RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quinta-feira, 10 de março de 2011

Estudo Histórico das Sete Linhas de Umbanda



Estudo Histórico das Sete Linhas de Umbanda
Por Alexandre Cumino



Se é preciso que eu tenha um nome,
Me chame de Caboclo das Sete Encruzilhadas,
Porque não haverão caminhos fechados para mim!

Com estas palavras, no dia 15 de Novembro de 1908, se apresentou a entidade que, por meio de Zélio de Moraes, fundaria a Umbanda no Brasil.
Desde então o número sete tem sido fundamental para entender a religião, de tal maneira que surge uma classificação, chamada de Sete Linhas de Umbanda, onde acomodam-se Orixás, Santos, Anjos Arcanjos e Entidades Espirituais, relacionando-se com cores, pedras, ervas, dias da semana, notas musicais e o que mais puder agrupar nesta escala.
Sete Linhas de Umbanda já foi um tema muito polêmico pois cada autor umbandista apresentava sua visão particular sobre quais e “quantas” seriam estas linhas.
Alguns foram inspirados e originais em suas versões, outros simplesmente adaptaram novos elementos ao que já existia sobre o assunto.
Podemos dizer que a origem das Sete Linhas de Umbanda está em Deus, no Setenário Sagrado ou Coroa Divina. No entanto é do interesse de todos nós, umbandistas, um resgate cultural e histórico desta questão “Sete Linhas de Umbanda”.
Zélio não deixou nada escrito, mas, teve filhos e discípulos, se posso assim dizer, que falaram e falam sobre a forma como entendia as Sete Linhas de Umbanda.
O primeiro livro de Umbanda, que se tem noticia, publicado em 1933, chama-se O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda. Escrito por Leal de Souza, médium preparado por Zélio de Moraes, nos apresenta as Sete Linhas de Umbanda desta forma:
1ª Linha de Oxalá – Jesus – branco
2ª Linha de Ogun – São Jorge – vermelho
3ª Linha de Euxoce – São Sebastião – verde
4ª Linha de Xangô – São Jeronymo – roxo
5ª Linha de Nhá-San – Santa Bárbara - amarela
6ª Linha de Amanjar – N. S. da Conceição – azul
7ª Linha de Santo
Na explicação de Leal de Souza, a Linha Branca de Umbanda é que se divide nestas Sete Linhas e que além da Linha Branca há a Linha Negra formada pelos Exus e que é tratada a parte. A Sétima Linha é formada por espíritos egressos da Linha Negra e que trabalham principalmente no campo da demanda, de cortar trabalhos de Magia Negra.
Em conversa com Dona Lygia Cunha, Filha de Dona Zilméia de Moraes Cunha, neta de Zélio de Moraes e atual dirigente da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, nos afirmou que as Sete Linhas de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas e Zélio de Moraes, são:
1. Oxalá – Branco
2. Ogum - Vermelho
3. Oxossi - Verde
4. Xangô – Marrom ou Roxo
5. Yemanjá – Azul Claro
6. Iansã - Amarelo
7. Exu - Preto
O que se aproxima muito da leitura de Leal de Souza, na qual se inverte a posição de Iansã e Yemanjá, definindo a Linha de Santo agora como a Linha de Exu.
Em 1941 se realizou o “Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda”, onde foi apresentado um trabalho com o titulo:
“INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LINHA BRANCA DE UMBANDA”
“Memória apresentada pela Cabana de Pai Thomé do Senhor do Bomfim, na sessão do 26 de Outubro de 1941, pelo seu Delegado Sr. Josué Mendes.”
