Este é um vasto assunto sobre o qual já tratamos parcialmente em textos anteriores e que trataremos um tanto mais profundamente de vez que consideramos hiper importante o dirigente espiritual ter conhecimento das “peças” que podem ser armadas pelo “Baixo Astral”.
Antes porém de iniciarmos, é sempre bom relembrar que: Ninguém pode socorrer espiritualmente alguém que não quer ser socorrido.
Pode ser que você ache, assim que ler essa afirmação acima, que essa seria até uma atitude anti-cristã. Não se preocupe. Esse pensamento acorre logo às pessoas movidas pelo excesso de emoções como é o caso do ser humano considerado normal - aquele que reage ao que lhe ensinam baseado no que sempre ouviu como verdade.
Mas se você está preparado(a) para aprender novos conceitos, pode continuar sua leitura pois entraremos em maiores detalhes adiante. Caso contrário, pode parar por aqui mesmo!
Como já vimos antes, em se tratando de obsessão constatada, todo o cuidado é pouco.
Quando uma pessoa chega ao ponto de estar obsedada por uma entidade espiritual é sinal de que suas defesas espirituais e energéticas (aura) já foram vencidas e a própria vontade dessa pessoa já depende em maior ou menor grau, da vontade do obsessor. Qualquer tentativa de afastamento por meios descontrolados pode ser fatal, pois em não poucos casos, a presença do obsessor torna-se fator importante na vida do obsedado.
Vamos estudar como se pode chegar a uma obsessão passo a passo e para isso teremos que abordar alguns outros temas como aura, chakras, etc, sobre os quais falaremos neste texto, apenas o suficiente para permitir um melhor raciocínio, ou seja, partiremos do princípio de que você já aprendeu as bases desses conceitos e vamos ver como eles se aplicam.
Todo ser humano, como você poderá ver na extensa literatura a respeito, traz à volta de seu corpo material, ainda que invisível aos olhos normais, uma emanação energética que o envolve à qual se dá o nome de AURA. Essa aura em síntese, é uma massa energética proveniente do interior do próprio ser e é formada pelas energias que esse ser produz, ou gera.
Por ser uma energia basicamente produzida pelo ser, traz em si as impressões de tudo o que ocorre com esse ser, seja fisicamente, mentalmente ou espiritualmente, ou seja, ela reflete aquilo que acontece com o ser em diversos níveis e desse modo é capaz de apresentar variações se o indivíduo está doente (físico), se está calmo ou com raiva (mental), ou se está sofrendo ataques de nível espiritual.
Todas as doenças provocam impressões na aura e há ainda os casos de doenças que ainda não chegaram à matéria mas que já se mostram na aura por modificações dos tons de certas cores (energias). Esses são normalmente os casos em que certos órgãos, ainda que enfraquecidos, não chegaram ao ponto de provocarem as síndromes ou sintomas da doença que virá. O mais importante no nosso caso no entanto, é saber que essa aura, por estar envolvendo o ser, funciona também como uma barreira para a entrada de energias estranhas (no caso de estar equilibrada) como as ambientais (egrégoras), as enviadas por outras pessoas, e até mesmo contra a entrada de certas entidades que normalmente não deveriam ali se intrometer. A aura é nosso escudo natural.
Entidades e energias estranhas sempre procuram atuar positivamente ou negativamente na aura sabendo que o que ali se processa vai fatalmente se processar na matéria mais adiante. Isso acontece desde os chamados “passes” até os “trabalhos mandados” e não poderia deixar de acontecer nos casos de obsessão quando entidades visam, como primeiro passo, o enfraquecimento desse escudo natural para que suas vontades possam alcançar com mais facilidade os indivíduos alvo.
Vamos considerar agora uma pessoa normal, que tenha a sua aura equilibrada e façamos de contas que uma entidade resolveu assumir seu comando ou obsedá-la.
Os motivos para isso poderiam ser vários, mas podemos destacar assuntos mal resolvidos em encarnações passadas, um trabalho feito, etc.
Qualquer futuro obsessor, por mais imbecil que seja, jamais fará ataques violentos desde o primeiro encontro.
