RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SE OS OCEANOS FALASSEM....

Se os oceanos falassem.
O Oceano Atlântico esconde tantos segredos
Como animais selvagens nossos irmãos foram acorrentados
Amontoados nos porões escuros de navios negreiros
Como árvores eles foram arrancados de suas raízes
Foram separados de suas origens e decepados da cepa que lhes dava a seiva da vida, ou seja, suas culturas
Foram espremidos e como massa comprimidos

Trazidos para a América e proibidos de ser gente

A igreja mentiu quando disse que negro não tem alma e o cristianismo pecou quando disse que negro é filho maldito de Noé
Errou o cristianismo católico quando disse que a África descende de Can e foi esdrúxula a justificativa encontrada no livro de Gênesis para dizer que negro é maldito.
Tentaram justificar a escravidão e religiosamente apoiaram os senhores de escravos
Mas não foram apenas os católicos que cometeram esse crime não, os protestantes foram tão cruéis quanto católicos
Os mesmos tinham na Bíblia a mesma justificativa
Os ingleses, de maioria protestante, acorrentavam os negros e os traficavam
Assim, traficando seres humanos a Inglaterra se enriqueceu
A custa do ouro extraído pelas mãos dos negros do Brasil, os ingleses fizeram a Revolução Industrial
Os capitalistas ingleses encheram os bolsos vendendo seres humanos
Além de pilhar e roubar e além da pirataria, os ingleses foram os maiores traficantes de negros da África para a América.
No Brasil, os colonizadores tinham um mercado promissor, muita terra e muita riqueza para explorar
Só que português veio para cá para mandar, para ser chefe e para dar ordens
Outros vieram cumprir pena nessa grande “prisão agrícola”
Assassinos
Estupradores
Ladrões
Toda espécie de gente mau caráter veio para cá
Aqui viraram donos da terra.
O índio ficou entre a cruz e a espada
Entre o jesuíta e o soldado
E, se não aceitasse a dominação por amor
Teria que aceitar pela dor e pelo medo e castigo imposto pelas armas.
Ou o catecismo ou a morte
E o índio fugiu para as florestas
Recusou ser escravo
Sem saída, trouxeram milhões e milhões de negros da África

Para dificultar a comunicação entre eles...
Misturaram as culturas
Misturaram as línguas e os confundiram em seus múltiplos dialetos
Assim ficou fácil
Sangue
Suor
Lágrimas
Banso
Saldades
Isso matou milhões de irmãos vindos da África
Aqui, príncipes viraram um nada
E quem era alguém virou ninguém
Sacerdotes
Filósofos
Nobres
Reis
Quantos? Centenas...

Milhares viram seus filhos e esposas ficarem para trás
Com a religião tentaram arrancar-lhes as lembranças
Com as doutrinas tentaram lavar-lhes o cérebro e a pagar suas memórias
Tentaram de tudo, para fazê-los esquecer de onde vieram
Mas, o mapa do grande continente negro, não pôde ser apagado de suas mentes
E o legado de seus antepassados...
As crenças e rituais...
As danças estão presentes:
- Na culinária...
- Na alegria contagiante...
- Nas festas comemorativas...

