Que a força do Amor esteja sempre com você...
Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
UNIVERSALISMO
O Universalismo é possível ?
Muito se fala sobre o UNIVERSALISMO ESPIRITUAL e falam como sendo algo utópico, algo muito além e muito distante de nossa realidade. Mas será que o Universalismo Espiritual está tão distante assim? Para responder a isso precisamos primeiro saber o que é universalismo, então vamos lá! Universalismo: relativo à universal que pertence a todo o universo, ao cosmos; que se estende a tudo ou por toda a parte; comum a todos os homens; que é aplicável a tudo; que advém de todos; que não se atem a uma especialidade; que abrange por inteiro um campo de conhecimento; queuniversalismo
é adaptável ou ajustável de modo que possa atender a diferentes necessidades; ecumênico. E agora, o Universalismo Espiritual está distante de nós? É claro que não! E, na minha opinião, ele é a essência da Umbanda.
A Umbanda é uma religião Universalista, onde não se admite racismo, preconceito ou intolerância religiosa. Ela está, assim como a própria representação de Oxalá, de braços abertos recebendo, agregando e amparando todo e qualquer espírito que queira evoluir e manifestar a Força de Deus. Na Umbanda manifestam-se espíritos vindos de todas as outras religiões e regiões do planeta: são hindus, árabes, judeus, budistas, cristãos, índios brasileiros, negros africanos e até grandes magos ou sacerdotes. Esses espíritos dotam-se de nomes simbólicos e são identificados perante as qualidades dos Orixás. Assim, vemos hoje na Umbanda, por exemplo, um antigo e sábio hindu se manifestando como um Caboclo, ou um renomado doutor se manifestando como um Preto-velho, ou ainda um grande mago ou sacerdote se manifestando como Exu, sem preconceito algum, apenas trabalhando e manifestando as qualidades e atributos específicos da Divindade Suprema – Deus - transcendendo todas as religiões espalhadas no plano material e sustentando a evolução de toda a humanidade de forma única e universalista.
A Umbanda surge aberta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo o que tenha sido em vida “todos serão ouvidos e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos os que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não”. Estas são palavras do espírito que se apresentou como Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas, fundador da Umbanda no plano material ao oficializar, em 1908, o primeiro centro umbandista, a Tenda Nossa Senhora da Piedade. E ele continua: “pois da mesma forma que Maria amparou nos braços o seu filho querido, também serão amparados os que socorrerem a Umbanda”.
A Umbanda é uma religião Espírita, pois como define Alan Kardec, no Livro dos Médiuns: “Espírita, é aquele que crê no espírito e nas suas manifestações”. Ou seja, todo aquele que acredita na manifestação de espíritos, segundo o próprio Kardec, é espírita! A Umbanda também é uma religião Cristã, pois a Umbanda acredita e aceita a existência de Jesus Cristo como o maior médium que já existiu, seguindo seus ensinamentos e seu mandamento maior: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a um irmão, não fazendo a esse irmão aquilo que não queremos que façam conosco”. A Umbanda nasceu em meio aos Cultos de Nação e ao Candomblé, mas cultua Orixá de forma diferente. No Candomblé os Orixás têm aspectos humanos, são relacionados a lendas e cultuados com grandes festas, com muita dança, canções e comida. Na Umbanda é uma heresia comparar Orixás a seres humanos tornando-os ruins e punitivos, justificando, assim, erros e desequilíbrios próprios do homem. Na Umbanda, Orixás são manifestadores dos Mistérios de Deus e em suas incorporações realizam todo um trabalho Divino em auxilio à comunidade. Resumindo, no Candomblé se cultua os Orixás e na Umbanda se “trabalha” com os Orixás.
Jêjes, nagôs, ketos, minas, bantos, indígenas, católicos, espíritas e muitos outros povos e religiões contribuíram com a Umbanda, não importando se creem em Orixás, Voduns, Nkisis, Pajés, Santos etc.
Na Umbanda Espíritos de Luz não são eguns e não se apresentam como mentores ou doutores, mas sim como Guias Espirituais. Exus não são escravos, não trabalham fora da Lei Divina e obedecem a uma única ordem: a dos Sagrados Orixás, são espíritos de tanta luz e de tanta sabedoria quanto os Pretos Velhos ou Caboclos. Na Umbanda não se utiliza do sacrifício de animais e não é através do jogo de búzios que conseguimos respostas e conselhos espirituais. O Ritual da Umbanda é simples e até impressiona como se é realizado. A onipresença dos Sagrados Orixás é percebida por todos da corrente mediúnica e através dessa presença, do amor, da caridade, da bondade, da fraternidade, da dedicação, da disciplina e do estudo é que TUDO se realiza, atributos esses necessários a todos que queiram sentir e se beneficiar dessa Onipresença Divina.
Uma Umbanda esclarecida e estudada em conceitos universais é a união de todas as correntes astrais e de todas as linhas de pensamentos que têm norteado a humanidade e harmonizado todas as religiões. O médium que não entende a Religião de Umbanda como a mais ecumênica das religiões e que não respeita todas as outras religiões, não é um verdadeiro médium de Umbanda. Uma Umbanda esclarecida e estudada em conceitos universais é a melhor garantia de que um “papa” não criará seu trono particular dentro da Umbanda e que não ditará dogmas que assegurarão o domínio da fé e da mente de muitas pessoas.
A Umbanda é única, é o micro realizando o macro.
FONTE DE LUZ a todos que conseguem trabalhar e aceitar a Umbanda sem distinção espiritual e como uma religião eclética e Divina.
Fonte: Mãe Mônica Caraccio
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