quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CRIANÇA INTERIOR


 
“A criança que fui chora na estrada.
 Deixei-a ali quando vim ser quem sou.
 Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
 Quero ir buscar quem fui onde ficou.”

                                         Fernando Pessoa


Encontrar-se! Conhecer-se!
Tornar-se seu próprio pai e sua própria mãe.
Entender que dentro de ti vibram duas forças antagônicas, o medo e o amor. A tão comentada dualidade, separação, esquecimento da origem.
Criança ferida

A força do medo que tens! Te cega e te nega uma vida plena de realizações e paz interior.

Essa metade que vibra e se expressa através das suas reações, comportamentos e pensamentos sem o seu controle e geram culpa, raiva, inveja, ciúme, insegurança, vingança…
Há em nossa personalidade, feridas que podem ser curadas.
Não é “o outro” quem vai curar nossa ferida.
Não é “o outro” quem vai suprir nossas carências.
Não é “o outro” quem vai nos fazer feliz por nos aceitar.
Não é o reconhecimento “do outro” que vai curar nossa criança.
Não é a segurança que “o outro” nos dá que vai curar nossa insegurança.

Essa metade de ti que te consome, te faz sentir uma saudade enorme de alguma coisa que você não consegue definir, perdida no silêncio da saudade, suplicando a paz que se faz distante. A sensação de abandono.

Essa metade é a lembrança da criança ferida que projeta no mundo a ausência de amor. Da criança que foi e continua sendo.
Criança Divina
Mas existe a outra metade que te faz bela, que te orienta, te acalma, te faz buscar a força de Deus.
Essa metade que te faz lembrar que você pode! Que a sua alegria está dentro de você, que a sua força está aí em suas mãos. Que você não depende de ninguém para ser o que deseja ser, que te faz cantar, dançar e amar. Que te faz sentir Deus em tudo, que te enche de coragem e fé e que te faz entender que você é única! E tudo se transforma na calma e na paz que você merece.
Alma
O propósito da vida é fortalecer a alma!
Dentro de você vibra uma energia que um extremo dela chama-se medo, ausência de luz e o outro extremo amor e luz. Mas é a mesma energia, essa energia é você, é sua alma, sua criança.
Aceitação
A consciência dessa força que vibra precisa ser aceita com carinho, serenidade e sabedoria. As duas forças fazem parte de você como a natureza que se rebela com tempestades, e o Sol que brilha na praia num domingo.
Tornar-se seu próprio pai e sua própria mãe é tornar-se responsável por sua criança, acolher e amar sua criança ferida, aceitá-la com todas as lembranças do que foi, e mudar a história da sua vida.
Essa entrega te liberta das prisões da ilusão e do medo.
Você só precisa querer! E sua criança nunca mais se sentirá abandonada.
Nesse momento você descobre o que é Deus dentro de si.

Silvana Nunes

http://silvananunes.wordpress.com/

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