RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

QUEM SÃO OS EXÚS?



Ao contrário do que se pensa, os exús não são os diabos e espíritos malignos ou imundos que algumas religiões pregam, tampouco são espíritos endurecidos ou obsessores que um grande numero de espíritas crêem.

Os "diabos" ou demônios são seres mitológicos, já "desvendados" pela doutrina espírita, portanto, não existem.

Espíritos trevosos ou obsessores são espíritos que se encontram desajustados perante à Lei. Provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na pratica do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio.

Aguardam, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente).

São conhecidos, pelos umbandistas, kimbandistas, etc., como kiumbas ou quiumbas. Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas.

Este baixo astral é uma enorme "egrégora" formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.

O baixo astral, mesmo num imenso caos, tem diversas organizações, fortemente esquematizadas e hierarquizadas. Planos bem elaborados, mentes prodigiosas, táticas de guerrilhas, precisões cirúrgicas, exércitos bem aparelhados e treinados, compõe o quadro destas organizações.

Muito delas, agem na plena certeza de cumprirem os desígnios da Lei Divina, onde confundem a Lei da Ação e Reação com o "olho por olho, dente por dente". Vingam-se pensando que fazem a coisa certa.

Algumas agem no mal, mesmo sabendo que estão contra a Lei, mas enquanto a vingança não se consumar, não haverá trégua para os seus "inimigos". Acham que não plantam o mal, nem que a Reação se voltará mais cedo ou mais tarde.

Cada mal praticado por um espírito, o leva a cada vez mais para "baixo". As quedas são freqüentes e provocam mais e mais revoltas.

Alguns espíritos caem tanto que perdem a consciência humana, transformando-se (ou plasmando) os seus corpos astrais (perispíritos) em verdadeiras feras, animais, bestas e assim são usados por outros espíritos como tais. Alguns transformam-se em lobos, cães, cobras, lagartos, aves, etc.

Outros espíritos chegam ao cúmulo da queda que perdem as características humanas, transformando os seus perispíritos em ovóides. Esta queda, provoca além da perda de energias, a perda da consciência.

Ficam também subjugados por outros espíritos.

Apesar de todo este quadro, pouco esperançoso, das trevas. Mesmo sabendo que no nosso orbe o mal prevalece sobre o bem, há também o lado da Luz, da Lei, do Bem. E este lado é tão e mais organizado que as organizações das trevas.

Existem, também, diversas organizações, com variados trabalhos e ações, mas com um único objetivo de resgatar das trevas e do mal, os espíritos "caídos".

Vemos colônias espirituais, hospitais no astral, postos avançados da Luz nos Umbrais, caravanas de tarefeiros, correntes de cura, socorristas, etc., afeitos e afinizados aos trabalhos dos centros espíritas.

Vemos também, outros trabalhadores espirituais, ligados aos cultos afros.

Seja na Umbanda, Candomblé, Kimbanda, etc


Especificamente, na Umbanda, vemos através das Sete Linhas, vários Orixás hierarquizados. Existem vários níveis na hierarquia dos Orixás. Começando pelos mais altos espíritos, que estão próximos do Criador, até os Orixás Menores ou Planetários (aqueles que são ligados e responsáveis por cada orbe, pela sua evolução).

Temos como exemplo de Orixá Menor, o próprio Mestre Jesus, que está na linha de Oxalá e é considerado Oxalá, mas como Orixá Menor.

Mesmo sendo Orixás Menores, este espíritos são de alta escol.

Abaixo destes Orixás, estão os chefes de legiões e suas hierarquias. Estes espíritos "chefes" usam as três roupagens básicas : Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças.

Alguns caboclos, crianças ou pretos-velhos, às vezes, usam algumas destas roupagens para determinados trabalhos ou missões.

Como em nosso Universo (Astral) as manifestações se dividem em duas e manifestam-se como pares : positivo-negativo, ativo-passivo, masculino-feminino, etc.

A Umbanda que é paralela ativa, tem como par passivo a Kimbanda (não confundir com a kiumbanda, que é a manifestação das trevas).

