RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


domingo, 31 de julho de 2011

FILOSOFIA DO DIA



FILOSOFIA DO DIA
Reflexão 009

"Eis a fórmula da felicidade: um sim, um não, uma linha reta, uma meta."
- Nietzsche -

A história do pensamento está marcada pela comum necessidade que os intelectuais tinham de nos fornecer sua receita da felicidade. Estranhamente, pois no geral eram frustrados e motivados a superar tais situações, então percebemos que felicidade é algo muito particular e objeto de busca de todos. Na filosofia moderna, Schopenhauer expôs sua ideias a esse respeito no livro A arte de ser feliz e Bertrand Russel, em A conquista da felicidade.
Um século antes de Nietzsche, Goethe já tinha estabelecido seus oito requisitos para se ter uma vida plena:

1 - Saúde o bastante para trabalhar com prazer;
2 - Força para lutar contra as dificuldades e superá-las;
3 - Capacidade de admitir os próprios erros e se perdoar;
4 - Paciência para perseverar até atingir o objetivo;
5 - Caridade para ver algo bom no próximo;
6 - Amor para ser útil às pessoas;
7 - Fé para transformar em realidade as coisas divinas;
8 - Esperança para afastar os temores acerca do futuro.

Pense nisso, tenha um ótimo dia!

Rodrigo Queiroz

LIBERTE-SE DO PASSADO

Liberte-se do Passado

O Aprender a Conhecer-se - A Simplicidade e a Humildade - O Condicionamento


 
Textos de J.Krishnamurti

Se considerais importante conhecerdes a vós mesmo só porque eu ou outro disse que é importante, receio então que esteja terminada toda comunicação entre nós. Mas, se concordamos ser de vital importância compreendermos a nós mesmos, totalmente, torna-se então diferente a relação entre vós e mim e poderemos explorar juntos, fazer com agrado uma investigação cuidadosa e inteligente.
Eu não vos exijo fé; não me estou arvorando em autoridade. Nada tenho para ensinar-vos - nenhuma filosofia nova, nenhum sistema novo, nenhum caminho novo para a realidade; não há caminho para a realidade, como não o há para a verdade. Toda autoridade, de qualquer espécie que seja, sobretudo no campo do pensamento e da compreensão, é a coisa mais destrutiva e danosa que existe. Os guias destroem os seguidores, e os seguidores destroem os guias. Tendes de ser vosso próprio instrutor e vosso próprio discípulo. Tendes de questionar tudo o que o homem aceitou como valioso e necessário.

Se não seguis alguém, vos sentis muito solitário. Ficai solitário, pois. Porque tendes medo de ficar só? Porque vos defrontais com vós mesmo, tal como sois, e descobris que sois vazio, embotado, estúpido, repulsivo, pecador, ansioso - uma entidade insignificante, sem originalidade. Enfrentai o fato; olhai-o e não fujais dele. Tão logo começais a fugir, começa a existir o medo. Ao investigar-nos não nos estamos isolando do resto do mundo. Não se trata de um processo mórbido. O homem, em todo o mundo, se vê enredado nos mesmos problemas diários, tal como nós, e, assim, investigando a nós mesmos, não estamos de modo nenhum procedendo como neuróticos, porque não há diferença entre o individual e o coletivo. Este é um fato real.

Criei o mundo tal como sou. Portanto, não nos desorientemos nesta batalha entre a parte e o todo. Tenho de estar cônscio de todo o campo de meu próprio ser, que é constituído da consciência individual e social. É só quando a mente transcende a consciência individual e social, que posso tornar-me a luz de mim mesmo, a luz que nunca se apaga.

Pois bem; onde começarmos a compreender a nós mesmos?
Aqui estou eu, e como é que vou estudar-me, observar-me, ver o que realmente está sucedendo em meu interior? Só posso observar-me em relação, porque a vida é toda de relação. De nada serve ficar sentado num canto a meditar sobre mim mesmo. Não posso existir sozinho. Só existo em relação com pessoas, coisas e idéias e, estudando minha relação com as pessoas e coisas exteriores, assim como com as interiores, começo a compreender a mim mesmo. Qualquer outra forma de compreensão é mera abstração, e não posso estudar-me abstratamente; não sou uma entidade abstrata; por conseguinte, tenho de estudar-me na realidade concreta - assim como sou, e não como desejo ser.

