RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

OBALUAIÊ


Oração a Obaluaiê

Atotô, Atotô,
Meu pai Obaluaiê.
Salve, querido pai da vida
E da riqueza.

Eu venho a vós, humildemente, e com todo respeito,
Senhor, lhe peço
(faça o seu pedido)

Oh, grande Obaluaiê, se meus
Pedidos forem injustos e
Não merecidos, não me puna, Pai.
Não deixe que caia
Sobre mim a sua irá.
Mas dê a mim o que
For de meu merecimento.

Senhor da lama e do ouro.
Pai de todo Ayê,
Que as suas bênçãos
Me livrem de todos os males.
De todas as dores,
De todas as doenças.
De todas as pestes, moléstias
E perseguições.

Ilumine, Obaluaiê, a minha vida,
Minha consciência
E que a sua justiça seja
Sempre minha companheira.
Proteja-me, Pai, Atotô. Axé.

LENDAS DE OBALUAIÊ


LENDAS DE OBALUAIÊ

ORIXÁ DA CURA, CONTINUIDADE E DA EXISTÊNCIA !!!

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão.

Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

XAPANÃ, REI DE NUPÊ.

Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou.

AS DUAS MÃES DE OBALUAIÊ

Filho de Oxalá e Nanã, nasceu com chagas, uma doença de pele que fedia e causava medo aos outros, sua mãe Nanã morria de medo da varíola, que já havia matado muita gente no mundo. Por esse motivo Nanã, o abandonou na beira do mar. Ao sair em seu passeio pelas areias que cercavam o seu reino, Iemanjá encontrou um cesto contendo uma criança. Reconhecendo-a como sendo filho de Nanã, pegou-a em seus braços e a criou como seu filho em seus seios lacrimosos. O tempo foi passando e a criança cresceu e tornou um grande guerreiro, feiticeiro e caçador. Se cobria com palha da costa, não para esconder as chagas com a qual nasceu, e sim porque seu corpo brilhava como a luz do sol. Um dia Iemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Xapanã, dizendo: Xapanã, meu filho receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Xapanã nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Omulu e este passou a conviver com suas duas mães.

ATOTO OBALUAIÊ!!!!!



Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.

Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.

São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.

Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará – um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.

Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.

A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé.

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.

A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.

Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado “o velho”, com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado “médico dos pobres”.

Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.

Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.

Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.

Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.

O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.
Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.

CARACTERÍSTICAS

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A ESSÊNCIA DA COMPAIXÃO



A essência da compaixão
Numa mesa de almoço, um avô percebe que a neta de onze anos está calada.
Subitamente, ela desaba a chorar e se dirige para outro aposento da casa.
O avô, intrigado, segue a neta querida, que já se sentava sobre o sofá da sala com a cabeça baixa.
O que foi, minha querida? O que aconteceu?
Vovô, quando vejo uma pessoa sofrendo eu sofro também. O meu coração fica junto ao coração dela...
O avô compreendeu que ela chorava porque se lembrava de alguém que estava sofrendo.
A menina, de pouco mais de uma década de vida, descobria ali a essência da compaixão.
Fernando Pessoa, através de Ricardo Reais, diz assim:
Aquele arbusto fenece, e vai com ele parte da minha vida. Em tudo quanto olhei fiquei em parte. Nem distingue a memória do que vi, do que fui.
Aqui se encontra uma das marcas da nossa humanidade. – Proclama Ruben Alves.
Vejo algo fora de mim. Mas os meus olhos trazem o que está fora para dentro de mim.
Aquele arbusto – ora, aquele arbusto... Vegetal, nada tem a ver com o poeta. Mas os meus olhos o veem e percebem que ele está fenecendo.
Sou movido por uma imensa e irracional compaixão. Recolho o arbusto que fenece dentro de mim. E eu feneço também.
* * *
A compaixão tem tal poder, e por isso é agente supremo do amor na Terra. É através dela, inicialmente, que a caridade poderá se manifestar.
Precisamos estar no lugar do outro, sentir o que ele sente, e esse sentimento provocar em nós a urgência da ação.
A compaixão é diferente da pena. A pena é estática, distante, não exige envolvimento com o outro.
A compaixão, por sua vez, é dinâmica, proativa, e implica no envolvimento profundo com a vida alheia.
Em tudo quanto olha, ela fica em parte, sim.
Em tudo quanto olha, ela se identifica, pois não consegue se ver sozinha neste mundo. Ela enxerga muito mais o nós do que o eu.
É ela que está salvando este mundo. É ela que está acelerando a mudança para o bem que vem se operando na Humanidade nos últimos tempos.
É a agente da regeneração. Irmã bendita da caridade.
Sem ela a insensibilidade toma conta, congela, paralisa.
Sem ela somos apenas instinto de sobrevivência, sem sentimento algum.
Sem ela, estagnamos a evolução individual, pois sem envolvimento com o ser coletivo, o crescimento pessoal é limitado.
Compaixão... Tenhamos hoje esta virtude como meta.
Como anda o desenvolvimento dela em seu coração?
O que você pode fazer para colocá-la em prática hoje?
As oportunidades virão. Precisamos estar prontos para ela.
Sejamos agentes de transformação do mundo, de braços dados com a compaixão, sempre.
Redação do Momento Espírita com trecho do cap. 33, do livro
O sapo que queria ser príncipe, de Ruben Alves, ed. Planeta.
Em 14.07.2009.

