RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quarta-feira, 4 de março de 2009

AS ENCRUZILHADAS


A VERDADEIRA ENCRUZILHADA DOS GUARDIÕES
Trecho extraído do livro: “A Magia das Oferendas na Umbanda” –
autoria: Pai Juruá – no prelo

Oferenda: Objeto ou coisa qualquer que se oferece: presente; dádiva –
Diz-se na Umbanda, que oferenda é um presente para captar apenas
vibrações, ou melhor, para harmonizar vibrações.

Despacho: Ato ou efeito de despachar (dispensar os serviços de; mandar
embora; despedir).

Muitos acreditam ser a encruzilhada de Guardiões estas de rua ou de
cemitério. Mas a verdadeira “Encruza” está no campo astral e não no
campo físico (pedimos aos leitores estudarem o assunto: Linhas Ley;
aí, encontrarão muitas respostas para a questão “encruzilhada”).

Os Guardiões somente realizam “despachos” em encruzilhadas de rua e de
cemitério, desde que sejam para fins específicos, quando à necessidade
de manipular energias humanas que se entrecruzam. Fora disso, as
encruzilhadas de rua e de cemitério não são os pontos de força dos
Guardiões.

Aquilo que rege o Macrocosmo também rege o Microcosmo, pois existe
apenas uma Lei que comanda os mundos, adaptada conforme a forma de
vida que esteja debaixo de sua ação e reação. As leis que ordenam e
coordenam os astros, a natureza e os elementos são as mesmas leis que
coordenam a biologia e a física do ser humano, exatamente por ser este
influenciado pelo meio e pelas regras matemáticas dos astros e das
potestades.

E a Lei que dá formação e ajuste à matéria e que faculta, inclusive, o
próprio modo de ser da movimentação Cármica, a Lei Mater aplicada a
movimentação dos elementos, é sintetizada na Encruzilhada dos
Guardiões, ou na Roda Cabalística da Encruzilhada.

Sabemos que muitos irmãos realizam seus trabalhos ritualísticos nas
chamadas encruzilhadas de rua ou cemitério. Achamos por bem alertar
que encruzilhadas de rua e de cemitério são locais onde existem
determinadas portas dimensionais que se ligam diretamente às covas
mais profundas do Baixo Astral. São as chamadas “Portas Cruzadas” e os
trabalhos feitos nestes locais, tem aceite somente por entidades que
nada tem a ver com os verdadeiros Guardiões, ou são efetuados por
ordens dos Guardiões de Lei, quando da manipulação energética
necessária.

Nas encruzilhadas de rua e de cemitério habitam os seres mais
estranhos e terríveis, verdadeiros monstros, que alteraram a forma de
seu corpo astral (Zoantropia), devido a sua própria conduta mental e
emocional. Adulteraram completamente seus sentidos e seus objetivos na
caminhada evolutiva, sendo seres viciados, dementados e na sua maioria
perversos, coléricos e vingativos. Estes são os famigerados quiumbas,
seres que habitam a contraparte astral de locais como prostíbulos,
matadouros, casas de jogos, cemitérios, bares e mesmo churrascarias,
pois são loucos por sangue, morte, bebida e vícios, os mais variados.
E são eles que recebem nas encruzilhadas de rua e de cemitério as
oferendas feitas com sangue, animais mortos, ossos e todos os tipos de
materiais de baixa vibratória.

Estes seres se agregam na aura dos infelizes que realizam tais
práticas, como se realmente os vampirizassem, fomentando-os a
realizarem sempre tais oferendas sangrentas no intuito de alimentá-los
vibratoriamente. Muitos destes são acompanhados por outros seres que
são chamados de “larvas astrais”. Estas são formas pensamentos
viciadas, que possuem a forma de baratas ou de algo semelhante a
lagostas, polvos, lombrigas, etc. Tais coisas se agregam à vítima e
funcionam como um sensor que a liga ao quiumba, mesmo à distância.
Estas larvas trazem realmente muitas doenças, tanto mentais como
físicas fazendo com que a vítima se sinta, na maior parte das vezes
desanimada e sem força de vontade, só se recuperando quando estão em
qualquer prática viciosa.