A compreensão não é um processo intelectual. A aquisição de conhecimentos a vosso próprio respeito e o aprendizado de vós mesmo são duas coisas diferentes, porque o conhecimento que a vosso respeito acumulais é sempre do passado, e à mente que leva a carga do passado é uma mente lamentável. O aprendizado de vós mesmo não é como o aprendizado de uma língua, uma técnica ou uma ciência; neste último caso, naturalmente, tendes de acumular e memorizar, pois seria absurdo voltar sempre de novo ao começo. Mas, no campo psicológico, o aprendizado de vós mesmo está sempre no presente, ao passo que o conhecimento está sempre no passado e, como a maioria de nós vive no passado e está satisfeita com o passado, o conhecimento se torna sumamente importante para nós. É por essa razão que endeusamos o homem erudito, talentoso, sagaz. Mas, se estais aprendendo a todo momento, a cada minuto, aprendendo pelo observar e pelo escutar, aprendendo pelo ver e atuar, vereis então que o aprender é um movimento infinito, sem o passado.

Se dizeis que aprendereis a conhecer-vos gradualmente, acrescentando sempre mais alguma coisa, pouco a pouco, não vos estais estudando agora como sois, porém por meio do conhecimento adquirido.

O aprender requer muita sensibilidade.
Não há sensibilidade se existe alguma idéia, que é do passado, dominando o presente. A mente já não é então ágil, flexível, alertada. A maioria de nós não é sensível, nem mesmo fisicamente. Comemos em excesso, sem nos importarmos com o regime mais adequado; abusamos do fumo e da bebida, e, dessa maneira, o nosso corpo se torna pesado e insensível; a capacidade de atenção do próprio organismo se embota.
Como pode haver uma mente muito alertada, sensível, clara, se o próprio organismo está embotado e pesado? Podemos ser sensíveis a certas coisas que nos atingem particularmente, mas, para sermos completamente sensíveis a tudo o que decorre das exigências da vida, não deve haver separação entre o organismo e a psique. Trata-se de um movimento total.

Para compreendermos qualquer coisa, temos de viver com ela, observá-la, conhecer-lhe todo o conteúdo, a natureza, a estrutura, o movimento.

Já experimentastes viver com vós mesmos?
Se o experimentardes, começareis a ver que "vós" não sois uma entidade estática, porém uma coisa vigorosa, viva. E, para poder viver com uma coisa viva, vossa mente também tem de estar viva. Não pode, porém, estar viva, se está enredada em opiniões, juízos e valores.

Para observardes o movimento de vossa mente e de vosso coração, de vosso ser inteiro, necessitais de uma mente livre; e não de uma mente que concorda e discorda, que toma partido numa discussão, disputando por causa de meras palavras, porém que acompanha a discussão com a intenção de compreender. Isso é dificílimo, porque não sabemos olhar nem escutar o nosso próprio ser, assim como não sabemos olhar a beleza de um rio, ou escutar o murmúrio da brisa entre as árvores.
Quando condenamos ou justificamos, não podemos ver com clareza, e também não podemos fazê-lo quando nossa mente está a tagarelar incessantemente; não observamos então o que é; só olhamos nossas próprias "projeções". Temos, cada um de nós, uma imagem do que pensamos ser ou deveríamos ser, e essa imagem, esse retrato, nos impede inteiramente de vermos a nós mesmos como realmente somos.

Uma das coisas mais difíceis do mundo é olharmos qualquer coisa com simplicidade. Como nossa mente é muito complexa, perdemos a simplicidade. Não me refiro à simplicidade no vestir ou no comer, no usar apenas uma tanga ou bater um recorde de jejum, ou qualquer outra das absurdas infantilidades que os santos praticam; refiro-me àquela simplicidade que nos torna capazes de olhar as coisas diretamente e sem medo, capazes de olhar a nós mesmos sem nenhuma deformação, de dizer que mentimos quando mentimos e não esconder o fato ou dele fugir.

Outrossim, para compreendermos a nós mesmos, necessitamos de muita humildade.
Se começais dizendo: "Eu me conheço" - já travastes o processo do auto-aprendizado; ou, se dizeis: "Não há muito que aprender a meu respeito, porque sou apenas um feixe de memórias, idéias, experiências e tradições" - tereis também parado o processo de aprendizado a vosso próprio respeito.

No momento em que alcançais qualquer alvo, perdeis o atributo da inocência e da humildade; no momento em que chegais a uma conclusão ou começais a examinar com base no conhecimento, está tudo acabado, porque então estais traduzindo tudo o que é vivo em termos do velho. Mas se, ao contrário, não tendes nenhum ponto de apoio, nenhuma certeza, nenhuma perfeição, estais em liberdade para olhar, e quando olhais uma coisa em liberdade, ela é sempre nova. Um homem seguro de si é um ente morto.