REZA PARA O CABOCLO SETE-FLECHAS




REZA PARA O CABOCLO SETE-FLECHAS

Salve Deus Pai , criador de todo o universo! Salve São Sebastião,
Rei da Mata e Guia de todos os Caboclos!
Salve, Pai Sete-Flechas e sua falange de obreiros! Pai Sete-Flechas,
baixai sobre nós um raio de vossa Divina Luz, iluminando os nossos espíritos,
para que possamos entrar em comunicação com vossa centelha divina
de onde emanam as vossas sagradas Flechas,
defendendo-nos e amparando-nos neste mundo.

Salve as Sete-Flechas que vos foram dadas espiritualmente
para defender e proteger de todas as dificuldades e angustias neste mundo.

Bendito seja o sagrado nome de São Sebastião, de Oxossi,
que vos botou sobre o vosso braço direito a Flecha da Saúde
para que derrame sobre nós os bálsamos curadores.

Bendito seja São Jorge e de Ogum,
que vos colocou sobre o braço esquerdo a Flecha da Defesa
a fim de que sejam defendidos de todas as maldades materiais e espirituais.

Bendito seja o sagrado nome de São Jerônimo e de Xangô
que vos cruzou uma Flecha em vosso peito
para nos defender das injustiças da humanidade.

Bendita seja a mãe e nome da Senhora da Conceição
que vos cruzou uma flecha em vossas costas,
para nos defender de todas as traições de nossos inimigos.

Bendito seja o nome do Senhor do Bonfim, nosso Pai Oxalá,
que vos botou uma Flecha sobre vossa perna direita,
para abrir os nossos caminhos, materiais e na senda da espiritualidade.

Bendito seja o divino nome de Nossa Senhora dos Navegantes
e de nossa mãe Iemanjá que vos botou uma Flecha
sobre vossa perna esquerda, para lavar os nossos caminhos,
iluminar nossos espíritos e nos defender de todas
as forças contrárias a vontade de Deus.

Bendito seja o sagrado nome de São João Batista,
e o nome de Xangô, que entregou em vossas sagradas mãos a
Flecha da FORÇA ASTRAL SUPERIOR,
para distribuir a humanidade a divina força da fé e da verdade.

