Inâe, Iabá, Janaína, Yemanjá!
Tu és a rainha do mar, do meu amor
E da minha vida!
Eu que já te vi tantas vezes
Me emociono sempre em falar sobre vós.
Mesmo quando encarnado, Inaê sempre me guardou
E no seu colo me embalava
Quando a dor era maior
Do que eu podia aguentar
Também quantas vezes você lavou
Com sua sagrada água, nossas feridas?
Ó mãe? Como posso eu falar
De ti sem chorar, minha linda sereia?
A Lua brilha linda agora,
Como esse brilho lembra o vosso olhar mãe!
E me faz lembrar do dia em que você me disse:
"Meu filho, perdoa...
O ódio, vingança na verdade não existem
Apenas refletem a falta de amor...
E quanto o nosso coração ainda está machucado!...
"Seja um pai para eles
E guie - os como seus
Próprios filhos
Assim como eu te guio
Meu filho amado!”
E assim o preto - velho seguiu seu caminhar, sabendo que a sua mãe era a mãe de todos! Sabia que ele era irmão, e que tornaria - se de agora em diante pai para auxiliá - los. Mas principalmente entendeu, que aonde a espada não funciona, apenas a maleável água ajuda, irrigando o mais árido dos terrenos, para a mais bela flor poder nascer...
"Pois aquele que se encanta pelo canto da sereia tem dois caminhos: morrer no mar ou tornar - se um encantado, vivendo ao lado dela. Aquele que "se encanta", no segundo caminho, torna - se um encantador. Esse encanto, à primeira vista, exerce o fascínio assim como a beleza física nos fascina, mas só a espiritual completa".
*Textro extraído do livro "Deus Deuses e Divindades" - Alexandre Cumino
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