Mas, como ser livre para olhar e aprender, quando nossa mente, da hora do nascimento à hora da morte, é moldada, por uma determinada cultura, no estreito padrão do "eu"?
Há séculos vimos sendo condicionados pela nacionalidade, a casta, a classe, a tradição, a religião, a língua, a educação, a literatura, a arte, o costume, a convenção, a propaganda de todo gênero, a pressão econômica, a alimentação que tomamos, o clima em que vivemos, nossa família, nossos amigos, nossas experiências - todas as influências possíveis e imagináveis - e, por conseguinte, nossas reações a cada problema são condicionadas.

Percebeis que estais condicionado?
 Esta é a primeira coisa que deveis perguntar a vós mesmo, e não como vos libertardes do condicionamento. Pode ser que nunca vos livrareis dele, e se disserdes "Preciso livrar-me dele", podereis cair noutra armadilha, noutra forma de condicionamento.

Assim, percebeis que estais condicionado?
Sabeis que até mesmo quando olhais uma árvore e dizeis "Aquela árvore é uma figueira" ou "Aquela árvore é um carvalho", o dar nome à árvore, que é conhecimento botânico, de tal maneira vos condiciona a mente que a palavra se interpõe entre vós e o real percebimento da árvore? Para entrardes em contato com a árvore tendes de tocá-la com a mão, e a palavra não vos ajudará a tocá-la.

Como podeis saber que estais condicionado? Que é que vos diz isso? Que é que vos diz que estais com fome? - não como teoria, porém o fato real da fome? Do mesmo modo, como é que descobris o fato real de que estais condicionado? Pela vossa reação a um problema, a um desafio, não é? Reagis a cada desafio segundo o vosso condicionamento e como vosso condicionamento é inadequado reagirá sempre inadequadamente.

Quando vos tornais cônscio dele, esse condicionamento de raça, de religião e cultura vos faz sentir aprisionado? Considerai uma única modalidade de condicionamento, a nacionalidade, considerai-a seriamente, com pleno percebimento, para verdes se vos agrada ou se vos revolta, e se vos revolta, se sentis vontade de libertar-vos de todo condicionamento.

Se vosso condicionamento vos satisfaz, é óbvio que nada fareis a respeito dele; mas, se não vos sentis satisfeito ao vos tornardes cônscio dele, percebereis que nunca fazeis coisa alguma sem ele. Nunca Por conseguinte, estais sempre vivendo no passado, com os mortos.

Só percebereis por vós mesmo o quanto estais condicionado quando se manifestar um conflito na continuidade do prazer ou na fuga à dor.
Se tudo ao redor de vós decorre de maneira perfeitamente feliz, vossa esposa vos ama, vós a amais, tendes uma bonita casa, filhos interessantes e dinheiro à farta, nesse caso não estais cônscio de vosso condicionamento. Mas, quando surge uma perturbação, quando vossa esposa olha para outro homem, ou perdeis vossa fortuna, ou vos vedes ameaçado pela guerra ou qualquer outra coisa que cause dor ou ansiedade - então sabeis que estais condicionado. Quando lutais contra uma perturbação qualquer ou vos defendeis de uma dada ameaça exterior ou interior, sabeis então que estais condicionado. E, como a maioria se vê perturbada na maior parte do tempo, seja superficialmente, seja profundamente, essa nossa própria perturbação indica que estamos condicionados. Enquanto um animal é mimado, reage agradavelmente, mas no momento em que se vê hostilizado, toda a violência de sua natureza se revela.

Vemo-nos perturbados a respeito da vida, da política, da situação econômica, do horror, da brutalidade e do sofrimento existentes tanto no mundo como em nós mesmos, e essa perturbação nos revela quão estreitamente condicionados estamos. Que devemos fazer? Aceitar a perturbação e ir vivendo com ela, como o faz a maioria dos homens? Acostumar-nos com ela, assim como nos acostumamos com uma dor nas costas? Conformar-nos com ela?

É tendência de todos nós conformar-nos com as coisas, acostumar-nos com elas, delas culpando as circunstâncias. "Ah, se as coisas estivessem correndo bem, eu seria diferente", dizemos, ou "Dai-me a oportunidade e eu me preencherei", ou "Esmaga-me a injustiça de tudo isso" - sempre a culparmos das nossas perturbações os outros ou o nosso ambiente ou a situação econômica.

Se nos acostumamos com a perturbação, isso significa que nossa mente se embota, assim como uma pessoa pode acostumar-se de tal maneira com a beleza que a cerca, que nem a nota mais. Tornamo-nos indiferentes, calejados, insensíveis, e nossa mente se embota mais e mais.

