RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Laroyê, Exu Mirim!

 

Laroyê, Senhor das Intenções! Laroyê, Exu Mirim!

Para falar desse Orixá na Umbanda, é preciso muito cuidado, pois até pouco tempo atrás, não se sabia ao certo qual era a função de Exu Mirim na vida das pessoas e tampouco se conhecia a sua função dentro da Umbanda.
Pois bem, Exu Mirim é, como todos os outros Orixás, uma exteriorização do nosso Pai Amado Olorum, e assim sendo, é manifestador de Suas Virtudes Divinas e está ai para nos auxiliar em um caminho de Evolução.
Quando esse Orixá foi exteriorizado e aconteceram suas primeiras manifestações, até por pouco conhecê-lo, foi criada uma imagem negativa sobre esse Orixá (assim como ocorreram com Orixá Exu, Orixá Pomba Gira e suas falanges).
Enquando o Erê era considerado a criança boa, a criança da Direita, que manifestava a inocência, Exu Mirim era considerado a criança de rua, que se drogava, que, enquanto “encarnado” era bandidinho, travesso e que já provocava confusões. E, como Exu já estava sendo difamado por falta do conhecimento divino pelos encarnados, Exu Mirim foi colocado ao seu lado como “Exu Pequeno” (que é a tradução de Mirim).
Devido a autorização do Plano Divino, isso está começando a ser desmistificado com uma grande ajuda de Pai Benedito de Aruanda e seu médium Rubens Saraceni, para que possamos transcender a visão humana – que era usada para explicar o inexplicável até então – e começarmos a ter um pouquinho da visão divina de nossos amados Orixás.
Exu Mirim então, pelo pouco que pude perceber, estudar e pelo pouco que está aberto à nós, mostrou-se um Orixá que se manifesta por seres encantados – ou seja, seres que nunca encarnaram nessa realidade, nesse Plano da Vida onde estamos – e que rege o Plano das Intenções.
Portanto, caro Irmão Umbandista: não faz sentido estarmos em uma Religião cujo propósito é fazer o bem (como foi afirmado pelo Sr. Caboclo das 7 Encruzilhadas quando a criou) e termos manifestações de seres negativos para nos auxiliarem.
Pois, por ser uma Religião, e com o propósito de nos tornar manifestadores de Deus, como poderia Deus colocar ao nosso lado um Guia (que é um manifestador d´Ele) que nos levaria para o buraco? Que aumentaria nossos desequilíbrios?
Ou seja: se você, Irmão, tiver uma intenção boa e não souber como exteriorizá-la pois ainda não sabe o como fazê-la, ou está confuso em algumas decisões, ai está Exu Mirim.
Peça auxílio a Exu Mirim e esse auxílio virá de forma a descomplicar, desatrapalhar e desenrolar as suas idéias para que fiquem mais claras e objetivas.
Mas, atenção, Caro Irmão!
Do mesmo jeito Exu Mirim acolhe uma idéia boa e faz de tudo pra que ela exteriorize, pois são muito espertos, atentos, curiosos em suas ações, cuidado com suas intenções, pois, se a intenção é qualquer coisa contra a Lei Maior e a Justiça Divina, principalmente aquelas que fazem com que outras mentes sejam influenciadas e/ou induzidas ao erro perante essas Forças de nosso Pai Amado Olorum, ai é que Exu Mirim ativa o seu Mistério Divino de forma a exteriorizar tal intenção para que fique claro aos olhos de todos que vem, o ridículo, a negatividade, a exposição das suas intenções.
Então, tenhamos muito cuidado pois, eu particularmente, não gosto de nomear um Orixá para um ano, mas, enquanto estou editando esse texto, os Exus Mirins aqui presentes me passam essa mensagem:
“Esse é o Nosso ano, como todos os outros: o Ano da Intenção. Sendo boa ou má, lhe mostrarei a minha ação!”
Laroyê, Exu Mirim! Exu Mirim é Mojubá!
Saravá a Umbanda Salve todos os Irmãos!
E que todos tenhamos um ótimo ano novo!
... e boas intenções
Para saber mais: Livro: Orixá Exu Mirim – Autor: Rubens Saraceni – Editora: Madras
Texto por: Franz Meier
http://umbandaconscienciaejuventude.blogspot.com/

PAI OXÓSSI


Oxóssi (A mata estava escura, um Anjo iluminou...)



"A mata estava escura,

Um anjo iluminou

Do centro da mata virgem,

Foi seu Oxóssi quem chegou


Mas ele é o rei, ele é rei, ele é o rei

Mas ele é o rei da Aruanda ele é o rei"
Deus da caça, é ligado às matas. Alegre, jovial, expansivo e irrequieto, tem enorme popularidade na Bahia.
Oxossi é o Orixá que revela a importância da caça entre os povos africanos, com reflexos no culto religioso, lembrando que antigamente na África os caçadores eram os responsáveis pelo sustento e manutenção das aldeias.
Sendo um caçador, é o Orixá que garante a fartura, o sustento, a alimentação e a prosperidade ao ser humano. Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai da míngua e da falta de provisão. Muitas vezes é chamado de Odé Wawá, ou seja, "Caçador dos Céus".
Na Umbanda Oxossi é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião e recebe o título de Rei das Matas.
Oxossi é caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento, logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
Oxossi é a busca, é a procura, é a curiosidade, é o movimento contínuo na evolução dos seres, na apresentação de novos conhecimentos e de novos horizontes. Simbolicamente representamos Oxossi com sete setas que são as sete buscas contínuas do ser. Oxossi expande, irradia e impele os seres.

Data festiva: 20 de janeiro
Saudação: Okê Arô! Que significa "Salve o Grande Caçador!"
Símbolo: Arco e flecha
Sincretismo religioso: São Sebastião
Cores: verde
Instrumentos: Ofá, arco e flecha, Iruqueré, cetro feito com pelos do rabo do touro, Oge, Chifres de touro
Pedra: Esmeralda, Amazonita, Quartzo verde
Ervas principais: Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum, Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Mangueira, Desata Nó, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto.
Oferendas: Milho cozido, frutas, milho com fatias de coco, vinho tinto, água de coco, caldo de cana, flores do campo
Ponto de força: Matas

