RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quinta-feira, 30 de junho de 2011

FILOSOFIA DO DIA




FILOSOFIA DO DIA
Reflexão 005

"Cada homem deve inventar o seu caminho"
- Jean Paul Sartre / 1905-1980 -

Somos livres, donos de nossa vida e responsável pela mesma. Muitos esperam que uma força sobrenatural, que "Deus" fale ao ouvido qual é o caminho da vida. Outros acreditam em missões previstas no além e outros tantos acreditam que são missionários, especiais, heróis do povo.
É tendência natural que o indivíduo realizado em sua vida, profissionalmente e emocionalmente, acredite estar no "caminho certo", quando sua posição é de liderança, acredita que achou sua "missão". Ainda temos um vulto cultural da era medieval, estas sombras são muito vivas no imaginário coletivo.
O fato é que podemos dar o nome que queremos mas o caminho de cada um de nós somos nós que escolhemos, se fazemos aquilo que nos dá prazer, satisfação e realização, é natural que seja bem feito e notável.
Cada um escolhe a sua "missão", para tanto evoquemos também Sócrates "Conheça-te a ti mesmo".
Penso que cada profissão, cada negócio, cada emprego tem seus ônus e bônus, tem seus "perrengues" e seus prazeres, no entanto é um bom sinal de realização quando você se esforça em pontuar quais são os pontos negativos do que você escolheu e não consegue encontrar.
Portanto, invente para você um caminho que seja seu.

Pense nisso, tenha um ótimo dia!

Rodrigo Queiroz

domingo, 26 de junho de 2011

FILOSOFIA DO DIA

FILOSOFIA DO DIA
Reflexão 004

"O homem amadurece quando reencontra a seriedade que demonstrava em suas brincadeiras de criança"
- Nietzsche -

Eis um tema que realmente importava para Nietzche, pois ele afirmava que "em qualquer homem autêntico existe uma criança querendo brincar".
Para o filósofo alemão, considerar fábulas e jogos coisas infantis é sinal de grande pobreza intelectual, pois só as pessoas capazes de manter a curiosidade e o espírito lúdico da infância terão sempre novos êxitos ao seu alcance.
A criança encara sua brincadeira como um trabalho e os contos de fadas como verdade. Os cientistas, artistas e intelectuais demonstram a mesma atitude. Por isso devemos sempre manter um pé no mundo da fantasia.
Hans Christian Andersen disse que "os contos de fadas são escritos para que as crianças durmam, mas também para que os adultos despertem".
Talvez tenha chegado o momento de deixarmos um pouco de lado o mundo dos adultos e começarmos a alimentar nossa alma criativa com as inspirações que a preenchiam quando éramos pequenos.
Extraído de "Nietzsche para estressados" de Allan Percy
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Pense nisso, tenha um ótimo dia!