Neste trabalho é apresentado um esquema da seguinte forma:
“A LINHA BRANCA DE UMBANDA E A SUA IERARQUIA”
“Os 7 Pontos da Linha Branca de Umbanda”
1° Grau de iniciação, ou seja o 1° Ponto – ALMAS
2° Grau de iniciação, ou seja o 2° Ponto – XANGÔ
3° Grau de iniciação, ou seja o 3° Ponto – OGUM
4° Grau de iniciação, ou seja o 4° Ponto – NHÃSSAN
5° Grau de iniciação, ou seja o 5° Ponto – EUXOCE
6° Grau de iniciação, ou seja o 6° Ponto – YEMANJÁ
7° Grau de iniciação, ou seja o 7° Ponto – OXALÁ
São as mesmas Sete Linhas de Umbanda que aparece na obra de Leal de Souza, apenas em posições diferentes.
Pai Ronaldo Linares, que também conviveu com Zélio de Moraes, apresenta as Sete Linhas de Umbanda, fundamentado nos ensinamentos que recebeu do “Pai da Umbanda”. E afirma que “Zélio de Moraes esclareceu que destas Tendas originárias da Tenda Nossa Senhora da Piedade deveriam nascer as Sete Linhas de Umbanda e que seriam representadas por sete cores.”[1] A saber:
“A primeira linha é caracterizada pela cor amarelo ouro bem clarinho e que seria a cor da Tenda de Santa Bárbara. O Orixá correspondente é INHAÇÃ...”
“A segunda linha é caracterizada pela cor rosa, correspondente a Tenda Cosme e Damião... O Orixá correspondente é IBEJI...”
“A terceira linha é caracterizada pela cor azul. Com vários Santos Católicos sincretizados com ela, a saber: Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Guia. O Orixá que corresponde é IEMANJÁ...”
“A quarta linha é caracterizada pela cor verde, representando a Tenda São Sebastião... O Orixá correspondente é OXOSSE...”
“A quinta linha é caracterizada pela cor vermelho, representando a Tenda São Jorge. O orixá correspondente é OGUM.”
“A sexta linha é caracterizada pela cor marrom, representando a Tenda São Jerônimo. Seu Orixá correspondente é XANGÔ...”
“A sétima linha é caracterizada pela cor violeta ou roxo, corresponde a Tenda de San’Ana... O Orixá correspondente é NANÃ...”
“Finalmente temos a cor negra, corresponde a Tenda de São Lázaro (Nas Palavras de Ronaldo Linares). É a ausência da cor e da luz da vida. Zélio de Moraes explica que as cores branco e preto não fazem parte das sete linhas, pois o branco que é a presença da luz, existe em todas elas e o negro, que é justamente a ausência da luz, está justamente na ausência delas... O Santo Católico São Lázaro é sincretizado com o Orixá ABALUAÊ ou OMULU... Este Orixá é conhecido ainda pelos nomes de XAPANÃ, ATOTÕ, e BABALÚ. ”
“O Orixá maior da Umbanda é OXALÁ... o Chefe para o qual convergem todas as linhas, assim perfeitamente identificado na invocação com Jesus Cristo.”
Pai Ronaldo Linares, pessoalmente, me falou já por diversas vezes que em conversa com Zélio de Moraes sobre as Sete Linhas de Umbanda, este teria lhe afirmado que ninguém havia entendido o que são estas Sete Linhas. E para defini-las afirmou que as mesmas podem ser entendidas em analogia com uma luz branca que ao passar por um prisma se decompõe em sete cores do outro lado. O que em nossa limitada visão se amolda perfeitamente na idéia de que Sete Linhas São Sete Vibrações da Luz Divina que se adapta ou se amolda as concepções mais variadas a cerca de nomes e formas de compreende-las; seja por meio de Cores, Anjos, Santos, Orixás ou Tronos de Deus.
Lourenço Braga, em 1942, publica o título “UMBANDA (magia branca) e QUIMBANDA (magia negra)” , apresentando pela primeira vez mais sete subdivisões para cada uma das linha. São Sete Linhas e quarenta e nove Legiões. Nas primeiras páginas ele esclarece:
“Trabalho apresentado no 1º Congresso Brasileiro de Espiritismo, denominado Lei de Umbanda, realizado nesta cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 26 de outubro de 1941”
“Instado e auxiliado pelos guias espirituais, mercê de deus, resolvi escrever o presente livro sobre a Lei de Umbanda - (Magia Branca) – e sobre a Lei de Quimbanda – (Magia Negra).”