Impressões de um iniciante


Mais um Excelente Texto originalmente postado no
Em sua 4ª Edição Virtual.
Visite o site e confira o jornal na integra
Alexandre Cumino
Impressões de um iniciante
Por: Antonio Biso dos Santos
e-mail: Antonio@bishoppersianas.com.br
Sentados nas fileiras dos consulentes, olhamos para dentro do congá e vemos nestes médiuns a
espiritualização que almejamos.
São como que mensageiros, verdadeiros anjos, seres especiais, com uma grande missão: amparar
e ajudar a humanidade! Por estar próximo a estes seres humanos diferentes sentimos a grande aura do
espírito que se comunica, e um facho da essência de DEUS. Médiuns de UMBANDA e suas entidades,
para quem olha de fora são médicos de DEUS, com poder de abrandar nossas dores físicas e curar os
males do corpo. São advogados dos CÉUS, com missão de fazer a justiça de que necessitamos. São
senhores da MAGIA capazes de transformar pó em ouro, escriturários em doutores, auxiliares em chefes,
indiferença em AMOR, ignorância em SABER. É ISTO MESMO?
Sentado nas fileiras dos consulentes, é isto mesmo!
Após adentrar para a corrente mediúnica observo como os médiuns de UMBANDA são pessoas
comuns, com profissões comuns, com vida comum, pensamentos comuns. E em alguns casos me
decepciono por que alguns guardam mágoas, são vingativos, fofoqueiros, maledicentes, orgulhosos,
vaidosos, e indiferentes ao que acontece no astral. Como entender isto? Em pessoas especiais, médiuns
que acoplam em seus corpos seres divinos, como entender que os conselhos, a sabedoria, a
determinação e a coragem de seus guias não transformem seus mentais, não toque em seus corações,
como entender isto?
Não espere resposta a este conflito nas próximas linhas, pois eu não entendo! Mas, refletindo
sobre isto, um destes enviados divinos assopra aos meus ouvidos: Lembra-se do que é merecimento,
liberdade de escolha, dívidas passadas, carmas e justiça divina? Lembra-se filho?
Conforme vamos seguindo neste caminho escolhido, o “caminho espiritual”, começamos a
entender algumas das máximas Umbandistas de uma maneira intima: umbanda é a escola da vida,
acolher a todos e a nenhum virar as costas, aprender com quem saiba mais ensinar a quem saiba menos.
Dentro do terreiro é o melhor lugar para exercitar a tolerância, aceitar as diferenças, propagar o perdão,
respeitar os diferentes níveis de cada um, seja social, cultural, moral ou evolutivo. É o lugar certo para se
aprender que a justiça divina existe e a esta justiça não se contesta, se aceita, pois desconhecemos os
direitos e deveres de cada um perante DEUS.
E justiça não é aquilo que nos favorece, justiça é algo de DEUS para com todos.
O caminho espiritual é um caminho solitário onde alguns são tocados e outros não, mas todos
estão no caminho e em algum momento nesta caminhada, em diferentes épocas e estágios, todos
deveram ser tocados pelo respeito às diferenças e pela aceitação das mesmas. Além da resignada lição
de todos os dias que a escola da vida nos ensina.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dia de Combate à Intolerancia Religiosa

Dia de Combate à Intolerancia Religiosa

WAGNER BORGES


NAS MÃOS DO ANCIÃO DOS DIAS – IV*

O meu caminho é o Teu.
E eu sei que, se bater em Tua porta, Tu me atenderás.
Porque eu entrei na noite escura, e Tu me resgataste.
No meu momento mais difícil, foi a Tua Mão que me segurou.
Eu quase caí no abismo... Mas Tu tinhas fé em mim.
A fé que eu não tive por Ti... E que, agora, me faz cantar.
Antes, eu via a luz do sol, mas não me admirava com o brilho.
E olhava a lua e o céu estrelado com ceticismo e arrogância.
Porque eu não percebia a Tua Mão sustentando a matriz dos universos.
E a vida me parecia um acidente cósmico, uma mera circunstância vital...
Ah, Meu Pai, eu estava louco! E, mesmo assim, Tu tinhas fé em mim.
Porque Tu vias algo bom em meu coração, que eu mesmo não via.
E eu quase abracei as trevas... Até que a dor me fez repensar as coisas.
E, aí, Tu me abraçaste, em espírito e verdade, e eu renasci...
E, do fundo do meu Ser, brotou uma canção de Amor e Fé.
E tudo mudou... E a luz do sol, a lua e as estrelas ficaram lindas.
Porque o meu olhar mudou e eu passei a ver a Tua Mão sustentando tudo.
E tu não eras um velho barbudo e controlador, mas o Amor mais lindo de todos.
E Tu nunca me condenaste. Porque o Teu Amor é incondicional.
E Tu conheces todos os corações, eu sei. Mesmo aqueles que Te desconhecem.
Ah, se hoje eu canto, é porque a Tua Mão me sustenta na jornada...
E, se estou vivo, é por Tua causa. E, se amo, é porque o Teu Amor me fez assim.
E continuarei cantando... Até que Tu me leves de volta para o plano espiritual.
E só Tu sabes a hora certa disso. Porque a vida não é um acidente cósmico.
Porque a Tua Mão teceu o Grande Mistério, da tapeçaria sideral e dos corações.
E, sem a arrogância toldando a minha visão, eu vi o Teu Toque em tudo.
Ah, tudo mudou! E a canção brotou, em espírito e verdade. Por Tua Graça.
E eu continuarei cantando... Sim, com Fé e Luz, até que Tu me leves...

P.S.:
Deus, Brahman, Papai do Céu, Mãe Divina, Grande Mãe, Grande Espírito. Jeová, Alá, Tupã, Zambi, Grande Arquiteto Do Universo, Pai Celestial, O Todo, O Supremo... São muitos os nomes pelos quais os homens da Terra Te chamam, mas, aqui e agora, o meu coração Te chama como Te sente: “O AMOR MAIS LINDO DE TODOS!”

(Dedicado a todos aqueles que atravessam as provas do mundo sem jamais renegarem a espiritualidade em seus corações, e que sentem um Grande Amor norteando suas jornadas, humanas e espirituais.)

Na Fé!
Paz e Luz.

- Wagner Borges – olhando a vida como o Amor olha...**
São Paulo, 28 de dezembro de 2010.

- Notas:
* As três primeiras partes desse texto estão postadas no site do IPPB – www.ippb.org.br -, nos seguintes endereços específicos:
Parte III –
** Escrevi essas linhas por um impulso espiritual, sem nem saber por que... Mas, Deus sabe. E é isso o que importa. Eu só sei sentir, sentir, sentir...
Obs.: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, lembrei-me de uma canção que brotou do coração da sabedoria hindu. Segue-se a mesma logo abaixo.




CANÇÃO DE MIRA

De que plagas tu provéns, viajante?
Para que plagas te diriges?...
Em tua cega caminhada
Esqueceste o teu objetivo?

Não passa este mundo de uma estalagem.
Teu verdadeiro lar jaz muito longe.
Não te percas no dédalo do Carma,
Ó peregrino da estrela!

Por que recolher coloridas pedras,
E Lamentar dores passadas?
Mergulha fundo, se queres ganhar
A pérola que sabes sem jaças.

Semente alguma germina no solo da oração,
Mas floresce no próprio seio de Deus.
Íngreme é a subida, invisível a meta...
Ilumine-se, porém, a noite com a luz da fé.



ECOLOGIA CONSCIENCIAL

Em épocas de crise, as pessoas tentam buscar soluções não convencionais. E não há dúvida de que o ser humano tem vivido uma crise existencial há séculos.
No momento atual, entretanto, a crise, além de ser existencial, também é política, econômica, familiar, social, ambiental, sexual e energética.
Urge que o ser humano descubra soluções alternativas para seus problemas de manifestação desequilibrada no plano físico.
Entretanto, muito mais importante que a problemática infantil, gerada pela imaturidade consciencial, é o desequilíbrio mental e emocional que o planeta vive.
Tem-se falado muito em preservação da natureza e em conservação dos valores ecológicos, porém, este questionamento deveria ser mais profundo.
Se o ser humano questionasse mais a sua consciência, não poderia ele descobrir que a existência do desequilíbrio ecológico não é um simples resultado do total desequilíbrio em suas relações interiores?
A falta de ecologia na consciência tem gerado uma situção difícil e até perigosa para a manifestação da consciência encarnada no plano físico.
O ser humano ainda se encontra na faixa vibratória dos animais, afinal, não é a sua própria cultura que diz que o homem é um animal racional?
Entretanto, em certos casos, o homem chega a estar abaixo da faixa vibratória dos animais, afinal, qual é o animal que destrói a própria casa em que mora?
O ser humano é uma criatura sem paralelos no Universo, pois, qual é a criatura que mata com tanto prazer e requinte o seu semelhante?
Será que haveria no Universo uma raça tão imatura como esta que habita esse triste terceiro planeta?
Se houvesse um mínimo de ecologia consciencial, haveria mais equilíbrio no ecossistema mental e, consequentemente, mais equilíbrio na ecologia do planeta.
A preservação da natureza tem de iniciar-se no mundo íntimo do homem e não no mundo exterior.
Se há equilíbrio na consciência, há equilíbrio também no planeta!*

Paz e Luz!