Rodrigo Queiroz

WAGNER BORGES

MINHA HISTÓRIA... E MEU RECOMEÇO! - II
(Mais um Depoimento Extrafísico)
Corremos, corremos, corremos... E tudo deu em nada!
Porque, no final da “carreira branquinha” só havia depressão.
Por isso, sempre queríamos mais... Mesmo à custa de nossas almas.
Éramos doentes, mas não percebíamos; aliás, nada mais importava.
O lance era o que rolava no momento, fosse o que fosse.
Pois o maldito pó branco nos fazia de marionetes, e nós deixávamos.
Tornamo-nos escravos daquilo e perdemos tudo; inclusive, a vida.
E não foi falta de aviso, não. Mas, nós não escutávamos ninguém.
Porque aquela fissura maldita nos pegava de jeito e, aí, já era!
Se precisasse, nós roubávamos – até mesmo de nossas famílias.
O importante era satisfazer o nosso vício e entrar no clima que adorávamos.
E o resto, que se danasse. Como éramos bobos. E nos considerávamos espertos!
Fizemos muitos chorarem... E era gente que nos amava; mas nós estávamos perdidos.
E o resultado foi um só: a degradação e a morte. Mas não parou aí...
Porque o nosso tormento continuou depois. Estávamos vivos, mas muito doentes.
Não conseguíamos coordenar os próprios pensamentos - nem mesmo os mais simples.
Viramos idiotas completos! E nós tínhamos instrução e formação superiores.
Mas fomos reduzidos a escombros espirituais pelo maldito pó branco.
E, como se diz na Terra, “viramos pó”; é ridículo, mas é preciso falar desse jeito.
Também sentíamos uma dor de cabeça contínua, que nos enlouquecia mais ainda.
E alguma coisa nos pegava, por dentro, como se um alicate invisível nos apertasse.
E, às vezes, parecia que estávamos na borda de um abismo; e, lá embaixo, o horror.
Escutávamos muita gente gritando, e queríamos sair dali, mas não conseguíamos.
Era um pesadelo vivo e constante. E, dentro de nós, o vazio de alma nos sugava.
Estávamos sendo vampirizados por nós mesmos – e tudo era um horror.
Estávamos em abstinência, não mais da droga, mas de Luz! E de Amor e Paz.
E nem podíamos reclamar, porque tudo isso fora causado por nós mesmos.
Pagamos um preço salgado de dor e escuridão; e a barra era pesada pra caramba!
E, além disso, alguns espíritos malvados zombavam de nosso infortúnio.
Riam desbragadamente e sopravam um pó branco e fedorento em cima da gente.
Fomos humilhados e pisados por esses elementos perversos – vindos das trevas.
Mas, felizmente, o nosso martírio teve fim. E, enfim, fomos resgatados e tratados.
Porque Seres de Luz desceram até nós e nos amaram, como se fôssemos seus filhos.
E fomos levados para uma estação de tratamento, que é onde estamos agora.
Tomamos banho de Luz – de feixes coloridos -, e nos desintoxicamos de todo mal.
E vamos nos recuperando... E até mesmo compreendendo muitas coisas.
E, antes de irmos para um lugar mais acima, os Seres de Luz nos deram uma missão.
Eles pediram para contarmos o nosso caso e dizermos como estamos.
Disseram-nos que isso é necessário, para que outros saibam o que rola no Além...
E, como estamos numa fase de transição, o nosso depoimento poderá ser útil.
Porque tudo ainda está muito vivo na nossa memória – mas queremos esquecer...
Então, está aí o nosso caso: fomos escravos do pó branco e nos destruímos.
Por sorte, nada acabou realmente. De todo jeito, sobrevivemos e vamos em frente.
E estamos cientes das consequências; e tudo irá melhorar... E vamos nos curar.
Porque fomos adotados por Seres de Luz, que nos amam muito, e não nos condenam.
Alguns deles foram médicos na Terra; outros foram médiuns e curadores de alma.
Mas, para nós, eles são anjos vindos do Céu. E, sem eles, nós estaríamos nas trevas.
E também queremos agradecer a todos os que oraram e torceram por nós.
E pedimos muitas desculpas a todos os que nos amaram, e que fizemos chorar.
Não éramos maldosos, só estávamos perdidos. Mas, agora, estamos bem.
E, de antemão, já agradecemos a quem ler o nosso depoimento e orar por nós.
E também somos muito gratos ao homem que está transcrevendo a nossa história.
Vamos em frente... Pois os Seres de Luz estão nos chamando. É hora de subir!
Nós nos demos mal na Terra, isso é certo. Mas, agora, vamos bem, na Luz...
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 30 de maio de 2011.)
- Nota de Wagner Borges: Esse depoimento veio depois de um trabalho de assistência espiritual em que estive envolvido, fora do corpo**, durante uma parte da noite, entre 21h e 23h46min. E faço questão de agradecer aos mentores espirituais, que me deixam participar desses trabalhos extrafísicos e me dão a chance de aprender tantas coisas. É uma honra fazer parte desse time da Luz.
Paz e Luz.
- Nota: do Texto:
* O texto anterior contém um depoimento de outro espírito que passou pelo inferno das drogas, e pode ser acessado no site do IPPB – www.ippb.org.br -, no seguinte endereço específico: http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7397&catid=31:periodicos&Itemid=57
