segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Morte do Ego

A Morte do Ego



É a natureza do ego dividir e conquistar.Quando não pode dividir, ele não pode conquistar. O pensamento separa ou une. Pensamentos que separam uma pessoa da outra ou uma idéia da outra obscurecem a sua consciência da unicidade. Pensamentos que ligam uma pessoa à outra ou uma idéia à outra revelam a unicidade.
As idéias podem se tornar oponentes com tanta facilidade quanto as pessoas que as têm. Você acha que pode atacar as idéias das outras pessoas sem atacá-las, mas poucas são as pessoas que não se sentem ofendidas quando suas idéias são atacadas.
As pessoas jamais conseguirão conviver pacíficamente até que suas idéias possam coexistir sem competição. Aceitar as idéias de outra pessoa, mesmo quando não concordamos com elas, é demonstrar respeito e consideração.
Para conviver pacíficamente com as outras pessoas, é preciso que você veja aquilo que liga você a elas e não o que os separa. Ao ver aquilo que os une, você começará a respeitar as diferenças. Se se concentrar naquilo que os separa, você vai tentar eliminar as diferenças.
A tentativa de eliminar diferenças nunca é bem-sucedida. Isso porque as diferenças são saudáveis. E quando são respeitadas, não interferem no potencial para a intimidade nem para as relações cordiais entre as pessoas.
Dê sempre espaço para o outro ser diferente, assim você não evita a intimidade com ele.
Se você sentir que precisa ser como ele para ser aceito ou que ele precisa ser como você para que você o aceite, é porque você está tentando eliminar as diferenças.
Deixe que existam diferenças. Aceite-se como é e aceite o outro como ele é. Assim você tem paz no coração e ele também. Tudo está bem exatamente como é.
Comece a perceber o quanto você tenta mudar os outros para que se encaixem na imagem que você acha que eles deveriam ser. Perceba como os outros tentam mudar você. Sinta a enorme pressão que vem de toda parte. Esse é o mundo do ego.
O ego é a coisa mais insegura do Universo. Por isso ele está sempre tentando tomar partido e defender sua posição. Ele não tem uma confiança nata em si mesmo e, portanto, nenhuma generosidade do espírito.
O ego odeia tudo porque odeia a si mesmo. Toda a sua empáfia não passa de aparência. Deixe-o de lado e você vai encontrar uma ferida aberta.
O ego é a parte de você que não sabe que é amada. Ele não pode dar amor porque não sabe que tem amor para dar.
O que fazer para que a parte não amada e a parte não amorosa encontrem o amor? Esse é o clamor de cada alma em exílio neste mundo.
É preciso ensinar ao ego que ele tem amor para dar. Essa é uma proposição ameaçadora, pois, assim que o ego reconhece que tem amor para dar, ele deixa de ser ego e se dissolve no próprio amor. O ego tem de morrer como ego para renascer como amor.
Agora você sabe por que a maior parte das pessoas resiste ao despertar. A idéia do despertar é apavorante para quem ainda está adormecido. Você fica pensando, "Quando eu despertar, posso deixar de existir!"
Essa é a razão pela qual o medo do despertar e o medo da morte são, no fundo, a mesma coisa. O Eu universal ilimitado não nasce até que o Eu temporal morra.
Então de um jeito ou de outro, a morte virá. Ou você morre - ou você desperta, o que não deixa de ser um outro tipo de morte.
Depois que você despertar, morrer não é nada demais. Você não tem mais uma estimada identidade para perder. Se vai permanecer ou não numa forma física, isso não tem mais importância. De qualquer jeito você está presente.
Morrer é uma das melhores maneiras de aprender a ficar no presente. Se você quiser despertar rápido, tente morrer. Quando você está morrendo, adquire uma consciência das coisas que nunca teve antes. Você fica consciente de cada respiração, de cada nuance, de cada flor, de cada palavra ou de cada gesto de carinho.
Morrer é como um curso intensivo sobre o tema do despertar. Porém, não significa que todos que morrem despertam. Significa apenas que fizeram o curso.
Aqueles que passaram no curso ficam contentes de estar onder quer que estejam. Se isso significa ficar num corpo, que seja. Se for apenas assistir alguém num corpo, tudo bem também.
Realmente não importa para onde você vai, pois você não tem nada para provar. Você está ali simplesmente para ajudar.
Livrar-se de uma identidade sem sentido é um aspecto inevitável do caminho de volta para casa. Quanto menos você tem para defender, mais útil você pode ser. E quanto mais ajuda puder oferecer, mais feliz será a sua experiência.
Eu não iria tão longe a ponto de dizer que morrer é divertido. Mas eu posso dizer que morrer não deixa de ser divertido só porque você ainda está agarrado a um fragmento de autodefinição.
Toda a sua experiência na Terra é um processo de aprendizado para confiar em si mesmo, no seu irmão e em Deus. No momento final do despertar, quando a confiança desabrocha completamente, esses três aspectos do Eu se fundem e se tornam uma coisa só.
Esse momento não pode ser descrito em palavras, mas eu lhe asseguro que você vai viver essa experiência. E até que você a viva, nada jamais fará completo sentido para você.
No Amor Puro e No Serviço Compassivo

Sol Cristal

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