Se não podemos acostumar-nos com a perturbação, dela tratamos de fugir, recorrendo a uma certa droga, ou ingressando num partido político, bradando, escrevendo, assistindo a uma partida de futebol, indo a uma igreja ou templo, ou procurando outro tipo de divertimento.

Por que razão fugimos dos fatos reais?
Temos medo da morte - isso apenas para exemplo - e inventamos teorias, esperanças e crenças de toda espécie, para disfarçarmos o fato da morte, mas esse fato continua existente. Para compreendermos um fato cumpre olhá-lo e não fugir dele. Em geral, temos tanto medo do viver como do morrer. Temos medo de nossa família, da opinião pública, de perder nosso emprego, nossa segurança, medo de centenas de outras coisas. O fato simples é que temos medo, e não que temos medo disto ou daquilo.
Mas, porque é que não podemos enfrentar esse fato?
Só podemos enfrentar um fato no presente; mas, se nunca o deixais estar presente, porque estais sempre a fugir dele, nunca podereis enfrentá-lo, e, tendo criado uma verdadeira rede de fugas, estamos dominados pelo hábito da fuga.

Ora, se sois sensível, sério, por pouco que seja, não só estareis cônscio de vosso condicionamento, mas também dos perigos dele decorrentes, da brutalidade e do ódio a que ele conduz. Por que então, se estais vendo o perigo de vosso condicionamento, não agis? É por que sois indolente? Indolência é falta de energia; entretanto, não vos faltará energia em presença de um perigo físico imediato - uma serpente no vosso caminho, um precipício, um incêndio.

Por que então não agis ao verdes o perigo de vosso condicionamento? Se vísseis o perigo do nacionalismo para vossa própria segurança, não agiríeis?
A resposta é que não vedes. Por um processo intelectual de análise podeis ver que o nacionalismo leva à autodestruição, mas nisso não há nenhum conteúdo emocional. Só quando há esse conteúdo emocional, tendes vitalidade.

Se vedes o perigo de vosso condicionamento como um mero conceito intelectual, jamais fareis coisa alguma em relação a ele. No perceber um perigo como uma mera idéia, há conflito entre a idéia e a ação e esse conflito tira-vos a energia. Só quando vedes o condicionamento e o seu perigo imediatamente, tal como vedes um precipício, é só então que agis; portanto, ver é agir.

A maioria de nós percorre a vida desatentamente, reagindo sem pensar, de acordo com o ambiente em que fomos criados, e tais reações só acarretam mais servidão, mais condicionamento; mas, no momento em que aplicardes toda a atenção ao vosso condicionamento, ver-vos-eis inteiramente livres do passado; ele se desprenderá naturalmente de vós.

ENSINAMENTOS DOS MESTRES


O Mantra da Era de Aquário

A Grande Invocação…Uso e Significado


A beleza e a força desta Invocação jazem em sua simplicidade e em sua expressão de certas verdades centrais que todos homens, inata e normalmente, aceitam - a verdade da existência de uma inteligência básica a Quem nós vagamente chamamos de Deus; a verdade que por trás de toda aparência exterior, o poder motivador do universo é o Amor; a verdade que uma grande Individualidade, chamada Cristo pelos cristãos, veio à terra e encarnou aquele amor de modo que o pudéssemos entender; a verdade que tanto o amor como a inteligência são efeitos do que é chamada a Vontade de Deus; e finalmente a verdade auto-evidente que somente através da humanidade mesma pode o Plano cumprir-se.

Toda esta Invocação se refere ao dominador e revelador reservatório de energia, à causa imediata de todos os acontecimentos na terra que indicam a emergência daquilo que é novo e melhor; esses acontecimentos demonstram a progressão da consciência em direção à luz maior.
O apelo invocativo habitual tem sido até agora egoísta em sua natureza e temporário em sua formulação. Os homens tem orado para si próprios; eles tem invocado a ajuda divina para os que amam; e dado uma interpretação material a suas necessidades básicas.

Esta invocação é uma oração mundial; ela não tem qualquer apelo pessoal, nem urgência invocativa temporal; ela expressa a necessidade da humanidade e mergulha em todas as dificuldades, dúvidas e questionamentos diretamente até a Mente e o Coração D'Aquele em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser - Aquele Que permanecerá conosco até o final do próprio tempo e "até que o último cansado peregrino tenha encontrado seu caminho de volta para casa".