** Projeção da consciência – é a capacidade parapsíquica - inerente a todas as criaturas -, que consiste na projeção da consciência para fora de seu corpo físico.
Sinonímias: Viagem astral – Ocultismo.
Projeção astral – Teosofia.
Projeção do corpo psíquico - Ordem Rosacruz.
Experiência fora do corpo – Parapsicologia.
Viagem da alma – Eckancar.
Viagem espiritual – Espiritualismo.
Viagem fora do corpo – Diversos projetores extrafísicos e autores.
Emancipação da alma (ou desprendimento espiritual) – Espiritismo.
Arrebatamento espiritual - autores cristãos.
Obs.: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, lembrei-me de um texto passado pelo mentor espiritual Miramez ao médium mineiro João Nunes Maia. O mesmo fala das repercussões psíquicas na mente (como no caso das dores de cabeças mencionadas pelo espírito no depoimento extrafísico que recebi), e também nos mecanismos energéticos do chacra coronário. Acho que sua leitura poderá complementar bem a mensagem que recebi. Então, posto o texto logo abaixo.
LÓTUS DIVINO
- Por Miramez -
O que denominamos de Lótus Divino se ramifica no corpo espiritual, que se ajusta com esplendor estupendo na planura craniana que, por sua vez, interliga-se de maneira indireta com as glândulas endócrinas e ainda filtra o éter cósmico, que nos serve de matéria pensante no invólucro da carne e, para nós outros, no mundo espiritual.
Ele é o centro plenário de estímulo a todos os outros de menor importância em relação à sua grandeza. É também chamado de “flor de mil pétalas”, a esplender um perfume inebriante. Quando a alma tem pureza de sentimentos, aos olhos do clarividente é como se fosse um sol nascendo em dias claros, tendo a cabeça como o planeta Terra e, em alguns, tendo grandes estrias de um azul encantador.
Achamos que esse pequeno prisma do chacra coronário nos leva a uma responsabilidade maior sobre a vida. A natureza convida-nos a nos prezar mais, a nós mesmos, e engrandece o nosso amor ante a bondade de Deus. O corpo físico constitui a soma de todos os esforços de bilhões de anos. É como uma usina incomparável, uma roupa celestial, na qual o espírito pode viver na Terra para alcançar o céu.
E os outros corpos que a alma usa? Certamente são mais complexos, e só agora a coletividade está começando a ter uma ideia pálida das suas constituições e de seus efeitos diante do corpo físico. E tudo isso é comandado pela mente, energismo poderoso, capaz de destruir ou sublimar a matéria condensada que serve para o seu roteiro no mundo.
Ainda é cedo para que possamos revelar a engrenagem do Lótus Divino, a sua amplitude e desempenho junto ao progresso do espírito. Os corpos somáticos estão constantemente perfurados por milhares de raios, que chegam de todas as direções, sem, com isso, afetá-los de modo a temer a existência. O éter cósmico, bem sabemos, interpenetra tudo, até mesmo a matéria mais rarefeita. Canta com harmonia celestial no mundo interatômico, conservando a unidade nuclear. Todavia, ao penetrar no vértice coronário, este lhe serve de reator, transformando-o em fluido plasmático, de modo a nos dar meios para pensar, formar as ideias e poder colocar a razão em pleno funcionamento, para que o verbo se expresse e a escrita se materialize. Ainda tem outras funções!...
Agora, vamos ao nosso principal objetivo: o fluido vivo que usamos, e que, na sua virgindade plena, grava as nossas emoções, é veículo dos nossos pensamentos. No entanto, é cegamente obediente às leis universais. Pelo que nele escrevemos, com as nossas atitudes, somos responsáveis. Antes que as nossas ideias sejam emitidas pela mente, para a viagem, em primeiro plano, por todo o cosmo orgânico, deixam os primeiros resíduos com o seu próprio criador, resíduos esses que poderão ser corrosivos ou regenerativos, de acordo com a natureza das ideias. Podem intoxicar a organização psicofísica, ou vitalizá-la, de conformidade com a sua composição congênita.
Conhecendo essa verdade, a inteligência nos propõe uma renovação de conceitos, uma mudança de atitudes, uma completa reforma em toda a área da mente, pois é nesse centro de vida que se inicia a felicidade.
(Extraído do livro “Horizontes da Mente” – João Nunes Maia – Editora Espírita Cristã Fonte Viva.)
- Nota de Wagner Borges: O Chacra Coronário é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das ideias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal, que é a mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais.
Essa glândula está conectada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal - também chamada de “epífise” - é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.
Obs.: Chacras - do sânscrito - são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia - prana, chi -, do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.

