RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


domingo, 31 de outubro de 2010

A HISTÓRIA DO HALLOWEEN

 

A HISTÓRIA DO HALLOWEEN:ANO NOVO CÉLTICO


No século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico.
Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).


O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en.

Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.

Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir.
Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.

O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passa ser conhecido como o Dia das Bruxas.


Travessuras ou Gostosuras?(Trick-or-treat)


A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar). No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.

Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador. Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.

sábado, 30 de outubro de 2010

Os Girassóis

Os Girassóis
Você já viu um girassol?

Trata-se de uma flor amarela, muito grande, que gira sempre em busca do sol.

E é por essa razão que é popularmente chamada de girassol.

Quando uma pequena e frágil semente dessa flor brota em meio a outras plantas, procura imediatamente pela luz solar.

É como se soubesse, instintivamente, que a claridade e o calor do sol lhe possibilitarão a vida.

E o que aconteceria à flor se a colocássemos em uma redoma bem fechada e escura? Certamente, em pouco tempo, ela morreria.

Assim como os girassóis, nosso corpo também necessita da luz e do calor solar, da chuva e da brisa, para nos manter vivos.

Mas não é só o corpo físico que precisa de cuidados para que prossiga firme. O espírito igualmente necessita da luz divina para manter acesa a chama da esperança.

Precisa do calor do afeto, da brisa da amizade, da chuva de bênçãos que vem do alto. Todavia, é necessário que façamos esforços para respirar o ar puro, acima das circunstâncias desagradáveis que nos envolvem.

Muitos de nós permitimos que os vícios abafem a nossa vontade de buscar a luz, e definhamos dia a dia como uma planta mirrada e sem vida.

Ou, então, nos deixamos enredar nos cipoais da preguiça e do amolentamento e ficamos a reclamar da sorte sem fazer esforços para sair da situação que nos desagrada.

É preciso que compreendamos os objetivos traçados por Deus para a elevação de seus filhos, que somos todos nós.

E para que possamos crescer de acordo com os planos divinos, o criador coloca à nossa disposição tudo o de que necessitamos.

É o amparo da família, que nos oferece sustentação e segurança em todas as horas. A presença dos amigos nos momentos de alegria ou de tristeza a nos amparar os passos e a nos impulsionar para a frente.

São as possibilidades de aprendizado que surgem a cada instante da caminhada tornando-nos mais esclarecidos e preparados para decidir qual o melhor caminho a tomar.

Mas, o que acontece conosco quando nos fechamos na redoma escura da depressão ou da melancolia e assim permanecemos por vontade própria?

É possível que em pouco tempo nossas forças esmoreçam e não nos permitam sequer gritar por socorro.

Por essa razão, devemos entender que Deus tem um plano de felicidade para cada um de nós e que, para alcançá-lo, é preciso que busquemos os recursos disponíveis.

É preciso que imitemos o girassol.

Que busquemos sempre a luz, mesmo que as trevas insistam em nos
envolver.

É preciso buscar o apoio da família nos momentos em que nos sentimos fraquejar.

É preciso rogar o socorro dos verdadeiros amigos quando sentimos as nossas forças enfraquecendo.

É preciso, acima de tudo, buscar a luz divina que consola e esclarece, ampara e anima em todas as situações.

Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças, e o convite da depressão rondar-te a alma, imita os girassóis e busca respirar o ar puro, acima das circunstâncias desagradáveis.

Quando as dificuldades e os problemas se fizerem insuportáveis, tentando sufocar-te a disposição para a luta, lembra-te dos girassóis e busca a luz divina através da oração sincera.

Autor Desconhecido.
Fonte do texto: Internet.

WAGNER BORGES

 
CLARA, CLARINHA... ESTRELINHA DOS ORIXÁS
(Uma Homenagem a Clara Nunes, Guerreira da Luz)
 
Clara, Clarinha...
Que desceu nas terras do Brasil,
Para cantar a Fé e a Luz.
 
Que cantou com a bênção dos Orixás...
Porque o seu coração era d’Eles.
Ah, linda mineira, de alma africana.
 
Linda estrela, de voz maravilhosa,
Que cantava a glória das três raças.
Ah, dançarina dos Orixás!
 
Clara, Clarinha...
Que voltou para casa, lá em cima,
Porque não era do mundo, era estrelinha.
 
Que voz! Que ginga! Que Axé!
Quem cantava, era você mesma?
Ou eram os Orixás, em você?
 
Ah, menina dos deuses!
Você deve estar cantando no Céu...
Mas deixou saudades aqui na Terra.
 
E, hoje, eu acordei lembrando-me de uma canção.
Uma das suas – ou dos Orixás?
E senti uma saudade doce, como um rio dentro de mim.
 
Sim, uma saudade com sabor de estrela.
E a visão de alguém cantando e dançando no Céu.
Uma saudade de você, Clarinha.
 
Sabe?... Quando você cantava aqui, eu era criança.
Mas o meu pai adorava a sua música - e se encantava...
E ele tinha você em alta conta – como mulher de fibra.
 
E, hoje, lembrando-me de você, eu também me lembro dele.
Que está bem velhinho, mas ainda apaixonado pela música.
E escrevo sobre você, não só pelo que senti, mas também por ele.
 
E não questiono o que senti, porque sempre escuto meu coração.
Assim como você fazia em nome dos Orixás.
E, hoje, além do meu pai, eu também me encanto com o seu canto.
 
Porque era canto de dor e alegria, bem humano e brejeiro.
Canto de alma, vindo do coração; ou, melhor dizendo, dos Orixás.
Sim, canto de fé! Das três raças num só país.
 
Clara, Clarinha...
Algum Poder Maior me despertou no meio da madrugada.
Para escrever algo sobre você – e alegrar o meu pai.
 
E eu sei de muitos outros que apreciam sua música e sua fé.
Gente que você inspirou com sua fibra de guerreira de Iansã.
E eu acho que você inspirava até mesmo os Orixás.
 