Negro é gente alegre
Sempre nas rodas de samba, lá estão eles como que combinando mais uma fuga
A capoeira
A Umbanda
O Candomblé
O folclore
Tudo o que era proibido, inclusive o samba um dia tão perseguido
Hoje virou carnaval
Mas o preconceito ainda é grande
Ainda há muito por que lutar.
A feijoada, feita de miúdos de porco que os senhores jogavam fora hoje é comida de rico.
Mas ainda se demoniza o modo de cultuar do negro
Se Zumbi estivesse vivo...
Com certeza, a religião cristã ocidental, os ingleses, os espanhóis e os portugueses
Todos com certeza devem uma explicação
O Brasil deve aos negros 400 anos de trabalho gratuito
Os fazendeiros...
Os grandes latifundiários e...
Os herdeiros das Capitanias Hereditárias.
E por que não os empresários?
Eles ainda têm a mesma cabeça dos senhores
Afinal, são filhos do colonialismo que estudavam na Europa
Tomaram conhecimento da Revolução Industrial e Francesa
Viraram iluministas e depois vieram para cá com ideias libertárias...
Viraram abolicionistas, mas...
A estrutura mental e o modo de pensar não mudou e...
Esses filhos bonzinhos de senhores, jamais mudaram.
Na abolição, os senhores foram indenizados.
E o negro, o que ganhou?
E quem trabalhou e a terra lavrou a terra?
O negro ficou sem nada!
A senzala foi transferida para o morro...
Assim foi a abolição!
- o menino da Lei do Ventre Livre de 1871, ficou sem mãe e, virou menino de rua.
o negro envelhecido, após os 60 com a Lei dos Sexagenário de 1885, ficou livre e virou camelô.
Mulher negra virou empregada doméstica depois da abolição
Enfim, nada mudou.
Na televisão, negro sempre ocupa papel secundário
E, quando não é jardineiro, o negro, é motorista ou mordomo
Quando não está na cozinha, está ao lado da mesa para servir a refeição
Enfim, o negro alimentou e alimenta esse país
Mas, nos filmes policiais negro ainda é tratado como ladrão
E nas blitz policiais, é parado como suspeita
O branco passa batido, mesmo sendo bandido.

Nesse 20 de novembro comemoramos mais um Dia da Consciência Negra
Quisera eu que fossem todos os dias comemorados e que em cada comemoração
A verdadeira consciência se despertasse
Porque só a consciência pode fazer um povo livre
E assim, juntos fazermos a verdadeira abolição
Garantindo a todos o aquilo que a Lei Áurea não garantiu:
- O direito de ser cidadão!
Viva o 20 de novembro
Juntos podemos mais
Isolados, somos pequenos grãos, mas, de mãos dadas formamos uma corrente
Sozinhos, seremos apenas um
Mas, juntos...
Formamos uma nação!
Esse era o sonho de Zumbi...
Olinuap Onabra Muhammed

terça-feira, 17 de novembro de 2009

10° MISSA AFRO EM ARARAQUARA

Amigos - irmãos de fé de Araraquara e região....contamos com sua presença !!!!!

SOU NEGRO




SOU NEGRO

A Dione Silva

Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs

Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.

Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso

Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...

(Solano Trindade)

15 DE NOVEMBRO - DIA DA UMBANDA !!!!!



DIA DA UMBANDA


No dia 15 de novembro comemoramos o Dia Da Umbanda....
Os convido a ler o texto abaixo e a refletirem sobre ele....

Ainda depois de 101 anos ,a intolerância religiosa continua....
Vamos nos unir mais e mostrar a Umbanda como ela é ....
Umbanda não é amarração.
Umbanda não faz amarração.
Umbanda não fere o livre-arbítrio.
Umbanda não discrimina.
Umbanda não é o baixo astral.
Umbanda não é ódio, não é magia negra, não é rancor nem ódio.

Toda Tenda, Casa ou Terreiro verdadeiramente Umbandista, acolhe a cada um de nossos irmãos encarnados ou não, com a única finalidade de orientá-los e auxiliá-los a encontrar a paz na mente e no coração.
A Umbanda prega a Luz de nosso Divino Criador.
A Umbanda prega a paz, a vida e a evolução.

Azarar, ferrar, matar, condenar, rebaixar não são luz e longe do Coração Umbandista devem ficar.
Umbanda é um mundo cheio de Luz, e a Luz não prega as trevas.
Por falar em trevas, elas se encontram dentro do próprio coração e da mente humana que consegue virar e desvirar, torcer e contorcer, ferir e transgredir o bom-senso, a Caridade e o Amor que Nosso Pai Cristo Jesus nos ensinou.

Nossos Amados Orixás não são, não são e não são os demônios doentis que seitas pseudo-cristãs levam e pregam aos mais desesperados, necessitados e desamparados seres humanos.

A Umbanda não prega o medo e não faz terror.
A Umbanda não faz feitiço, não faz amarração e não leva a desgraça.