Esses quiumbas são combatidos pelos Guardiões de Lei da Umbanda, que
exercem verdadeiro policiamento nas zonas onde existem o tóxico, o
álcool, a prostituição e coisas piores. Os Guardiões os policiam para
não utilizarem a contraparte etérica de elementos como o sangue,
ossos, etc., por exemplo, para fins de contundência.

Na verdade, estes quiumbas são igualmente nossos irmãos, estando
apenas caídos na rota evolutiva, desviados que foram por outros seres
sumamente poderosos, embora intencionalmente voltados para o mal; os
magos negros.

Quando os Guardiões aprisionam estes quiumbas, os levam a determinados
postos corretivos no astral, onde ficarão recebendo um tratamento que
lhes facultará a retomada de sua linha evolutiva afim e o possível
reencarne. Dissemos possível pelo fato de muitos deles não terem
condições vibratórias de reencarnarem, pois que seus corpos astrais se
encontram em terrível desajuste e mesmo suas mentes estão em tal
estado de revolta e ódio que seria prejudicial a si e as outras
pessoas o passe reencarnatório.

Mas perguntará o leitor: já não encarnam tantos assassinos, facínoras
e corruptos? Como estes conseguem o tal passe? E responderemos que
estes se encontram nesta condição por já estarem extremamente
melhorados e que as coisas no submundo astral são bem piores.
Determinados assassinos que reencarnam (ou mais exatamente são como
que “jogados” na roda da encarnação para reajustar-se com seus afins.
Só o mal corrige o mal) já foram e vieram muitas e muitas vezes, sendo
que o seu livre arbítrio se torna cada vez menor enquanto não
corrigirem as suas ações. Para muitos o passe da reencarnação é vedado
e são estes – os mais perigosos – aprisionados em sua consciência como
se fossem certas formas ovóides, em estágio estacionário. Mas este é
um aspecto dos mais terríveis e perturbadores e que deixaremos de citá-
lo de forma mais aprofundada para não causar traumas ao inconsciente
de muitos...

É bom frisarmos que a Umbanda não doutrina o maniqueísmo, ou a
dicotomia BEM/MAL como se Deus fosse um déspota que se deleitasse em
ver seus filhos sofrendo num inferno eterno. A única coisa eterna é o
bem, o Amor Cósmico; sendo o mal uma distorção destas realidades e um
artifício utilizado pelo Criador, a fim de sabermos diferenciar o bem
do mal. O inferno está na consciência de cada um, sendo esta
direcionada e escalonada de acordo com as atitudes que se realizem
durante as encarnações. Pois a verdade é uma só: podemos enganar aos
outros, mas jamais enganaremos a nós mesmos, que somos testemunhas de
nossos próprios atos, Ninguém escapa do passado e os erros são
contados e pesados não somente pelos Tribunais Cármicos, mas muito
principalmente pela nossa própria consciência, pois quem já sentiu
dentro de si uma fagulha que seja da Verdade e do Amor das Almas, sabe
o quanto pesa as atitudes passadas e os atos infelizes realizados
contra a natureza e os semelhantes.

E o que acontece com aqueles que não se questionam sobre seus atos?
Estes, quando seu Carma se torna impraticável, repleto de ações
negativas são direcionados a seus afins, para determinados planetas
menos evoluídos ou mais primitivos que o nosso. Como? Se em nosso
mundo que é uma casa abençoada necessitamos ainda pagarmos para nos
alimentar, (o que já é resultado de excessivas ganâncias do
passado...) embora não paguemos pela luz, ou pelo ar, existem mundos
onde estas coisas são pagas, pois que estes seres formaram tal
condição negativa sobre si que seus próprios atos os forçaram a
construir uma sociedade afim a suas experiências passadas.

Achamos importante, para esclarecer os irmãos umbandistas, repetir que
fazer entregas em encruzilhadas de rua ou de cemitério é atividade
perigosíssima, principalmente quando estas entregas levam elementos
animais ou mesmo materiais densamente negativos. Repetimos que a
Umbanda não usa matar animais em hipótese alguma, seja para louvar
Orixás ou para resolver qualquer desmando com o baixo astral. A
Umbanda também não usa colocar sangue na cabeça de seus iniciandos.
Acreditamos – pois temos certeza – de que o sangue atrai esta classe
de espíritos do quais falamos. Os irmãos dos Cultos de Nação muitas
vezes questionam a nós Umbandistas sobre o uso do sangue, alegando que
este é Axé e que a sua utilização revitaliza todo o sistema magístico
de um ritual; mas isto não faz parte da ritualística/doutrina da
Umbanda Sagrada. Cada coisa no seu lugar, e cada liturgia na sua
religião.