Sabe?... Eu fecho os olhos e ainda vejo você dançando em meio às estrelas.
E sinto um perfume espiritual descendo aqui, bem no meu coração.
E sei que é uma bênção dos Orixás – e eu agradeço ao Céu por isso.
 
Ah, Clarinha de Meu Deus – e dos deuses no Astral do Brasil!
A Força Espiritual que você passava em suas canções está aqui, agora.
E é como um perfume sutil que viaja por essas linhas...
 
Sim, como uma bênção secreta levando alegria a outros corações...
E, talvez, levando uma doce saudade aos seus fãs, e aos seus irmãos de Fé.
E, assim, talvez eles orem aos Orixás, pelo bem de todos os seres.
 
E eu não sei por que fui escolhido para escrever sobre você.
Eu, que gosto de rock e não sigo doutrina alguma, seja ocidental ou oriental.
Mas, quem disse que os Orixás ligam para isso? Eles veem o Amor no coração.
 
Esse Amor que você cantou tão bem... Como guerreira da Luz.
Que também está aqui, me fazendo escrever essas linhas.
Que me acordou, no meio da madrugada, por obra de um Poder Maior.
 
Ah, Clara, Clarinha...
Que hoje canta e dança no Céu, encantando até mesmo os Orixás.
Obrigado, querida. Por sua música. Pela sua Fé. Pela sua fibra.
 
Axé!*
 
 (Dedicado a Clara Nunes** – e aos seus fãs e irmãos de fé.)
 
P.S.:
Daqui a pouco irá amanhecer...
E eu fico aqui pensando nos desígnios celestes.
E no quanto todos nós somos guiados invisivelmente.
E, também me pergunto sobre algo mais:
“Como pode um pequeno coração aguentar um Grande Amor?”
Talvez, cantando e dançando. Ou, escrevendo e deixando ir...
E, assim, compartilhando bênçãos secretas e invisíveis.
Ah, quanto mais eu vejo o infinito, menor eu me sinto.
E, diante de tal grandeza, eu me encanto, agradeço, e oro.
E, enquanto a Clarinha canta e dança no Céu, eu escrevo, aqui embaixo.
E os Orixás continuam abençoando todos, no silêncio de um Grande Amor...
Porque, no Céu ou na Terra, é só o Amor que nos leva...***
 
Paz e Luz.
 
- Wagner Borges – sujeito com qualidades e defeitos, espiritualista consciente, 49 anos de “encadernação”, pai da Helena e da Maria Luz, mestre de nada e discípulo de coisa alguma, sempre na Fé e na Luz...
São Paulo, 17 de outubro de 2010.
 
- Notas:
* Axé - mantra afro-brasileiro, muito usado no Candomblé e em algumas linhas de Umbanda. Significa “vibração positiva”.
** Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, conhecida como Clara Nunes (Paraopeba, 12 de agosto de 1943 — Rio de Janeiro, 02 de abril de 1983), foi uma cantora brasileira, considerada uma das maiores intérpretes do país. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara também viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda. Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravaria canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam disco.
(Trecho de biografia extraída do site do Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clara_Nunes).
*** Seguem-se abaixo cinco links do Youtube para vídeos da Clara Nunes
http://www.youtube.com/watch?v=ESswdhON3aw   http://www.youtube.com/watch?v=VtOBrmd3lG8&feature=related  http://www.youtube.com/watch?v=T8rJUaO3Spc&feature=related  http://www.youtube.com/watch?v=lBqJfSqQMY0  http://www.youtube.com/watch?v=qrrHEFKC3p4&feature=related 
 
Obs.: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, lembrei-me de um texto do meu amigo Frank, que complementará esses escritos de hoje de forma magistral. Segue-se o mesmo logo abaixo.
 
 
 
 
 
SINCRETISMO
- Por Frank -

- Ou o senhor é uma coisa ou outra.
- Não posso ser todas?
- Não! É preciso manter uma linha. Ou o senhor come a hóstia ou toma chá.
- Eu não ganharia mais em sabedoria e tolerância se ouvisse o pastor e o pai de santo?
- Não! O senhor, por um acaso, conhece algum flamenguista-tricolor ou um corintiano- palmeirense? Não, senhor. Precisamos ser firmes com o que acreditamos, ainda mais com o sagrado. Não se brinca com isso.
- É que gosto do Pai Nosso e de cantar Hare Krishna...
- Sacrilégio! Se o senhor tivesse mesmo uma fé, já teria escolhido um lado. Não pode ficar assim na ponte, não, senhor. Não pode misturar.
- É que eu pensava que tudo que é misturado é mais bonito. Olha essa cor morena, tão brasileira e tão bonita. Fruto da mistura.
- Essa mistura pode. Mistura em religião não pode, não.
- Mas o Catolicismo não nasceu da mistura do Judaísmo e das lições de Jesus?
- Sim, mas é diferente.
- Sim, isso mesmo. Diferentes credos originando um ao outro. Olha o Islamismo, eles até reconhecem Jesus e Abraão.
- Por isso não pode misturar, senhor. Daqui a pouco o senhor vai dizer que tem mais muçulmano no mundo que cristão.
- E tem mesmo! Além de hindus, budistas, umbandistas, e uma série de "istas", até aqueles que se dizem espiritualistas e pregam o sincretismo, a união de todas as religiões, como se fosse uma só.
- Espiritismo é outra coisa.
- Eu disse espiritualismo.
- A mesma coisa. Não dá para falar aleluia e axé ao mesmo tempo, senhor. É uma coisa ou outra.
- Vou seguir o seu conselho. Chega de mistura. Vai que eu perco o juízo com tanta religião. Já pensou se eu chamo por Jesus e me aparece o Buda?
- Isso mesmo, eu sabia que o senhor tinha juízo.
- Mas ouvir rock e samba, pode?*
 
São Paulo, 13 de abril de 2008.