Só fazem esses tipos de ataques entidades ou elementais que vêm para executar um trabalho e, tendo conseguido alcançar seus objetivos, saem à procura de novas vítimas. O futuro (ainda) obsessor, normalmente faz um estudo de sua vítima, sente quais são seus pontos fracos, (aqueles que causam o enfraquecimento da aura) e programa seus ataques com esse objetivo.
Suponhamos que a pessoa é muito vaidosa, adora ser elogiada, gosta de ganhar presentes e é médium praticante. O que fará o obsessor? Vai afastá-la dos “amigos”? Vai fazer com que perca tudo? Não ! É claro que não !
Vai arrumar um jeito de se apresentar como um de seus protetores, vai produzir trabalhos que provoquem os elogios dos clientes, vai incentivar o recebimento de presentes e outras adulações, tudo para que a pessoa cada vez mais, possa nele crer e com isso, cada vez mais, lhe abra a guarda (favoreça sua entrada na aura). Quanto mais puder ficar junto à pessoa, dirigindo-lhe os atos, mais os elos que os une se fortalecem, até porque, médiuns nessa situação costumam ficar cegos a qualquer tipo de aviso e não raramente dispensam a proteção e o trabalho com outras entidades que antes eram sempre presentes (sim, porque a essa altura elas já devem ter se afastado) pelo fato de não lhe trazerem tanta notoriedade.
Falar em deus ? Qualquer entidade pode falar e até dar conselhos, desde que isso seja o que a pessoa queira ouvir - não seria esse um obstáculo para quem tem um objetivo maior.
A coisa vai crescendo a um tal ponto que, quando se dá conta (se é que isso chega a acontecer), o obsedado não tem mais para onde correr. Os elos que criou com o obsessor foram tão grandes que ele é capaz de dirigir cada passo de sua vida e decidir o que deve ou não ser feito. O que pode advir daí…
Todos nós sabemos até por prática, que quanto mais se trabalha com uma determinada entidade, mais fácil fica o entrosamento entre médium e espírito. É como se as energias se entrelaçassem com mais facilidade e as incorporações ou mensagens transmitidas por outras formas se tornassem cada vez mais cristalinas. Se ao invés de uma entidade positiva esse trabalho se der com uma de não muito boas intenções….
O grande problema nesta forma de obsessão é que o espírito atuante só mostra seu real objetivo quando o médium está totalmente sob sua vontade.
São alvos fáceis para possíveis obsessores: (grifo nosso)
1- Pessoas inseguras ou que possuam complexo de inferioridade: Essas pessoas, se atuadas por uma entidade que lhes passe a sensação de poder de que tanto necessitam, entregam-se “de corpo e alma”, na maioria das vezes sem nem mesmo fazerem um estudo sobre o que lhes está acontecendo;
2- Pessoas vaidosas: Principalmente aquelas que vêem nas práticas espirituais ou esotéricas uma forma de conseguirem a atenção de muitos. Aliás, a vaidade excessiva está muito ligada aos complexos de inferioridade;
3- Pessoas que possuam vícios por substâncias que alterem seus estados de consciência como álcool, maconha, cocaína etc: Essas drogas por si, já favorecem à aproximação de entidades interesseiras porque produzem expansão e um enfraquecimento cada vez maior da aura. Esse tipo de pessoas costuma até mesmo ser o alvo preferido, pois a eles sempre se achegam entidades que comunguem com esses hábitos e podem absorver, através das auras desses incautos, as substâncias nas quais eles são viciados.
Estranhou quando eu disse que elas podem absorver através da aura? Pois observe bem!
A aura normalmente irradia para fora as energias que o ser gera, como já disse antes. Essas energias são os produtos finais de vários processos inclusive os metabólicos, ou seja, aquilo que o indivíduo come ou bebe, reflete-se em sua aura, não como forma de alimento, mas como uma energia específica que se mistura a outras energias geradas. Acontece que, as energias produzidas por processos metabólicos, bem assim como as geradas por atividade hormonal, principalmente as que dizem respeito ao sexo, são as de mais baixo teor vibratório (não quero dizer com isso que são negativas) e por isso mesmo são procuradas por entidades (espíritos e elementais) que delas sabem fazer uso.