Nós também cremos que o sangue é Axé, mas este só realiza sua função
de Princípio e Poder de Realização quando no animal vivo. Matar um
animal ou vários e entregá-los no seio da Natureza é uma violação e
uma afronta a esta mesma natureza, pois as vibrações expressas em
oferendas deste tipo agridem aos espíritos elementares que atuam nas
matas e nas cachoeiras, espíritos estes que estão aprendendo e se
adaptando às realidades que os aguardam e são agredidos com estas
vibrações negativas.

Pois bem, os locais corretos para se preceituar os Guardiões é
simples:

1º) Identifique o ponto de força da Natureza que o Guardião irá
utilizar.

2º) Providencie os materiais necessários para a oferenda, todos de
energia positiva (nunca utilizar carnes, sangue, ossos ou qualquer
tipo de material de baixa vibratória).

3º) Chegando ao ponto de força da Natureza, firme uma vela na cor da
vibratória do Orixá correspondente; de joelhos, peça licença para o
trabalho que irá realizar. Se afaste dessa vela por 77 (setenta e sete
passos); aí esta o ponto de força onde os Guardiões do Orixá
específico manipulam suas energias. Exemplo: O trabalho a ser
realizado necessitará a presença e a força do Guardião conhecido como
– Veludo. Esse Guardião vibra as forças da Mãe Oxum. Com isso, já
definiremos que teremos que realizar a nossa oferenda no ponto de
força – Cachoeira. Lá chegando, firme uma vela cor-de-rosa para a Mãe
Oxum, e de joelhos faça suas preces, pedindo o que necessita. Logo
após, afaste-se 77 (setenta e sete) passos para qualquer lado. Nesse
exato local, vibrará a energia poderosa dos Guardiões da Mãe Oxum.
Assim o é para todos os Guardiões dos Orixás.

Esta é a verdadeira “encruzilhada” dos Guardiões, pois é situada na
Natureza. A real encruzilhada dos Guardiões não está no campo físico,
mas sim no campo astral, na combinação dos elementos naturais, que são
os já conhecidos Ar – Fogo – Água – Terra – Vegetal – Mineral – Animal
– Etérico Humano e Magnético Telúrico, formando o ciclo da vida,
havendo os segredos invioláveis deste mistério que é conhecido apenas
pelos Guias Espirituais da Umbanda e a quem eles abrem o mistério.

Esta encruzilhada, a verdadeira Encruzilhada ou Roda Cabalística
obedece aos pontos cardeais e as entradas e saídas de força que
agregam e desagregam os elementos e mantém a transformação da vida.

Estas transformações são possibilitadas pelas chamadas Linhas de
Força, que são a consubstanciação da Energia dos Orixás, pois cada um
dos Poderes Reinantes do Divino Criador (Orixás) é senhor de uma
Energia:

• Pai Oxalá – senhor da energia etérica.

• Mãe Yemanjá – senhora da energia das águas salgadas

• Mãe Oxum – senhora das energias das águas doces.

• Pai Oxumarê – senhor das energias dos ciclos da vida

• Pai Ogum – senhor das energias dos metais

• Mãe Yansã – senhora das energias do ar

• Pai Xangô – senhor das energias do minerais

• Mãe Obá – senhora das energias das águas revoltas.

• Ibeji – senhor das energias da espiritualidade

• Oxossi – senhor das energias da fauna

• Ossain – senhora das energias da flora

• Omulú/Obaluaiê – senhor das energias da terra

• Nanã Buruquê – senhora das energias das águas paradas

• Yewá – senhora das energias das fontes

• Logunedé – senhor das energias das beiras dos rios junto das matas

• Kitembo – senhor das energias do tempo cronológico

• Exu – senhor das energias magnética telúrica

• Pomba Gira – senhora das energias do fogo

Estas Energias são transformadas pelos Guardiões em Forças Elementais
propriamente ditas, chamadas de Forças Sutis e são coordenadas pelos
Guardiões de Lei responsáveis pela Coroa da Encruzilhada, que são os
que estão assentados a trabalho das Irradiações Divinas, Os Sagrados
Orixás.