- Nota de Wagner Borges: Frank é o pseudônimo do nosso amigo Francisco de Oliveira, participante do grupo de estudos do IPPB e da lista Voadores. Depois de vários anos morando em Londres, ele voltou a residir em São Paulo, em fevereiro de 2005.
Ele escreve textos muito inspirados e nos autorizou a postagem desses escritos.
Há diversos textos dele postados em sua coluna da revista on line de nosso site e em nossa seção de textos periódicos, em meio aos diversos textos já enviados anteriormente.
www.ippb.org.br – Outros textos podem ser acessados diretamente em seu blog na Internet: http://cronicasdofrank.blogspot.com 

- Nota do autor:
* Segue-se abaixo um samba do Martinho da Vila, que complementa o texto acima. O que seria do meu gosto musical, se eu só gostasse de rock e não aproveitasse o melhor que há no samba?
 
 
 
 

SINCRETISMO RELIGIOSO(Letra de Martinho da Vila)

Saravá, rapaziada! Saravá!
Axé pra mulherada brasileira! - Axé!
Êta, povo brasileiro! Miscigenado,
Ecumênico e religiosamente sincretizado.
Ave, ó, ecumenismo! Ave!
Então vamos fazer uma saudação ecumênica.
Vamos? Vamos!
Aleluia, aleluia!
Shalom, shalom!
Al Salam Alaikum! Alaikum Al Salam!
Mucuiu nu Zambi! Mucuiu!
Ê, ô, todos os povos são filhos do Senhor!
Deus está em todo lugar. Nas mãos que criam, nas bocas que cantam,
Nos corpos que dançam, nas relações amorosas, no lazer sadio,
No trabalho honesto.
Onde está Deus? Em todo lugar!
Olorum, Jeová, Oxalá, Alah, N`Zambi. . . Jesus!
E o Espírito Santo? É Deus!
Salve, sincretismo religioso! Salve!
Quem é Omulu, gente? São Lázaro!
Iansã? Santa Bárbara!
Ogum? São Jorge!
Xangô? São Jerônimo!
Oxossi? São Sebastião!
Aioká, Inaê, Kianda! Iemanjá!
Viva a Nossa Senhora Aparecida! Padroeira do Brasil!
Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá...
São Cosme, Damião, Doum, Crispim, Crispiniano, Radiema. . .
É tudo Erê. Ibeijada.
Salve as crianças! Salve!
Axé pra todo mundo, axé!
Muito axé, muito axé!
Muito axé, pra todo mundo, axé!
Muito axé, muito axé!
Muito axé, pra todo mundo axé...
Energia, Saravá, Aleluia, Shalom,
Amandla, caninambo! Banzai!
Na fé de Zambi. Na paz do Senhor, Amém!
 

A Morte Não Interrompe a Vida


A Morte Não Interrompe a Vida

"Com a morte, o espírito - que é eterno - afasta-se com o seu corpo fluídico."
"Se não fosse a ação da Força sobre a Matéria, ela se desintegraria."
"É morrendo que se vive para a vida eterna."

 O vocábulo "morte" é uma impropriedade - um erro - admitido em todas as línguas, que tem como significado a cessação da vida. A humanidade foi hipnotizada pela idéia da morte. O uso comum da palavra reflete a ilusão. Ouvimos muitos falando dos mortos com as seguintes expressões: "...a ceifeira medonha cortou seus dias...", "...a morte derrubou-o em sua primavera...", "...as suas atividades terminaram...", "...findou-se uma vida ativa...", etc. Nestas locuções exprime-se a idéia de que um indivíduo foi  tirado da existência e reduzido a nada.
Se considerarmos, porém, que nada morre no Universo, por ser a vida real eterna e não temporária – e a vida real é a partícula da Força ou Inteligência Universal que, quando em acionamento do corpo humano, denominamos espírito – essa cessação nunca se deu, nem jamais se dará.

A morte não interrompe a vida. Aquilo a que chamamos morte, não passa de um acontecimento comum na rotina da Vida Eterna. O indivíduo depois da morte, continua a ser o que era, com mais alguma evolução, se algo fez em favor dessa conquista.
Portanto, devemos aproveitar a encarnação ao máximo, pois quanto maior for o aproveitamente na Terra, menor será o número de encarnações a realizar e, consequentemente, menor também o número de mortes a suportar.
A morte marca o término de uma jornada para dar início a outra, mas nunca o fim do que é imortal – a vida.
O espírito perde, ao encarnar a noção das existências pretéritas, não guardando delas nenhuma recordação. Quando o espírito volta ao seu mundo de luz, recupera na máxima amplitude, a visão espiritual, não escapando nenhum fato, intenção ou pensamento de sua vida terrestre, nada absolutamente nada, do que tenha feito.
As lições e experiências de uma encarnação, passam a integrar na memória espiritual, somando-se as das encarnações anteriores e alguma evolução é alcançada.
O motivo pelo qual o espírito esquece ao encarnar, todo o seu passado, pende-se a razões de ordem superior, nesse esquecimento, temos a vantagem do indivíduo não continuar dominado pelo remorso das más ações, inclusive crimes praticados nas encarnações anteriores.
Quando o espírito não permanece na atmosfera da Terra, perturbado por fluidos materializados, entre uma e outra encarnação, estagia no Espaço, em seu mundo astral, onde prepara ou projet
a a encarnação seguinte, que nunca é feita ao acaso, mas sempre previamente planejada.


Desencarnação, Fenômeno Natural
A desencarnação é um fenômeno natural na vida dos seres humanos. Ela significa o oposto à encarnação. O espírito encarna na ocasião em que se apossa do corpo, à natalidade, e desencarna no exato momento em que abandona definitivamente esse corpo.
Quando isso acontece, o espírito faz com que se desprendam os laços fluidicos que transmitiam a vida ao corpo físico, e dele se afasta com o seu
Corpo Astral.
Uma vez abandonado pelo espírito, o corpo físico nada mais é que um composto de matéria. A sua fonte de vida já não existe. Cessada esta, pelo afastamento do espírito, cai no domínio das leis químicas, desintegra-se, e suas moléculas passam a compor outras formas de vida e a constituir outros organismos.
É natural o sentimento dos que ficam, diante da ausência dos que partem. O sentimento, sim, o desespero,
não. A saudade é compreensível e se admite. A mortificação, jamais.
Por não perder de vista os seus amigos encarnados, o espírito desencarnado não sente, como estes, a separação. Ele não pode, é verdade, conversar, como o fazia antes. Dispõe, entretando, do sentido telepático, por meio do qual é capaz de transmitir pensamentos ao espírito dos seres encarnados que os recebem como se fossem os seus próprios pensamentos.