Quando um indivíduo bebe álcool ou faz uso de outras substâncias tóxicas que modificam seu estado de consciência, sua aura se expande, se abre, e se torna menos densa, provocando aquele estado de relaxamento e até torpor ( esse é inclusive um processo utilizado por algumas entidades que pretendem “tirar a consciência de seus aparelhos”) . A partir daí, qualquer entidade poderá penetrar na aura e absorver (sugar) a energia que pretender.
Observe: Até agora falamos de obsessores sem termos passado pelos conhecidos “encostos” que não deixam de estar enquadrados nos processos obsessivos, só que em menor escala. Nessas situações, muito mais freqüentes nos casos de “trabalhos feitos” e até mesmo por pura fraqueza áurica, a entidade que “se encosta” normalmente não possui elos energéticos anteriores (como no caso de problemas mal resolvidos em encarnações passadas). Ou ela se aproxima de seu alvo por ter assumido dívida com outro encarnado (trabalho feito) ou simplesmente porque percebeu que ali poderá sugar fácil a energia de que julga necessitar. É lógico que um simples encosto poderá progredir para um processo obsessivo com o passar do tempo, mas como normalmente a entidade “que se encosta” começa logo a prejudicar o ser vivo, há sempre a possibilidade de ser percebido como algo nocivo e as medidas de afastamento serem acionadas a tempo.
Em um processo mais avançado, o obsessor pode chegar a ter domínio total sobre o ente encarnado. Neste caso o processo é classificado como possessão e é ainda mais complicado o seu tratamento.
Em qualquer dos casos acima citados, o tratamento pode variar de acordo com os rituais praticados pelos terreiros, mas em nenhum deles a cura será completa se o motivo que levou o encarnado àquela situação não for sanado. Seria como se retirássemos as formigas do mel mas não o limpássemos de sobre a mesa. Ele estaria ali sempre atraindo outras formigas e mais outras e mais outras. É por isso que afirmamos que de nada adiantam os supostos “milagres” se a pessoa socorrida não buscar em si as correções para que o sinistro não se repita.
O que é preciso então ? (grifo nosso)
O que é preciso nos terreiros de Umbanda (e qualquer Templo onde se queira realmente auxiliar aos que sofrem ataques do Baixo-Astral) é levar-lhes essa mensagem de modificação interna de comportamento. É fazer ver a todos que “o exorcismo” de seus males não termina no momento em que eles deixam de sentir seus sintomas e que o tratamento deve persistir com a mudança comportamental do “paciente” após isso.
É preciso que as pessoas entendam que processos de atuação negativa vindas do astral são como doenças. O Centro Espírita lhes determina os remédios para a cura imediata e a libertação dos agentes que as causam mas, se o paciente não se cuidar, a “doença” poderá voltar até de forma piorada.
Talvez agora você já possa entender quando afirmei no início que não se pode ajudar a quem não quer ser ajudado.
Você e seu grupo poderão até livrar esse tipo de pessoa, temporariamente, de um processo obsessivo, ou de puro encosto etc, sempre (nesse caso) com um desgaste energético muito grande “em nome da caridade”. Acontece porém que, quando for a hora da participação ativa do paciente, ou seja, quando dependerem dele as ações que deverão ser executadas para que se proceda ao seu “isolamento”, ou em outras palavras, para que permaneça protegido contra novos ataques, ele quase sempre vacilará e comprometerá todo o trabalho feito anteriormente e consequentemente, porá a perder todo o esforço do grupo que poderia ter sido feito em prol de outros que realmente estivessem a fim de se ajudarem. (grifo nosso)
Não é que eu seja contra a tentativa de auxílio, mas há que se convir que forçar o auxílio a pessoas desse tipo é querer até mesmo modificar seu Livre-Arbítrio.
Nesses casos, o mais indicado é que, após o devido atendimento espiritual, fale-se ao ex-atuado sobre sua real situação e suas necessidades doravante. Caso ele ou ela não aceite cumprir o necessário, fica caracterizada sua má vontade e desdenho pelo auto-progresso, o que, por conseqüência, deixará livre o grupo mediúnico e seu(s) dirigente(s) de qualquer responsabilidade futura.
De forma alguma pode um dirigente ou seu grupo querer impingir novos comportamentos e/ou práticas com as quais o paciente não concorde, da mesma maneira que, de forma alguma deve-se considerar não caridoso o(a) médium que se negar a atender novamente pessoas que, por não se esforçarem e não cumprirem todo um tratamento determinado anteriormente, retornam sempre com os mesmos “problemas” e não raramente com alguns outros mais.