Lembramos que os Guardiões nos dão nomes simbólicos, não sendo os seus
verdadeiros, embora eles tenham relação sonométrica com suas
designações originais que são poderosos mantras e por isso não devem
ser revelados sem a devida oportunidade e a qualquer pessoa. Mas mesmo
estes nomes possuem a vibração correta dentro da magia de som para que
suas invocações sejam atendidas.

Declinamos nos nomes simbólicos dos Maiorais, devido a grande confusão
reinante quanto à denominação de cada um. Cada escritor ou mesmo
sacerdote umbandista, cria a sua hierarquia, o que causa uma grande
confusão entre os estudiosos. Por isso, vamos ligar os Guardiões
somente à linhagem de trabalho pertinente a cada Orixá.

Seja qual for o Guardião pertencente à Linha Espiritual regida por
qualquer Orixá, vai responder, com os atributos e atribuições do
Maioral que rege essa Linha de trabalho.

Cada um dos Maiorais se agrupam conforme as forças (Orixás) que
manipulam. E estas forças (Orixás) estão relacionadas aos pontos
cardeais.



Esta é, então, a Verdadeira Encruzilhada de Gurdião, sendo que suas
oferendas e preceitos devem sempre seguir a orientação dos pontos
cardeais, pois isto é importantíssimo na magia de imantação e
desagregação.

Novamente nos explicaremos melhor, para orientar os menos atentos,
pois sabemos que tal assunto é novo para a maioria dos irmãos de fé
sendo assim, não é fácil de ser digerido.

A Encruzilhada de Guardião é a síntese magística da Umbanda e da
Quimbanda. É interessante observar-se as entradas e saídas da
encruzilhada, pois são elas as responsáveis diretas pela manutenção da
vida e pela limpeza astral do planeta. Sabendo utilizar-se delas, é
possível manter-se a saúde e a harmonia, além da paz interior.

Diremos que basta observar que o Norte e o Sul são entradas, o Leste e
o Oeste são saídas. No centro da roda está o chamado “centro
indiferenciado”, que é de onde saem energias positivas e para onde são
levadas todas as energias negativas ou estáticas de nosso planeta. Por
isso, revelaremos apenas que se um indivíduo quiser revitalizar-se
quando realizar algum preceito que não utilize, repetimos, NUNCA o
elemento sangüíneo, deve-se voltar aos cardeais LESTE/OESTE e para se
descarregar deve-se voltar aos cardeais NORTE/SUL pedindo o Agô
(licença) e as forças necessárias aos senhores da Encruzilhada para
imantar-se ou descarregar-se, dentro da Lei e da Justiça.

A Magia não se divide em negra ou branca, e também não existe magia da
Umbanda, egípcia, cigana, etc. A magia é planetária e responde a uma
só lei. Ela está condicionada a vontade ao saber e a moral do
operador, pois os conceitos de bem ou de mal são condições ligadas à
inteligência do espírito de acordo com o grau evolutivo ou com a
abertura de seu consciencional, pois a Lei Cármica pode ser acionada
de acordo com os atos conscientes ou inconscientes de quem manipulam
as forças ocultas da matéria.

Isso é comprovado no fato de que muitas vezes o desconhecimento da
existência de um carma coletivo, grupal e individual resulta na
realização de atos que entram em choque com estas três leis
reguladoras. Exemplificando: pode-se achar que está se fazendo um bem
individual a uma pessoa, mas ao mesmo tempo pode-se prejudicar uma
coletividade, pois através da magia é possível evitar-se que algo
aconteça a alguém, mas e se esse alguém tiver em seu carma a suposta
dívida que se desejou sanar?

Nesse caso a balança da Lei será pesada e contada, sendo que, cedo ou
tarde, a Lei de Causa e Efeito aliada a seus choques de retorno será
acionada.

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