02 DE NOVEMBRO - PAI OMULU

"A morte é um ato de vida"
Rubens Saraceni

Não fugiremos à Lei imutável de que há vida após a morte. A verdadeira vida eterna é a existência do espírito que, após um período no astral,  reencarna, voltando ao corpo material muitas vezes,  para ampliar a consciência do ser e continuar o seu aperfeiçoamento e crescimento,  no caminho rumo ao Criador.  Esta vida é apenas um estágio, no qual devemos adquirir compreensão para evoluir. Com a morte,  muda apenas a vibração, pois o plano de vida passa a ser o espiritual.  Portanto, vida e morte constituem um único ciclo de vida, no qual o nascimento corresponde à entrada na vida material e a morte à entrada na vida espiritual.Pai Omulu é o orixá, fiel depositário do nosso corpo, quando o espírito se desprende dele. Ele é o Orixá da terra, que nos aguarda até que sejamos chamados pelo nosso Senhor, Olorum.

O que normalmente chamamos de morte é uma dissolução progressiva do indivíduo, que, ao desencarnar, se defronta com uma zona de transição entre o mundo da matéria e o mundo astral, denominada túnel da triagem. Esse túnel escuro, possível de ser atravessado em frações de segundos, tem portas de entrada para o astral superior, que conduzem a zonas de repouso e regeneradoras, e portas de entrada para as zonas trevosas do astral inferior. Ao passar por esse túnel, bastam alguns segundos para que toda a vida do ser, suas idéias, seus preconceitos, seus comportamentos e suas crenças desenrolem-se como cenas de um filme. Essa aferição dará seu direcionamento ao local que habitará após o desencarne, de acordo com suas afinidades com princípios positivos luminosos ou negativos e viciados. Os vícios terrenos muitas vezes atrasam em milênios nossa caminhada evolutiva. Pai Omulu, de seu ponto de forças no campo santo (cemitério), coordena todas as almas, após o desencarne, de acordo com a Lei Maior, mantendo-as no cemitério ou encaminhando-as ao umbral (purgatório), onde também é o regente. O Senhor Omulu é o chefe de todos os executores da Lei dentro da Linha das Almas e é, ele mesmo, o verdadeiro executor dos seres que caíram, por vários motivos, e que têm de purgar os seus erros no astral inferior. Ele também recolhe os espíritos que, quando na carne, ofenderam o Criador, e que cairão nos planos sem retorno. Em todas as culturas o campo santo é considerado um lugar sagrado, onde os corpos sem vida são devolvidos ao Criador Olorum. Os mortos merecem o nosso respeito e devem ser lembrados com amor, pois tais sentimentos os auxiliarão em sua caminhada evolutiva. A obrigação de todos nós é cuidarmos da vida na carne, da melhor maneira possível, com a coragem de colocarmo-nos frente a frente com os nossos vícios, erros, desejos e anseios. É reconhecermos que somos imperfeitos e buscarmos sempre nossa melhora, envidando todos os esforços possíveis para vencermos a nós mesmos, mudarmos nossas atitudes em relação aos semelhantes e a nós,  e caminharmos rumo ao Divino Criador.

"Na Umbanda, Omulu é o Orixá que tem o recurso de paralisar todo processo criativo ou gerativo que se esvirtuar, se degenerar, se desequilibrar, se emocionar e se negativar. Deus tanto gera como paralisa a criação que não mais atende aos seus desígnios, às suas vontades. Pai Omulu nos paralisa nos atos geradores desvirtuados, das idéias, doutrinas, projetos, desejos, faculdades sexuais, princípios, leis etc. Os atributos de Omulu são telúricos, pois é através da essência telúrica que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de preservação de tudo que foi gerado pelo Divino Criador. Pai Omulu, a terra geradora da vida, é uma divindade da terra. É o orixá que rege a morte, ou seja, o desencarne, o instante da passagem do plano material para o plano espiritual, conduzindo cada um ao seu devido lugar. Omulu é a energia que se condensa em torno do fio de prata, que une o espírito e o seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro. Essa energia que rompe o fio tanto pode parti-lo rapidamente (quando a morte é natural e fulminante) como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o perispírito que já entrou em desarmonia vibratória (porque a passagem deve ser lenta), induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva. Pai Omulu atua em todas as religiões, sendo em algumas denominado de "Anjo da Morte" e em outras divindade ou "Senhor dos Mortos". É o Guardião dos Mortos e da Vida, pois paralisa todos que atentarem contra ela.  É o Senhor das Almas, pois, se a Lei o ordenar, mantém os espíritos nos cemitérios após o desencarne. Ele guarda para Olorum os espíritos que, durante sua jornada terrena, fraquejaram e se entregaram à vivência de seus vícios emocionais. Mas, ele não pune ou castiga, apenas conduz cada um ao seu devido lugar logo após o desencarne. Em seu pólo negativo, é o chefe de todos os executores  da Lei dentro da Linha das Almas. Omulu é o executor das almas que caíram e têm de purgar os seus erros no astral inferior, também conhecido como umbral. Esse orixá paralisa todo processo criativo ou gerativo que se negativar, se desvirtuar, se degenerar, se desequilibrar ou se emocionar. Ele recolhe o espírito daqueles que ofenderam ao Criador, quando na carne, e que irão para os planos sem retorno. Mas, em seu pólo positivo, ele é o puro amor divino, é a própria caridade divina no amparo dos espíritos caídos, até que os mesmos tenham se curado e retornado ao caminho reto. Podemos orar a Omolu para a cura de enfermidades. Ele atuará no nosso magnetismo, no nosso corpo energético, no nosso campo vibratório e no nosso corpo carnal, curando-nos ou possibilitando o encaminhamento ao médico que fará isso. Toda a magia envolvendo os mortos está em seu reino, o ponto de forças dos cemitérios, no embaixo, já que, no alto são regidos por nosso pai Obaluaiyê. Os povos de todas as culturas têm os seus campos santos, os cemitérios, como  lugares sagrados, para onde são devolvidos os corpos já sem vida ao Doador da Vida e que não devem ser profanados. São os pontos de transição do espírito, quando deixa a matéria e passa para o plano espiritual.

