OS
MANDAMENTOS DE UM MÉDIUM UMBANDISTA.
RUBENS
SARACENI
01 – Amar a Olorum acima de todas as coisas,
aos Orixás e a Umbanda acima de todas as outras religiões.
02 – Vestir a roupa branca e incorporar seus
guias só no seu centro.
03 – Não ficar visitando outros centros em
vão, ou seja, só por curiosidade.
04 – Se visitar um centro, entrar em silencio,
assistir aos trabalhos, tomar o passe e sair em silencio.
05 – Não
comentar ou criticar as práticas alheias, sejam elas do seu agrado ou não,
concorde com elas ou não, porque elas não são as suas e sim, deles.
06 – Não fazer comentários desairosos sobre os
cultos e trabalhos realizados em outros centros de Umbanda.
07 – Não copiar fundamentos alheios e
manter-se fiel aos da Umbanda.
08 – Não
profanar o que é sagrado e não sacralizar o que é profano.
09 – Cuidar da sua mediunidade e deixar a dos
seus irmãos de fé, que os Pais ou Mães Espirituais e os guias deles cuidarão.
10 – Não
emitir opiniões sobre o assunto religioso que não conhece em profundidade ou
sobre o qual sequer conhece.
11 – Não imitar e não invejar os trabalhos e
as forças espirituais dos seus irmãos de fé.
12 – Se, por
alguma razão, não se sentir satisfeito no centro que está frequentando, peça
licença para se afastar dos trabalhos, mas guarde só para você as razões do seu
afastamento.
13 – Se saiu do centro que frequentava, não
fique criticando-o ou ao seu dirigente porque, por certo tempo, tanto o centro
quanto o seu dirigente lhe foram úteis e o ampararam.
14 – Não faça
comentários sobre os trabalhos realizados no seu centro para pessoas que não o
conhecem ou não participam do dia a dia dele e do que nele é realizado.
15 – Não
fique procurando ou pondo defeitos em seus irmãos de fé, e sim, procure-os em
si e tente livrar-se deles antes que descubram que não és o “ser perfeito” que
aparentas ser.
16 – Lembre-se disso: - Todos possuem defeitos
e imperfeições, mas cada um só deve cuidar dos seus.
17 – Trabalhe a favor e no benefício do
crescimento do seu centro e no dos seus irmãos de corrente, que toda a corrente
trabalhará no seu benefício e no das suas forças espirituais.
18 – Cada centro tem os seus fundamentos, e os
do seu não são melhores ou mais poderosos que os dos outros. Apenas são
diferentes!
19 – Faça a
caridade, seja ela espiritual ou material, sem esperar nenhum tipo de
recompensa, pois fazê-la esperando algo em troca não é caridade, e sim, é troca
de benefícios.
20 – Se, o ato de auxiliar alguém
caritativamente com o seu dom mediúnico e com a força dos seus Guias e dos seus
Orixás não lhe for gratificante ou recompensador, pare enquanto é tempo,
porque, de insatisfeitos e de exploradores do próximo, o inferno está cheio!
21 – (Que
outros irmãos de fé acrescentem aqui outras regras que acharem necessárias ao
aperfeiçoamento doutrinário dos médiuns umbandistas)... 22 –...., etc.. Pai
Rubens Saraceni.
OS
MANDAMENTOS DE UM MÉDIUM UMBANDISTA SUGESTÃO DE CONTINUIDADE – POR ALEXANDRE
CUMINO
22 – Colabore
materialmente com seu centro (terreiro/tenda/núcleo), não é responsabilidade do
sacerdote custear todas as despesas de um trabalho que é coletivo. Procure
saber como colaborar nas despesas, seja para dividi-las ou para pagar uma
mensalidade/doação estipulada pelo dirigente. A manutenção material é tão
importante quanto a espiritual, é sagrada e deve ser uma prioridade.
23 – Ao
chegar no centro, desligue seu celular, procure deixar seus problemas de fora,
evite conversas sobre o trânsito, política, futebol, dificuldades domésticas ou
profissionais. Procure não se entregar a distrações, você está em ambiente
sagrado, esteja consciente de si e do sagrado, sinta e perceba quais são seus
sentimentos, pensamentos, palavras e ações neste templo da religião.
24 – Não
chegue atrasado aos trabalhos, procure chegar mais cedo, informe-se o quanto
antes deve chegar. Ao chegar no centro seja útil, procure saber se precisam de
você para a limpeza ou manutenção e organização do espaço e do trabalho que vai
se realizar. Caso não tenha mais nada para fazer, procure silenciar, meditar ou
rezar, preparando-se para os trabalhos que, provavelmente, já começaram no
astral. Espere o trabalho/gira/sessão se encerrar completamente antes de se
retirar do templo, procure saber se ainda precisam de ajuda antes de ir embora.
25 – Fale
baixo (outros podem estar rezando) e movimente-se com calma e cuidado. Seja
sempre cordial, tranquilo, respeitador, atencioso e bem disposto durante os
trabalhos de Umbanda. Não grite, não corra, não se manifeste com agitação ou
nervosismo, independente do que esteja acontecendo. Lembre-se, o estado
emocional e a atitude dos médiuns influencia diretamente o comportamento da
consulência.
26 – Não use o centro/terreiro para paquerar,
flertar ou causar frissons. Os trabalhos de Umbanda não podem ter como objetivo
encontros afetivos. O foco das reuniões de Umbanda deve ser sempre religioso,
espiritual e de autoconhecimento. Evite chamar a atenção por meio da vaidade ou
do ego. Caso comece a se relacionar afetivamente com outro médium, avise seu
sacerdote, pois ele é responsável pelo que acontece dentro deste ambiente.
27 – Cuide de sua higiene, procure estar
sempre com sua roupa branca, de terreiro, limpa. Esteja sempre atento ao odor
dos pés (caso tenha que tirar os calçados), verifique o hálito e use
desodorante sem perfume. Pois nada é mais desagradável que tomar consulta com
uma entidade e ter que sentir: “chulé”, mau hálito, CC vencido e outros odores
desagradáveis.
28 – Cuide de
sua alimentação. Nos dias de trabalho, evite comer carnes ou alimentos de
difícil digestão, abstenha-se de bebidas alcoólicas e relação sexual.
29 – Mantenha
sempre acesa sua vela para o Anjo da Guarda e, quando necessário, firme sua
direita e sua esquerda, tome seus banhos de ervas e faça defumação. Aprenda
como se limpar e descarregar de energias negativas, não deixe tudo por conta de
seus guias ou de seu sacerdote. Não seja mais um dependente e não faça do
trabalho espiritual uma muleta, aprenda e conheça os fundamentos de sua
religião.
30 – Trate com respeito e humildade todos os
guias que trabalham no centro e não apenas os guias do seu sacerdote.
31 – Não ocupe o tempo de seu sacerdote com
assuntos desnecessários, frivolidades ou banalidades. Provavelmente, outros
irmão também querem a atenção do dirigente espiritual.
32 – Procure entender que todo centro/terreiro
tem regras, escritas ou não, que devem ser seguidas à risca, tanto por médiuns,
quanto por seus guias. Procure conhecer estas regras.
33 –
Lembre-se, podemos comparar o centro a uma família em que, aos poucos, vamos
conhecendo as dificuldades de cada um e aprendendo a conviver com elas. Também
podemos comparar a uma orquestra, em que o sacerdote é o maestro e que cada
médium deve seguir sua partitura, fazer seu papel, com consciência de que cada
um é uma parte do todo e, se cada um fizer sua parte, o todo estará, sempre, em
harmonia.
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