A Kimbanda, que é a força paralela passiva da Umbanda, força equilibradora da Umbanda. A Kimbanda - São os Sete Planos Opostos da Lei, é o conjunto oposto da Lei. Quando falo em "oposto" à Lei, não quero dizer aquilo que está em desacordo à Lei, mas a maneira oposta de como a Lei é aplicada. Na Kimbanda que os Exús se manifestam, a Kimbanda, portanto é o "reino" dos Exús.

Os Exús são os "mensageiros" dos Orixás aqui na Terra. Através deles, os Orixás podem manifestarem-se nas trevas. Então, para cada chefe de falange, sub-chefe, etc., na Umbanda, temos uma entidade correspondente (ou par) na Kimbanda.


Os exús, são considerados como "policiais", que agem pela Lei, no sub-mundo do "crime" organizado. As "equipes" de Exús sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela. Passam, a maior parte do tempo nela, mas, não fazem parte dela. Devido a esta característica, os Exús, são confundidos com os kiumbas. Videntes os vêem nestes lugares e erroneamente dizem que eles são de lá.

HIERARQUIA DOS EXÚS
Os Exús, estão também, divididos em hierarquias. Onde temos Exús muito ligados aos Orixás Menores até aqueles Exús ligados aos trabalhos mais próximos às trevas.

Os exús dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em sete graus.

A divisão está formada "de cima para baixo" :

- TERCEIRO CICLO

Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus

Neste Ciclo, encontramos os Exús Coroados : são aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções de mando. São os chefes das falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda. Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exú Coroado como o seu guardião pessoal. São os guardiões chefes de terreiro. Não mais reencarnam, já esgotaram há tempos os seus karmas.
Sétimo Grau - Estão os Exús Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda, temos Um Exú no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exús Chefes de Legião

Sexto Grau - Estão os Exús Chefes de Falange. São Sete Exús Chefes de Falange subordinados a cada Exú Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exús Chefes de Falange.

Quinto Grau - Estão os Exús Chefes de Sub-Falange. São Sete Exús Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exú Chefe de Falange, portanto, são 343 Exús Chefes de Sub-Falange.

-SEGUNDO CICLO

Contém o Quarto Grau

Exús Cruzados ou Batizados : são subordinados dos Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas). Estão ainda nos ciclos de reencarnações.

Quarto Grau - Estão os Exús Chefes de Agrupamento. São Sete Exús Chefes de Agrupamento e estão subordinado a cada Exú Chefe de Sub-Falange, portanto, são 2401 Exús Chefes de Agrupamento.

- PRIMEIRO CICLO
Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus

Temos dois tipos de Exús neste ciclo :

Exús Espadados - São subordinados do Exús Cruzados. O seu campo de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.

Exús Pagãos - São subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o bem e o mal. São conhecidos, também como "rabos-de-encruza". Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem. Não são confiáveis, por isso.

São comandados de maneira intensiva pelos Exús de hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada.

São ex-kiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus.

O campo de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas.

São muito usados pelos Exús dos níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.


Terceiro Grau - Estão os Exús Chefes de Coluna. São Sete Exús Chefes de Coluna e estão subordinados a cada Exús Chefes de Agrupamento, portanto, são 16807 Exús Chefes de Coluna.

Segundo Grau - Estão os Exús Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exús Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exú Chefe de Coluna, portanto, são 117649 Exús Chefes de Sub-Coluna.

Primeiro Grau - Estão os Exús Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de espíritos nesta função.

ATUAÇÃO DOS EXÚS
Os Exús, em geral, sob a nossa ótica, não são bons nem ruins, são apenas executores da Lei. Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos Exus.

A maneira dos Exus atuarem, às vezes nos chocam, pois achamos que eles devem ser caridosos, benevolentes, etc. Mas, como podemos tratar mentes transviadas no mal ? Os exus usam as ferramentas que sabem usar : a força, o medo, as magias, as capturas, etc. Os métodos podem parecer, para nós, um pouco sem "amor", mas eles, sabem como agir quando necessitam que a Lei chegue nas trevas.

Eles ajudam aqueles que querem retornar à Luz, mas não auxiliam aqueles que querem "cair" nas trevas.

Quando a Lei deve ser executada, Eles a executam da melhor maneira possível doa a quem doer.