- Ramatís
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Texto extraído do livro “Viagem Espiritual – Vol. 1” – Editora Zennex – 1993.)

- Nota:
* “Deve todo adepto saber que a regra por excelência das relações com o invisível é a lei das afinidades e atrações. Nesse domínio, quem procura baixos objetivos os encontra, e com eles se rebaixa; aquele que aspira às remontadas culminâncias, cedo ou tarde as atinge e delas faz pedestal para novas ascensões.
Se desejais manifestações de ordem elevada, fazei esforços por elevar-vos a vós mesmos. O bom êxito da experimentação, no que ela tem de belo e grandioso – a comunhão com o mundo superior – não o obtém o mais sábio, mas o mais digno, o melhor, aquele que tem mais paciência, consciência e moralidade.”
(Trecho extraído do livro “No Invisível” - de Léon Denis – edição da FEB – Federação Espírita Brasileira).

domingo, 16 de janeiro de 2011

ORAÇÃO DO CORAÇÃO



Oração do Coração
Abro o meu coração para a nova realidade que a vida me oferece.
Abro meu coração e enxergo um novo mundo e uma nova humanidade.
Seres que se amam resplandecem à minha frente.
A fraternidade é revelada a cada ação, a cada passo.
A Luz resplandece soberana através do semblante de cada ser.
O Amor jorra de seus corações ininterruptamente.
Suas mãos transparentes são pura Luz.
A Luz que toca e resgata a Perfeição.
Seus pés roçam suavemente a terra fértil.
E a terra devolve o carinho revelando a abundância de suas cores.
A mente cria, o coração alimenta, a ação consolida um planeta de Paz.
O sol aquece, o ar ameniza, a terra resplandece vida pelo banho suave das águas cristalinas.
Tudo é Luz, Paz, Perfeição! Esse é o mundo que almejo habitar.
O mundo cuja lembrança paira no fundo do meu ser.
O mundo de onde vim e para o qual quero voltar.
O mundo que hoje compartilha comigo o seu segredo.
O mundo que sussurra em meus ouvidos a premência que tenho de nele mergulhar.
O mundo que se mostra a mim através do palpitar de cada coração.
O mundo da verdade. O mundo onde toda ilusão foi dissolvida.
O mundo que se alicerça na força do Amor.
O mundo que não reconhece diferenças.
O mundo que é povoado por uma única nação, a nação dos Filhos da Luz.
Filhos que caminham soberanos pelo Planeta Azul.
O mundo que resgata a sua história através da história de cada um de seus habitantes.
Os Filhos da Luz que se reconhecem e que expressam total gratidão.
Gratidão pelo divino aprendizado que devolveu a todos o sentido do viver.
O viver que só é pleno quando o coração traça o norte, revelando a unidade que põe fim à separação.
Hoje, finalmente, sou o Filho de Deus que expressa às virtudes do Pai.
Hoje EU SOU.


(Mensagem enviada pela UFC - União da Família Cósmica)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

OKÊ ARÔ , MEU PAI OXÓSSI !!!

Oxóssi é o que basta a si mesmo! É a divindade da caça que vive nas florestas e está relacionado com as árvores e os antepassados. Relaciona-se também com os animais, cujos gritos imita com perfeição, caçador valente, ágil e generoso propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Gera progresso e riqueza ao homem e a manutenção do sustento pois traz alimentação em abundancia. Como é associado à figura de um caçador, transmite a seus filhos as principais características necessárias para essa atividade: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Oxóssi é sincretizado com São Sebastião e comemorado no dia 20 de janeiro. Sua cor é a verde, seu principal símbolo é o arco e flecha, seu metal é o bronze, o dia da semana é a quinta feira e suas principais pedras são a esmeralda, a amazonita e o quartzo verde.
Oração à Oxossi:
Meu pai Oxóssi, vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos com a vossa energia, para nos curar de nossos males!
Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança e a coragem necessária para suportarmos as dificuldades a serem superadas!
Dai-nos a paz de espírito e a sabedoria para que possamos compreender e perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nossos guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.
Dai-nos paciência para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!
Dai-nos tranquilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!
Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de acalento e conforto àqueles que sofrem de enfermidades para as quais, na matéria, não há cura!
Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!
Dai-nos, enfim, a vossa proteção e a certeza de que quando um caboclo, num gesto de humildade, baixar até nós, ali estará a vossa vibração!
Escrito por Mãe Mônica Caraccio

 Pontos Cantados de Oxóssi

Quem manda na mata é Oxóssi oxossi
Oxóssi é caçador,Oxóssi é caçador
Eu vi meu pai assoviar
Eu já mandei chamar
É da Aruanda ê
É da Aruanda ah
Baixe Aqui:
  Quem manda na mata é Oxóssi (877.6 KiB, 294 hits)
ô lá nas matas
Lá na Jurema
É uma lei severa
É um lei sem pena
Senhor Oxóssi que o dono da lua
Só vem ao mundo para clarear
Quem me dera ver senhor Oxóssi
Para com ele eu poder falar
Eu vi chover eu vi relampiar
Mas mesmo assim o céu estava azul
Afirma ponto na folha da jurema
Que Oxóssi é dono do maracatu
Baixe Aqui:
  Lei Severa - Oxóssi (2.0 MiB, 284 hits)
Aqui nessa aldeia tem um caboclo que ele é real
Ele não mora longe mora aqui mesmo nesse canzuá
Baixe Aqui:
  Saudação à Oxóssi - Caboclo Real (1.6 MiB, 184 hits)
Caboclo roxo da pele morena
Ele é Oxóssi caçador lá da Jurema
Ele jurou e tornou jurar
Pelos conselhos que a Jurema vai lhe dar
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Fonte:
http://broguis.com.br/curimbando/downloads/orixas/oxossi.html

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MENSAGEM DOS MESTRES

2011 – O ANO DA SABEDORIA DIVINA E DO AMOR

Uma mensagem de Kate Spreckley

4 de Janeiro de 2011


2011 verá mudanças e transformações tremendas. Tudo o que curamos, liberamos, compreendemos e percebemos durante 2010, trará uma onda de elevada energia no primeiro semestre de 2011. As mudanças continuarão a ocorrer na consciência coletiva, trazendo novos inícios que se tornarão rapidamente estáveis. Isto nos permitirá lidar eficazmente com as conseqüências de nossas escolhas passadas, tanto a um nível coletivo, quanto individual, encorajando-nos a fazer as mudanças e escolhas necessárias que trarão um novo equilíbrio.

2011 nos virá emergir de nosso estado isolado e protegido, para entrarmos em uma consciência maior de nosso potencial de crescermos e desenvolvermos Espiritualmente como uma raça humana. Muitos mais despertarão para a compreensão de sua Essência Divina, e situações e eventos dramáticos abrirão novas vias Espirituais para a exploração individual, permitindo a conclusão e a resolução como um tema ao longo do ano.