A ENERGIA AO NOSSO REDOR.



GERANDO ENERGIA

Tudo ao nosso redor é energia, apenas não a vemos, são átomos assim como o ar que respiramos é transparente, ela a energia está lá, apenas não a  vemos.
Devemos ter consciência e nos mobilizar sempre a favor das energias benéficas, evitando assim ficarmos fracos e deprimidos, o cosmo gera isso a nosso favor, mas se não soubemos li dar com tais energias nos enfraquecemos.
Uma forma muito boa de contribuir com essas energias a seu favor é a doação, doar faz parte de um ciclo natural do Universo, não necessariamente devemos doar bens matérias, e sim energias, orações e pensamentos, isto gera algo bom dentro de você e te faz receber do Universo na mesma proporção ou até mais do que você enviou. Quando você doa você desmancha nós que estão ao seu redor, você quebra energias ruins, mas cuidado doe somente o que sente que pode, nunca mais do que pode, pois também precisamos de energias, funciona como um condicionamento, comece aos poucos e vá aumentando, assim verá o retorno com mais facilidade. 
O nosso planeta.
Observe como tudo acontece na natureza sem esforço, com plenitude, desde o plantar das sementes que são feitas através do trabalho digestivo dos pássaros até o colher de um fruto, é tudo espontâneo e está lá para você adquirir e assim você deve fazer, deixar as coisas fluírem naturalmente, está é a lei do menor esforço, onde tudo acontece na vida naturalmente. O mundo lhe presenteia, presenteie o mundo também, apenas faça o ciclo acontecer, troque esta energia e sinta sua vida mudar.

Gislaine Coelho.

 

AMBIENTE & ENERGIA
A energia permeia o universo, o corpo humano e todas as relações entre as pessoas.
Invisível e de natureza misteriosa, ela sempre desafiou as antigas tradições e a ciência que tentam dominá-la de múltiplas formas. Descubra como cultivar as boas energias e manter seu bem-estar.

Uma pequena palavra tomou conta do vocabulário cotidiano: energia, usada em diferentes ocasiões e com vários significados.
Sentimos na pele quando ela é boa e tentamos nos precaver da ruim.
Também sabemos que no corpo existe a vigorosa energia vital, chamada pelos chineses de ch'i, estimulada e equilibrada pela prática de artes marciais, acupuntura e ioga. Esse mesmo ch'i permeia a pulsação de vida de todo o planeta e, segundo o Feng Shui (técnica chinesa de harmonização de ambientes), também está no ambiente pnde vivemos, na casa.  Seu bom fluxo determina a harmonia dos lugares.
O pêndulo, instrumento usado por praticantes da radiestesia, mede as vibrações que vêm da terra, chamadas de energia telúrica. Já asreligiões proporcionam contato entre seres humanos e a energia divina que vem do céu, conhecida como energia cósmica.
Como se vê, estamos mergulhados num vibrante oceano de forças invisíveis.

Uma das mais valiosas contribuições da ciência neste século foi a revelação de que no universo tudo é energia. Até matéria,  é energia em baixa frequência.  O que parecia sólido, compacto e separado a olho nu se mostra dinâmico, vibrante e intercomunicante no microscópio eletrônico.


"Tudo é vibração no universo".
Feixes energéticos que nos constituem estão em constante comunicação, por isso a troca de energia entre as pessoas é permanente, ela acontece mesmo que não se tenha consciência disso: "Os orientais sabem que essa troca é feita até num ligeiro aperto de mãos, por isso, apenas inclinam a cabeça ao se cumprimentarem", diz Efraim Boccalandro, psicólogo há 39 anos, ex-professor de psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.  -> " Ao unir as mãos enquanto se cumprimentam, estão automaticamente fechando seu circuito energético. Protegem-se assim de uma troca indesejável de energia", afirma.

Doação consciente
As trocas energéticas obedecem a determinadas leis: "A energia vital vai sempre do mais forte para o mais fraco, da parte mais alta e sutil para a parte mais baixa e grosseira, do céu para a terra".
Isto é, as pessoas que precisam de energia, inconscientemente procuram quem está mais forte, para receber um pouco dessa força. lsso não quer dizer que devamos ficar tensos, com medo que os outros roubem nossa energia. Devemos apenas nos precaver.
Também podemos doar conscientemente energia. Por exemplo, aquele amor transferido da mãe ao filho doente ou de um bom terapeuta a seus pacientes. Nesses casos a energia vital não é roubada, e sim compartilhada.
Precaução é um dos cuidados que se deve ter com relação à energia, e existem milhares de maneiras de se fazer isso. Uma delas é estar bastante atento às próprias mudanças energéticas durante o dia. A maioria das pessoas não percehe quando e em que situações perde energia.
Segundo especialistas, podemos fechar nossos pontos de vazamento, antes de aprender a recarregar.  Lugares com muita gente, pessoas que nos exaurem com histórias longas e melodramáticas, pensar e falar muito, agir com pressa e sem atençao, nao respirar direito, não sentir o próprio corpo, ter expressões constantes de emoções negativas (ódio, raiva, ciúme, inveja, ambição, autocomiseração) podem se transformar em potentes pontos de vazamento energético:
Portanto, ser seletivo com o que se ouve, se fala e se vê toma-se essencial para a preservação da própria energia.


Ganhando energia
Um bom fluxo energético no corpo  depende de emoções equilibradas, exercícios físicos adequados,  boa alimentação e respiração  fluida. Basicamente, essa é a preocupação das artes marciais (ioga, ki gong, tai chi chuan e lian gong).

Essas séries de exercícios promovem o aumento do ch'i, isto é, da   energia vital, em nível físico. Com todo o conhecimento que as pessoas já têm de energia não dá mais para esquecer o corpo.







