sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ODE AOS MALANDROS


Texto originalmente postado no
Em sua 4ª Edição Virtual.
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Alexandre Cumino
alexandrecumino@uol.com.br

ODE AOS MALANDROS
Mensagem do Sr Zé Navalha
Boa Noite senhores da noite e do dia, das ruas vazias e das avenidas lotadas,
Que ganham a vida balançando nos coletivos,
Em meio à pobreza aparente que é material, Mas nunca de espirito.
Andamos nos meios onde somos chamados
Desde a Encruzilhada até o Campo Santo,
Da Ferrovia até a Ladeira.
Da rua asfaltada à estrada de terra,
Sou Malandro e quem não é,
Viver é malandragem pura, no bom sentido,
Na Fé da Oração a Nossa Senhora à Mironga do Candomblé,
Sentado à beira do Cruzeiro oro pelas almas que estão a pé,
Sem rumo na vida depois da vida,
No meu paletó branco, no lenço vermelho,
Enxugo uma lágrima sofrida e meu chapéu tiro àqueles que lutam,
À mãe solteira, à mãe abandonada, pela criança órfã,
Aos doentes que se curam na Fé,
Aos que vivem nas periferias na Fé da labuta na noite e no dia,
Tiro meu chapéu àqueles que na sua Fé fazem o bem onde quer que seja:
Sou Zé,
Sou Maria,
Sou Negro,
Sou Branco,
De Punhal, de Navalha e até Rosa e Cravo na mão,
Estou na luta no lado de lá, não facilito nada, apenas gingo,
Pra lá e pra cá e passo no jogo de cintura pela vida apertada.
Estou aqui para te escutar, te entender e mostrar que rumo tomar
Vou na Fé, na sua, na minha, na de Deus, mas vou, sempre...
Mensagem ditada por Sr Zé Navalha
Recebida por Rafael Martins Marcondes e dedicado a todos
aqueles que Malandramente vivem, lutam e ajudam.

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