Enquanto liberamos e completamos as lições do passado, a energia deste ano decodificará mais dos padrões mantidos em nosso DNA. Enquanto os velhos padrões do desequilíbrio se desintegram, nossos corações continuarão a curar, criando novos padrões de amor e de compaixão. Muitos, através deste processo, começarão a compreender e perceber plenamente a verdadeira natureza de sua vida física.

Durante 2011, compreenderemos profundamente que contido em todo e cada indivíduo está a Unidade do Universo. Esta Unidade é composta de muitos aspectos minúsculos da Criação e estes pequenos aspectos estão entrando continuamente em harmonia e equilíbrio. Enquanto avançamos em 2011, a habilidade em unir estes aspectos emergirá, expandindo a sua consciência e a sua re-conexão com os reinos mais elevados do Espírito.

Enquanto este ano revela algumas experiências remanescentes, desafios e situações que dificultam o seu progresso em direção à unidade estarão expostos. Todos os bloqueios energéticos e emocionais se dissolverão, encorajando a expressão de sua verdadeira essência Espiritual em sua vida física. Trabalhar conscientemente com a energia da unidade em si mesmo, satisfará as mais profundas necessidades de sua Alma e de seu Espírito, trazendo o conceito de Consciência de Unidade à realidade física e iniciando as mudanças necessárias no mundo.

Em 2011, vocês ficarão encorajados ao se perceberem e a cada Alma Humana, como uma visão da sabedoria e do amor Divino. Vocês serão solicitados a se erguerem da sua apatia e negatividade e a unirem o seu corpo, mente e Espírito através do seu coração. A aprenderem a se aceitarem e a todos os outros com amor e compaixão altruísta, e verem as forças do amor incondicional que se encontram abaixo da superfície de nossa consciência cotidiana. Vocês despertarão plenamente para a verdade de que são uma parte inseparável do Divino Criador. Não há separação e nem distância entre vocês e o Divino Criador. O mesmo fluxo de consciência que flui do Divino Criador flui através de vocês e de toda e cada coisa viva.

Seguir o caminho do seu coração lhes permitirá alcançar todos os mistérios e encantos da felicidade, da paz, da alegria, da beleza e do amor. Através do seu coração vocês têm um caminho que alcança o próprio coração do Divino Criador. Vocês acenam ao longo deste caminho, em busca de incalculáveis riquezas que estão enterradas dentro da caverna do seu coração. A chave é acessar os potenciais mais elevados do amor humano e Divino que lhe trarão a liberdade do amor incondicional. Aliem-se à fonte da Divindade que reside em seu coração e a acolham com verdadeira alegria. Vivam e ajam na Terra de forma impecável, não perturbem a harmonia, o equilíbrio e a beleza do ambiente. Aprendam a ouvir e a compreender o mundo natural a sua volta – o sol, a lua, as estrelas, o vento, as florestas, os oceanos, os rios e lagos, os animais. Sigam as leis da natureza e respeitem toda a vida.

Este artigo pode ser publicado como é, sem mudanças e com todos os links ativos. Direitos Autorais 2010 Kate Spreclkey
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
http://www.anjodeluz.net/Kate%20%20Ann%20Spreckley/2011_sabedoria_d...

PROJETO LAÇOS DE FAMÍLIA

O AMOR E A DÁDIVA DA CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL

                 
Trazer a cura aos relacionamentos familiares pode ser um dos aspectos mais difíceis do processo de cura espiritual. A razão para isto é que escolhemos encarnar dentro de nossas famílias específicas com o propósito de cura e de crescimento, o que muitas vezes desafia profundamente a essência de nosso ser. Para muitos de nós pode parecer como se a cura fosse exatamente o oposto do que estamos recebendo com as nossas famílias, enquanto suportamos as dificuldades e limitações dos nossos relacionamentos com os nossos pais e irmãos.
Antes de encarnarmos, escolhemos famílias que possam trazer à superfície questões e temas específicos que a nossa alma deseja explorar, aprender e curar. Geralmente estas questões são desafiadoras e trazem à superfície desconforto que preferiríamos evitar, ao invés de enfrentarmos. Algumas pessoas interagem com este desconforto, colocando a culpa em seus pais ou na situação em que nasceram, o que proporciona uma saída temporária para a dor emocional que elas experienciam, mas que principalmente, impede o livre fluxo do amor, da luz e da cura no coração.
À medida que crescemos pessoal e espiritualmente, chega um momento em que somos chamados a nos libertarmos da dor emocional que carregamos desde a nossa infância. Há etapas neste processo, que podem exigir um tempo mais curto ou mais longo, ou que podem envolver muitas existências de aprendizagem.
O primeiro passo a darmos é nos tornarmos conscientes da dor que estamos carregando. Se reprimirmos estes sentimentos, eles emergirão quando estivermos preparados para enfrentá-los. Algumas vezes um evento tal como uma doença ou uma perda pode esclarecer os sentimentos que enterramos ou nos esquecemos. Uma vez que nos tornemos conscientes da dor e nos permitimos simplesmente senti-la, a cura pode começar. Estar com a dor e trazê-la diante de Deus é uma parte essencial do processo. Deste modo não estamos sozinhos, pois o Criador Divino, Tudo vê, ouve e sente conosco. Isto pode ser feito com a prece, com a intenção, a meditação, a expressão criativa ou qualquer forma que ressoe.
Uma vez que nos tornemos mais conscientes da dor que carregamos, o próximo passo envolve a disposição de deixar ir a nossa dor. Embora aparentemente possa parecer estranho querer se apegar à dor, há muitas emoções profundas que podem se enraizar dentro de nós, e se envolverem em nosso senso de identidade. Nós nos apegamos inconscientemente à dor, porque ela é tudo o que já conhecemos. Por exemplo, se estivermos mantendo a raiva, a mágoa ou a traição, somos solicitados a perdoar e a seguir em frente. Se formos a vítima do abuso ou da negligência, somos solicitados a deixar ir a nossa raiva e o nosso direito de estarmos com raiva. Esta parte do processo não pode ser apressada, por isto é tão importante estarmos dispostos a sentir primeiramente as nossas emoções plenamente. Uma vez que isto aconteça, o próximo passo da cura se desenrola naturalmente.
Uma vez que tenhamos percorrido estes passos de nos tornarmos conscientes, sentindo a nossa dor e estarmos dispostos a deixar ir, então estamos totalmente disponíveis a receber uma cura profunda e completa. Enquanto nos esvaziamos voluntariamente destas coisas as quais estivemos nos apegando, mais do amor e da luz de Deus pode entrar em nosso coração, mente e corpo. Os caminhos da vida começam a se abrir e a revelar novas direções, novas possibilidades e novas escolhas. Nossos corações começam a se abrir e o amor floresce, o perdão se torna um modo de ser, e a consciência espiritual desperta dentro de nós. Estas são as dádivas que vêm através da cura dos relacionamentos familiares, um coração cheio de amor e de confiança, não sobrecarregado pela dor do passado.
Mashubi Rochell é conselheira espiritual e a fundadora do World Blessings, uma comunidade on line de apoio espiritual que oferece a orientação e a cura espiritual a pessoas de todos os credos.
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
http://www.anjodeluz.net/Mashubi%20Rochell/curando_rela_familiares.htm

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ODE AOS MALANDROS


Texto originalmente postado no
Em sua 4ª Edição Virtual.
Visite o site e confira o jornal na integra
Alexandre Cumino
alexandrecumino@uol.com.br