Capitulo II
“A LEI DE UMBANDA E A LEI DA QUINBANDA”
“Não se deve dizer – “Linha de Umbanda” - , mas sim, - “Lei de Umbanda” - ; Linhas são as 7 divisões de Umbanda.”
1ª Linha de Santo ou de Oxalá – dirigida por Jesus Cristo
2ª Linha de Iemanjá – dirigida pela Virgem Maria
3ª Linha do Oriente – dirigida por São João Batista
4ª Linha de Oxóce – dirigida por São Sebastião
5ª Linha de Xangô – dirigida por São Jerônimo
6ª Linha de Ogum – dirigida por São Jorge
7ª Linha Africana ou de São Cipriano – dirigida por São Cipriano
Aqui vemos que o autor coloca suas sete linhas muito próximas das sete linhas de Leal de Souza, que será o grande modelo copiado, alterado e adaptado pela maioria dos autores posteriores. Lourenço Braga mudou a “Linha de Nha-San” por “Linha do Oriente” e definiu a “Linha de Santo” como “Linha Africana”.
Também apresenta o autor as Sete Linhas da Quimbanda:
Linha das Almas
Linha dos Caveiras
Linha de Nagô
Linha de Malei
Linha de Mossurubi
Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha Mista
Em 1955 o mesmo Lourenço Braga publica “UMBANDA E QUIMBANDA – VOLUME 2”, onde ele mesmo admite que: “venho agora, embora contraditando alguma coisa do que eu já havia escrito, levantar a ponta do véu mais um pouco”, completando na outra página, “Os brasileiros crentes de UMBANDA, em virtude da mentalidade implantada pelo catolicismo, procuraram dar aos ORIXÁS, chefes das 7 linhas , nomes de entidades cultuadas na Religião Católica”... “A verdade, porém, é que os ORIXÁS SUPREMOS, Chefes dessas linhas, em correspondência com os planetas e as cores, são os 7 arcanjos, os quais, mantém, entidades evoluídas, chefiando essas linhas, obedientes às suas ordens diretas, as quais nada têm a ver com os santos do Catolicismo...” Ficando assim:
Linha de Oxalá ou das Almas – Jesus – Jupter – Roxo
Linha de Yemanjá ou das Águas – Gabriel – Vênus – Azul
Linha do Oriente ou da Sabedoria – Rafael – Urano – Rosa
Linha de Oxoce ou dos Vegetais – Zadiel – Mercúrio – Verde
Linha de Xangô ou dos Minerais – Orifiel – Saturno – Amarelo
Linha de Ogum ou das Demandas – samael – Marte – Vermelho
Linha dos Mistérios ou Encantamentos – Anael – Netuno – Laranja
A Novidade na obra de Lourenço Braga é apresentar Sete Subdivisões para cada uma das Sete Linhas de Umbanda, veja de forma detalhada no anexo ao final do texto.
Maria Toledo Palmer autora de Chave de Umbanda, 1949, e A Nova Lei Espírita de Jesus, 1953, recebeu em 1948 ordens do astral para fundar na terra “A Nova Lei Espírita: Jesus a Chave de Umbanda”. Apresenta as Sete Linhas das Sete Leis de “Jesus, A Chave de Umbanda”:
1. Céu
2. Terra
3. Água
4. Fogo
5. Mata
6. Mar
7. Almas
Oliveira Magno autor dos livros Umbanda Esotérica e Iniciática, 1950, e Umbanda e Ocultismo, 1952, reconhece Leal de Souza como o primeiro autor de Umbanda, apresenta por sua vez as Sete linhas de Umbanda desta forma:
Oxalá,
Iemanjá,
Ogum,
Oxosse,
Xangô,
Oxum e
Omulu
Observe que com relação as linhas de Leal de Souza, trocou apenas Nha-San por Oxum e Linha das Almas por Omulu.