Há um ditado muito providencial que diz :

"Cuidado com o que se pede a um Exu, pois poderá ser atendido."
Ou seja, se um Exu se manifestar e pedirmos que ele faça o mal, ele poderá faze-lo, mas ou porque ele sabe que esse mal retornará a quem o pediu ou porque não tem noção do que está fazendo (um exu pagão).

Os exus, como executores da Lei e do Karma, esgotam os vícios humanos, de maneira intensiva. Às vezes, um veneno é combatido com o próprio veneno, da mesma maneira que a picada de uma cobra venenosa. Assim, muitos vícios e desvios, são combatidos com eles mesmos. Um exemplo, para ilustrar :

Uma pessoa quando está desequilibrada no campo da fé, precisa de um tratamento de choque. Normalmente ela, após muitas quedas, recorre a uma religião e torna-se fanática, ou seja, ela esgota o seu desequilíbrio, com outro desequilíbrio : a falta de fé com o fanatismo. Parece um paradoxo ? Sim, parece, mas é extremamente necessário.

Outro exemplo é o vicio às drogas, onde é preciso de algo maior para esgotar este vicio : ou a prisão, a morte, uma doença, etc.


A Lei é sempre justa, às vezes somente um tratamento de choque remove um espirito do mal caminho. E são os exus que aplicam o antídoto para os diversos venenos.

Os Exús, estão, ligados de maneira intensiva, com os assuntos terra-a-terra (dinheiro, disputas, sexo, etc.). Quando a Lei permite, Eles executam aos diversos pedidos materiais dos encarnados.

Os Exús tem sob o domínio todas as energias livres, contidas em : Sangue, cadáveres, esperma, etc.

Por isso, seus campos de atuação são : cemitérios, matadouros, prostíbulos, boates, necrotérios, etc. Eles lá estão, porque frenam (bloqueiam) as investidas dos kiumbas e espíritos endurecidos que se comprazem nos vícios e na matéria.

O kiumbas, seres astutos, conseguem se manifestar como um exú, num terreiro muito preso às magias negras e assuntos que nada trazem elevação espiritual. Ao se manifestarem, pedem inúmeras oferendas, trabalhos, despachos, em troca destes favores fúteis. Normalmente eles pedem muito sangue, bebidas alcoólicas e fumo. Chegam a enganar tanto (ou fascinar) que fazem as mulheres que procuram estes "terreiros", pagarem as suas "contas" fazendo sexo com o médium "deles". Ou seja, eles vampirizam o casal, quando o ato sexual se efetua.

Mas, e os verdadeiros exús deixam ? É uma pergunta que comumente fazemos, quando estes disparates ocorrem.

Os exús, permitem isso, para darem lição nestes falsos chefes de terreiros ou médiuns. Como disse, os métodos dos exús, para fazer com que a Lei se cumpra, são variados.
Muitas vezes, também, a obsessão é tão grande e profunda que os exús, não podem separar de uma só vez obsedado e obsessor, pois isso causaria a ambos um prejuízo enorme.

Outras vezes, os exús, deixam que isso aconteça, para criar "armadilhas" contra os kiumbas, que uma vez instalados nos terreiros, são facilmente capturados e assim, após um interrogatório, podem revelar segredos de suas organizações, que logo em seguida, são desmanteladas. Alguns terreiros, depois disso, são também desmantelados pelas ações dos exús, causando doenças que afastam os médiuns, as pessoas, etc.

"Ai daquele que provoca um escândalo, mas o escândalo é necessário."

A ROUPAGEM FLUÍDICA DOS EXÚS
A roupagem fluídica dos Exus, variam de acordo com o seu grau evolutivo, função, missão e localização. Normalmente, em campos de batalhas, eles usam o uniforme adequado. Seu aspecto tem sempre a função de amedrontar e intimidar. Suas emanações vibratórias são pesadas, perturbadoras. Suas irradiações magnéticas causam sensações mórbidas e de pavor.

É claro que em determinados lugares, eles se apresentarão de maneira diversa. Em centros espíritas, podem aparecer com "guardas". Em caravanas espirituais, como lanceiros. Já foi verificado que alguns se apresentam de maneira fina : com ternos, chapéus, etc.

Eles tem grande capacidade de mudar a aparência, podem surgir como seres horrendos, animais grotescos, etc.