Se você é participante ou dirigente ou mesmo freqüentador de Sessões Espirituais, já deve conhecer aquelas pessoas que vivem de problemas em problemas, casos após casos e nunca se dão por satisfeitas. Elas estão por aí em todos os terreiros, igrejas, templos etc. Têm sempre “casos sérios” a serem resolvidos e, à menor repreensão por parte de um dirigente e até entidades por conta da falta de esforço pessoal, acham-se “largadas”, “desfeiteadas”, “abandonadas” pela Religião e seus adeptos.
E casos de obsessão de encarnado sobre espíritos? Você conhece?(grifo nosso)
É isso mesmo !
Há encarnados tão “titubeantes”, tão inseguros e quase sempre tão vaidosos que, ao conseguirem alcançar a boa vontade de certas entidades, tornam-se verdadeiros obsessores destas.
Há uns 15 anos atrás, conheci um casal, sobre quem se sabia, “era muito espiritualizado”.
A senhora era dona de uma boa vidência e tinha como protetora uma cabocla que, não só nos momentos de consulta necessária, mas a qualquer momento do dia, era convocada a prestar socorro à dupla.
Contava-nos o senhor, “ com ares de quem entende do negócio “, que a cabocla de sua senhora era tão positiva que era capaz de informá-la quando “um trabalho estaria por ser feito” e que era figura importante na resolução dos problemas mais intrincados.
Contava-nos também que tudo o que estivessem por fazer submetiam antes ao critério da entidade que por sua vez determinava a melhor forma.
Numa determinada ocasião chegou a nos dizer que, quando estava por atravessar uma rua e o trânsito se encontrava muito problemático, não tinha dúvidas: Invocava a cabocla e o trânsito se descongestionava para que pudesse passar (nunca esqueci esta história!).
Que tal? Não era tudo o que você queria? Já pensou ter uma caboclinha disposta a executar todos os seus desejos? Isso é Espiritismo? Isso é Umbanda?
Partindo-se do princípio de que todas as histórias eram verdadeiras, só nos resta chegar à conclusão de que, se a cabocla não tinha “intenções outras” ao atender a todas essas reivindicações e servir de escrava para a dupla, sua bondade era tanta que não se apercebia de que a estavam fazendo de “ gênia particular ” o que nada acrescentava de valor aos seus padrões evolutivos atuais e ainda por cima diminuía a possibilidade da dupla “ aprender a andar com seus próprios pés ” e, consequentemente, evoluir.
Essa é só uma passagem que ilustra a obsessão de encarnado para desencarnado. Embora sempre haja facilidade maior do desencarnado se livrar do encarnado, certos laços afetivos que se formam em situações como essas ficam difíceis de serem dissolvidos.
O que eu disse antes não deve ser compreendido como se eu fosse rígido a ponto de nunca ter invocado uma entidade para me ajudar a resolver um ou outro problema em minha vida. Eu seria mais um HIPÓCRITA como tantos que por ai perambulam se quisesse fazer crer a alguém essa possibilidade. Embora muitos afirmem que ser médium é uma cruz, posso afirmar que, se for, é certamente a cruz mais leve que se carrega desde que se está encarnado, pois é justamente essa mediunidade (a possibilidade de se contatar com o invisível) que em muito facilita nossa estadia nesse Plano Físico, desde que sejamos, por merecimento e esforço próprio, acompanhados por entidades que realmente “valham a pena”.
É lógico que eu e todos os demais, vez por outra, “quando a corda aperta”, gritamos e vamos sempre gritar por nossos protetores, mas chamá-los para nos ajudar a atravessar a rua?…
Médiuns Umbandistas que volta e meia estão em contato com pessoas mal acompanhadas (seja encosto, obsessor, carga energética etc.), devem procurar sempre se resguardar dos resquícios que trabalhos deste tipo podem deixar em sua aura. Ainda que a entidade protetora assuma totalmente a direção do trabalho, é sempre importante que o médium se ajude posteriormente através dos rituais que certamente aprendeu com o dirigente de seu Terreiro, ou mesmo as próprias entidades com quem trabalha. Afastar uma entidade ou falange de um encarnado pode provocar problemas posteriores para o médium pois:
1- Entidades e falanges afastadas contra a vontade, poderão, se não forem devidamente encaminhadas, se voltar contra o médium que foi o instrumento de suas derrotas e, ainda que o médium pense que não, começar a promover aos poucos uma revolução na vida deste.