DO PONTO DE LUZ NA MENTE DE DEUS,
FLUA LUZ ÀS MENTES DOS HOMENS;
QUE A LUZ DESÇA À TERRA.

Nas primeiras três linhas temos a referência à Mente de Deus como um ponto focal para a luz divina. Isso se refere à alma de todas as coisas. O termo alma com seu principal atributo de esclarecimento inclui a alma humana e aquele ponto de consumação de luz que nós consideramos como a "ofuscante" alma da humanidade. Aquela alma traz luz e espalha iluminação. Ela é necessária sempre, para lembrar que a luz é energia ativa.

Quando nós invocamos a Mente de Deus e dizemos: "Flua luz às mentes dos homens, que a Luz desça à Terra", nos estamos vocalizando uma das grandes necessidades da humanidade e, se a invocação e a prece significam realmente algo, a resposta é certa e segura. Quando encontramos presente em todas as pessoas, em todas as épocas, em cada era e em toda situação, a urgência em verbalizar um apreço ao Centro espiritual invisível, há uma segura certeza de que um centro existe. A Invocação é tão velha quanto a própria humanidade.

O Cristo nos disse que os homens "amam as trevas em vez da luz, porque seus atos são maus". Contudo, uma das grandes belezas emergentes no tempo atual é que a luz está sendo lançada em cada lugar escuro, e nada há oculto que não venha a ser revelado. As pessoas reconhecem a presente trava e miséria e consequentemente saúdam a luz. A iluminação das mentes do homens, de modo a que eles possam ver as coisas como elas são, pode alcançar motivos corretos e o meio de alcançar corretas relações humanas é agora uma necessidade capital. Na luz que iluminação traz, veremos finalmente luz, e o dia virá em que milhares de filhos dos homens e incontáveis grupos serão capazes de dizer com Hermes e com o Cristo: "Eu Sou (ou Nós Somos) a luz do mundo".

DO PONTO DE AMOR NO CORAÇÃO DE DEUS,
FLUA AMOR AOS CORAÇÕES DOS HOMENS;
QUE CRISTO RETORNE À TERRA.

Nas três linhas seguintes, o Coração de Deus é envolvido e o ponto focal do amor considerado. Este "coração" do mundo manifestado é a Hierarquia espiritual - esse grande agente transmissor de amor para dotar de forma a manifestação Divina.
O Amor é uma energia que deve alcançar os corações dos homens e fecundar a humanidade com a qualidade da compreensão amorosa, isso é o que é expresso quando o amor e a inteligência se expressam juntos.

Quando os discípulos estiverem agindo realmente em nome do Cristo, então virá o tempo em que Ele poderá novamente andar no meio dos homens de maneira pública; Ele poderá ser publicamente identificado e assim fazer Seu trabalho em níveis exteriores de vida assim como no interior. O Cristo disse ao se despedir de Seus discípulos: "Estou com vocês sempre, até o fim dos dias".

Quando o Cristo vier, haverá um florescimento de grande atividade de Seu tipo de consciência entre os homens; Ele incutirá no mundo dos homens a potência e a energia distintiva do amor intuitivo. Os resultados da distribuição dessa energia de amor serão de duplo aspecto:

Primeiro, a energia ativa da compreensão-amorosa mobilizará uma tremenda reação contra a potência do ódio. Odiar, ser separativo e ser exclusivo virão a ser considerados como o pecado único, pois será reconhecido que todos os pecadores, tais como relacionados e agora considerados como erros, somente se desenvolvem a partir do ódio ou de seu produto, a consciência anti-social.

Em segundo lugar, homens e mulheres incontáveis em todos os países constituir-se-ão em grupos para a promoção da boa-vontade e apara a produção de corretas relações humanas. Tão grande será o seu número que, de uma minoria pequena e relativamente sem importância, chegarão a ser a maior e mais influente força no mundo.

DO CENTRO ONDE A VONTADE DE DEUS É CONHECIDA,
QUE O PROPÓSITO GUIE AS PEQUENAS VONTADES DOS HOMENS;
O PROPÓSITO QUE OS MESTRES CONHECEM E SERVEM.

Nestas linhas encontramos uma prece em que a vontade humana possa ser ajustada de modo a ficar em conformidade com a vontade divina, mesmo que esta não seja compreendida. Há uma indicação nessas três linhas que a humanidade em si mesma não pode, por enquanto, alcançar o que seja o propósito da Vontade de Deus, aquele aspecto da vontade divina que procura imediata expressão da terra. Mas certamente, na medida em que o propósito da Vontade de Deus busca influir sobre a vontade humana, ela é expressa em termos humanos como boa-vontade, como determinação viva ou como uma intenção fixa de alcançar corretas relações humanas.

