A chama de fogo é um elemento utilizado desde os primórdios da Humanidade, basicamente em todas as religiões do mundo. Apenas algumas não a adotam. Na Antigüidade, eram utilizadas as piras, em remotos cultos às divindades do fogo. As velas chegaram como substituição às piras em cultos religiosos mais antigos.
Utilizadas magística ou religiosamente, as velas possuem um forte poder energético e vibratório. Esse poder atua no espírito de quem estiver recebendo a sua irradiação.
Em seu uso religioso, as velas atuam consumindo energia do Prana ( o fluido universal, gerador de tudo quanto existe no Universo ), e também devolvem ao Cosmo a sua energia ígnea. É por meio da irradiação da chama da vela que se promove a troca de vibrações energéticas com seres espirituais que atuam em outras dimensões.
Nos templos religiosos, as velas acesas têm a função de consumir energias negativas que porventura ali estejam estacionadas, tanto quanto as formas – pensamento que ali são lançadas energeticamente pelas pessoas que os freqüentam. Também há a troca energética daquelas velas que são acesas em consagração às divindades. Esse fluxo energético possui a capacidade de irradiar – se pelo espaço do templo, levando a quem estiver presente seu fluxo de energização.
Em todo ritual ou oferenda às Divindades ou Guias e Protetores Espirituais, a utilização das velas é essencial, pois a energia de suas chamas realizará o intercambio energético necessário.
Na Umbanda, assim como em outros cultos religiosos, as velas são comumente utilizadas nos altares ( Congás ), Casa das Almas e Cruzeiros. Também são acesas em oferendas aos Orixás, Guias ou Protetores e em trabalhos magísticos, no intuito de quebrar demandas negativas.
A intenção de acender uma vela gera uma energia mental no cérebro. É essa energia que a Entidade irá captar em seu campo vibratório. Nem sempre a quantidade está relacionada diretamente à qualidade; a diferença estará na mentalização do médium. O que é preciso que fique claro, é que é inútil acreditar que se pode fazer seus pedidos a determinada Entidade negociando uma maior quantidade de velas. Os espíritos captam, em primeiro lugar, as vibrações de nossos sentimentos, acendendo velas ou não.
É aconselhável a todos, independente de serem médiuns ou não, que ao menos semanalmente acendam uma vela branca, ou de sete dias, para seu Anjo da Guarda. É uma forma de manter esse Espírito amigo próximo de nós. É interessante colocar também que, se desejar acender uma vela para um ente querido já desencarnado, que o faça em um cemitério ou igreja, o que é mais apropriado pois, ao mentalizarmos o desencarnado estaremos entrando em sintonia com o mesmo, o que faz com que este tenha acesso ao nosso ambiente, neste dimensão. Acendendo a vela em locais apropriados, que possuem suas equipes de socorristas e doutrinadores, estamos ajudando esse espírito na compreensão e aceitação de seu desencarne.
A utilização das velas é trabalhada como um ponto de convergência para que o Umbandista fixe sua atenção no ponto da chama podendo assim fazer seus pedidos e agradecimentos a Entidade ou Orixá a quem estiver dedicando a vela. O acender de uma vela significa reforçar a energia que liga o corpo ao nosso espírito imortal.
As velas também são conhecidas por candeias, e o dia consagrado às candeias é 02 de Fevereiro. Cabe aqui lembrar da Festa da Candelária, quando homenageia – se Nossa Senhora das Candeias, que também é sincretizada com Iemanjá. Vários pontos de Umbanda falam sobre uma estrela que brilha no alto do mar.
As velas ou candeias são representações da luz das estrelas na Terra.
As chamas das velas sempre tiveram vários significados: A luz divina, a luz do conhecimento, que dissipa as trevas da ignorância, a luz que guia os desencarnados, o fogo purificador com o poder de consumir as energias negativas etc.
Há diferenças entre as velas que são acesas para o Anjo da Guarda, das que são acesas para os Orixás. As velas para Anjos da Guarda são invariavelmente de cor branca, podendo ser acesas no interior de nossas casas. Já as velas para Orixás devem ser acesas de acordo com as cores em que estes vibram. Somente acendemos no interior de nossas casas se possuirmos um altar com a representatividade deles, sejam imagens ou elementos naturais, como a pedra, de Xangô, o ferro de Ogum, a água de cachoeira de Oxum etc. Caso contrário, devem ser acesas se assim for da orientação dos Guias Espirituais e/ou nos campos vibratórios de cada um: Xangô na pedreira, Ogum em centro de encruzilhadas, Oxum em cachoeiras, rios ou lagos etc.
Na Umbanda, quando se acende vela para Orixá, ou é como oferenda, ou como obrigação, e por isso, tanto uma como outra só é bem feita quando obedecemos os rituais e normas do Sagrado, pois mesmo que tenhamos a melhor das intenções, ela não modificará o fato de que se fizermos uma oferenda ou obrigação de forma errada ou em local inapropriado, terá sido em vão.
Em nosso lar, além da vela de nosso Anjo da Guarda, uma vela direcionada ao Criador assume a função de “ ponto de luz irradiante individual e ambiental”, e não de “ ponto de luz atrativo “ ou “ ponto de luz emissor magnetizado “.
Ponto Irradiante Individual: Serve de ponte entre o ápice da Espiritualidade Superior para a pessoa que acende. A energia enviada do Astral Superior irradia na direção da Coroa de quem acendeu ou da Coroa para quem se acendeu.
Ponto Irradiante Ambiental: Serve também de ponte, só que a energia irradia na direção do ambiente. É o caso da vela acesa no topo do altar dos Templos.
Ponto Irradiante Atrativo: Obedecendo algumas regras magisticas, servem para a invocação.
Emissor Magnetizado: Velas que acendemos para efetuar pedidos, agradecimentos ou intenções.
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