Aluizio Fontenele, 1951, adotou ao pé da letra as sete linhas de Lourenço Braga, sua inovação foi a de associar os nomes de Exus aos nomes dos “demônios” da Magia Negativa (“Magia Negra” ou Goécia) Européia. Começando um processo de demonização interna dos Exus de Umbanda.
Yokaanam publica em 1951º Evangelho de Umbanda obra polêmica, apresenta as Sete Linhas de Lourenço Braga e critica dizendo: “Eis o que os africanistas apresentam como ‘UMBANDA’! Mera confusão!”. Apresenta 7 Legiões que tem como patronos 7 “Orixalás”. Acima delas está o Paraninfo ou Patrono de Honra: Jesus – “Oxalá” e abaixo como segue:
1ª S. João Batista – “Xangô-Kaô” (Xangô maior), Rosa.
2ª Santa Catarina de Alexandria – “Yanci”, Azul.
3ª Custódio – Cosme e Damião – “Ibejês”, Branco.
4ª S. Sebastião – “Oxóce”, Verde.
5ª S. Jorge – “Ogum”, Vermelho Escarlate.
6ª S. Jerônimo – “Xangô”, Roxo Violeta.
7ª S. Lázaro – “Ogum de Lei”
O autor faz algumas observações, afirma que a Legião de Santa Catarina – “Yanci” – era antes de N.S. da Conceição – “Yemanjá” que passou o comando para sua “legitima substituta”. Também observa que S.Lázaro de modo algum pode ser confundido com “Omulu”, que na opinião dele é “rei da destruição, caveira, espírito do cemitério”.
Para cada uma destas “Legiões” o autor apresenta seus correspondentes “Chefes de Falange” (Orixás), Guias-Chefes (Pequenos Orixás – Chefes de Divisões), Guias (Chefes de Grupos) e Guias Individuais.
Por Exemplo:
Legião de São Jorge – “Ogum” – (Patrono)
Chefes de Falanges – “Orixás” - : Caboclo Águia Branca – Ogum Mearim – Ogum Guerreiro – Ogum da Cruzada – Ogum Rei – Ogum do Oriente – Ogum do Mar – Ogum da Estrela – Ogum Menor – Ogum Mensageiro – Ogum do Hymalaia – Ogum do Deserto – Ogum da Campina – etc.
Guias Chefes: Ogum Rompe Mato – Sete Flexas – Caboclo Pena Vermelha – Caboclo Ipê – Caboclo Araxá – Caboclo Nanzan – Caboclo Pena Branca – Caboclo Mirim – Ogum da Lua – Ogum Megê – Ogum da Mata – Ogum Yara – Ogum Beira Mar – Ogum da Montanha – Ogum Sete Cachoeiras – Ogum Cavaleiro – Ogum do Congo – Ogum da Lagoa – Ogum da Angola – etc.
Guias: Caboclo Miramar – Caboclo Sete Caminhos – Caboclo Gurupí – Caboclo Vigilante – Caboclo da Lua – Caboclo Flexa de Ouro – Caboclo das Sete Espadas – Caboclo Tietê – Caboclo Araçá – Caboclo Rio Negro – Caboclo Tupiniquim – Caboclo Tupiára – Caboclo Tocantíns – Caboclo Solimões – Caboclo Araraquara – Caboclo Pirajá – Caboclo Paraguaçu – Caboclo Jaguaribe – etc.