OFERENDAS PARA EXÚS
Devemos oferendar aos exús?

Os exús, como já foi dito, atuam intensamente no sub-mundo astral. Grandes batalhas são travadas entre o bem e o mal. Muita energia é despendida nestas investidas e os exús, por atuarem assim, acabam gastando enormemente as suas reservas energéticas.




Depois de vários "dias" trabalhando, eles se recolhem em seus "quartéis" e repõem parte destas energias e aproveitam e estudam, discutem novas táticas, etc.

Quando fazemos alguma oferenda para os Exús, eles "capturam" as energias dos elementos oferendados, ou a parte etérica e "recarregam as suas baterias".

Mas (podemos perguntar), se o exú é um espírito, porque ele precisa de oferendas materiais ?

Como eles estão ligados ao terra-a-terra e ao sub-mundo astral que é muito denso, os exús precisam retirar dos elementos materiais a energia que gastaram em seus trabalhos.

NÍVEIS VIBRACIONAIS
Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam.

Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo. Os níveis estão mais relacionados com o mundo da consciência do que com o mundo físico, ou seja, são mais estados de consciência do que um lugar fisicamente localizado.

Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta. Portanto, quando vemos descrições de camadas umbralinas localizadas em abismo sob a crosta terrestre, devemos entender que embora elas estejam localizadas com estes espaços físicos, elas estão no lado espiritual deste plano físico.

Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete Camadas Concêntricas Inferiores.

A divisão está sempre formada "de cima para baixo" :

- CAMADAS CONCÊNTRICAS SUPERIORES
Sétima, Sexta e Quinta Camadas - Zonas Luminosas:
Seres iluminados, isentos das reencarnações. Cumprem missões no planeta. Estão se libertando deste planeta, muitos já estagiam em outros mundos superiores.

Quarta Camada - Zona de Transição:
Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos menores.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zonas Fracamente Iluminadas:
A maioria dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas. Estão em reparações e aprendizados para novas reencarnações.

SUPERFÍCIE - Espíritos encarnados

- CAMADAS CONCÊNTRICAS INFERIORES
Sétima Camada - Zona Sub-Crostal Superior

Sexta, Quinta e Quarta Camadas - Zona das Sombras

Zona Purgatoriais ou de Regeneração

Quarta Camada - Zona de Transição

Entre as sombras e as trevas. Zona de seres revoltados e dementados.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zona das Trevas -

Zona Sub-Crostal Inferior

Os seres estão em estágio de insubmissos, renitentes e ostensivos às Leis Divinas. Não reconhecem Deus como o Ser mais superior.

A atuação dos Exús, está praticamente em todas as camadas inferiores, com exceção das Terceira, Segunda e Primeira Camadas, que eventualmente eles "descem" para missões especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois estão mais "ambientados" com as baixas e perniciosas vibrações. não que os Exus não podem "descer" até lá, mas porque é desnecessário criar uma guerra com os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.

A maioria dos livros espíritas, que tratam do assunto dos níveis vibracionais, não chega sequer a mencionar algo além das camadas intermediárias ou médio e alto umbral. Descrevem na maioria das vezes as camadas que ficam as sombras e não as trevas, pois os espíritos que fazem tais incursões não podem ou não devem “baixar” mais, pois somente cabe aos exus, espíritos especializados “descer” tanto.

AS MANIFESTAÇÕES DOS EXÚS SOBRE OS MÉDIUNS
Através do dom do oráculo, ou mediunidade, os espíritos conseguem manter intercâmbio com os encarnados. O contato dá-se através das várias modalidades mediúnicas, seja ela a vidência, clarividência, clariaudiência, psicografia, psicofonia, etc.

No movimento umbandista, as entidades, normalmente manifestam-se ou pela incorporação ou pela radiação intuitiva.

A incorporação é a modalidade mediúnica mais utilizada, por várias razões, trazendo as comunicações da "boca" dos próprios espíritos, ou seja, eles estão no momento da manifestação, presentes e próximos aos encarnados. A incorporação traz como beneficio, a confiabilidade das comunicações, já que podemos "ver" o espírito manifestado, reconhecendo-o através de seus próprios movimentos, ações, voz, etc.

Assim, é possível manter estreito contato entre o espírito e o consulente.

