o vento acaricia as flores sem despetalar,
temperatura amena sob o céu tão lindo,
na primavera que nos faz sonhar.
Colibris bailam na sacada da varanda,
num vôo mágico de magistral beleza,
múltiplas cores que a alma encanta,
dádivas sublimes da mãe natureza.
Nesse cenário por Deus iluminado,
conspira e trama a inveja nebulosa,
acompanhada da astúcia e vil pecado,
que aponta espinhos, ignorando as rosas.
Frutos da árvore altiva e frondosa,
que o detrator não consegue alcançar,
mesmo ferida por pedras dolorosas,
oferece a sombra amiga, para a ira aplacar.
De repente o vento se agiganta,
transformando-se num tufão destruidor,
desesperado o agressor abraça a árvore santa,
que em seu desvario tanto apedrejou.
Ao serenar o vento alucinante,
e a tempestade que o apavorou,
ajoelhado verte um pranto delirante,
rogando perdão a quem a vida lhe salvou.
Nesse encontro de paz e agonia,
fica a lição que a vida o ensinou,
maior de todas virtudes e fidalguia,
é ver no perdão o verdadeiro amor.
Acolhendo, alimentando as sementes
E formando vidas...
Sou rocha e deixo cravado
Em meu peito o amor verde esperança
Das matas que oxigenam o mundo.
Puras em gotas ou caindo em cachoeiras e
Que brotam da terra santa
Num pequenino olho d’água.
A sua dança Sobre os campos abertos
A procura da árvore... Do abrigo.
Da seiva que alimenta suas crias.
A terra fazendo brotar o alimento
Que faz saciar a fome, a sede, de um povo que
Por vezes que silencia a defesa da terra.
Carta da Mãe Natureza
Meus filhos queridos,
Quem vos fala é a Mãe Natureza
Quero falar aos vossos ouvidos
Através da brisa com presteza.
Quero dizer que tenho sofrido
Com a falta de cuidado
Sem vosso esmero tenho vivido
Triste, fui deixada de lado!
Pois, meus filhos, por que o fazem?
Jogam lixo nos rios
Não respeitam sequer as pastagens
Nem do campo os lírios...
Estou à mercê de uns e outros
Que comigo ainda se importam
Apenas por meio desses poucos
Que minha ira comportam
É que me faço tranquila e calma
Porque pela beleza de suas almas
É que não me vingo destes muitos!
Estes muitos filhos que tenho
Que são inconscientes
Inocentes do mal que fazem
Por meio desta é que venho
Mostrar o quão estou descontente
Com toda a sujeira que me trazem...
Mas venho também dizer
Aos meus filhos venho conceder
A riqueza de aprender
No dia a dia o que fazer
Para isso não mais acontecer:
Aprendam filhos meus
Ecologia, meio ambiente
Ensinem para os seus
Cuidados com a terra
Mãe amada e paciente
Entre todas a mais gentil
De verde louro e azul anil
A mais bela e mais servil
Pátria amada Brasil!
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