Florisbela M. Souza Franco autora de dois títulos conhecidos, UMBANDA, 1953 e Umbanda para os Médiuns, 1958. No primeiro apresenta as Sete Linhas de Umbanda abaixo:
Linha de Santo
Linhas do Mar
Linha Oriental
Linha de Oxosse
Linha de Xangô
Linha de Ogum
Linha Africana
Benjamim Figueiredo, fundador da Tenda Espírita Mirim, 1924, e Primado de Umbanda 1952. Apresentou sua forma de entender as Sete Linhas de Umbanda, inspirada pelo Caboclo Mirim, registrado em suas apostilas “Umbanda – Escola da Vida” bem como publicada em 1961 no livro Okê Caboclo, como segue abaixo:
Oxalá,
Ogum,
Oxosssi,
Xangô,
Ybeji,
Yofá e
Yemanjá.
W. W. da Matta e Silva, em 1956 publica seu primeiro titulo “Umbanda de Todos Nós”, onde apresenta sua versão para as Sete Linhas de Umbanda, acredita-se que Da Mata tenha sido profundamente influenciado pelos estudos Esotéricos realizados na Tenda Espirita Mirim, no Primado de Umbanda e dos demais grupos em que Benjamim também freqüentou. Da Matta faz surgir em sua obra os conceitos de AUMBANDÃ, apresentados pela Tenda Mirim no Primeiro Congresso de Umbanda, 1941, e traz as Sete Linhas de Umbanda iguais as do Benjamim/Caboclo Mirim, com o detalhe de que aqui Ybeji aparece como Yori e Yofá como Yorimá:
1ª Vibração Original ou Linha de Orixalá
2ª Vibração Original ou Linha de Yemanjá
3ª Vibração Original ou Linha de Xangô
4ª Vibração Original ou Linha de Ogum
5ª Vibração Original ou Linha de Oxossi
6ª Vibração Original ou Linha de Yori
7ª Vibração Original ou Linha de Yorimá
Embora guarde semelhanças o autor critica as Sete Linhas de Lourenço Braga, assim como Yokaanam. Este autor não costumava citar suas fontes de forma adequada, como boa parte dos demais autores umbandistas, como observamos na teoria do AUMBANDÃ.
Em suas Sete Linhas, Matta e Silva, a exemplo de Lourenço Braga apresenta sete subdivisões para cada linha e rebaixa Oxum, Iansã e Nanã Buroque ao grau de Caboclas de Yemanjá, o que já havia sido feito, em parte por Lourenço Braga.
Rubens Saraceni apresenta as Sete Linhas de Umbanda como “As Sete Vibrações de Deus”, afirmando que:
“Deus se manifesta de forma Sétupla nesta realidade humana.”
“As Sete Linhas têm origem em Deus através do Setenário Sagrado.”
“Cada um pode dar o nome que quiser, associar as Sete Linhas a Sete Orixás, Sete Santos ou a Sete Anjos, cada um fala de uma forma diferente, o que ninguém pode negar é que as Sete Linhas de Umbanda são as Sete Vibrações de Deus, que se manifesta em Sete Essências, Sete Elementos e em tudo o mais que Deus Criou.”
Explica que existem muitos Orixás, todos podem ser identificados ou associados às Linhas de Umbanda, no entanto a Criação Divina se estabelece por meio de uma Coroa Divina em que Sete Tronos Originais se manifestam através de Quatorze Tronos que se agrupam em Sete Masculinos e Sete Femininos correspondentes a Quatorze Orixás, dentro das Sete Vibrações, Essências, Sentidos e Elementos correspondentes:
1ª Linha, Sentido da Fé e Elemento Cristalino: Orixás Oxalá e Logunan (Oyá-Tempo)
2ª Linha, Sentido do Amor e Elemento Mineral: Orixás Oxum e Oxumaré
3ª Linha, Sentido do Conhecimento e Elemento Vegetal: Orixás Oxossi e Obá
4ª Linha, Sentido da Justiça e Elemento Fogo: Orixás Xangô e Iansã
5ª Linha, Sentido da Lei e Elemento Ar: Orixás Ogum e Egunitá
6ª Linha, Sentido da Evolução e Elemento Terra: Orixás Obaluayê e Nanã Buroquê
7ª Linha, Sentido da Geração e Elemento Água: Orixás Yemanjá e Omulú
Há ainda outros Orixás que mesmo que não estejam aqui se agrupam da mesma forma. Por exemplo, junto de Oxossi estão os outros Orixás Vegetais como Ossaim, Aroni e Logunedé. Junto de Omulu está Iku (a morte). Junto de Oxalá está Oxaguiã, Oxalufã, Obatalá, Orumilá-Ifá e etc.