A vontade divina, tal com é essencialmente, permanece o grande mistério. O próprio Cristo lutou com o problema da vontade divina e dirigiu-Se ao Pai quando pela primeira vez Ele se conscientizou da extensão e da complexidade de Sua missão como salvador mundial. Ele então bradou alto: "Pai, não a minha vontade mas a Tua seja feita". Essas palavras marcaram o abandono dos meios através dos quais Ele estivera tentando salvar a humanidade; isso Lhe indicava o que poderia àquela tempo, ter parecido um fracasso e que Sua missão não estava cumprida. Por dois mil anos Ele tem esperado para ver frutificar aquela missão. Ele não pode prosseguir com Sua missão sem uma ação recíproca da humanidade.

Essa Invocação é peculiar e, essencialmente, o Próprio Mantra do Cristo.
Seu "som ecoou" para o mundo inteiro por intermédio da sua enunciação por Ele e através de seu uso pela Hierarquia espiritual. Agora suas palavras devem espalhar-se pelo mundo inteiro através de sua enunciação pelos homens em toda parte e seu significado deve ser expresso pelas massas no devido tempo. Então o Cristo poderá novamente "descer à terra" e "ver a obra de sua alma e ficar satisfeito".

DO CENTRO A QUE CHAMAMOS RAÇA DOS HOMENS,
QUE SE CUMPRA O PLANO DE AMOR E LUZ;
E SELE A PORTA ONDE SE ENCONTRA O MAL.

No quarto grupo de três linhas, tendo invocado os três aspectos ou potências da Mente, Amor e Vontade, temos a indicação da ancoragem de todos esses poderes na própria humanidade, no"centro a que chamamos raça dos homens". Aqui, e somente aqui, podem todas as três qualidades divinas - em tempo e espaço - expressar-se e encontrar plena realização; aqui, e somente aqui, pode o amor verdadeiramente nascer, a inteligência corretamente funcionar e a Vontade de Deus demonstrar sua efetiva vontade-para-o-bem. Pela humanidade, só e sem ajuda (exceto pelo divino espírito em todo ser humano), pode a "porta onde habita o mal" ser selada.

Esta linha final da quarta estrofe talvez exija explicação. Esta é uma maneira simbólica de expressar a idéia de tornar os propósitos maus tanto inativos quanto ineficazes. Não há particular localização para o mal; no Livro das Revelações, o Novo Testamento fala do mal e da destruição do diabo e do tornar Satã impotente.

A "porta onde mora o mal" é mantida aberta pela humanidade através de seus desejos egoístas, seus ódios e separatividade, por sua ambição e suas barreiras raciais e nacionais, suas baixas ambições pessoais e seu amor pelo poder e crueldade. À medida que a boa-vontade e a luz fluírem nas mentes e corações humanos, essas más qualidades e essas energias dirigidas que mantém aberta a porta do mal dão lugar a uma ânsia por corretas relações humanas, a uma determinação para criar um mundo melhor e mais pacífico e a uma expressão mundial da vontade-para-o-bem.

À proporção que essas qualidades se superponham às velhas e indesejáveis, a porta onde mora o mal simbolicamente fechar-se-á lentamente através da mudança de rumo do peso da opinião pública e pelo correto desejo humano. Nada pode impedi-lo.
Assim o Plano original será restaurado na terra. Simultaneamente, a porta para o mundo da realidade espiritual abrir-se-á diante da humanidade e a porta onde mora o mal será fechada. Assim, através do "centro a que chamamos raça dos homens" o Plano de Amor e Luz opera e aplica o golpe de morte no mal, no egoísmo e na separatividade, selando-os na tumba da morte para sempre; assim também o propósito do Criador de todas as coisas será cumprido.

QUE A LUZ, O AMOR E O PODER
RESTABELEÇAM O PLANO DIVINO SOBRE A TERRA.

Fica evidente que as três primeiras estrofes invocam, ou apelam para os três aspectos da vida divina que são universalmente reconhecidos: a mente de Deus, o amor de Deus e a vontade ou o propósito de Deus; a quarta indica a relação da humanidade com essas três energias de inteligência, amor e vontade e a profunda responsabilidade da humanidade de implementar a difusão do amor e luz na terra para restaurar o Plano. Este Plano convoca humanidade para a expressão do Amor e desafia os homens para "deixarem sua luz brilhar". Então vem a solicitação solene final para que este "Plano de Amor e Luz", atuando através da humanidade, possa "murar a porta onde mora o mal".