Deus Pai foi quem ordenou , os santos as flechas entregou:
com as forças das Sete-Flechas me abençoou..."

terça-feira, 14 de julho de 2009

CORDÕES ENERGÉTICOS


CORDÕES ENERGÉTICOS

Os cordões energéticos nada mais são que ligações eletromagnéticas que se estabelecem em nível espiritual, ou melhor, são ondas magnéticas projetadas por espíritos encarnados e desencarnados. Na prática podemos dizer que os cordões energéticos são projeções emocionais e dependendo da intensidade desse sentimento ou pensamento projetado ações imediatas e fortíssimas são provocadas. Portanto, se as projeções que enviamos para determinada pessoa forem positivas “axé”, mas se forem negativas terão a capacidade de destruir um projeto de vida. Isso é muito sério! Os cordões energéticos podem acontecer entre espíritos encarnados e desencarnados, entre desencarnados e encarnados, entre encarnados e encarnados e entre desencarnados e desencarnados, ou seja, é só um ser sentir e pensar que está projetando e recebendo cordões, esteja ele encarnado ou desencarnado.

Acredito que ninguém vai ficar preocupado se estiver recebendo algum tipo de cordão positivo, não é mesmo? Mas e os cordões negativos? Já sabemos que eles podem ser perigosos, então como fazer para cortá-los? Infelizmente, os cordões negativos podem ser mais difíceis de cortar do que a ação de uma magia negra propriamente dita. Essa dificuldade existe pois para cessar cordões negativos é necessário que o receptor de tais cordões tenha duas atitudes bastante simples na teoria mas que poucas pessoas estão dispostas ou conseguem verdadeiramente colocar em prática.

A Primeira atitude a ser tomada é o PERDÃO, ou seja, o amor incondicional. Sempre que sentirmos uma ação negativa deste nível é necessário projetarmos a mais pura compaixão a fim de positivar o emocional da pessoa emissora do cordão, seja ela quem for, sem julgamento e sem um sentimento de obrigatoriedade. Só o amor é capaz de transformar. A segunda atitude é o EQUILÍBRIO, pois, como diz a Lei Universal da Afinidade, só recebemos aquilo que merecemos ou que estamos em afinidade. Se o receptor estiver em boa vibração e em bom equilíbrio não há cordão negativo que consiga envolvê-lo, é uma questão de magnetismo, portanto só depende mesmo de nós.

Saibam que nossos chacras são os polos eletromagnéticos captadores e emissores de energias e é por eles que enviamos ou recebemos as ondas vibratórias que dão origem aos cordões energéticos. Por isso é importante que nossos chacras estejam limpos e desobstruídos para serem bons receptores e emissores. Podemos limpá-los com bons banhos de ervas, por exemplo.

Alguns tipos de cordões podem energizar ou retirar energias, estimular ou paralisar, curar ou adoecer, magnetizar ou desmagnetizar, e assim por diante. Na quinta-feira falaremos um pouco mais sobre cordões energéticos e vocês conhecerão os tipos de cordões existentes. Mas antes disso gostaria que vocês pensassem em algumas coisas: Que tipo de cordões você está projetando, negativos ou positivos? Você já pensou que talvez possa estar prejudicando a vida de outras pessoas “apenas” com pensamentos? Se você sentir que neste momento determinada pessoa está te enviando um cordão negativo será fácil praticar as duas atitudes capazes de cortar este cordão?

Espero que tenham conseguido entender que nosso bem estar e harmonia dependem somente de nós mesmos, da nossa capacidade de nos manter em equilíbrio. Mais do que isso, espero que tenham absorvido que somente o perdão verdadeiro e o amor incondicional são capazes de nos livrar dos piores males projetados contra nós. Quanto aos cordões energéticos que projetamos para as outras pessoas, espero que daqui pra frente sejam todos positivos, de muita bondade e amor, afinal de contas nenhum ser religioso e em busca do seu crescimento espiritual prejudicaria a vida de alguém enviando cordões negativos, não é mesmo? Lembrem-se: a luz chega pelo positivismo de pensamentos e sentimentos.

Agora, continuando nosso estudo, vamos conhecer os principais tipos de cordões energéticos. São eles:

Cordões Divinos: Surgem a partir de vibrações íntimas de sentimentos virtuosos e ligam mentalmente uma pessoa à sua Divindade. É este o cordão que projetamos aos nossos Guias e Orixás nos momentos de oração. É um dos mais importantes cordões mas também é um dos mais frágeis, pois é só falhar com a fé ou esquecer da espiritualidade que ele se rompe automaticamente, lembrando que isso pode acontecer segundos depois de uma oração. Se os sentimento virtuosos deixarem de vibrar estes cordões rompem-se naturalmente.

