TOQUES DE
DISCERNIMENTO NA BORDA DA SENDA ESPIRITUAL*
(Quando o Coração Chama e o Sol da
Consciência Bate na Cara!)
Você ainda se lembra da canção de sua
alma?...
Ou anulou sua capacidade de escutar o som da
vina da verdade?
Sim, como muitos outros, você se deixou
levar...
E, agora, o sol da consciência bate em sua
cara!
Você ainda é capaz de olhar para além do seu
próprio umbigo?...
Ou continua achando que tudo gira à sua volta
- e que a vida é só isso?
Ah, quem viu o seu olhar de outrora, sabe bem
o brilho que havia em você.
Porque você olhava com olhos de Amor - e se
lembrava de Krishna.
Sim, o Senhor dos Olhos de Lótus estava em
seus pensamentos...
E você se emocionava quando ouvia sua canção -
em seu coração.
Mas, hoje, você acha que tudo isso foi uma
fase mística do seu passado.
Mesmo com algo apertando seu peito, você finge
não saber...
Você acha que suas mãos só tocam o que é de
carne?...
E onde está aquela Luz que brilhava em seus
toques de cura espiritual?
Talvez, você tenha apagado certas coisas de
sua mente...
Mas, o seu coração não se esquece - porque ele
sabe mais do que você pensa.
Sabe o quanto sua alma está sofrida - e
fragmentada de tanta anulação.
E percebe as sombras que acompanham o seu
viver.
Ah, preste atenção... O sol da consciência
está batendo na sua cara!
Porém, será que você ainda suporta a Luz de
frente?...
Você afirmou que os doutores do mundo jamais
viram algo espiritual...
E que, dissecando cadáveres, jamais
encontraram evidências de espírito algum.
E você se escorou nisso para congelar a sua
espiritualidade e se esquecer...
No entanto, quem pode curar esse aperto em seu
peito e o vazio do seu olhar?
Que poder do mundo poderá devolver-lhe a Luz
perdida?...
E quem poderá erradicar as sombras secretas do
seu viver?
Que bisturi poderá cortar sua inércia
espiritual e seus tumores psíquicos?
Ah, ninguém compra discernimento - e nem
consegue vencer o próprio coração.
Você deixou as coisas do mundo cortarem suas
asas - e renegou o próprio voo.
E, agora, vai continuar só no seu umbigo e
viajando no lombo de seu orgulho?...
Mesmo com o coração agoniado e o sol da
consciência batendo na sua cara?
(O Amor é como um fogo espiritual... E quem se
fecha, esfria a própria alma).
P.S.:
Você se esqueceu de muitas coisas, mas o seu
coração ainda se lembra...
Sim, ele sente saudades dos toques sutis dos
mentores espirituais.
E sente saudades de Krishna...
(E isso não se explica, só se
sente).
(Dedicado a você, que não prestou a devida
atenção naquele ensinamento profundo de Jesus, que dizia o seguinte: "De que
adianta a alguém ganhar o mundo, se perder a própria alma?")
Paz e Luz.
Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de
coisa alguma.
São Paulo, 12 de setembro de
2012.
- Nota:
* Fiz esses escritos logo após ter
visto, no plano extrafísico, durante uma experiência fora do corpo, um lance de
pesado assédio psíquico sobre uma pessoa (que, outrora, trilhou a senda
espiritual com dedicação e, atualmente, renega tudo isso e até fica com raiva se
alguém menciona o fato). E, ao longo dos anos, eu já vi isso acontecer com tanta
gente...
E não estou falando de alguém se
afastar de um grupo espiritual com o qual não tem mais afinidades, não. Estou
falando de gente que renegou a Luz e até mesmo se voltou contra tudo da
Espiritualidade (e, com isso, abriu brechas cármicas e espirituais horrrosas em
sua jornada, propiciando a entrada de entidades sombrias no perímetro psíquico
de suas vidas).
Além disso, vi outras pessoas que,
inclusive, bandearam de lado e passaram a fazer magia para o mal, seja por
motivos de poder - ou seja, seu ego grande -, ou por interesse em querer levar
vantagem em alguma coisa.
A senda espiritual não é fácil, nunca
foi!
