecto inferior do Corpo Astral se desintegra junto com o físico. Este é o "campo" que forma o molde para as moléculas físicas, e é devido à quebra da força coesiva no astral que a morte ocorre. Este é o fantasma que freqüentemente é visto sobre os túmulos nos períodos logo após os funerais. 

 
Outro aspecto deste "corpo" é o Kama Rupa, que significa corpo de desejo, assim chamado porque ele é um corpo formado na morte como um veículo temporário para as Paixões e Desejos que partem. Este tem uma vida mais longa que o primeiro mencionado, mas também estará sujeito à desintegração tão logo o Homem real, a Tríade Superior, tenha se destacado inteiramente desta natureza, este quarto princípio do homem. No Glossary, p. 72, H. P. Blavatsky afirma "Aqui, a pálida cópia do homem que se foi vegeta por um período de tempo, a duração do qual varia conforme o elemento de materialismo que resta, e que é determinado pela vida passada do morto. Como está despojado da sua mente superior, espírito e sentidos físicos, se deixado sozinho com os seus próprios aparatos sem sentidos, irá gradualmente se desvanecer e se desintegrar". Isto tem sido chamado de fantasma e é freqüentemente o operador em sessões espiritualistas, uma vez que pode ser revitalizado pelo médium e forçado a abrir mão das memórias que estão residentes no seu banco de memórias. Ele não é o Espírito do homem morto. O Espírito já partiu e não pode ser alcançado por quaisquer práticas neste plano. Serão oferecidas mais informações sobre este assunto, e sobre as inúmeras maravilhas psíquicas que são explicadas pelo mundo astral em um dos módulosposteriores. 

 
QUE PAPÉIS DESEMPENHAM OS PRINCÍPIOS DA PAIXÃO E DOS DESEJOS?

 
A Tesosofia é rigorosa com o fato de que Kama (Paixões e Desejos) não é causado pelo corpo, "a carne", mas é um princípio por si mesmo, e existe antes do corpo físico ser trazido à existência. É o quarto princípio da constituição sétupla do homem, e, como dito antes, é o princípio do equilíbrio a partir do qual os caminhos vão acima ou abaixo. O Sr. Judge o chama de base das ações, e o movimentador da vontade. Ele ainda adiciona "Se desejamos fazer o bem ou o mal, nós precisamos primeiro acordar o desejo para ambos os caminhos. O homem bom, que ao final se torna até mesmo um sábio, teve que em algum momento da sua vida acordar o desejo pela companhia dos homens sagrados, e teve que manter este desejo para se manter ativo de modo a continuar." Kama tem sido chamado desejo pessoal e também diabo, já que é o apego aos desejos que se sobrepõe ao caminho do nosso progresso espiritual. Mas há um outro lado de Kama que não deve ser menosprezado. Novamente no Glossary, "Kama é a primeira consciência, o desejo amplo do bem universal, amor, e por que vive e sente, precisa de ajuda e bondade, o primeiro sentimento de compaixão infinita e misericórdia que nasce na consciência da Força Una criadora, assim que ela chega à vida e existe como um raio do Absoluto...Kama épredominantemente o desejo divino de criação da felicidade e do amor; e apenas muitas eras mais tarde, quando a humanidade começou a materializar, pela antropomorfização, os seus grandes ideais em dogmas parciais e incompletos, que Kama se tornou o poder que gratifica o desejo no plano animal." 

 
Nós podemos ver que Kama tem dois aspectos, um inferior e outro superior. Quando a nossa consciência é colocada inteiramente abaixo no corpo e nas coisas materiais, a tendência é o estímulo a nossa natureza animal, e o seu fortalecimento sob nós. Quando, por outro lado, a nossa consciência está centrada nas nossas nobres aspirações, desejos altruístas, então Kama se transforma e a força do Espírito vem da nossa natureza Buddhica. O apego aos desejos egoístas diminui a amplitude das nossas percepções apenas ao mundo e sentidos físicos. A liberdade deste apego abre a nós a amplitude maior dos nossos sentidos interiores, e o discernimento da nossa natureza Buddhica, o julgamento composto das nossas o ele é chamado rajas, ou a qualidade ativa e má, conforme distinto de tamas, ou a qualidade da escuridão e da indiferença. O crescimento não é possível a menos que rajas esteja presente para dar o impulso, e pelo uso deste princípio da paixão todas as qualidades superiores são trazidas a refinar e elevar os nossos desejos pelo menos até o ponto em que eles possam ser continuamente colocados sob a verdade e o espírito. Nisto a Teosofia não ensina que as paixões devem ser estimuladas ou saciadas, pois uma doutrina tão perniciosa não foi jamais ensinada, mas a ordem é fazer uso da atividade fornecida pelo quarto princípio de modo a sempre crescer, e não cair sob domínio da qualidade sombria que termina com a aniquilação, tendo se iniciado com o egoísmo e a indiferença. 

 
A Teosofia nos diz que se nós desejarmos colocar em movimento e direcionar a vontade, devemos primeiro despertar o desejo; não o desejo de natureza inferior, mas desejo por uma vida de serviço à humanidade. Mesmo um Buda ou Jesus, tiveram, em um passado longínquo, que despertar em Si mesmos o desejo de ajudar o mundo, e tiveram que manter este desejo vivo ao longo de muitas vidas de esforço. 

 
Nós ouvimos muito a respeito do valor e do poder de um juramento. Muito disso repousa na clara formulação da intenção, a rejeição de objetivos conflitantes. Mas além disso deve haver a disposição voluntária em fazer o esforço necessário para realizar as implicações que seguem. Esta é a regeneração ou a espiritualização do princípio Kamico ou do desejo. 

 
Nós citamos muito do texto do Ocean of Theosophy do Sr. Judge, e há uma ampla abordagem nele sobre os temas relativos ao Corpo Astral e o Princípio Kamico para qualquer pessoa que deseje mais informações. 

 
Além disso, nós gostaríamos de recomendar quatro artigos que dão luz a esses temas e oferecem insights interessantes e valiosos sobre a constituição do "tabernáculo humano". Estes são:

 
"Culture of Concentration" - Judge Pamphlet 11. THE INNER MAN

 
"Mesmerism" - Judge Pamphlet No. 16. MESMERISM AND HYPNOTISM

 
"Hypnotism" - Judge Pamphlet No. 16 MESMERISM AND HYPNOTISM

 
"Sheaths of the Soul" - Judge Pamphlet No. 16 MESMERISM AND HYPNOTISM

 
Todos os quatro artigos podem ser encontrados no primeiro volume dos "Theosophical Articles" do Sr. Judge.

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