ODE AOS MALANDROS
Mensagem do Sr Zé Navalha
Boa Noite senhores da noite e do dia, das ruas vazias e das avenidas lotadas,
Que ganham a vida balançando nos coletivos,
Em meio à pobreza aparente que é material, Mas nunca de espirito.
Andamos nos meios onde somos chamados
Desde a Encruzilhada até o Campo Santo,
Da Ferrovia até a Ladeira.
Da rua asfaltada à estrada de terra,
Sou Malandro e quem não é,
Viver é malandragem pura, no bom sentido,
Na Fé da Oração a Nossa Senhora à Mironga do Candomblé,
Sentado à beira do Cruzeiro oro pelas almas que estão a pé,
Sem rumo na vida depois da vida,
No meu paletó branco, no lenço vermelho,
Enxugo uma lágrima sofrida e meu chapéu tiro àqueles que lutam,
À mãe solteira, à mãe abandonada, pela criança órfã,
Aos doentes que se curam na Fé,
Aos que vivem nas periferias na Fé da labuta na noite e no dia,
Tiro meu chapéu àqueles que na sua Fé fazem o bem onde quer que seja:
Sou Zé,
Sou Maria,
Sou Negro,
Sou Branco,
De Punhal, de Navalha e até Rosa e Cravo na mão,
Estou na luta no lado de lá, não facilito nada, apenas gingo,
Pra lá e pra cá e passo no jogo de cintura pela vida apertada.
Estou aqui para te escutar, te entender e mostrar que rumo tomar
Vou na Fé, na sua, na minha, na de Deus, mas vou, sempre...
Mensagem ditada por Sr Zé Navalha
Recebida por Rafael Martins Marcondes e dedicado a todos
aqueles que Malandramente vivem, lutam e ajudam.

LEITURA UMBANDISTA


A Literatura de Rubens Saraceni:
Uma Reflexão
Por Alexandre Cumino
Rubens Saraceni é o mais procurado entre os autores umbandistas da atualidade. Podemos estudá-lo como um fenômeno de fato e de direito dentro desta realidade umbandista, na qual, fez uma revolução na forma de relacionar-se com a mediunidade de psicografia em nosso meio. Passando a apresentar uma obra de romances mediúnicos umbandistas, transmitidos por um preto-velho, Pai Benedito de Aruanda. Algo que é tão comum no espiritismo de Kardec e tão difundido por Chico Xavier ainda não havia sido bem aproveitado na Umbanda.
Publicou inicialmente O Guardião da Meia Noite e o Cavaleiro da Estrela da Guia que se tornariam, em pouco tempo, os títulos mais lidos entre os Umbandistas. Encontrou, o autor, apoio irrestrito na pessoa do Sr. Wagner Veneziani Costa, presidente da Editora Madras, para a publicação e divulgação dos títulos umbandistas e de todos que o próprio Rubens vier a apresentar ao publico.
Rubens Saraceni e a Editora Madras mudaram um paradigma no mundo livreiro, pois as grandes editoras e livrarias não aceitavam títulos de Umbanda e os mesmos eram encontrados apenas em lojas de artigos religiosos, agora outras editoras já se animam em publicar títulos de umbanda e outros umbandistas se sentiram incentivados, impelidos (também), a psicografar romances umbandistas e obras doutrinárias.
Rubens Saraceni conta hoje com mais de cinqüenta títulos publicados pela Editora Madras, além dos já tradicionais e consagrados romances mediúnicos umbandistas de sua autoria, também brindou a Umbanda e os umbandistas com uma vasta obra de conteúdo doutrinário e teológico. É possível identificar em sua Teologia de Umbanda novos conceitos e a releitura de alguns pontos já a muito abordado por outros autores. Afirma o médium que tem guardados ainda dezenas de títulos prontos, alguns já psicografados a anos, esperando o momento certo de sua publicação.
Em seu primeiro livro doutrinário, Umbanda o Ritual do Culto à Natureza - 1990 (Reeditado pela Ed. Madras com o título Umbanda Sagrada: Religião, Ciência, Magia e Mistério), é possível encontrar uma semente da linha teológica que marca a obra o autor, já trazia uma boa consistência e marcava sua postura com relação ao universo em que começava a transitar, a literatura umbandista. Logo na introdução do livro (Apresentação e Uma Palavra do Autor) podemos ter uma idéia “de onde vem e para onde vai” esta obra e este autor, coloco abaixo algumas passagens que marcam este perfil. Aqui me refiro sempre ao autor (médium) pois nem sempre as obras são psicografadas pela mesma entidade e há títulos escritos por ele próprio também, vejamos alguns traços e conceitos que marcam sua obra:
Título: Umbanda Sagrada: Religião, Ciência, Magia e Mistério 
Apresentação

Este livro foi formado a partir de mensagens transmitidas por entidades do Ritual de Umbanda que se identificam no final de cada trecho, mensagens estas que não são de natureza iniciática, mas tão somente esclarecedoras de alguns aspectos e elementos do todo nominado “Umbanda Sagrada”[...]

Neste caso, parece-nos que este livro guarda uma coerência bastante grande com todos os outros livros inspirados pelos mestres da Luz: o de trilhar num meio termo entre o popular e o iniciático, ou entre o exotérico e o esotérico [...]

(Umbanda) não pode ser contida ou apreendida no seu todo por quem quer que seja. O mais que alguém poderá conseguir será captar partes desse todo [...]

Umbanda traz em si energia divina viva e atuante, à qual nos sintonizamos a partir de nossas vibrações mentais, racionais e emocionais. Energias estas que se amoldam segundo nosso entendimento de mundo.

... os mestres nos ensinam que o “Verbo” não está contido numa só língua ou grafia iniciática, mas que, quando verdadeira é a língua ou grafia, através dela o “Verbo” se manifesta.
Logo, se um irmão de fé num grau não iniciático, mas instruído pelo seu mentor, riscar um ponto análogo às forças do seu regente , ativará forças análogas àquelas ativadas pelo mais profundo dos conhecedores da Lei de Pemba [...]

E neste ponto reside e se manifesta toda a grandeza da Umbanda: os orixás não olham o grau de ninguém, apenas esperam que cada um contribua com seu corpo, sua boa vontade, sua fé, e também com o que de melhor temos a oferecer-lhes: nosso amor! [...]

Uma Palavra do Autor

Ali está uma boa parte dos fundamentos da Umbanda, seu ritual é aberto ao aperfeiçoamento constante...

Tudo o que as grandes religiões castram nos seus fiéis, o ritual umbandista incentiva nas pessoas que dele se aproximam. Nada tem a ocultar, mas sim a ensinar àqueles que querem penetrar nos seus mistérios. [...]