Cordões Cósmicos: Surgem a partir da vibração íntima de sentimentos viciados. São cordões punitivos, bloqueadores e desestimuladores que ligam mentalmente as pessoas aos polos magnéticos negativos. São ativados pela Lei Maior a fim de equilibrar o emocional que está viciado e só se rompem quando o ser deixar de alimentar e vibrar tais sentimentos negativos.

Cordões Naturais: Surgem para direcionar as energias geradas em excesso pelas pessoas. Quando essas energias são positivas a pessoa que as gerou torna-se uma doadora, já quando são negativas tornam-se portais de criaturas negativas. É a Lei da Atração! Estes cordões também só se rompem caso as pessoas deixem de vibrar tais sentimentos.

Cordões Magnéticos: Surgem a partir de vibrações magnéticas mentais negativas e ligam seres ou espíritos magneticamente poderosos a outras pessoas ou espíritos. Este tipo de cordão surge pelo aspecto negativo ativado conscientemente. Nesse caso, a pessoa emissora torna-se um verdadeiro portal negativo e um instrumento do baixo astral. Novamente, é a Lei da Afinidade. Este cordão só se rompe pela atuação da Lei Maior e da Justiça Divina.

Cordões Energéticos: Projetados por meio de magias, têm o objetivo de vitalizar ou desenergizar pessoas e até espíritos presos em cadeias mágicas astrais. Só se rompem por magias positivas ou através de evocações mágicas às Divindades.

domingo, 12 de julho de 2009

NANÃ BURUKÊ


NANÃ BURUKÊ

“ HOJE É DIA DE FESTA...
O TERREIRO TODO ENFEITADO,
COM FLORES DE MANACÁ, VIOLETAS, ROSAS
OLHO PRO CÉU.
CAI UMA CHUVA GOSTOSA E MIUDA.
A CHUVA ACONCHEGANTE E ACOLHEDORA,
A CHUVA DE NANÃ
CONFIRMANDO SEUS FILHOS...
QUE COISA TÃO LINDA!
QUE COISA TÃO BELA!
VER NANÃ ...
ELA É A MÃE MAIS VELHA,
NOS ABENÇOE MINHA VELHA...
SALUBÁ NANÃ,
SALUBÁ NANÃ BURUKÊ ”

LENDA DE NANÃ BURUKÊ

ESTA É UMA ORIXÁ MUITO ANTIGA, QUE EM DIVERSOS MITOS APARECE COMO CO-CRIADORA DO MUNDO (NO MESMO PATAMAR DE OXALÁ E DE OLORUM). É UMA DAS ESPOSAS DE OXALÁ (AO LADO DE IEMANJÁ) E EM MUITAS REGIÕES BRASILEIRAS RECEBE O CARINHOSO APELIDO DE VOVÓ. TEM COMO ATRIBUTOS A FECUNDIDADE, A RIQUEZA E O CICLO DE MORTE E RENASCIMENTO. SEU DOMÍNIO É A LAMA, MISTURA DE TERRA E ÁGUA QUE SIMBOLIZA A ORIGEM DA VIDA. NO SINCRETISMO RELIGIOSO, ESTÁ ASSOCIADA A SANTA ANA, MÃE DE MARIA.