Cada Orixá Maior comanda 7 Orixás Intermediários e cada um destes comandam mais 7 Intermediadores ou regentes de nível, abaixo destes estão todos os outros Orixás Naturais, Encantados e Caboclos que se manifestam na vibração deste ou daquele Orixá.
Ao expor este estudo, histórico e literário, dos conceitos, apresentados por autores umbandistas, sobre as “Sete Linhas de Umbanda”, tenho como objetivo, única e exclusivamente, oferecer material para o estudo e / ou observação do que já se falou sobre o assunto.
Através deste estudo podemos comprovar as diferentes formas em que as Sete Linhas de Umbanda vem sendo apresentada desde sua origem, os livros das décadas de 40 e 50 são pouco acessíveis. Encontramos entre os autores deste período, pessoas que se dedicaram e muito na intenção de entender e abordar os conceitos teológicos, doutrinários e ritualísticos da Religião de Umbanda, mesmo sem uma bibliografia sólida.
Não tenho como objetivo apontar este ou aquele autor em graus de acerto ou erro, mas apenas mostrar o que alguns autores pensaram sobre 7 Linhas da Umbanda.
Aos que tiveram a paciência de ler até aqui, agradeço e parabenizo pelo interesse em entender um pouco mais sobre a Religião de Umbanda.
Alexandre Cumino.
Anexo:
As Sete Linhas de Umbanda de Lourenço Braga.
O autor Lourenço Braga é o primeiro a identificar, além das Sete Linhas, também, as “Legiões” ou subdivisões de cada uma das Sete Linhas. Embora Leal de Souza já tive-se comentado que as linhas tinham subdivisões não as identificava. Leal de Souza também citava Entidades Orientais, mas não identificava como “Linha do Oriente”, o que será um diferencial na forma de interpretar as Sete Linhas, na visão de Lourenço Braga.
Título Umbanda e Quimbanda - 1942
Na página 9 deste livro encontramos:
Capitulo I
DIVISÃO DO ESPIRITISMO
“Devemos dividir o Espiritismo, como ele é, na verdade, em três partes, a saber:
Lei de Kardec:
_ Espiritismo doutrinário, filosófico e científico.
Lei de Umbanda:
_ Espiritismo – Magia Branca.
Lei de Quimbanda:
Espiritismo _ Magia Negra.”
Faz ainda uma observação no:
A LINHA DE SANTO OU DE OXALÁ
A linha de Santo ou de Oxalá é constituída por espíritos de várias raças terrenas, entre eles, os pretos de Minas, pretos da Bahia, padres, frades, freiras e espíritos que, quando na Terra, tiveram grande sentimento católico.
Os chefes das Legiões e das grandes falanges são espíritos conhecidos no catolicismo com o nome de Santos, tais como sejam:
1. Legião de Santo Antônio
2. Legião de São Cosme e São Damião
3. Legião de Santa Rita
4. Legião de Santa Catarina
5. Legião de Santo Expedito
6. Legião de São Benedito
7. Legião de Simirômba (Frade) São Francisco de Assis
As falanges grandes e pequenas de espíritos desta Linha, infiltram-se entre as Linhas da Lei de Quimbanda com o propósito de diminuir a intensidade do mal por eles praticado e hàbilmente arrastá-los para a prática do bem e por este motivo, verificamos muitas vezes, nos trabalhos de Magia Branca aparecerem elementos ou falanges da Magia Negra e vice-versa.