Observando estes que são os primeiros textos de Rubens Saraceni (1990) podemos vislumbrar a proposta de fazer um “caminho do meio” para a Umbanda, entre o esotérico (fechado) e o exotérico (aberto). Pretende mostrar que a Umbanda revela os grandes mistérios, os arcanos, de uma forma simples e acessível, sem a necessidade de segredos e rituais complicados. Com o tempo passou a apresentar conceitos “chaves” para o entendimento da religião, por meio dos quais trouxe todo um conjunto de informações sobre campos ainda inexplorados, mal explicados ou pouco compreendidos como: Os Tronos de Deus, O Setenário Sagrado, Sete Linhas de Umbanda, Gênese de Umbanda, Androgenesia, Fatores de Deus, Ciência dos Entrecruzamentos, Escrita Mágica e etc.
Um conceito fundamental na obra de Rubens Saraceni é o Setenário Sagrado, no qual se assentam as Sete Vibrações de Deus que fundamentam tudo o que se relaciona com o mistério do número sete na criação, que é a base de entendimento das Sete Linhas de Umbanda. Da forma como lhe foi passado por Pai Benedito de Aruanda, Sete Linhas de Umbanda são Sete vibrações de Deus, pelas quais Ele criou tudo e todos. Toda a criação leva a marca destas sete vibrações. Todos os Orixás se encontram nelas, cada linha é associada a uma essência, um elemento, e suas respectivas cores e divindades correspondentes.[1]
Agora vejamos algumas considerações sobre a Umbanda que marcam a obra de Rubens Saraceni, com o objetivo de fazer uma reflexão sobre os mesmos:

Título: Umbanda Sagrada: Religião, Ciência, Magia e Mistério 

A Umbanda nada mais é que um retorno à simplicidade em cultuar a Deus; em aceitá-Lo como algo do qual nós também fazemos parte [...]
Na simplicidade do ritual umbandista é que reside sua força, pois não adianta um templo luxuoso cheio de pessoas ignorantes sobre a natureza do Ser Divino [...] p.18
Esta é a essência da Umbanda: cada umbandista é um templo do seu culto. Este é um mistério sagrado que sempre esteve oculto dos homens. Não interessa as grandes religiões ensiná-lo, pois assim perderiam o domínio sobre o adepto. p.20 [2]


Título: Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada

Se a Umbanda é uma religião nova, seus valores religiosos fundamentais são ancestrais e foram herdados de culturas religiosas anteriores ao cristianismo.
A Umbanda tem na sua base de formação  os cultos afros, os cultos nativos, a doutrina espírita kardecista, a religião católica e um pouco da religião oriental (budismo e hinduismo) e também da magia, pois é uma religião magística por excelência, o que a distingue e a honra, porque dentro dos seus templos a magia negativa é combatida e anulada pelos espíritos que neles se manifestam incorporando nos seus médiuns.[3]


Título: Os Arquétipos da Umbanda

A Umbanda é fé, religião, magia e espiritualização na vida dos seus seguidores.
Ela é como é porque assim foi pensada por Deus, concretizada pelos sagrados Orixás e colocada para todos pela espiritualidade. [4]


Título: As Sete Linhas de Umbanda

As entidades que atuam na Umbanda não são apenas de uma raça ou religião. Vêm de todos os lugares da Terra e trazem consigo os seus últimos ensinamentos religiosos, porém já purificados dos tabus criados pelos encarnados.[5]


Título: Tratado Geral de Umbanda

_ Sim, há um iniciador da Umbanda no plano material e este é Pai Zélio de Moraes.
Quanto aos que propugnam que ela teve um início em eras remotas ou entre outros povos, estes fazem apenas um exercício de comparatividade porque confundem a prática de incorporar espíritos, tão antiga quanto a própria humanidade, com a Umbanda.[6]


Título: Formulário de Consagrações Umbandistas

Sabemos que existem várias correntes de pensamento dentro da Umbanda e também há muitas formas de praticá-la...Não consideramos nenhuma das correntes melhor ou pior e nem mais ou menos importante para a consolidação da Umbanda. Todas foram, são e sempre serão boas e importantes, pois só assim não se estabelecerá um domínio e uma paralisia geral na assimilação e incorporação de novas práticas ou conceitos renovadores.
E por essa pluralidade, temos correntes cristãs, indígenas... tantas correntes de pensamento só enriqueceram ainda mais a nossa religião [...][7]


Título: Código de Umbanda

Imaginemos cada quadrante do universo visível e invisível sendo varrido pelo fluxo contínuo e ordenado de uma Vontade Superior; imaginemos células macrocósmicas e microcósmicas organizadas rigidamente no sentido de garantir este ordenamento.
Imaginemos todas as formas possíveis, das mais densas às mais sutis, todos os seres e criaturas reunidos em uma explosão de vida que perpassa todas as dimensões, submetidas a ciclos vitais inexoráveis; imaginemos a Presença Divina em cada gesto, em cada palavra, em cada vontade nutrida procurando o bem de todos e o consolo de cada um.
Imaginemos tudo isso acontecendo simultaneamente, e estaremos começando a penetrar no universo sublime e maravilhoso do Ritual de Umbanda Sagrada.


Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo, na m’ banda, no médium que sabe lidar tanto com os espíritos quanto com a natureza humana. Umbanda é o portador das qualidades , atributos e atribuições que lhe são conferidas pelos senhores da natureza: os Orixás! Umbanda é o veiculo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, e só um Umbanda está apto a incorporar tanto os do Alto, quanto os do Embaixo, assim como os do Meio, pois ele é, em  si mesmo, um templo.
Umbanda é sinônimo de poder ativo.
Umbanda é sinônimo de curador.
Umbanda é sinônimo de Conselheiro.
Umbanda é sinônimo de intermediador.
Umbanda é sinônimo de filho de fé.
Umbanda é sinônimo de sacerdote.
Umbanda é a religiosidade do religioso.
Umbanda é o veículo...
Umbanda é o mais belo dos templos, onde Deus mais aprecia ser manifestado, ou mesmo onde mais aprecia estar: no intimo do ser humano!...
Umbanda, o sacerdócio; embanda, o chefe do culto; Umbanda, o ritual aberto do culto aos ancestrais.
Umbanda, onde na banda do “Um”, mais um todos nós somos...
Digam que, na banda do “Um”, o rebanho é composto só de pastores, pois “Umbanda” é sacerdócio. [...] pp.37-39


Título: Orixás: Teogonia de Umbanda

Observem que queremos chamar a atenção dos leitores para o fato de que em um século de existência a Umbanda já avançou muito em seus aspectos teóricos e práticos e, no entanto, sempre haverá espaço para novos livros e conceitos, porque ela é uma religião de fato e uma fonte inesgotável de conceitos e informações. Tanto isso é verdade que jamais deixaremos de ter novos livros sobre a religião umbandista, nos quais os autores estarão reavivando a fé dos leitores, abordando aspectos ritualísticos e conceitos doutrinários, sempre movidos pelo intuito de elucidar, esclarecer e instruir a novas gerações umbandistas.
Sim, as novas gerações são as grandes levas de pessoas possuidoras da mediunidade de incorporação que adentram diariamente os templos de Umbanda, ávidas por informações acerca do universo divino da sua nova religião.
Pai Benedito de Aruanda já nos dizia: “Filhos, não temam as críticas cujo único objetivo é destruir a Umbanda porque elas não prosperarão, já que a cada novo dia milhares de espíritos reencarnam e muitos deles já trazem abertas as suas faculdades mediúnicas, faculdades essas que os conduzirão ao encontro das religiões espíritas ou mediúnicas, tais como o Espiritismo, a Umbanda e o Candomblé”.

Pai Benedito também dizia:

“Filhos, a Umbanda é maior que todos os Umbandistas juntos, pois ela é uma religião, e, como tal, sempre abrigará novos fiéis, mostrando a todos que é em si um mistério de Deus, apto a abrigar em seu seio (templos) quantos a procurarem e a adotarem como sua ‘guia’ terrena no caminhos que nos conduzem a Deus”.

Pai Benedito também nos alertava sempre sobre o fato de que, caso alguém quisesse se arvorar em “papa” da Umbanda ou chamasse para si a posse dela, dos seus conceitos e da sua doutrina, logo se veria tão assoberbado que se calaria e se recolheria ao silêncio sepulcral do seu intimo, já que a Umbanda não tem um dono ou papa.