COR A SER MENTALIZADA: ROXO, VIOLETA

O QUE SER MENTALIZADO: OS PÂNTANOS, LAGOS DE ÁGUA PARADA, CHUVA MIÚDA, BARRO.
ELEMENTO: TERRA E ÁGUA

GUIAS: AS GUIAS DE NANÃ SÃO ROXAS DE CRISTAL. EM NOSSA CASA BRANCA PADRONIZAMOS A GUIA DE CRISTAL Nº 8. SÃO FEITAS EM MÚLTIPLOS DE 7 DE FORMA A CONTORNAR O PLEXO SOLAR. ESTA GUIA SÓ PODE SER USADA PELOS MÉDIUNS QUE SE AFINAM DE UMA FORMA INCOMUM COM ESTA ENERGIA, APÓS ENTENDIMENTO E CONVERSA COM OS ZELADORES, E DEVE NASCER APÓS A QUINTA OBRIGAÇÃO: (OS DOIS ORIXÁS), QUE É DADA PELOS ZELADORES DA CASA E SOB SUA RESPONSABILIDADE.

DIA EM QUE SE COMEMORA MANÃ: 26 DE JULHO (DE ACORDO COM O CALENDÁRIO OFICIAL DE UMBANDA)

DIA DA SEMANA: SEGUNDA-FEIRA E SÁBADO


MINERAL: OURO BRANCO

SAUDAÇÃO: “SALUBÁ NANÃ ! SALUBÁ NANÃ BURUKÊ !
NA = PRÓPRIA
NON = QUE
BU = TIRAR UMA PORÇÃO DE ALGO
RU = GERAL
IKU = MORRER, SEPARAR-SE.
ENTÃO NANÃ BURUKÊ QUE DIZER: A ENERGIA QUE TIRA OU GERA UMA PORÇÃO DE ALGO, OU AQUELA QUE GERA E TIRA A VIDA. SALUBA QUE DIZER: SALVE.

OFERENDAS DE NANÃ


OFERENDAS DE NANÃ:

NANÃ - FOLHA DE MOSTARDA COM ARROZ.

FAZER UM ARROOZ UM POUCO PAPADO.COLOCAR DENTRO DE UM ENFEITE OU XÍCARA.
NUM ALGUIDAR ORAR COM FOLHAS DE MOSTARDAS FAZENDO UMA FLOR BEM BONITA.DEMPOIS PASSAR O ARROZ ARMADO NO AGUIDAR TENDO AS FOLHAS DE MOSTRARDA COMO FLORES DE ENFEITES


ARROZ COM REPOLHO:
COZINHAR O REPOLHOS PARA TIRAR O ROXO DELE. NA MESMA ÁGUA COZINHAR OREPOLHO PARA QUE O ARROZ FIQUE ROXINHO.

ENFEITAR O PRATO COM FOÇHAS DE REPOLHO ROXO E COLOCAR O AROOZ POR SIMA.

EFÓ

MEIO QUILO DE CAMARÃO SECO,
DESCASCADO. PIMENTA-MALAGUETA
EM PÓ. MEIO DENTE DE ALHO.
UMA CEBOLA. UMA PITADA DE
COENTRO. UM MAÇO DE ( LÍNGUA-DE-VACA OU TAIO-BA,
OU BERTALHA, OU ESPINAFRE, OU MOSTARDA).
PRIMEIRO, AFERVENTA-SE A
LÍNGUA-DE-VACA, ESCORRE-SE NA
PENEIRA, ESTENDE-SE NA TÁBUA E BATE-SE BEM COM A FACA, ATÉ FICAR
INFORME. ENXUGA-SE E ESTENDE-SE
NA PENEIRA PARA SECAR TODA A ÁGUA.
COZINHA-SE NO AZEITE-DE-DENDÊ PURO, TEM-PERADO COM TODO O RESTO.
E A PANELA FICA TAMPADA, PARA SUAR.
COME-SE COM ARROZ.

(É UMA COMIDA TÃO BOA, QUE TODOS OS
ORIXÁS A ACEITAM, MENOS OXALÁ )



DOBURÚ
MATERIAL NECESSÁRIO:MILHO ALHO ( PARA PIPOCA ) OU MILHO VERMELHO, AREIA DA PRAIA
MANEIRA DE FAZER:
NUMA PANELA QUENTE COM AREIA DA PRAIA, ESTOURAR O MILHO E ESTÁ PRONTO O DOBURU.

