segunda-feira, 22 de agosto de 2011

WAGNER BORGES

 
 
INICIAÇÃO NO TEMPLO DO CORAÇÃO – II*
 
Muitas vezes, o homem chora. E os seus motivos são variados.
Ele pode chorar por uma perda afetiva, pela dor física, por chantagem emocional, pela partida de alguém querido para o mundo espiritual, ou até mesmo por nervosismo – com sua consequente descarga de adrenalina.
Contudo, há momentos em que o homem chora por Deus.
E quando isso acontece, ele não consegue compreender os motivos.
Simplesmente, ele é tocado por um Grande Amor.
Então, a Luz acontece em seu coração.
E ele sente algo, em Espírito e Verdade, e sabe que palavra alguma será capaz de descrever isso.
Ah, o homem também chora pelo Divino... Porque sente que o mesmo Poder que criou as estrelas, é o mesmo Poder que está em seu coração.
Então, ele chora, na Força do Espírito – e suas lágrimas são luminosas.
E, enquanto elas descem pelo seu rosto, também lavam suas emoções antigas e transformam o seu semblante em Sol.
Sim, quando o homem chora sob a inspiração celeste, o seu rosto vira Sol.
E é Sol de Amor. E quem poderá explicar isso?
O que se sente, em Espírito e Verdade, na Luz do coração...
Ah, bendito é o homem que chora por Deus, pois carrega o Sol na cara e o Amor no coração.
Sim, às vezes, o homem chora... E faz valer a pena.
Porque é choro na Força do Espírito.
E isso não se explica, só se sente...
 
(Dedicado aos meus amigos do Espaço Semeando Luz - e ao povo gaúcho, valoroso e hospitaleiro -, que sempre me recebe muito bem nas minhas andanças pelas terras do Rio Grande do Sul.)
 
P.S.:
Esses escritos foram feitos um pouco antes do início do curso “Falando de Energias e Práticas Espirituais”, realizado no salão do Espaço Semeando Luz – grupo espiritualista da serra gaúcha.
 
Paz e Luz.
 
- Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
Caxias do Sul, 05 de agosto de 2011.
 
- Nota:
* Para melhor compreensão desses escritos, posto logo abaixo a sua primeira parte, postada pelo site do IPPB em 2001:
 
 
 
 
 
INICIAÇÃO NO TEMPLO DO CORAÇÃO
 
Era o dia mais importante de sua vida. Finalmente ele chegara às portas do coração espiritual. Era o momento da iniciação no verdadeiro templo, o lar do Eterno.
Ali, sem as máscaras e sem a indumentária arrogante do seu ego, ele seria provado intensamente. Os mestres o esperavam em silêncio. Eram as testemunhas de seu renascimento.
Ele se lembrou do ensinamento-chave que eles lhe haviam ensinado: "O Amor é a base de tudo!”
Em silêncio, ele agradeceu e entrou na câmara secreta do coração, o lar-anahata*.
Imediatamente, vários véus cinzentos foram projetados à sua frente, bloqueando sua passagem. Ele sabia que cada um deles era a expressão de sentimentos pesados e antigos, acalentados com o fervor de maya**.
Sim, eles eram filhos de suas ilusões, o pedágio emocional de seus sentimentos mal resolvidos cobrando-lhe o preço na passagem do coração.
Então, ele lutou da única maneira possível: reconheceu os véus e, com humildade, pediu perdão ao coração. Não havia ego em seu pedido, que era puro e despojado, digno de quem reconhece os erros e procura melhorar.
Na caverna-anahata, o iniciado chorou o pranto dos heróis que não temem a dor do renascimento. Suas lágrimas luminosas, filhas diretas do seu amadurecimento, dissolveram os véus e ele entrou no sol do samadhi***.
Ele agora era um alquimista completo, pois havia transformado o vil metal de suas antigas aspirações egoístas no ouro brilhante da consciência esclarecida e servidora dos bons propósitos. A sua passagem pelo cadinho iniciático do coração encheu seu espírito daquela Paz e contentamento que a maioria dos homens ainda desconhece.
Ele finalmente despertara dentro de si mesmo.
No céu de seu coração, os mestres o abençoaram e voaram com ele na luz da consciência cósmica.
Ele estava em Paz. Ele estava em casa.
Ele sorria, e pensava: o Amor é a base de tudo!
E é nas luzes do templo do coração que o grande contato espiritual acontece.
A grande iniciação é interna e só os fortes de espírito conseguem passar por ela, pois são impulsionados pela disposição de dissolverem os sentimentos obscuros que desequilibram a sua Paz interior.
O mundo não sabe, mas os iniciados choram muito no silêncio do coração.
E o mais legal é que as suas lágrimas são luminosas... E os mestres voam com eles.
 
(Esses escritos são dedicados ao sábio Toth**** que, um dia, nas terras quentes do antigo Egito, ensinou: "O Inefável é invisível aos olhos da carne, mas é visível à inteligência e ao coração.”) 
 
- Wagner Borges -
São Paulo, 17 de julho de 2001.
 
- Notas:
* Anahata - do sânscrito- invicto; inviolado. Na tradição hinduísta, o atman - o espírito, a essência divina -, entra no corpo pelo alto da cabeça (Brahmarandra), e se aloja no centro espiritual da câmara secreta do coração por uma vida. Ele é imortal, não nasce nem morre, apenas entra e sai dos corpos perecíveis. A água não pode molhá-lo, o fogo não pode queimá-lo, nada pode causar-lhe dano, pois é a centelha do Eterno fulgurando no coração. É invicto, inviolado na câmara secreta do espírito. Por essa associação com o divino, o chacra cardíaco é chamado em sânscrito de "anahata", o lar do Eterno.
** Maya - do sânscrito - ilusão.
*** Samadhi - do sânscrito - expansão da consciência; estado de consciência cósmica.
**** Toth – no antigo Egito, o escrivão dos deuses; ou seja, por metáfora, o hierofante (mestre) que ensinava a sabedoria celeste aos iniciados espirituais. Posteriormente, ele foi deificado pelos gregos e chamado de Hermes Trismegistro.
 
 
 
 
 
O REI ORGULHO
 
Você se considera um monarca?
Pois bem, então prove!
Construa um castelo de amor no seu coração e administre o reino do bom senso em sua consciência.
Só assim acreditarei que você governa alguma coisa.
Caso contrário, você não é monarca coisa nenhuma, mas somente mais um súdito, governado pelo verdadeiro monarca da humanidade: “o rei orgulho!”
BEM-FEITO!
 
- Companhia do Amor* - 
A Turma dos Poetas em Flor.
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Texto extraído do livro “Companhia do Amor – A Turma dos Poetas em Flor” – Edição do Autor – 2003.)
 
- Nota:
* A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor. Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.
Para mais detalhes sobre o trabalho dessa turma maravilhosa, ver os livros "Companhia do Amor - A Turma dos Poetas em Flor – Volumes 1 e 2" - Edição independente - Wagner Borges, e sua coluna no site do IPPB (que é uma das seções mais visitadas no site): www.ippb.org.br.

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