Pai Benedito também nos dizia: “Filhos, a Umbanda é uma religião mediúnica e,como tal, dispensa templos suntuosos, pois onde houver um médium lá estará um dos seus ‘templos vivos’, através do qual a religião fluirá em todo seu esplendor. Portanto, sejam bons e bem esclarecidos médiuns, porque serão a religião”.

Tantas foram as coisas ditas a nós por Pai Benedito de Aruanda que é impossível recordar todas neste momento que escrevo a apresentação deste livro.
Mas se de algumas me recordo é para salientar a sapiência desse nosso amado irmão Preto-Velho que sempre nos alertava: “Filhos, Deus é a verdade e é a fonte divina de todos os mistérios. Só Ele realmente sabe! Quanto a todos nós, espíritos mensageiros e médiuns, somos apenas intérpretes d’Ele e dos Seus mistérios, dos quais temos nossas versões e nada mais”. Logo, caso lhes digam: Esta é a verdade final sobre Deus e sobre seus mistérios – fiquem alertas porque ali estará alguém fazendo proselitismo em causa própria ou é mero especulador.

Se relembro os alertas de Pai Benedito de Aruanda, dados quando ele psicografava através de mim, é porque ele sempre foi um critico ardente de muitos dos comentários sobre os Orixás...
Ele não poupava ninguém quando o assunto era os Orixás e até nos dizia: “Filhos, hoje estão surgindo pessoas, cheias de soberba e sapiência, arvorando-se em arautos do saber sobre os orixás...”

“Lembrem-se”, alertava-nos Pai Benedito, “que orixá é mistério de Deus! E, como tal, assume as feições humanas que lhe dermos. Mas lembrem-se também: existe uma Ciência Divina que explica os mistérios dos orixás de forma científica e, em vez de recorrer aos seus aspectos míticos, os decifra e os ensina através das qualidades divinas que cada um é em si mesmo”.
“Na ‘ciência divina’ está a chave para decifrar os mistérios dos orixás, filhos de Umbanda!”  [...] pp.7-9

– alertava-nos Pai Benedito de Aruanda,
“Na ciência divina existe uma ciência dos entrecruzamentos que nos explica cada orixá cultuado nas religiões africanas puras ou afro-brasileiras.”

Pai Benedito sabia das coisas que nós não conhecíamos, mas que o tempo se encarregou de nos mostrar.


AUTONOMIA DA RELIGIÃO

Todos os terreiros de Um­banda cultuam os “Ori­xás” e é neles que funda­men­tamos a Teogonia de Um­banda, apresentada a to­dos agora, quase um sé­cu­lo após o marco funda­mental dela, lançado pelo senhor Caboclo das Sete En­cruzilhadas através do seu médium Zélio Fernandino de Morais.
Se todos os umbandistas cultuam Olorum, Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oxum, Nana, Obaluaiê, Omu­lu, Oxumaré, Exu, etc., então temos uma teogonia fundamental derivada dos povos “nagôs”, só que adaptados à nossa visão e entendimento, à nossa religião e modo de cultuá-los.
Para cultuarmos os Orixás não pre­cisamos pedir licença a ninguém, muito menos aos nossos irmãos cultuadores deles no Candomblé.
- Os primeiros cristãos não pediram li­cen­ça aos sábios do Templo de Jeru­sa­lém para iniciar o cristianismo, fun­damentado no Velho Testamento e na renovadora mensagem de Jesus Cristo.
- Os primeiros budistas não pediram licença aos seus pares orientais para iniciar sua religião.
- O profeta Maomé não foi à Jerusa­lém pedir licença para iniciar o islamismo, fundamentado no Velho Testamento e na mensagem recebida por ele do Ar­canjo que o incumbiu de fundar uma nova religião.
- A igreja ortodoxa grega não pediu licença a Roma para seguir seu próprio caminho. Apenas se separou dela, e pron­to.
- Os primeiros protestantes da Eu­ropa não fundaram o protestantismo (e seus vários segmentos) com o aval da igreja de Roma, mas como uma dissi­dência a ela e um contraponto ao seu dogmatismo interesseiro e opressor do livre arbítrio dos seus fiéis. Assim tem sido com todas as religiões no decorrer dos tempos e não seria diferente com a Umbanda, pois foi um Cabo­clo, expulso de uma “casa kardecista” e tachado de “Egum” no Candomblé, que sem pedir licença a qualquer religião e sacerdote disse que ali se iniciara uma nova religião, a Umbanda, e ponto final.
Que nos critique e vilipendie quem quiser, mas um dia todos serão “Eguns” e só encontrarão o vazio dos vazios ao desencarnarem, porque das coisas divinas só Olorum é Senhor.
Quanto a nós, espíritos encarnados ou desencarnados, somos seus bene­ficiá­rios, e nós, os umbandistas, temos a nossa interpretação deles e a forma de cultuá-Lo que, se é diferente do Can­domblé, e a nossa interpretação e forma.
Respeite-as quem quiser e aceite-as como válidas também quem for sábio.
Quanto aos que não respeitam nossas interpretações e não aceitam nossa forma de cultuá-Lo, que cuidem dos seus rebanhos porque do rebanho umbandista cuidamos nós, os sacer­dotes umbandistas.


  
No livro Lendas da Criação o autor apresenta uma nova leitura da mitologia dos orixás, fundamentada na Ciência dos Orixás, de uma forma inusitada, sob a psicografia, surge um novo estilo literário. Aparecem longos discursos em diálogos, com toques de humor e ironia, nos quais figuram os Orixás. Pode-se dizer que três personagens roubam a cena, são eles Exu, Pomba-Gira e Exu-Mirim. Os três se movimentam com mesma desenvoltura e no mesmo nível dos outros Orixás, e mais uma novidade Pomba-gira e Exu-mirim assume o status de Orixá. O autor explica que há tronos, divindades, no astral responsáveis por estas duas entidades. E que assim como a entidade Exu tomou o nome do Orixá Exu para se identificar, pode-se tomar o nome da entidade (Exu-mirim ou Pomba-gira) para identificar o Orixá correspondente. E para oferecer mais e melhores explicações publicou os títulos Orixá Pombagira e Orixá Exu Mirim. Rubens é também o primeiro autor a dedicar um livro a Exu-mirim, mais um dos elementos tão discutidos e pouco conhecido dentro da Umbanda.