Retirado do site:
http://www.essencialsites.com.br/Ambiente%20e%20Energia.htm

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Como o ego esconde a verdade?



"O ego tenta convencer-nos de que vivemos em um mundo onde a 'causa' de tudo o que acontece está localizada fora de nós. Nossas experiências, portanto, seriam apenas 'efeitos'. Nossa vida nada mais seria do que uma série de respostas a acontecimentos exteriores, como se não tivéssemos nenhum poder de escolha. Para nos persuadirmos de que a vida é realmente assim, precisaríamos apagar todas as evidências de que o mundo que vemos é determinado pelo nosso próprio sistema de crença e pelos pensamentos em nossa mente. Esse modo de pensar só poderá subsistir enquanto nos mantivermos apegados à idéia de que nada temos que ver com o fato de criar o mundo que vivenciamos. Insistimos na crença de que somos apenas um corpo, destinado a estar na Terra durante um breve período de tempo e depois morrer; insistimos na crença de que a morte é o fim da vida.
Quando vivemos de acordo com esse sistema de crenças baseado no medo, é freqüente nos sentirmos vítimas e buscarmos constantemente alguém a quem identificar como sendo o nosso inimigo. Esse sistema de crença parece estar nos dizendo que sempre haverá guerras, que o passado sempre irá predizer o futuro, que não podemos confiar no amor e que os outros, e até mesmo nós, fizemos coisas imperdoáveis. Esse sistema de crenças pretende fazer com que nos agarremos à idéia de que culpa e punição são coisas valiosas - o que não é verdade.
É da maior importância respeitar o poder dos nossos pensamentos. Afinal de contas, são eles que criam o nosso comportamento e que determinam a nossa maneira de ver o mundo e reagir a ele. De acordo com o sistema mental baseado no medo, não há problema se tivermos pensamentos agressivos, uma vez que só as ações agressivas causam dano às outras pessoas.
Uma outra maneira de olhar o mundo é acreditar que os nossos pensamentos podem ser tão prejudiciais quanto as nossas ações. O mundo que vemos começa a mudar quando abandonamos todos os nossos pensamentos agressivos e os substituímos por pensamentos amorosos".

Gerald Jampolsky

ORAÇÃO UNIVERSAL DOS ANJOS DE DEUS


Anjos de Deus graças Vos dou!
Eu Vos ofereço o meu amor, assim como amo a Deus acima de tudo e ao meu próximo
como a mim mesmo.
Eu Vos peço: redimi a humanidade. Mostrai a ela os caminhos do amor, do bem e da
fraternidade.
Envolvei as crianças com as Vossas bênçãos de amor. Dai a elas a alegria, a paz
e a abundância, preparando-lhes o corpo e a alma, para servir à bondade
Divina.
Ofertai aos anciões a paz necessária para que os pensamentos destes se elevem a
Deus e os seus corações possam sentir e transbordar amor, em resposta ao amor e
ao amparo recebidos de seus filhos e da sociedade.
Colocai, junto a cada doente, as mãos abençoadas de um Anjo Curador, orientando
aqueles que deles tratam e minorando os seus sofrimentos.
Agasalhai os que estão nus.
Transformai a fome do necessitado em conhecimento, para que ele possa obter o
próprio sustento, repudiando a esmola e dedicando-se ao trabalho.
Dai aos governantes a sabedoria, a humildade construtiva, a consciência do
servir e a iluminação Divina, da paz e da prosperidade.
Estabelecei a justiça do amor e da sabedoria, orientando todos os seus
aplicadores no reconhecimento dos atos justos.
Acabai com a violência e a maldade.
Transformai em flores as armas, em trabalhadores honestos e produtivos, todos
que se dedicam à criminalidade.
Conduz aqueles que vigiam para o cumprimento da lei, colocando-os no lugar
certo, na hora certa, para evitarem a violência. Orientai-os a fim de que se
recuperem, para a sociedade do amor e do bem, todos os condenados.
Ensinai-me a amar a natureza em sua plenitude: fauna e flora.
Fazei-me defensor dos meus irmãos menores, os animais, evitando o sacrifício
dos mesmos.
Fazei crescer em meu coração o amor fraterno por todos os serem viventes,
indistintamente.
Amparai-me em meus trabalhos e nos meus momentos de lazer.
Dai-me a saúde física e mental, para que eu possa sustentar e evoluir na
orientação Divina de que necessito, para ser o mensageiro das luzes do amor e
da sabedoria.
Enchei os meus ouvidos e o meu coração com as Vossas canções de harmonia, amor
e alegria.Orientai-me em minhas orações, em meus rituais para Vossa invocação e
na minha elevação a Deus.
Oferecei-me agora as bênçãos Divinas, de que sois portadores, do amor, da paz,
da humildade, da simplicidade, da pureza e da retidão.
Unamo-nos, neste momento, Eu, ser humano, e Vós, Anjos Divinos, Dando Graças a
Deus, Nosso Pai, Amém!

De João Alberto Ianhez

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O MAGNETISMO DOS ORIXÁS

 

