domingo, 27 de junho de 2010

A DIGNIDADE HUMANA



Porquê falar da dignidade humana?

Porque ser digno como ser humano significa ter direito a viver, a expressar as sua opiniões, a pensar por si mesmo, a ter opções e decidir pela mais conveniente. Ser digno é ter o direito a ser feliz na Terra.

Vou falar da dignidade, dessa dignidade que nasce quando o ser humano sabe que os passos que dá vão na direcção do caminho que a sua mente indica. Essa dignidade é possível ser observada nas crianças quando perguntam inocentemente aos seus pais: porque me castigas? Essa dignidade surge na alma de uma menina quando olha o seu pai e lhe pergunta: porque me amas tanto? Aquela dignidade que sai dos lábios de um jovem que pede explicações ao pai perguntando-lhe: porque me exiges que não diga coisas feias quando tu próprio o fazes? Essa dignidade que as crianças de hoje manifestam quando se interrogam a uma só voz: porque se aborrecem connosco se apenas fazemos aquilo que nos ensinaram?

Essa dignidade que se vai perdendo, quando o ser humano entende que a vida é aquela que ele crê correcta, porém outra muito diferente é a que está vivendo. Essa dignidade que se vai acabando, quando a sua mente diz "Não faças" e prefere escutar as vozes dos seus amigos que o induzem ao vício.

Por tudo isto, quero falar de dignidade, para vos fazer ver que a melhor forma de a manter é escutando, dentro de vós próprios, a voz da alma, dizendo:

- Caminha por aqui… segue para a frente… a tua vida é tua e apenas tu deves decidir sobre ela;

- Caminha em frente e não te detenhas, porque mesmo quando as pedras estorvam o caminho há sempre uma maneira de as rodear;

- Ergue a tua vista para o céu enquanto os teus pés caminham sobre a terra;

- Procura não te sujares por dentro, porque as tuas roupas brancas lavam-se apenas com sofrimentos;

- Recorda o olhar terno das crianças, porque tu para eles és o caminho.

Sábia dignidade que guias os homens pelo sendeiro interior.

Levantai os vossos olhos, homens caminhantes, porque apenas a luz vos verá triunfantes.

Nos vales e nas montanhas ou em obscuros labirintos só a alma sabe onde está o infinito.

Não importa se vêm envoltos em pecados… não importa se sucumbiram a vicíos… não importam as vossas vestes sujas. A vós, Deus aceitou-vos.

Cada hora e segundo, cada minuto de dor, deixou nas vossas almas o refúgio do amor.

Juntai as vossas mãos sobre o coração, enchei a vossa boca desta oração e de dignidade, meus irmãos. Que esta seja sempre a vossa canção.

Com todo o meu AMOR para vós.

Kwan Yin

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