Esses espíritos infantis nos surpreendem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns.
O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança com seus 7, 8 ou 9 anos de idade, por mais inteligente que seja, não está apta intelectualmente a orientar adultos atormentados por profundos desequilíbrios no espírito ou na vida material.
A presença desses espíritos infantis é tão marcante que mudam o ambiente em pouco tempo, descontraindo todos os que estiverem à volta deles.
Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-existente. O arquétipo "Caboclo" fundamentou-se no índio brasileiro e no sertanejo mestiço. O arquétipo "Preto-Velho" fundamentou-se no negro já ancião, rezador, mandingueiro e curador.
O arquétipo "Criança" fundamentou-se na inocência, na franqueza e na ingenuidade dos seres encantados ainda na primeira idade: a infantil.
E, caso não saibam, há dimensões inteiras habitadas só por espíritos nesse estagio evolutivo conhecido, no lado oculto da vida, como "estágio encantado". Nessas dimensões da vida há eles e suas mães encantadas, todas elas devotadas à educação moral, consciencial e emocional, contendo seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natural, pois eles não serão enviados à dimensão humana para encarnarem.
A elas compete supri-los com o indispensável para que não entrem em depressão e caiam no autismo ou regressão emocional, muito comum nessas dimensões.
Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os "contos de fadas" do imaginário popular foi capaz de descrever ou criar.
Cada reino tem uma senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E há toda uma hierarquia a auxiliá-la na manutenção do equilíbrio para que os milhares de espíritos infantis sob suas guardas não regridam, e sim, amadureçam lentamente até que possam ser conduzidos ao estágio evolutivo posterior.
O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as mães Orixás, sustentando-o, e também estão os pais Orixás, guardando-o e zelando pela integridade desses espíritos infantis.
A literatura existente sobre esse estágio se restringe a alguns livros de nossa autoria que abordam o estágio encantado da evolução dos espíritos.
Mas que ninguém duvide da existência dele porque ele realmente existe e não seriam "crianças" humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam da magia que iriam realizar os prodígios que os "Erês" realizam em benefício dos freqüentadores das suas sessões de trabalhos ou com forças da natureza quando oferendados em jardins, à beira-mar, nas cachoeiras ou em bosques frutíferos.
Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os Orixás encantados, os regentes da evolução dos espíritos ainda na "primeira idade".
Para conhecerem melhor o estágio encantado da evolução, recomendamos a leitura do livro de nossa autoria A Evolução dos Espíritos, editado pela Madras.
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