O MAGNETISMO DOS ORIXÁS 

          Aqui na Terra entendemos por magnetismo a propriedade física dos imãs que faz com que puxem para si determinadas partículas ou pequenos objetos que são afins com eles.
          Servindo-se dessa propriedade magnética dos imãs os espíritos mentores nomearam uma propriedade divina inerente a cada um dos Orixás como seus magnetismos e que tanto atraem os seres que lhes são afins quanto repelem os que lhes são opostos.
          Essa propriedade magnética divina é mental e serve para dar polaridade às coisas criadas por Deus sendo que as afins se unem se ligam se fundem gerando uma terceira coisa, etc.
          As opostas se repelem se afastam, se distanciam, se antagonizam, se anulam, mas também servem para separar tudo o que existe na Criação em positivos e negativos.
          Essa classificação obedece unicamente ao magnetismo das coisas e dos seres e não tem nada a ver com bom ou ruim, pois essa classificação foi desenvolvida por nós para diferenciarmos o que nos é benéfico do que nos é maléfico.
          No estudo dos Orixás descobriu-se que Deus exteriorizou-se de sete formas diferentes ou em sete graus magnéticos ou em sete irradiações ou em sete planos que para sintetizar tudo denominamos essas sete exteriorizações como Sete Mistérios de Deus, sendo que são esses: 
1)      Mistério da Fé
2)      Mistério do Amor
3)      Mistério do Conhecimento
4)      Mistério da Justiça Divina (ou Razão)
5)      Mistério da Lei Maior
6)      Mistério da Evolução
7)      Mistério da Geração
          Esses sete Mistérios deram origem ou serviram como meio divino para Deus dar início a Sua Criação exterior.
          Cada um desses sete mistérios ao ser exteriorizado por Ele trouxe consigo uma Divindade Mistério que, tanto dá sustentação a tudo que foi criado no seu grau magnético quanto é em Si o próprio Mistério e Poder manifestado por Deus.
          Esses sete Mistérios por possuírem suas Divindades são passíveis de identificação formando uma Coroa Divina Sustentadora de tudo que existe no exterior de Deus e cada uma recebeu um nome:
1)      Orixá da Fé
2)      Orixá do Amor
3)      Orixá do Conhecimento
4)      Orixá da Justiça
5)      Orixá da Lei
6)      Orixá da Evolução
7)      Orixá da Geração
          Esses sete Orixás ou Divindades Mistérios, por serem exteriorizações diretas de Olorum nem são masculinos nem são femininos, não são positivos ou negativos porque são indiferenciados.
          Mas, por trazerem seus magnetismos ao irradiarem-se o fizeram de forma bi polarizada gerando, a partir de cada um, duas hierarquias divinas já diferenciadas em masculina e feminina, em positiva e negativa, irradiante e concentradora, etc.
          Essa bipolarização dos sete Orixás originais aconteceu no primeiro plano da vida denominado Fatoral e gerou sete pares de Orixás denominados Fatorais e que são esses:
1) Orixá da Fé                              Oxalá
                                               Logunan
2) Orixá do Amor                        Oxum
                                              Oxumaré
3) Orixá do Conhecimento          Oxossi
                                              Obá
4) Orixá da Justiça                       Xangô
                                              Egunitá
5) Orixá da Lei                            Ogum
                                              Iansã
6) Orixá da Evolução                   Obaluaiê
                                              Nanã
7) Orixá da Geração                     Iemanjá
                                              Omulu
          Essa bipolarização obedece aos magnetismos específicos de cada um dos Orixás e faz com que surja na Criação sete irradiações bi polarizadas que são descritas com muitos nomes, mas que, na Umbanda, recebe o nome de Sete Linhas.
          As Sete Linhas de Umbanda são bi polarizadas e cada Orixá ocupa nelas o seu pólo magnético, distinguindo-o pelas suas funções na Criação tais como Pólo Magnético Positivo da Irradiação ou linha da Geração ocupado por Iemanjá.
          Pólo Magnético Negativo da mesma Irradiação ou linha ocupado por Omulu.
          Função de Iemanjá enquanto Mistério em si mesma: Gerar a Vida no exterior de Olorum.
          Função de Omulu enquanto Mistério em si mesmo: paralisar todas as coisas geradas que entraram em desequilíbrio.
          Estudando esses dois Orixás através dos elementos que formam aqui no plano material seus Pontos de Força ou Santuários Naturais vemos Iemanjá associada à água e Omulu associado à terra.
          Observamos que nas sete Irradiações um diferencia-se do outro pelo elemento, mas devemos entender a complementaridade existente tanto entre suas funções quanto entre seus elementos, pois onde algo gerado entra em desequilíbrio o seu pólo oposto imediatamente paralisa o processo de degeneração de algo gerado por ela.
          Estudando-os como elementos da natureza terrestre vemos que água e terra são indissociados, pois onde um termina o outro começa; onde um torna árido o outro umidifica; onde um gera algo o outro dá sustentabilidade para que o que foi gerado desenvolva-se e adquira estabilidade.
          Se estudarmos esses dois Orixás pelos seus magnetismos (gerador  ⁄ paralisador) vemos que formam um par perfeito, pois caso o Mistério Geracionista de Iemanjá não tenha no seu outro pólo um magnetismo paralisador que interrompa ou paralise momentaneamente sua capacidade de gerar continuamente, com certeza a Criação entraria em desequilíbrio porque algo que começasse a ser gerado não pararia nunca mais de sê-lo e sobrecarregaria de tal forma o meio onde estaria sendo gerado afetando tudo mais que ali existisse.
          Portanto as bipolarizações das Sete Linhas de Umbanda não são puramente por elementos e sim por funções na Criação porque os magnetismos dos 14 Orixás Fatorais podem ser opostos (positivo ∕ negativo), mas são complementares entre si.
          Portanto devemos entender esse magnetismo dos Orixás como fundamentais para a estabilidade da Criação Divina desde o macro até o microcosmo porque encontramos essa diferenciação magnética até em nós.
Observe isto:
Oxalá é o espaço e Logunan é o tempo
Oxum é a agregação e Oxumaré é a diluição
Oxossi é expansor e Obá é concentradora
Xangô é a temperatura e Egunitá é a energização
Ogum é a potência e Iansã é o movimento
Obaluaiê é a transmutação e Nanã é a decantação
Iemanjá é a geração e Omulú é a estabilidade.
          Mais uma vez a complementaridade se mostra nas funções dos Orixás que pontificam os 14 Pólos Magnéticos das 7 Linhas de Umbanda.
          Essas complementaridades são encontradas em cada um com todos os outros 13, pois se no Mistério ou função concebedora de Oxum algo que está sendo concebido desequilibrar-se em relação ao seu meio é função de Omulú paralisar essa concepção antes que ela se complete e torne-se algo fora de controle ou em desacordo com o meio onde foi concebido.
          Nesse exemplo vemos que a função de Omulu paralisa tudo em todas as sete Irradiações e não se restringe só a da Geração.
          É preciso entender que um Orixá traz em si funções que transcendem o campo distinguido pela Irradiação onde está assentado.
          Os 14 Magnetismos Divinos dos 14 Orixás assentados nas Sete Irradiações Divinas ou Sete Linhas de Umbanda sempre atuam entre si por complementaridade e um não pode fazer nada sem que os outros 13 participem também e isso nos mostra a complexidade existente na Criação.
          Portanto quando estudamos os Magnetismos dos Orixás e suas funções divinas na Criação começamos a compreender uma das formas de Olorum (Deus) atuar, pois se Ele é único, no entanto tudo que Ele criou o fez servindo-se sempre dos seus Sete Orixás que pontificam as Sete Linhas de Umbanda.
                                                                                                                  Pai Rubens Saraceni

Lixo no mar, Yemanjá chora!