A linha final então contém a idéia da restauração, indicando a nota-chave para o futuro e que dia virá quando a idéia original de Deus e Sua intenção inicial não mais serão frustadas pelo mal e pelo livre-arbítrio humanos, pelo puro materialismo e egoísmo; o propósito divino será então, através dos corações e dos objetivos renovados da humanidade, alcançado.

(texto elaborado pela Fundação Cultural Avatar - Niteró i - RJ - Brasil)
    
Léa Cristina Ximenes
Terapeuta Holística Universalista

E-mail: ximenes.andrade@gmail.com
Skype: lea.seraphisbey
Telefone: (13) 3477 9813

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

FILOSOFIA DO DIA



FILOSOFIA DO DIA
Reflexão 008

"Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos.
Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança"
- Albert Einstein -

Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado.  Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas.  De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz.
(autor desconhecido)

Pense nisso, tenha um ótimo dia!

Rodrigo Queiroz

UMBANDA....UM PRONTO SOCORRO ESPIRITUAL

A Umbanda é uma Religião fascinante se estudada com isenção e racionalismo, mostrando-nos a Grandeza Divina de Deus e as infinitas possibilidades que Ele nos oferece para nos auxiliarmos quando entramos em desequilíbrio com o Plano Espiritual e o Natural.
Se soubermos interpretar o simbolismo umbandista veremos que, mais que uma Religião, a Umbanda é um Pronto Socorro Espiritual Equipadissimo para acolher todos os necessitados de um rápido auxilio.
As pessoas seguidoras de outras religiões não vão à Umbanda para rezar e sim, vão em busca do socorro imediato para as mazelas que, em suas religiões, não tem como ser tratadas adequadamente.
Vemos entrar e sair dos Centros Umbandistas pessoas seguidoras das mais diversas religiões, todas necessitadas de tratamento Espiritual imediato, muitas delas a beira de um colapso nervoso, do suicídio, da loucura, da confusão que incutiram em suas mentes com mensagens religiosas contraditórias que, ao invés de orienta-las, as confundiram de tal forma que muitas perderam a fé no referencial divino que tinham.

Com os espíritos que se manifestam através dos seus médiuns muitos encontram palavras de consolo, de conforto e de esclarecimentos que, pouco a pouco, fornecem-lhes novos referenciais, todos fundamentados na imortalidade do espírito e na necessidade de espiritualizarem-se porque só com uma pessoa se entendendo como espírito imortal encarnado para cumprir mais uma etapa da sua evolução, ela lidará de forma correta com suas dificuldades aqui na terra e alcançará o equilíbrio intimo para supera-las ou transmuta-las.
Os referenciais divinos de quase todas as religiões são idênticos e estão calcados na existência de um Deus Onipresente e Onipotente que tudo pode e tudo faz; que é justo e perfeito e que não desampara ninguém em momento algum, fornecendo a todos o seu ampara divino.
Esse referencial divino é verdadeiro e não estamos negando-o ou questionando-o porque também acreditamos nele e o ensinamos a todos que acreditam na existência de Deus .
O que questionamos acerca desse referencial divino é que muitos limitaram a religiosidade das pessoas nessa afirmação (verdadeira) e negaram tudo mais que faz parte do aprendizado e da espiritualização delas, negando-lhes o beneficio da busca e a satisfação de poderem, por si, solucionarem as dificuldades do dia a dia e de sanarem as dúvidas existência que surgem naturalmente no decorrem de suas passagens terrenas.

Na mente do doente, do desempregado, do solitário, do desesperançado, do desiludido , do desequilibrado mental e emocionalmente etc., passam pensamentos terríveis sobre sua condição de sofredor em meio a tantas pessoas saudáveis, em meio a tantas pessoas empregadas e em ótima situação financeira, em meio a tantas pessoas felizes, em meio a tantas pessoas cheias de esperança e felizes pelo sucesso já obtido em seus projetos de vida.
A legião de sofredores encarnados é imensa e em certos momentos nós (eu e você, amigo leitor) já fizemos parte dela (ou ainda somos), certo?
Aos membros temporários ou permanentes dessa imensa legião de sofredores encarnados soma-se a dos espíritos já desencarnados, muito maior e em piores condições porque já não têm a estabilidade do plano material para se agarrarem e não serem tragados pelo abismo do desespero , do tormento e da sensação de desamparo total nos momentos mais difíceis das suas existências.
Faltou a alguns interpretes de Deus revelarem aos seus seguidores que Deus é Onipotente, Onisciente e Onipresente, que tudo pode e tudo faz em nosso benefício, não desamparando ninguém em momento algum, mas que tem Sua forma de nos auxiliar na solução das nossas dificuldades, todas elas passando por nós mesmos e contando com a nossa participação na solução dos nossos problemas.