Pelo Amor que temos em Deus (Olorum, Zambi, Jeová, Arquiteto do Universo, Pai-Mãe, etc), Pelo amor que temos em nós mesmos e pelo amor que temos em Nossos Divinos e Divinas Pais e Mães Orixás, deixem as vendas em casa e olhem para o Céu.
Reflitam sobre a falsidade que ainda existe dentro e fora dos terreiros de Umbanda; Reflitam sobre a falsidade que ainda existe dentro do Catoliscismo, do Cristianismo, dentro das Igrejas Evangélicas e dos Centros Espíritas e meditem, meus irmãos:

Deus está para todo mundo e a todo mundo Ama Incondicionalmente... sem excessão.
Nossos Amados Orixás (Divindades Pais e Mães) são somente luz e não se pode permitir que mentes insanas preguem dentro e fora dos terreiros a discórdia, a maldade e a falta de amor para conosco e pelos nossos semelhantes.
Não podemos mais permitir que se cometam atrocidades dentro e fora da Umbanda, das Igrejas Cristãs (Católicas e Evangélicas).
Não é Cristão e não é Luz julgar, discriminar e segregar qualquer que seja a Religião.

É hora de dar um basta à intolerância religiosa.
É hora de dar um basta nos demônios que habitam nossos corações humanos com a maldade, com a inveja e com o ódio que nós próprios criamos, alimentamos e nutrimos dentro de nossos corações.

Muita paz, luz, amor, carinho e fé a cada um dos umbandistas, católicos, espíritas e evangélicos que estiverem lendo esta mensagem.

"Texto de Eduardo Dammroze
itu / SP.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

JURAMENTO DE FÉ DA UMBANDA SAGRADA



JURAMENTO DE FÉ DA UMBANDA SAGRADA

· Eu creio na existência de um Deus único,onipotente,onisciente,oniquerente e onipresente.

· Eu creio na existência dos sagrados Orixás,as divindades de Deus,às quais Ele confiou as suas qualidades divinas e que são os seres superiores responsáveis pela concretização de Sua infinita obra colocada à disposição de todos os seres, de todas as criaturas e de todas as espécies que Ele criou.

· Eu creio que cada um dos Sagrados Orixás é uma divindade unigênita dotada do Poder Divino de transmitir Sua qualidade e caráter Divino aos seres,às criaturas e às espécies.Esse fato que os distingue como auxiliares diretos do Criador do Universo e Divinos Pais dos seres,denominados seus filhos;regentes das criaturas,denominados seus animais,e das espécies,denominados seus vegetais,suas plantas e suas folhas.

· Eu creio na existência de uma essência viva e divina ou corpo etérico de Deus,por meio do qual se manifestam tanto Suas divindades quanto os espíritos que incorporam nas sessões religiosas umbandistas.Corpo Divino também é chamado de Espírito Santo por outras crenças religiosas.

· Eu creio na imortalidade dos espíritos e na capacidade de se comunicarem com os encarnados e de influenciá-los positiva ou negativamente.

· Eu creio na existência da incorporação mediúnica e no beneficio que os espíritos luzeiros,incorporados pelos Sagrados Orixás às suas hierarquias espirituais humanas,trazem a todos os encarnados quando incorporam em seus mediadores umbandistas.

· Eu creio na evolução dos espíritos e no aperfeiçoamento consciencial que a religião Umbanda proporciona a todos os seus fiéis,adeptos e seguidores.

· Eu creio na existência de múltiplas faculdades mediúnicas e esforçar-me-ei no estudo e no entendimento delas,pois só assim poderei ensiná-las e auxiliar quem possuir algumas delas e estiver necessitando da ajuda para ordená-las e fazer o bom uso delas,tanto em seu próprio beneficio quanto de seus semelhantes.

· Eu creio na existência de uma evolução continua de toda a Criação Divina e creio que só por intermédio do estudo,da dedicação e do aprendizado poderei ser útil a essa evolução.