FEIJÃO PARA NANÃ

MATERIAL NECESSÁRIO:FEIJÃO FRADINHO, MILHO VERMELHO, CEBOLA, AZEITE-DE-DENDÊ
MANEIRA DE FAZER:
COZINHA-SE O FEIJÃO FRADINHO EM ÁGUA. SEPARADO, COZINHA-SE O MILHO VERMELHO TAMBÉM EM ÁGUA. DEPOIS, JUNTAR O FEIJÃO E O MILHO, NUM REFOGADO DE CEBOLA RALADA COM AZEITE-DE-DENDÊ.
NOTA: OSHUMARÊ E EWÁ COMEM JUNTOS. OSHUMARÊ É A COBRA MACHO E EWÁ A COBRA, CHAMADOS NO JEJÊ DE DAN-BESSÉN OU AZAUNDÔ.
MATERIAL NECESSÁRIO: MILHO VERMELHO, FEIJÃO FRADINHO, AZEITE-DE-DENDÊ, CAMARÃO SECO, 1 OBERÓ, 1 INHAME ( GRANDE ), OVOS COZIDOS, 1 CÔCO, 1 LITRO DE MEL
MANEIRA DE FAZER:
COZINHA-SE O MILHO SÓ EM ÁGUA. SEPARADO, COZINHA-SE O FEIJÃO FRADINHO, TAMBÉM SÓ EM ÁGUA. REFOGA-SE O FEIJÃO COM AZEITE-DE-DENDÊ, CEBOLA RALADA E CAMARÃO SECO SOCADO. COLOCA-SE O FEIJÃO EM METADE DE UM OBERÓ E, NA OUTRA METADE O MILHO VERMELHO. FRITA-SE UM INHAME E COLOCA-SE POR CIMA EM FATIAS, EM VOLTA, ENFEITA-SE UM OVOS COZIDOS EM RODELAS, FATIAS DE CÔCO E COLOCA-SE BASTANTE MEL DE ABELHA POR CIMA.

FOLHA DE TAIOBA PARA NANÃ
MATERIAL NECESSÁRIO: FOLHA DE TAIOBA OU MOSTARDA, CEBOLA RALADA, CAMARÃO SECO SOCADO, AZEITE-DE-DENDÊ
MANEIRA DE FAZER:
COZINHA-SE BEM A FOLHA DE TAIOBA OU MOSTARDA,E EM SEGUIDA TEMPERA-SE NUM REFOGADO DE CEBOLA RALADA, CAMARÃO SECO SOCADO E AZEITE-DE-DENDÊ.


FRUTAS:MAMÃO,MELÃO,UVAS ROXAS,BATATA DOCÊ ROXA.REPOLHO ROXO,AMORA,
ORNAMENTAR UM PRATO COM OSTAS FRUTAS E LEGUMES DE MODO QUE FIQUE BEM BONITO.

OMOLOCUM PARA NANÃ

INGREDIENTES

UM QUILO DE FEIJÃO FRADINHO
UMA GARRAFA DE AZEITE DE DENDÊ
UMA LATA DE AZEITE DOCE
TRÊS OVOS
UMA VELA DE SETE DIAS LILÁS
FLORES AMARELAS
UM ALGUIDAR

MODO DE FAZER

COZINHAR O FEIJÃO FRADINHO COM DENDÊ. EM SEGUIDA, AMASSÁ-LO COM COLHER DE PAU. COZINHAR OS OVOS, DEPOIS RETIRAR-LHE AS CASAS.
COLOCA-SE O PUDIM DE FEIJÃO NO ALGUIDAR, ENFEITA-SE COM OS OVOS COZIDOS, REGADOS COM AZEITE DE DENDÊ.
ACENDER A VELA E ENFEITAR COM AS FLORES OU SÓ DEIXA-LAS DE LADO.


DANÇA DE NANÃ: SUA DANÇA É LENTA, PESADA, CURVADA, DEMONSTRANDO SUA IDADE E VELHICE.

