Se considerarmos, porém, que nada morre no Universo, por ser a vida real eterna e não temporária – e a vida real é a partícula da Força ou Inteligência Universal que, quando em acionamento do corpo humano, denominamos espírito – essa cessação nunca se deu, nem jamais se dará.
Portanto, devemos aproveitar a encarnação ao máximo, pois quanto maior for o aproveitamente na Terra, menor será o número de encarnações a realizar e, consequentemente, menor também o número de mortes a suportar.
A morte marca o término de uma jornada para dar início a outra, mas nunca o fim do que é imortal – a vida.
O espírito perde, ao encarnar a noção das existências pretéritas, não guardando delas nenhuma recordação. Quando o espírito volta ao seu mundo de luz, recupera na máxima amplitude, a visão espiritual, não escapando nenhum fato, intenção ou pensamento de sua vida terrestre, nada absolutamente nada, do que tenha feito.
As lições e experiências de uma encarnação, passam a integrar na memória espiritual, somando-se as das encarnações anteriores e alguma evolução é alcançada.
O motivo pelo qual o espírito esquece ao encarnar, todo o seu passado, pende-se a razões de ordem superior, nesse esquecimento, temos a vantagem do indivíduo não continuar dominado pelo remorso das más ações, inclusive crimes praticados nas encarnações anteriores.
Quando o espírito não permanece na atmosfera da Terra, perturbado por fluidos materializados, entre uma e outra encarnação, estagia no Espaço, em seu mundo astral, onde prepara ou projeta a encarnação seguinte, que nunca é feita ao acaso, mas sempre previamente planejada.
Quando isso acontece, o espírito faz com que se desprendam os laços fluidicos que transmitiam a vida ao corpo físico, e dele se afasta com o seu Corpo Astral.
Uma vez abandonado pelo espírito, o corpo físico nada mais é que um composto de matéria. A sua fonte de vida já não existe. Cessada esta, pelo afastamento do espírito, cai no domínio das leis químicas, desintegra-se, e suas moléculas passam a compor outras formas de vida e a constituir outros organismos.
É natural o sentimento dos que ficam, diante da ausência dos que partem. O sentimento, sim, o desespero, não. A saudade é compreensível e se admite. A mortificação, jamais.
Por não perder de vista os seus amigos encarnados, o espírito desencarnado não sente, como estes, a separação. Ele não pode, é verdade, conversar, como o fazia antes. Dispõe, entretando, do sentido telepático, por meio do qual é capaz de transmitir pensamentos ao espírito dos seres encarnados que os recebem como se fossem os seus próprios pensamentos.
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