Deus possui muitos modos de operar em nosso benefício e um deles é através do auxílio dos espíritos mais evoluídos que, invariavelmente, voltam-se para os menos evoluídos e passam a auxiliá-los para que lidem de forma correta com suas dificuldades, sejam elas transitórias ou permanentes.
As dificuldades transitórias são solucionadas rapidamente. Já as permanentes, a solução delas só é possível com uma transformação integral do ser, pois a mente, que é a fonte dos pensamentos, não pode estar dissociada da razão e do bom senso, que são fontes de equilíbrio e racionalismo.
Ou a mente e a razão estão associadas e centradas ou a qualidade dos pensamentos deteriora-se e elas se auto anulam pelas contradições, enfraquecendo a fé e anulando a crença em um Deus, Justo e Perfeito, que não desampara ninguém e a todos socorre o tempo todo, mesmo quando a solução das nossas dificuldades esta em nós.
Espiritualizar-se é mais que crer em Deus! É o ser crer-se parte Dele e que todas as nossas ações refletem Nele e retornam para nós, os seus emissores.

É crer-se uma célula do corpo de Deus que, se esta saudável realiza suas funções sem chamar a atenção dos "anticorpos" espirituais mas, se ficar enferma, atrairá a atenção deles e começará a ser atacada de todos os lados até ser devorada por eles, que tem justamente essa função: Destruir e remover do corpo todas as células que se tornarem enfermas e ameaçarem a saúde, o bem estar e o equilíbrio existente nele.
A "célula enferma" não entende porque só ela esta sendo atacada e todas as outras (suas irmãs) não são incomodadas pelos "anticorpos", ainda que estejam ao seu lado.
Com certeza essa célula enferma tem muitos porquês sem respostas, não é mesmo?
Tal como todas as pessoas, em certos momentos de nossa existência, quando estamos sofrendo porque fomos atacados violentamente por forças desconhecidas, fraquejamos e sentimos que fomos abandonados à nossa própria sorte (ou azar).

Quantas pessoas não vêem suas vidas desmoronarem de uma hora para outra, perdendo tudo o que acumularam durante anos por causa de um mau negócio; de um projeto que não deu certo; devido uma onda de doenças; por causa de uma separação conjugal; pela perda de um emprego bem remunerado, etc., e daí em diante tudo muda para pior e escapa-lhes do controle?
São acontecimentos corriqueiros, porque acontecem o tempo todo com muitas pessoas, independente da religião que sigam.
Quantas dessas pessoas sofridas e desesperadas não atribuem a Deus a responsabilidade pelos seus infortúnio pois sentem-se abandonadas, punidas ou desamparadas por Ele, que tudo pode mas nada faz para minorar seus sofrimentos?
Quantas não abandonam suas religiões e começam a buscar nas outras o amparo e a proteção divina, já inexistentes na que segue?
Daí em diante passam de uma igreja para outra; de uma religião para outra; de um sacerdote miraculoso para outro, sempre buscando nelas ou neles o que perderam.
E, por fim, quando nada mais lhes resta nesse campo (o religioso), já acreditando que tudo lhes foi tirado, aí sim, voltam-se para o Pronto-Socorro Espiritual conhecido por Umbanda.

Na Umbanda, em seus centros despidos de luxo, vergam-se ante a inexorável ação da Lei Maior em suas vidas e curvam-se perante a espiritualidade enquanto ainda há tempo.
Diante dos Espíritos-guias as pessoas relatam seus sofrimentos, abrem seus corações e derramam suas lagrimas para que a esperança brote novamente em suas vidas.
Finalmente a humildade se fez presente em seus íntimos e o "Centro de Macumba e os Macumbeiros", tão ofendidos e vitimas de todo tipo de sarcasmos e ofensas mostram-se aos seus olhos surpresos que a Umbanda é uma Religião Humanística e Socorrista e que os tão difamados "macumbeiros" são pessoas tão humanas quanto eles e que nada lhes pedem ou cobram-lhes para ajudá-los na reconquista do amparo divino.
Não cobram nada, não pedem dizimo e não cobram caríssimos "trabalhos" porque, dentro do verdadeiro centro de Umbanda quem trabalha são os Guias Espirituais, que não precisam de nenhuma vantagem financeira para estender suas mãos luminosas aos necessitados.
Isto é Umbanda!
Pai Rubens Saraceni.
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