O QUE PEDIR A ESTE ORIXÁ: HARMONIA NO LAR, ENTRE CASAIS, PARA FERTILIDADE, ÊXITO NOS NEGÓCIOS, NOS ESTU-DOS, HARMONIA DE SEUS FILHOS. SAÚDE FÍSICA, MENTAL E ESPIRITUAL.

FLORES: TODAS, DESDE QUE TRAGAM TONALIDADE LILÁS OU ROXA, FLOR DE MARACUJÁ, MANACÁ, HORTÊNCIA LILÁS, VIOLETA, MIOSÓTIS, PALMAS BRANCAS, ROSAS BRANCAS, COPO DE LEITE, FLOR DE LARANJEIRA, ANGÉLICA, PAPOULA ROXA, IPÊ ROXO, QUARESMEIRA.

FRUTAS: MELÃO, MELANCIA, JACA, BANANA DA TERRA, GRAVIOLA, PÊSSEGO, TÂMARA, PÊRA, MAÇÃ, UVAS DE TODAS AS ESPÉCIES.

ERVAS: AGAPANTO LILÁS, AVENCA, CIPRESTE, MANACÁ, QUARESMEIRA, ALFAVACA, MARIANINHA, MÃE BOA, SEMPRE VIVA ROXA, MELÃO DE SÃO CAETANO, ASSA PEIXE, BREDO SEM ESPINHO, ALFAVAQUINHA, JARRINHA, ERVA DE PASSARINHO, CANA DO BREJO, RAMA DE LEITE, TAIOBA, BOLDO, CEDRINHO.

BEBIDAS: ÁGUA DE CHUVA, ÁGUA DE COCO, MEL, DENDÊ, SUMO DE SUAS PRÓPRIAS ERVAS E FURTOS, CHAMPANHE CLARA.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

PONTOS CANTADOS DE MÃE NANÃ


Pontos de Nanã Buruquê



O mar roncava,
Entre as pedras se batia
Ao gemido da mãe d`água,
A sereia respondia
São flores, são flores
São flores para Nanã Buruquê
São flores, são flores
Do seu filho Obaluaiê
Nas noites de agonia
Ele é quem vem nos valer
É seu filho Nanã, é meu Pai
Ele é Seu Obaluaiê
São flores




NANÃ, Ó MINHA MÃE NANÃ!(2X)
PROTEGE OS SEUS FILHOS,
SEGURE O MEU CONGÁ...
EU SOU DE JUREMA
E EU QUERO TRABALHAR!




TRECA, TRECA, QUE EU VI NANÃ...
BANGU, BANGULÊ!
TRECA, TRECA QUE EU VI NANÃ, AUÊ...
TRECA, TRECA QUE EU VI NANÃ...
QUE EU VI NANÃ BURUQUÊ!
PERGUNTE À SUA CANHANHA
SE EU VI NANÃ...
SE EU VI NANÃ BURUQUÊ!




SENHORA SANTANA...
MÃE DE MISERICÓRDIA!
EU VOU PEDIR A ELA
PRA ELA PEDIR A DEUS...
OH, MINHA MÃE, ROGAI POR MIM!




NANÃ É MÃE DOS ORIXÁS!
ESTÁ NA TERRA E NA CACHOEIRA
E ESTÁ NO MAR!
EU VOU PEDIR À BOA NANÃ
QUE ABENÇOE SEUS FILHOS E SEU OGÃ!




OH, NANÃ, CADÊ OXUM?
OXUM TÁ NAS ONDAS DO MAR!
ELA É DONA DO REINAR!
SALVE OXUM!




OI NAS ONDAS DO MAR
EU VI NANÃ!
OI NANÃ BURUQUÊ...
OI NAS ONDAS DO MAR
EU VI NANÃ!
OI NANÃ BURUQUÊ




NANÃ VEM DAS NEVES,
ELA VEM DAS ONDAS DO MAR (BIS)
SARAVÁ, OXUMARÉ
SARAVÁ A SEREIA DO MAR
SARAVÁ NANÁ BURUQUÊ SALUBA(2X)




Atraca, atraca,
Que aí vem Nanã, e á
Atraca, atraca,
Que aí vem Nanã, e á
É Naná, é Oxum,
É Sereia do mar, e á
É Nanã, é Oxum
Que vem nos saravá, é á.