2- Demandas contra o Baixo-Astral, por mais que a entidade protetora promova a limpeza de seu “cavalo” quase sempre deixam miasmas (restos de energias negativas) no ambiente e na aura dos médiuns envolvidos, que se não forem expurgadas funcionarão como pontos de atração para mais energias negativas (nunca se esqueça de que os iguais se atraem).
3- O combate às entidades do Baixo-Astral e suas falanges sempre exige do médium, ainda que muito bem incorporado, um desgaste brutal de sua energia vital e conseqüente enfraquecimento de seu Escudo Áurico.
De posse dessas informações você poderia pensar : “Mas se tudo isso acontece, por que as entidades não falam sobre”?
Eu não sei qual o seu grau de conhecimento das práticas espirituais ou do grupo que você freqüenta, mas de qualquer modo fique sabendo que:
A) Se o dirigente de seu grupo tem realmente preparo espiritual para comandar sessões, ele obrigatoriamente aprendeu sobre isso, ainda que lhe tenha sido ensinado pela pessoa que o preparou, que por sua vez pode ter recebido o ensinamento de quem o preparou ou de entidades que tenham real conhecimento de práticas espirituais. De qualquer forma, o primeiro a tomar conhecimento o fez através de um ensinamento espiritual.
B) Que entidades verdadeiras, quando estão no comando ensinam sim, mesmo que em seu linguajar, diversas formas de limpeza astral traduzidas por banhos e defumações que visam a livrar consulentes e médiuns das energias espúrias e a retonificar suas auras (e muitas coisas mais no domínio do esotérico, quase sempre nas entrelinhas).
C) Que há muitas entidades e médiuns totalmente despreparados para a missão de dirigentes (Pais no Santo) nessas “umbandas” que se vê por aí. Há uma grande parte que acha que só porque “recebe uns espíritos” já pode montar Terreiros e orientar outros seres. Para esses “os espíritos sabem tudo e eles não precisam se preocupar “.
Resultado? Um sem número de “terreiros e centros” que mais parecem grupos folclóricos com desfiles de roupas, colares e cores de dar inveja a qualquer Escola de Samba do segundo grupo. O fato de em algumas consultas, “as entidades” conseguirem desvendar segredos da vidas de alguns já é o bastante para acharem que estão cem por cento preparados. Esquecem-se de que por serem médiuns, e por isso mesmo sensitivos ( pessoas que sentem, e nem por isso sempre compreendem, as emanações de outros) poderiam, se melhor treinados, desvendar esses segredos até mesmo sem a presença de entidade alguma, e isso não confirmaria que estivessem preparados para serem dirigentes de grupos espirituais (cegos guias de cegos) [grifo nosso] e principalmente entrarem em demanda com o Baixo-Astral que não é coisa com que se brinque.
Os rituais de desobsessão, expurgo, limpeza áurica e outros mais, variam de Terreiro para Terreiro e de Seita para Seita, mas eles existem e sempre deverão existir para o bem daqueles que se esforçam no sentido de levar auxílio espiritual a quem quer que seja, sob pena de serem eles amanhã, os necessitados da vez.
Por que eu disse que variam de Terreiro para Terreiro, de Seita para Seita? Será que não existe um padrão? Não teriam todos os Terreiros de Umbanda que ter os mesmos rituais? Se há tanta variação nos rituais, qual está certo e qual está errado?
Aguarde!
Certifique-se de que entendeu bem esse capítulo e as mensagens que ele traz.
Anote suas dúvidas porque futuramente trataremos desse assunto.
Entender profundamente sobre obsessões é fator primordial para quem se aventura na prática espiritual. Embora não nos tenhamos aprofundado tanto quanto pretendíamos a princípio, o que expusemos ao seu raciocínio já é um bom começo para compreender sobre ela muito mais do que muito “pai no santo” lhe poderia ensinar.
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