A LINHA DE IEMANJÁ
A Linha de Iemanjá chefiada por Santa Maria, mãe de Jesus Cristo, é constituída da seguinte forma:
1. Legião das Sereias – Chefe Axún ou Oxún
2. Legião das Ondinas – Chefe Naná ou Nana Burucú
3. Legião das Caboclas do Mar – Chefe Indaiá
4. Legião das Caboclas dos Rios – Chefe Iara
5. Legião dos Marinheiros – Chefe Tarimá
6. Legião dos Calunguinhas – Chefe Calunguinha
7. Legião da Estrela Guia – Chefe Maria Madalena
A missão dessas falanges é proteger os marinheiros, fazer as lavagens fluidificas dos diferentes ambientes, de encaminhar no espaço os irmãos que desejarem progredir, amparar na Terra, em geral, as criaturas do sexo feminino e de desmanchar os trabalhos da Magia Negra feitos no mar ou nos rios e de fazer trabalhos para o bem, em prol daqueles que de tal necessitarem.
A LINHA DO ORIENTE
A Linha do Oriente que é chefiada por São João Batista, é constituída pelas seguintes Legiões:
1. Legião dos Indús – Chefiada por Zartú
2. Legião de Médicos e Cientistas – Chefiada por José de Arimatéia e bafejada pelo Arcanjo Rafael
3. Legião de Árabes e Marroquinos – Chefiada por Jimbaruê
4. Legião de Japoneses, Chineses – Chefiada por Ori do Oriente
5. Legião dos Egipcianos, Aztecas, Mongóis e Esquimós, Incas e outras raças antigas – Chefiadas por Inhoarairi, Imperador Inca antes de Cristo
6. Legião dos Índios Caraíbas – Chefiadas por Itaraiaci
7. Legião dos Gauleses, Romanos e outras raças européias – Chefiada por Marcus I – Imperador Romano.
São falanges de caridade; são incumbidas de desvendar aos habitantes da Terra coisas para eles desconhecidas; são os grandes mestres do ocultismo (Esoterismo – Cartomancia – Quiromancia – Astrologia – Numerologia – Grafologia – etc.) – Magia Mental e Alta Magia.
A LINHA DE OXÓCE
A Linha de Oxóce, chefiada por São Sebastião, é constituída por legiões de espíritos com a forma de caboclos e assim temos:
1. Legião de Urubatão
2. Legião de Araribóia
3. Legião do Caboclo das Sete Encruzilhadas
4. Legião dos Peles Vermelhas – Águia Branca
5. Legião dos Tamoios – Grajaúna
6. Legião da Cabocla Jurema
7. Legião dos Guaranis – Araúna.
São falanges de caridade, doutrinam os irmãos sofredores, desmancham trabalhos de magia Negra, fazem curas, aplicam a medicina hervanária, dão passes, etc.
A LINHA DE XANGÔ
A Linha de Xangô, São Jerônimo, por ele mesmo chefiada, é a Linha da Justiça. Esta Linha é composta das seguintes Legiões:
1. Legião de Inhasã
2. Legião do Caboclo do Sol e da Lua
3. Legião do Caboclo da Pedra Branca
4. Legião do Caboclo do Vento
5. Legião do Caboclo das Cachoeiras
6. Legião do Caboclo Treme-Terra
7. Legião dos Pretos – Quenguelê.
É o povo da caridade e da justiça, dá a quem merece, pune com justiça, ampara os humildes, eleva os humilhados, desmancha trabalhos fortes de Magia Negra, etc.
