NAS MÃOS DO ANCIÃO DOS DIAS – IV*
O meu caminho é o Teu.
E eu sei que, se bater em Tua porta, Tu me atenderás.
Porque eu entrei na noite escura, e Tu me resgataste.
No meu momento mais difícil, foi a Tua Mão que me segurou.
Eu quase caí no abismo... Mas Tu tinhas fé em mim.
A fé que eu não tive por Ti... E que, agora, me faz cantar.
Antes, eu via a luz do sol, mas não me admirava com o brilho.
E olhava a lua e o céu estrelado com ceticismo e arrogância.
Porque eu não percebia a Tua Mão sustentando a matriz dos universos.
E a vida me parecia um acidente cósmico, uma mera circunstância vital...
Ah, Meu Pai, eu estava louco! E, mesmo assim, Tu tinhas fé em mim.
Porque Tu vias algo bom em meu coração, que eu mesmo não via.
E eu quase abracei as trevas... Até que a dor me fez repensar as coisas.
E, aí, Tu me abraçaste, em espírito e verdade, e eu renasci...
E, do fundo do meu Ser, brotou uma canção de Amor e Fé.
E tudo mudou... E a luz do sol, a lua e as estrelas ficaram lindas.
Porque o meu olhar mudou e eu passei a ver a Tua Mão sustentando tudo.
E tu não eras um velho barbudo e controlador, mas o Amor mais lindo de todos.
E Tu nunca me condenaste. Porque o Teu Amor é incondicional.
E Tu conheces todos os corações, eu sei. Mesmo aqueles que Te desconhecem.
Ah, se hoje eu canto, é porque a Tua Mão me sustenta na jornada...
E, se estou vivo, é por Tua causa. E, se amo, é porque o Teu Amor me fez assim.
E continuarei cantando... Até que Tu me leves de volta para o plano espiritual.
E só Tu sabes a hora certa disso. Porque a vida não é um acidente cósmico.
Porque a Tua Mão teceu o Grande Mistério, da tapeçaria sideral e dos corações.
E, sem a arrogância toldando a minha visão, eu vi o Teu Toque em tudo.
Ah, tudo mudou! E a canção brotou, em espírito e verdade. Por Tua Graça.
E eu continuarei cantando... Sim, com Fé e Luz, até que Tu me leves...
P.S.:
Deus, Brahman, Papai do Céu, Mãe Divina, Grande Mãe, Grande Espírito. Jeová, Alá, Tupã, Zambi, Grande Arquiteto Do Universo, Pai Celestial, O Todo, O Supremo... São muitos os nomes pelos quais os homens da Terra Te chamam, mas, aqui e agora, o meu coração Te chama como Te sente: “O AMOR MAIS LINDO DE TODOS!”
(Dedicado a todos aqueles que atravessam as provas do mundo sem jamais renegarem a espiritualidade em seus corações, e que sentem um Grande Amor norteando suas jornadas, humanas e espirituais.)
Na Fé!
Paz e Luz.
- Wagner Borges – olhando a vida como o Amor olha...**
São Paulo, 28 de dezembro de 2010.
- Notas:
* As três primeiras partes desse texto estão postadas no site do IPPB – www.ippb.org.br -, nos seguintes endereços específicos:
Parte III –
** Escrevi essas linhas por um impulso espiritual, sem nem saber por que... Mas, Deus sabe. E é isso o que importa. Eu só sei sentir, sentir, sentir...
Obs.: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, lembrei-me de uma canção que brotou do coração da sabedoria hindu. Segue-se a mesma logo abaixo.
CANÇÃO DE MIRA
De que plagas tu provéns, viajante?
Para que plagas te diriges?...
Em tua cega caminhada
Esqueceste o teu objetivo?
Não passa este mundo de uma estalagem.
Teu verdadeiro lar jaz muito longe.
Não te percas no dédalo do Carma,
Ó peregrino da estrela!
Por que recolher coloridas pedras,
E Lamentar dores passadas?
Mergulha fundo, se queres ganhar
A pérola que sabes sem jaças.
Semente alguma germina no solo da oração,
Mas floresce no próprio seio de Deus.
Íngreme é a subida, invisível a meta...
Ilumine-se, porém, a noite com a luz da fé.
ECOLOGIA CONSCIENCIAL
Em épocas de crise, as pessoas tentam buscar soluções não convencionais. E não há dúvida de que o ser humano tem vivido uma crise existencial há séculos.
No momento atual, entretanto, a crise, além de ser existencial, também é política, econômica, familiar, social, ambiental, sexual e energética.
Urge que o ser humano descubra soluções alternativas para seus problemas de manifestação desequilibrada no plano físico.
Entretanto, muito mais importante que a problemática infantil, gerada pela imaturidade consciencial, é o desequilíbrio mental e emocional que o planeta vive.
Tem-se falado muito em preservação da natureza e em conservação dos valores ecológicos, porém, este questionamento deveria ser mais profundo.
Se o ser humano questionasse mais a sua consciência, não poderia ele descobrir que a existência do desequilíbrio ecológico não é um simples resultado do total desequilíbrio em suas relações interiores?
A falta de ecologia na consciência tem gerado uma situção difícil e até perigosa para a manifestação da consciência encarnada no plano físico.
O ser humano ainda se encontra na faixa vibratória dos animais, afinal, não é a sua própria cultura que diz que o homem é um animal racional?
Entretanto, em certos casos, o homem chega a estar abaixo da faixa vibratória dos animais, afinal, qual é o animal que destrói a própria casa em que mora?
O ser humano é uma criatura sem paralelos no Universo, pois, qual é a criatura que mata com tanto prazer e requinte o seu semelhante?
Será que haveria no Universo uma raça tão imatura como esta que habita esse triste terceiro planeta?
Se houvesse um mínimo de ecologia consciencial, haveria mais equilíbrio no ecossistema mental e, consequentemente, mais equilíbrio na ecologia do planeta.
A preservação da natureza tem de iniciar-se no mundo íntimo do homem e não no mundo exterior.
Se há equilíbrio na consciência, há equilíbrio também no planeta!*
Paz e Luz!
- Ramatís –
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Texto extraído do livro “Viagem Espiritual – Vol. 1” – Editora Zennex – 1993.)
- Nota:
* “Deve todo adepto saber que a regra por excelência das relações com o invisível é a lei das afinidades e atrações. Nesse domínio, quem procura baixos objetivos os encontra, e com eles se rebaixa; aquele que aspira às remontadas culminâncias, cedo ou tarde as atinge e delas faz pedestal para novas ascensões.
Se desejais manifestações de ordem elevada, fazei esforços por elevar-vos a vós mesmos. O bom êxito da experimentação, no que ela tem de belo e grandioso – a comunhão com o mundo superior – não o obtém o mais sábio, mas o mais digno, o melhor, aquele que tem mais paciência, consciência e moralidade.”
(Trecho extraído do livro “No Invisível” - de Léon Denis – edição da FEB – Federação Espírita Brasileira).
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