terça-feira, 21 de junho de 2011

FILOSOFIA DO DIA



FILOSOFIA DO DIA
Reflexão 003

"Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação."
- Jiddu Krishnamurti -

O filósofo J. Krishnamurti descreve o que significa amar da seguinte maneira:
" Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que se está oferecendo algo. Somente um amor assim pode conhecer a liberdade. (...) Quando vemos uma pedra pontiaguda em um caminho frequentado por pedestres descalços, nós a retiramos não porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os outros, não importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da terra... para tudo isso é preciso liberdade - e, para ser livre, é preciso amar".

Essa liberdade é o que permite a duas pessoas amarem-se sem imposição. Também está por trás do amor universal: uma atitude generosa do indivíduo com o mundo; dar pelo simples prazer de fazê-lo, sem esperar nada em troca, nem sequer reconhecimento.

"O amar o próximo só é possível a medida em que você tenha amor próprio" - Cabocla Lírio Rosa -

Pense nisso, tenha um ótimo dia!

Rodrigo Queiroz

Curimba

 

 

Alguns Esclarecimentos Sobre a Curimba

Texto de Fernando Sepe

 

Louvação aos Ogãs

Ponto de Autor Desconhecido

"Ah, como é lindo o batuque do Tambor

Ah, como é lindo o batuque do Tambor

Na Umbanda linda de Nosso Senhor

Na Umbanda linda de Nosso Senhor

 

É a mensagem que enaltece os Orixás

É a oração que elevo ao senhor

É a vibração que nos faz incorporar

Sem batuque na umbanda

Não se pode trabalhar

 

Eu não sabia, mas agora aprendi

Que o canto faz a gira de Umbanda

Quem canta, encanta a vida dos Orixás

É uma benção, divina que emana muita paz"


Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

Muitas são as funções que os pontos cantados têm. Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc.

Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico.

Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.

Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando – os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores (básico, esplênico e umbilical), criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.

As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais. A curimba tranforma – se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

Os pontos transformam – se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino. Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda.

A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos já encontram – se no espaço físico - espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias.  O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções. Muitas vezes ao cantar expressamos esse sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.
Falando agora da função de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da função de “ogã” como popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a importância deles serem bem preparados para exercerem tal função. Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o ogã é “qualquer um que não incorpore” persiste. Mas afirmamos, o ogã como peça fundamental dentro do ritual é também um médium intuitivo que tem como função comandar todo o “setor” da curimba. Por isso faz - se necessário que seja escolhido uma pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião.  

Além disso, o ideal é que o “neófito” que busca ser um novo ogã procure uma escola de curimba, onde aprenderá os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar.

Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras, SIM! O "cargo" de ogã vem do candomblé e apenas é dado a pessoas do sexo masculino. A mulher no Candomblé não toca atabaque, por alguns dogmas da religião, principalmente em relação à menstruação. Na Umbanda não importamos dogmas e conceitos do candomblé, mas sim seguimos os nossos, passados diretamente pelos nossos guias e mentores. Nuca vimos um caboclo ou preto – velho proibindo mulher de tocar atabaque, por isso afirmamos, na Umbanda mulher toca e canta sim, e, diga – se de passagem, muitas vezes melhor do que os próprios homens. 

Por fim, queremos fazer alguns comentários a cerca da espiritualidade que guia os trabalhos da curimba. Muitas linhas de Umbanda existem no astral e trabalham ativamente nele, apesar de não incorporarem. Existem muitas linhas de caboclos, exus, pomba – giras, etc, que por motivos próprios trabalham nos “bastidores”, sem incorporarem ou tomarem a “linha de frente” dos trabalhos espirituais. Também existe uma corrente de espíritos que auxiliam nos toques e cantos da curimba. São mestres na música de Umbanda, verdadeiros guardiões dos mistérios do “som”. Normalmente apresentam – se com a aparência de homens e mulheres negras, com forte complexão física para os homens, e bela mas igualmente forte para as mulheres. Seus trajes variam muito, indo desde a roupagem mais simples como um “escravo” da época colonial, como até mesmo o terno e o vestido branco.

