O altar umbandista,ou conga,como é conhecido,é um ponto de forças religioso e ,se devidamente erigido e fundamentado,por meio dele,as irradiações das divindades alcançarão os fiéis diante dele.
A principal função de um conga é criar um magnetismo em nível terra,através do qual as irradiações verticais das divindades descerão até ele e se espalharão na horizontal,ocupando todo o espaço destinado às práticas religiosas.
Encontramos no conga várias imagens representantes de variadas religiões(sobre as quais falaremos mais adiante).
O uso de cristais,minérios,flores,colares de pedras semi-preciosas,armas simbólicas,símbolos mágicos,etc...,explica que muitas linhas de forças intermediárias,intermediadoras ou espirituais,ali representadas e ativadas,estão prontas para intervir em benefício de quem for merecedor do auxílio dos espíritos ou dos orixás.
Os fundamentos religiosos e mágicos de um conga,só quem o eregiu pode explicá-los,mas o fundamento de sua existência nos templos é que ,se nos postarmos reverente diante dele,estaremos bem de frente e bem próximos de Deus e de suas divindades humanizadas.
O congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do templo: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé ( energias e vibrações) que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na Umbanda.
Cada vez que o filho de fé chega à frente do conga e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os seus campos de energias, espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a ligação dos Orixás na Terra, na área física do templo.
Vamos descrever algumas das funções do conga:
ATRATOR: atrai as vibrações dos pensamentos que preenchem o ambiente num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas.Quanto mais as imagens e elementos no altar forem harmoniosos com o Orixá Regente do Templo,mais é intensa essa atração.Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.
CONDENSADOR: condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc.
ESCOADOR: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.
EXPANSOR: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
TRANSFORMADOR: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra;
ALIMENTADOR: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.
Todo o trabalho na umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes).
Nada adianta um congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.
Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos.
Cada um de nós temos uma parcela de responsabilidade pelo conga e é dever de todos manter a ordem e o respeito perante ele.
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