 

Lixo no mar, Yemanjá chora!

Por Danilo Lopes Guedes 25/10/2010 – Médium de Umbanda

Estou esperando por meus filhos.
Já me preparo para recebê-los, pois muito em breve receberei a visita de todos.

Sabem, todos os anos eu tenho muito trabalho, pois tenho muito que limpar.
Todos os anos, eu recebo inúmeros filhos, fiéis, seguidores, adeptos, simpatizantes, etc. e, mesmo eu pedindo tanto,
ainda há alguns entre eles que não entenderam e não entendem que não cabem em minha casa certos adereços.

Todos os anos quando é chegada a época da minha grande festa, procuro preparar a minha casa para que quando todos chegarem eu possa recebê-los em minhas areias claras que brilham ao bater do sol como se fosse um tapete de diamantes, eu limpo as minhas águas e deixo reservado sempre a melhor maré para o grande momento do banho de todos. Minhas águas, nossa como são lindas, limpas e transparentes, parecem espelhos, onde cada filho consegue ver seu próprio reflexo.

A festa é maravilhosa.

 Eu vejo que todos me amam, que todos me adoram, que todos se sentem bem quando chegam até minhas águas que, na verdade, nada mais são do que extensões de meu manto. Eu cubro a todos que se banham em minhas ondas, eu lavo vosso corpo carnal e principalmente curo o vosso corpo espiritual das surras que tomastes durante todo o ano que passou.

Eu como mãe estou sempre aqui estendendo o meu manto em forma d’água para que possam se limpar, se curar, se revigorar e, principalmente, para que possam sentir o afago daquela que sempre lhes deu condições das melhores possíveis para que pudessem caminhar muitas vezes de preferência sem tropeçarem, mas se um dia isso aconteceu, acredite, foi o melhor que fiz para que não se machucassem tanto e que, mesmo assim, eu pudesse lhes curar quando viessem me ver, meus filhos.

Mas hoje é o meu dia de festa, hoje escutei muitos rumores, do céu, dos ventos, das chuvas, das matas, das pedreiras, das cachoeiras, do Sol, da Lua,
de que receberei uma grande homenagem.

Apenas a presença de todos já é o suficiente, apenas a presença de meus filhos em minha casa já me deixa repleta de alegria,
 mas sei que como todo ano ficarei muito triste com a partida de todos quando a festa terminar,
não apenas por vossa partida meus filhos, mas principalmente, porque a mamãe deixou a casa limpa,
estendi meu mando claro e cristalino para que pudessem se banhar
 deixei a minha areia branca e brilhante para que se sentissem no conforto de vossas casas,
mas em sua saída, deixastes algumas coisas que não me pertencem
e que vou demorar mais de um ano para limpar, novamente, para todos.

Eu não me lembro de ter deixado em minhas areias limpas e claras estas garrafas de espumantes, nem mesmo estes restos de comida.

O que é isso “navegando” para dentro de meu ventre nas águas?
É um barco de isopor.
Seria lindo!

A mamãe iria adorar de coração, se não fizesse tanto mal aos seus amigos que moram dentro de mim
(como as tartarugas que morrem ao comer um pedaço deste isopor por asfixia).

Tudo bem meus filhos, a mamãe entende que devem estar cansados e no ano que vem não mais trarão estes adereços,
bem como não derramarão perfume de alfazema poluindo minhas águas e
 matando meus cardumes a beira mar e não arremessarão as rosas como dardos que perfuram meu manto ao invés de enfeitá-los.

Sei que próximo ano as rosas serão depositadas como se estendessem uma toalha de cetim sobre uma mesa de cristal e que com as pétalas dessas rosas enfeitarão minhas águas como uma grande cortina de seda. Sei que as visitas serão apenas com o coração cheio de alegrias e eu terei o prazer de recebê-los com os mesmos braços abertos, com o mesmo manto e com a mesma limpeza que sempre tenho feito por todos esses anos e perdoado, pois um dia entenderão que a mamãe, mesmo assim, lhes ama.

Eu sou a sua Divina e Sagrada Mãe Yemanjá,
àquela que gera tudo em sua vida,
só não consegui ainda gerar o respeito por minha casa,
ou será, que vocês esqueceram os bons modos que lhes ensinei?
Bom irmãos, em breve teremos a nossa festa de Yemanjá e acho que seria no mínimo interessante e de bom grado o respeito com as águas sagradas de nossa mãe, bem como com o vosso solo, vossa areia, pois quero continuar freqüentando, me banhando por muitos anos e sendo abençoado, por minha amada mãe Yemanjá.
Danilo Lopes Guedes - 25/10/2010 - Médium de Umbanda.


Odoiá, minha mãe, YEMANJÁ.

Ponto para subida de Yemanjá
Autora: Raquel Carpani de Oliveira

O Mar veio buscar
Nossa Mãe Yemanjá
Nossa Mãe Sereia
Que nos abençoou
Mãe Yemanjá
Trouxe suas Estrelas
Colocou-as na Área
E nos iluminou

Vai para Mar minha Mãe
Yemanjá, minha Mãe
Pra suas Águas que já nos limpou
Vai para o Mar minha Mãe
Yemanjá, minha Mãe
Com suas Estrelas que nos iluminou 
Danilo Lopes Guedes - 25/10/2010 - Médium de Umbanda.
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