São espíritos bondosos, muito alegres e divertidos, que com o cantar encantam a muitos no astral. Alguns fazem – se presente auxiliando o toque, outros o canto e outros ainda auxiliam a manutenção da energia e sua dissipação dentro do terreiro. Muitas vezes chega a acontecer uma espécie de “incorporação” desses guias com os ogãs, os inspirando a determinados toques e cantos. Qualquer pessoa com experiência em curimba pode relatar casos aonde um ponto vem na hora que ele é necessário e depois você simplesmente o esquece. Isso acontece sobre inspiração desses mentores.

Algumas vezes também, em festas de Umbanda e dos Orixás, onde muitos se reúnem, percebemos que diversos espíritos chegam portando seus “tambores astrais”, percutindo – os a partir do astral, ajudando na sustentação e na energia das festividades, potencializando ainda mais os toques dos atabaques e as energias movimentadas. Isso é muito comum, por exemplo, nas festividades de Iemanjá, no fim do ano.

Quando os guias, incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam, estão pedindo para que as forças movimentadas pela curimba sejam benéficas a todos, mas estão também, saudando e agradecendo a toda essa corrente de trabalhadores “anônimos” do astral. Estão percebendo como muita coisa foge aos nossos sentidos em uma “simples” e humilde gira de Umbanda?    
  
Sabemos que esse universo da curimba muitas vezes é pouco explicado, e muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos centros de Umbanda. A isso, os próprios guias e mentores de Umbanda respondem, tanto incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo” , como também, abrindo turmas de estudo de Umbanda e desenvolvimento mediúnico, onde percebemos claramente que o "animismo" acontece por despreparo do médium, falta de estudo ou orientação e não pelo uso de atabaques. Colocar a culpa nos atabaques é como “tampar o sol com a peneira”. Afinal, como explicado parágrafos acima, o atabaque quando bem utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento mediúnico.

Muitos desses toques a respeito da curimba, que aqui estão escritos, foram me passados por um espírito amigo, que me auxilia nos trabalhos de curimba e que apresenta – se com o nome simbólico de “Zé do Couro”.  (quem quiser pode conferir uma pictografia desse mentor no blog: http://blog.orunananda.zip.net )
Esperamos que esse texto possa ter trazido certas explicações à cerca da curimba, desmestificando e explicando alguns aspectos dela.
Axé a todos!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

FILOSOFIA DO DIA




FILOSOFIA DO DIA
Reflexão 002
"Age de tal modo que o teu comportamento possa vir a ser princípio de uma lei universal"
- Immanuel Kant -
Tudo que fazemos e falamos, o teor de nossas ações e o peso de nossas palavras refletem imediatamente nosso íntimo, nossa personalidade, nossas fraquezas e potências.
Em nosso meio social, há situações em que somos influenciados e noutras que somos influenciadores, isso ocorre a todo instante de maneira consciente ou não. Portanto, certificar-se de que suas atitudes estão crivadas no bom senso, no respeito e na ética é um ponto chave para escrever uma história de mais acertos do que erros.
Neste mês de Junho, estamos sobre a vibração de Pai Xangô, que é o Senhor do Equilíbrio, da Justiça. O Sr. Caboclo das Sete Pedreiras, mentor que atua nos campos deste Pai Orixá, nos ensinou que ao invés de ficarmos exageradamente preocupados se estamos sendo justos, corretos e certeiros a todo instante, precisamos atentar em sermos frequentemente razoáveis, suas palavras: "Na razoabilidade você garante a diminuição dos excessos, das injustiças e dos erros, abre portas para acertar mais do que errar e poderá assim desfrutar de que em suas ações os males serão os
menores".
Assim podemos considerar que a razoabilidade é o resultado do equilíbrio nas ações, pensamentos e palavras. Ser razoável é um princípio.
Pense nisso, tenha um ótimo dia!
Rodrigo Queiroz

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