Na incorporação, o espírito comunicante, não "entra" no corpo físico do médium, mas apenas toma as "rédeas" da situação, controlando o corpo físico com ou sem a intervenção do médium. O espírito, assim, apenas se aproxima do corpo físico, mas não o toma ou "entra" nele.

A incorporação divide-se pela intervenção ou não do médium em :

Incorporação Inconsciente e Incorporação Semi-consciente

Na Inconsciente, o espírito do médium se afasta e deixa que o espírito comunicante "assuma" o seu corpo. Assim, o espírito do médium, não interfere na comunicação, mesmo estando consciente no plano astral


Na semiconsciente, o espírito do médium se afasta um pouco do corpo, mas mantém ligação consciente com ele, enquanto que o espírito comunicante assume algumas funções motoras do corpo físico. A semi-inconsciência pode variar de intensidade, ou seja, o médium pode ter desde um grande grau de consciência até um grau de quase total inconsciência. O médium tem, enquanto dura a manifestação, alguns lampejos de consciência, vendo a manifestação como se estivesse distante ou alheio. A noção de tempo, também, é diferente, pois mesmo depois de algumas horas de incorporação, o médium tem a noção de que se passou apenas algum minuto.

Estas ligações mediúnicas, através da incorporação, são efetuadas pelos espíritos, através do corpo astral do médium. Os espíritos comunicantes usam, assim, os chacras do médium correspondentes à sua linha de atuação.

É claro que os demais chacras são utilizados, mas há sempre o chacras principal de ponto de contato e manipulação.

Quando a entidade "incorpora" ou nos momentos pré-incorporativos, um médium, pode sentir a diferença vibracional. Assim, um médium experimentado, consegue distinguir uma entidade da outra, pois as vibrações energéticas de cada entidade são diferentes umas das outras.

Um erê (criança) se manifesta utilizando o chacra laríngeo (localizado na garganta ou laringe), por isso que o corpo do médium fala com uma voz mais afinada, do tipo criança.

Os exús por sua vez, também, usam os chacras correspondentes, mas como estão muito ligados ao terra-a-terra, usam bastante o chacra básico ou genésico.

As pombas-giras, como são exús, usam muito o chacra genésico (glândulas sexuais) para se manifestarem. Por dominarem e controlarem as energias relacionadas ao sexo, elas "carregam" este tipo de vibração.

Por esta característica, um médium "sente" uma mudança significativa no seu padrão vibracional, pois uma pomba-gira está "atirando" suas vibrações afins. Por isso, pode-se causar um certo incomodo no médium, pois o seu centro genésico é estimulado no lado astral e suas glândulas sexuais são estimuladas no lado material e ele pode sentir a mesma sensação de excitação. Na verdade é apenas uma energia se manifestando e o médium deve saber diferenciar uma excitação normal de uma manifestação de um exú. Se o médium, cair na tentação e deixar-se levar, ele poderá se prejudicar, gastando a sua energia à toa.

Também, a pomba-gira, por encontrar no médium, energia sexual saturada, esgota-a nos momentos iniciais da incorporação.

Da mesma maneira, a pomba-gira, esgota a energia sexual de um consulente mais excitado. Elas, realmente se divertem com isso, mesmo estando trabalhando seriamente neste assunto.

Também, devemos relevar que muito médium põe para fora todo a sua libido nos momentos de incorporação de uma pomba-gira. Claro que as pombas-giras reconhecem isso na hora e podem até reajustar a sintonia do médium, dependendo do seu merecimento.

Outro fato muitíssimo importante é a manifestação de uma kiumba passando-se por uma pomba-gira. Deve-se tomar muito cuidado, pois certamente ela estará apenas vampirizando as emanações sensuais do médium, podendo prejudicá-lo seriamente.

Também, devido à classificação dos exus, pode ser que seja mesmo uma pomba-gira, mas uma rabo-de-encruza ou uma de nível bem próximo às trevas. Como elas não tem muito conhecimento do bem e do mal, podem também, prejudicar um médium.

Vale lembrar que às vezes, um consulente, pode ficar fascinado ou encantado com uma pomba-gira. Isso é perigoso para a pessoa, já que pode desequilibrar-se.

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