Título: Livro de Exu: O Mistério Revelado

Este Livro é parte da Teologia de Umbanda Sagrada. Portanto, deve ser lido com atenção e estudado com afinco pois, a partir do seu entendimento, o Mistério Exu assumirá seu verdadeiro lugar na criação divina e seu grau natural, tanto na magia quanto nas hierarquias cósmicas da Lei Maior, como regente dos carmas coletivos e individuais, os quais são trabalhados no plano material, onde são transmutados, esgotados ou anulados.
Seiman Hamiser yê (Ogum Megê “Sete Espadas”)


Título: O Guardião da Meia Noite

Quando comecei a receber a inspiração para escrever este livro, preparei-me mentalmente, pois Pai Benedito de Aruanda havia me dito: “Vou historiar uma experiência fascinante de um velho amigo seu, que pagou o preço do desafio às leis eternas do amor e da compreensão”... contemos a fascinante história do Guardião da meia-Noite. Fascinante porque nos revela, de modo humano, o estranho desenrolar da vida desse personagem que tinha tudo para ter uma vida tranqüila, mas que, infelizmente, pela forma como agiu, provocou o seu próprio tormento, mesmo depois de morto seu corpo carnal.
O Guardião da Meia-Noite é o personagem real que mais coragem teve em nos contar sua terrível história. Hoje ele é um dos melhores servidores da Luz da Lei.
Rubens Saraceni


Título: Os Guardiões dos Sete Portais:
Hash-meir e o Guardião das Sete Portas

Minha mente, como por mágica, volta ao passado – milênios atrás – para trazer ao presente uma história que é baseada só nos princípios da magia sagrada do grande circulo do grande oriente.
Busca num tempo que não há registros históricos, mas é aí em que se encontram todos os fundamentos de quase todas as grandes religiões atuais. Situa-se num tempo em o que hoje tratamos pelo termo magia é apenas um fraco arremedo do passado. Os que hoje se denominam grandes magos, são apenas sombras de um passado, oculto e esquecido pela humanidade.
Talvez seja melhor que seja assim, que os magos atuais já não possuam o mesmo poder, pois era um tempo em que os homens acumulavam grandes poderes sobre o mundo sobrenatural. Era um tempo em que os guardiões dos mistérios sagrados viviam em constante combate com as poderosas forças das trevas.
Foi dessa época que nos chegaram fragmentos para compor esta obra que, com certeza despertará o interesse dos que apreciam o ocultismo e por meio dele tentam encontrar suas origens, seu ancestral místico, suas histórias esquecidas pelo sucessivo ir e vir do espírito eterno nas suas reencarnações.
Foi assim, buscando no passado já esquecido, que encontramos Hash-Meir, um mago do grande círculo do grande oriente que desde o nascimento foi preparado para enfrentar e vencer Ptal, a encarnação do Grande Guardião das Sete Portas das Trevas.
Hash-Meir ora caminha na luz, ora nas trevas, mas sempre com um objetivo: vencer Ptal, o que vinha das trevas para destruir os Templos onde reinava a luz...   

Título: Guardião Sete: O Chanceler do Amor

Este livro não deve ser lido e entendido  só como um romance espiritual porque toda as vivências do seu personagem principal são descrições romanceadas de iniciações e dos campos em que elas acontecem e são aplicadas.
Em momento algum o leitor deve se ater ao sentido literal das palavras porque o que aqui lerão serão descrições “veladas” de mistérios da criação, proibidos de serem revelados abertamente ao plano material da vida.
Esperamos que “os que têm olhos para ver” vejam um pouco mais além do que esta narrativa já está revelando e comecem a entender que os mistérios divinos abrangem muito mais do que o campo que já foi aberto pela literatura espiritualista...
Este livro vem a somar-se a uma série iniciada com Hash-meir e estendida com a série “Guardiões”, tais como: O Guardião da Meia Noite, O Guardião das Sete Portas, O Guardião Tranca Ruas, O Guardião das Sete Encruzilhadas, O Guardião do Fogo Divino, etc.
Todos os livros acima citados têm algo em comum: são descrições de vivências de guardiões que atuam sobre espíritos caídos nas trevas da ignorância...

Título: O Guardião dos Caminhos – Tranca Ruas

O Senhor Tranca-Ruas e outros Senhores Exus Guardiões têm insistido comigo para que psicografe suas histórias , pois só assim os médiuns umbandistas, os espíritas e os espiritualistas, em geral, saberão realmente o que é “Exu”: mistério da Lei e da Vida...
Compreensão: eis a chave de acesso ao mistério que, na Umbanda Sagrada, recebe o nome de Exu. Sempre polêmico, Exu é o ser humano por excelência, já que pensa e age como nós, os encarnados. Ele ama e odeia, deseja e sente vontades, luta e reluta, ganha e perde, vence e é derrotado, dá e tira. Enfim, ele é o espírito que está mais próximo dos encarnados.
Hoje, compreendo Exu, embora já tenha tido várias dúvidas sobre essa tão controvertida entidade da Umbanda. Uma delas referia-se ao fato de que todos os temidos Exus Tranca-Ruas, que baixavam em nosso modesto Centro, mostravam-se sempre amigos. Desmanchavam trabalhos sem nada pedir em troca até se ofereciam para que a eles eu recorresse, caso me sentisse ameaçado por espíritos rebeldes do baixo astral.naquela época, isso me intrigava muito, pois não eram só os Tranca-Ruas que assim procediam; outros Exus de Lei também se colocavam à minha disposição , caso me sentisse ameaçado.
Anos e anos se passaram e muito fui aprendendo sobre o mistério Exu. E se o Senhor Tranca-Ruas hoje confia sua biografia a mim, hoje também sei a razão dessa confiança: compreensão. Compreendo o mistério Exu e Exu me compreende; logo a compreeensão é mutua. Assim, espero que o leitor desta história verdadeira desarme seu espírito de possíveis restrições que possa ter me ralação a Exu, pois a biografia do Senhor Tranca-Ruas é, talvez, a mais humana e encantadora de todas as que já psicografei nestes anos todos.
Tenham uma boa leitura e creiam que facilmente compreenderão o fascinante mistério Exu.
Rubens Saraceni


A quantidade de livros e revelações no obra de Rubens Saraceni é algo que parece não ter fim, já foram publicados mais de 50 títulos, apenas a quantidade e a malha de relações que há entre eles já é algo que nos chama a atenção. Única e exclusivamente por este fato já lhe deve ser dado mérito pela dedicação, no entanto por conceitos reveladores também o reconhecemos pela coragem, mas é justamente pela inspiração pela psicografia, que vem seu maior mérito em publicar obras que nos auxiliam a compreender a Umbanda de um ponto de vista astral. Sabemos que há livros de leitura mais fácil e outros nem tanto. Que há livros aos quais se tem necessidade de já ter lido outros títulos anteriormente  para uma melhor compreensão de seus conceitos assim como há romances que são lidos com maior propriedade por quem já está inserido neste universo. A quem vai ingressar nesta literatura recomendo começar pelos romances O Guardião da Meia Noite e Cavaleiro da Estrela da Guia, para então passar aos doutrinários, dos quais recomendo iniciar-se com os volumes mais “fininhos”, como Umbanda Sagrada, Os Arquétipos da Umbanda, Rituais Umbandistas e As Sete Linhas de Umbanda. Após esta leitura tornam-se mais acessíveis títulos de maior profundidade como Código de Umbanda, Gênese de Umbanda ou Lendas da Criação.[8] 
O texto acima é uma adaptação do original que se encontra no título História da Umbanda.
Bibliografia:
Saraceni, Rubens. O Guardião da Meia Noite. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Cavaleiro da Estrela da Guia. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Umbanda Sagrada: Religião, Ciência, Magia e Mistério  . São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Os Arquétipos da Umbanda. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. As Sete Linhas de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Tratado Geral de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Formulário de Consagrações Umbandistas. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Código de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Orixás: Teogonia de Umbanda. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Livro de Exu: O Mistério Revelado. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. O Guardião da Meia Noite. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Os Guardiões dos Sete Portais: Hash-meir e o Guardião das Sete Portas. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. Guardião Sete: O Chanceler do Amor. São Paulo: Ed. Madras
Saraceni, Rubens. O Guardião dos Caminhos – Tranca Ruas. São Paulo: Ed. Madras
Cumino, Alexandre. História da Umbanda. São Paulo: Ed. Madras
Para conhecer e adquirir os títulos de Rubens Saraceni acesse:
www.madras.com.br
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