LINHA DE OGUM
A Linha de Ogum, São Jorge, é dividida em sete Legiões, cujos chefes têm o nome de Ogum, seguido de um sobre nome especial; assim temos:
1. Ogum Beira-Mar
2. Ogum Rompe-Mato
3. Ogum Iara
4. Ogum Megê
5. Ogum Naruê
6. Ogum de Malei
7. Ogum de Nagô
Esta é a Linha dos grandes trabalhos de demanda, exerce grande predomínio sobre os quimbandeiros e age em vários setores, conforme o nome deles indica. Ogum Beira-Mar nas praias; Ogum Iara nos Rios; Ogum Rompe-Mato nas matas; Ogum Megê, sobre a Linha das Almas; Ogum de Malei, sobre a Linha de malei, - povo de Erú (Exu?); Ogum de Nagô, sôbre a Linha de Nagô – povo de Ganga.
LINHA AFRICANA OU DE SÃO CIPRIANO
Linha Africana da Lei de Umbanda é composta de espíritos de pretos de várias raças, como sejam:
1. Legião do Povo da Costa – Pai Cabida (Cabinda?)
2. Legião do Povo do Congo – Rei do Congo
3. Legião do Povo de Angola – Pai José
4. Legião do Povo de Benguela – Pai Benguela
5. Legião de Moçambique – Pai Jerônimo
6. Legião do Povo de Loanda – Pai Francisco
7. Legião do Povo de Guiné – Zun-Guiné
São os grandes feiticeiros de Umbanda, fazem importantes trabalhos de Magia, usando todos os rituais, porém com o fito de fazer o bem. Os componentes dessa falange infiltram-se com grande facilidade entre os quimbandeiros, causando muitas vezes confusão aos filhos da Terra.
Os espíritos desta Linha gostam muito de conversar com os filhos da Terra e nessas ocasiões costumam dizer Umbanda tem fundamento e fundamento de Umbanda tem Mironga.
Neste mesmo Livro, “Umbanda e Quimbanda”, Lourenço Braga define a “LEI DE QUIMBANDA E AS SUAS SETE LINHAS”.
O próprio Lourenço Braga fez alterações em suas Sete Linhas ao longo do tempo, ao que podemos concluir que nem Lourenço Braga concorda com Lourenço Braga, quando comparamos “Umbanda e Quimbanda” Volume 1 com o Volume 2. Abaixo algumas novidades que aparecem no volume 2:
“O Sol exerce influencia sobre os 7 planetas e a lua recebe influencia dos 7 planetas”
Cita ainda o autor que: “A Linha de Oxalá ou das Almas, chefiada indiretamente por São Miguel e diretamente por Jesus, possue 7 Legiões chefiadas por um Anjo (Lilazio)” onde surgem 7 anjos identificados por cores, atuando junto dos chefes de cada linha, a saber:
1. Jesus – Anjo Lilazio – Luz roxo claro brilhante
2. Gabriel – Anjo Luzanil – Luz azul claro brilhante
3. Rafael – Anjo Rosânio – Luz rosa claro brilhante
4. Zadiel – Anjo Ismera – Luz verde claro brilhantel
5. Orifiel – Anjo Auridio – Luz ouro claro brilhante
6. Samael – Anjo Rubrion – Luz vermelho claro brilhante
7. Anael – Anjo Ilirium – Luz branca brilhante
Agora a Linha de Oxalá se subdivide em 7 Legiões de Anjos conforme abaixo está:
1. Legião do Anjo Efrohim – na Ásia
2. Legião do Anjo Eleusim – na Índia
3. Legião do Anjo Ibrahim – na África
4. Legião do Anjo Ezekiel – na Europa
5. Legião do Anjo Ismaiel – no Brasil
6. Legião do Anjo Zumalah – na Quimbanda




CASO VOCE QUEIRA APROFUNDAR-SE NO ESTUDO DAS SETE LINHAS DE UMBANDA RECOMENDAMOS A LEITURA DOS LIVROS: AS SETE LINHAS DE UMBANDA, CÓDIGO DE UMBANDA, GÊNESE DE UMBANDA, TEOGONIA DE UMBANDA, TODOS DE AUTORIA DE RUBENS SARACENI, PUBLICADOS POR MADRAS EDITORA.


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