ATRACA, ATRACA QUEM VEM NA ONDA É NANÃ! (2X)
É NANÃ, É OXUM, É QUEM VEM SARAVÁ!
EH, AH É NANÃ, É OXUM, É NANÃ!
É A SEREIA DO MAR EI Á!




ATRACA ATRACA QUE EU VI NANÃ AUÊ!
ATRACA ATRACA QUE EU VI NANÃ ÊÁ!
É NANÃ BURUQUÊ...
É A SEREIA DO MAR...
É MAMÃE YEMANJÁ...
OXUMARÉ!




MINHA MÃE É NANÃ
É O ORIXÁ MAIS VELHO DO CÉU!
NANÃ, Ô NANÃ BURUQUÊ...
FIRMA SEUS FILHOS
AGORA EU QUERO VER!
SENHORA SANTANA
DAI-NOS VOSSA PROTEÇÃO!
VALEI-NOS AVÓ DE ARUANDA!
VALEI-NOS COM SUA BENÇÃO!
COM SEU MANTO CONSAGRADO!
COM SUA ESTRELA BENDITA!
VALEI-NOS SENHORA NANÃ
LIVRAI-NOS DAS HORAS AFLITAS!




OH YEMANJÁ OH YEMANJÁ!
QUE LINDA SEREIA NADANDO
AREIA NAS ÁGUAS DO MAR
VAI DIZER PRA SANTANA
QUE TODA SEMANA EU REZO PRA ELA
EM SEU LOUVOR É NANÃ BURUQUÊ! É NANÃ BURUQUÊ!




NAS CACHOEIRAS DE NANÃ BURUQUÊ
SÓ SE LAVA A CABEÇA DO FILHO DE UMBANDA QUANDO É PRA VALER
MAS SE VOCÊ NÃO É, ENTÃO NÃO VAI LÁ
PORQUE NANÃ BURUQUÊ, MEU FILHO, PODE NÃO GOSTAR...




Senhora Santana
Senhora Nanã
Abençoe os seus filhos
Oi tirando todo mal
Com seus anjinhos
ela chega devagar
Trazendo abenção de Papai Oxalá




Salubaê, salubaê Nanã
salubaê Nanã
oi Nanã Borouquê
Salubaê, salubaê Nanã
salubaê Nanã
oi Nanã Borouquê




Oi nas Ondas do mar
eu vi Nanã
Oi Nanã Borouquê
Oi nas Ondas do mar
eu vi Nanã
Oi Nanã Borouquê




Naquela fazenda
tem uma moça tão velha
Naquela fazenda
tem uma moça tão velha
Ela é Nanã
é Borouquê
Ela é dona
de cacourocaia
Ela é Nanã
é Borouquê
Ela é dona
de cacourocaia




Eu vim ao mundo
para sofrer
O meu destino
é sobreviver
Oi abre as portas
para receber
Nanã Borouquê
e Abaluaê




Iemanjá é minha mãe,
Saluba Nanã é minha avó (bis)
Saravá Nanã Buruquê
Eu lhe peço não me deixe só (bis)




Nanã Santa serena,
Eu lhe peço sua benção (bis)
Irmã de Nosso Senhor,
Livrai-me da aflição (bis)




Quando Nanã vem à Terra
Filhos pedem, ajoelhados,
Sua missura, Nanã Divina,
Não nos deixe abandonados.




Saravá Naná,
Sua proteção;
Saravá, Nanã,
Dai-nos sua benção.




Com seu manto consagrado
Com sua estrela bendita
Valei-nos Senhora Nanã,
Livrai-nos das horas aflitas.




Saravá Nanã, oi Nanã Buruque
Saravá Nanã, oi Nanã Buruque
A sua saia é roxa
O seu telhado é de sapê
A sua saia é roxa
O seu telhado é de sapê
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