· Eu creio que ,por ter sido gerado por Deus e por ter sido qualificado por uma de Suas Divindades,sou um ser de origem divina e dotado de múltiplas faculdades,às quais desenvolverei e aperfeiçoarei,pois assim,serei útil ao meu Criador,ao meu Orixá e Pai Ancestral,aos meus semelhantes,meus irmãos e à toda a Criação Divina,da qual sou parte e sou beneficiário.

· Eu creio em Deus ,em Suas Divindades,nos Senhores Orixás e creio em mim mesmo,pois também sou um ser de origem divina e sou dotado de inteligência,de raciocínio e de razão para poder diferenciar o bom do ruim,o certo do errado,o justo do injusto,o divino do profano e o divino do humano.Amém

TEMPLO UMBANDISTA ESTRELA DOURADa

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Morte e Vida Umbandista




Saudações irmãos leitores! Neste mês de novembro, no dia 02 temos tradicionalmente o dia de finados (mortos), esta data tem todo um significado religioso para os cristãos, porém devido o sincretismo presente na Umbanda esta data nos têm grande importância, é a data em que louvamos a força do Divino Orixá Pai Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo. De forma geral a Umbanda em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então quando chegar à hora do desencarne poder garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste sentido da vida. Para a Umbanda a Morte do corpo físico não é o fim da Vida, entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória, após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes ás suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua morada, se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável, é como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" , é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós morte. Então nada se acaba com o fim da vida física, quando o corpo perece este é o fim de uma etapa e o inicio de outra, morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim é o contrário, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O Umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne. A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num salvador ou messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No dia de finados é fundamental que o Umbandista ao realizar o culto ao Divino Orixá Pai Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já esteja em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente. O culto ao Orixá Omulu, é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo ele não está presente apenas na tão temida morte física gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida, por exemplo, o fim de um relacionamento amoroso é o rompimento de cordões emocionais e fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas, neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais, também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos. Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na Cerimônia Fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos. Cito aqui um procedimento e o comento. O Funeral Umbandista é dividido em duas partes, purificação do corpo e do espírito que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo.
Ainda no necrotério antes de vestir o corpo do desencarnado o Sacerdote procede com alguns atos, como: - Purificação do corpo com incenso: primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo, caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito; - Purificação do corpo com água consagrada: é o mesmo que água benta, neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado; - Cruzamento com a pemba consagrada: neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza; - Cruzamento com óleo de oliva consagrado: repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado; - Aspergir com essências e óleos aromáticos: aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório, então momentos antes do enterro são ministrados a Cerimônia Fúnebre de Encomenda do Espírito: - Apresentação do Falecido: alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa do desencarnado; - Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós morte; - Prece ao Divino Criador Olorum (Deus); - Canto a Oxalá: o sacerdote com a curimba entoa uma música em louvor a Oxalá, caso o desencarnado seja Umbandista; - Hino da Umbanda; - Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado; - Canto ao Orixá Regente do desencarnado: caso seja Umbandista; - Despedida dos presentes na cerimônia: os presentes se despedem do falecido; - Fechamento do Caixão; - Transporte do corpo ao cemitério; - Enterro do corpo: após o caixão ser colocado na cova o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba consagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra; - Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: após o túmulo ser fechado o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um circulo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na direita, este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos. Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado. Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a idéia de morte na Umbanda. Como nosso espaço é restrito peço que acessem meu blog: http://rodrigoqueiroz.blog.terra.com.br/, onde encontrarão dicas para o ritual de Culto aos Antepassados, para exaltação do Orixá que começa no Templo e termina no Cemitério. Viva a Vida e a Morte! Salve Pai Omulu! Saravá! • Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru-SP. •
Matéria publicada no JUS de Novembro 2006 • O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados.
(contato@tvus.com.br, www.tvus.com.br)

O NASCER PARA O ALÉM...




O NASCER PARA O ALÉM...

Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.

Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.

E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los. De retroceder no tempo e segurar a vida. Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez. Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos. Sentimos, quando mergulhados em oração, o
ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir. Essa vontade de rever novamente aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...

E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir. Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!

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