E quem quer seguir nela, precisa de
têmpera forte para aguentar o tranco da Luz operando profundas transformacões em
seu Ser, pois a senda não é uma pessoa, um lugar ou uma doutrina.
A senda é consciência! E isso é no
coração de cada um...
E cada um é o que pensa, sente e
faz.
Ah, Krishna, quem terá a coragem de
olhar para o sol da consciência batendo de frente na própria cara, e dizer:
"Senhor, nada é meu. Tudo é seu, inclusive, eu"?
Obs.: Enquanto eu digitava essas
linhas, lembrei-me de um texto antigo. Então, posto o mesmo na sequência (quem
sabe, talvez sua leitura ajude a complementar bem esses escritos de
hoje?)
HOJE EU
SEI!*
(Nada é em Vão, Tudo é
Lição)
Os meus dias no planeta não foram em
vão.
Tudo o que vivi e tudo o que passei está
dentro de mim.
Acertos e erros se tornaram lições
preciosas.
Hoje eu sei!
Viver é mais do que só respirar, comer, beber
e dormir.
Discernir é realizar e sentir-se
pleno.
Aprender é honrar a Mãe Terra, pela chance de
estar nela, mais uma vez...
Hoje eu sei!
Viver vale a pena!
Mas só reconhece isso quem vive
realmente...
Viver não é teoria e só se aprende,
vivendo...
Hoje eu sei!
Sentir o vento na pele e rir com gosto, não
tem preço.
Viver é mais do que se imagina. É mais do que
se percebe.
Não basta só respirar...
Hoje eu sei!
Dizem que esse planeta é de provas e
expiações,
Mas, para quem sabe viver, tudo se transforma
em lição.
Com os olhos da sabedoria, vê-se que na
natureza tudo vibra...
Hoje eu sei!
Tudo brilha sob um poder incomensurável, que
está em tudo.
O mesmo poder que faz as consciências
espirituais descerem na Terra.
Tudo é lição. Viver vale a pena.
Hoje eu sei!
E só vivendo é que se sabe...
Quem sabe ver, reconhece e
agradece.
Quem vive e realiza, honra a Mãe
Terra.
Hoje eu sei!
Paz e Luz.
- Wagner Borges - eterno neófito da
vida...
Jundiaí, 01 de janeiro de 2008.
- Nota:
* Escrevi essas linhas logo após ter
conversado, fora do corpo, com um sujeito desencarnado bem divertido. Segundo
sua narrativa, ele era muito brigão e reclamava de tudo. Com o tempo, aprendeu a
valorizar as coisas da vida e, atualmente, está alegre e bem consigo mesmo. Ele
me pediu para escrever algo sobre isso. Então, escrevi essas linhas, com minhas
palavras, mas com a sugestão e alegria dele.
VIAGEM AO FUNDO
DE UMA CHAMA
- Por J. J. Benitez -
Ao fugir de mim mesmo, vi-me flutuando na
penumbra do quarto, inopinadamente fustigada pela língua amarela da vela.
E na paz daquele "Sonho", enquanto meu corpo
jazia no esquecimento, quis mergulhar o mais profundamente possível naquela
chama, metade cipreste e metade espada.
A força de meu desejo foi suficiente para
lançar-me como um dardo naquele mundo novo.
Em seu interior, tudo era desconcertante... Da
mesma base da chama vi ascender, como se surgindo do fundo de um mar de gás,
milhões de pequenas esferas vermelhas e azuis. Flutuavam até se extinguirem, até
explodirem no ápice daquele Universo vertical.
Aquelas explosões pareciam mil trovões, mas eu
não sentia calor.
Ali conheci os habitantes do fogo. Tinham
forma humana, conquanto, para minha surpresa, parecessem inteiramente planos.
Aquele mundo era formado por seres de duas dimensões.
E os habitantes do fogo ficaram tão espantados
quanto eu...
"Como é possível", comentavam entre si,
"existirem outros homens de três dimensões? Isto é um absurdo e
anticientifico!".
Ali percebi que o mundo dos homens planos é
imenso. E, no entanto eles não conhecem as fronteiras da chama.
Contudo, quando os homens planos contaram para
os seus semelhantes que haviam conhecido outro "humano" de três dimensões, não
acreditaram, e eles foram alvo de duras críticas...
(Texto extraído do livro "O Mundo dos
Sonhos" - Editora Record.)
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