quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

QUEM AMA A UMBANDA NÃO SUJA A PRAIA

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Axé a todos os Filhos de Pemba! Axé a todos os Filhos de Orixás! Axé a todos os Umbandistas que respeitam , amam e evocam os Orixás de forma digna, coerente e responsável. Lei de Pemba e Ação de Orixás a todos os umbandistas que desrespeitam, sujam, denigrem a natureza e a Umbanda.

Mês de dezembro tem festa na praia e comemoração a Yemanjá, mas no final nos deparamos com um saldo triste e lamentável de desrespeito dos próprios umbandistas com a Umbanda, com a sociedade e compraia a natureza. É só andar pela praia na manhã seguinte de uma “festa” a Yemanjá que encontramos, junto à alegria e à beleza do nascer do sol, o reflexo feio e entristecedor que os “umbandistas” deixaram da Umbanda para a sociedade. São toneladas e toneladas de sujeiras nas areias das praias, algo incompreensível a qualquer um que tenha o mínimo bom senso, independente de religião. Afinal de contas, como aceitar objetos como vidros, madeiras com pregos, plásticos, comidas, fitas, pontas de cigarro, entre tantos materiais que sujam, machucam e matam sendo jogados ao mar? São objetos que algumas vezes são descarregados pela força da natureza nas areias das praias e em outras afundam no mar matando os animais marinhos sem dó ou piedade, portanto é muita incoerência aceitar que isso seja um ato religioso ou que faça parte de algo sagrado de uma religião.

Realmente, como umbandista, religiosa e Mãe, não vejo sentido, coerência e muito menos função nesses atos. Não consigo compreender essa ignorância cultural, ecológica, social e religiosa que os próprios umbandistas têm quando insistem em sujar descontroladamente a praia, o mar e a natureza como um todo.

Não consigo entender como Pais de Santo, Lideres religiosos, Sacerdotes, Babalaôs e Irmãos de Fé, em pleno século vinte e um, ainda acreditam e vivenciam a cultura de que Yemanjá atende aos pedidos que são colocados em barquinho de isopor e jogados ao mar; que Yemanjá, como Orixá vaidosa, gosta de pente de plástico, espelho e vidro de perfume e que, portanto, é preciso “dar” a Ela esses objetos como forma de presente. Será que ainda não entenderam que Yemanjá é VIDA e que isopor, plástico, vidro e ponta de cigarro MATAM?!? Somente sendo muito alienado para permitir que seus filhos e seu terreiro pratiquem tais atos que não são nada religiosos.

Não consigo aceitar que em meio a toda essa conscientização ecológica mundial ainda existam pessoas que se isentam de suas responsabilidades e acham que não há problema algum com a questão ecológica ou, pior ainda, que o problema é de responsabilidade somente do governo.

Se você ainda não consegue entender o sentido dessas palavras e contesta meu modo de pensar peço que, por alguns minutos, pense comigo: Imagine que você ou algum ente querido seu esteja brincando na praia, no mar, sob a energia vibrante do Sol e de repente perfure o pé em um prego enferrujado que está preso a uma madeira que fez parte de um barquinho jogado a Yemanjá. Neste momento você vai compreender o sentido religioso do prego e enxergar que esta dor e todo o transtorno causado por essa perfuração é algo sagrado? Depois deste episódio você vai aceitar a Umbanda como uma religião divina? Acredito que não! Acredito você irá reclamar, xingar e mal dizer a Umbanda e seus “desrespeitosos, ignorantes e porcos macumbeiros que se dizem religiosos e ainda têm a coragem de pregarem que a Umbanda só faz o bem”…

Acorde! Não dá para reclamar de discriminação e de intolerância religiosa se não há o mínimo de bom senso, cultura, tolerância e responsabilidade por parte dos umbandistas. Não há como lamentar que ninguém respeita a Umbanda se os próprios umbandistas não respeitam as pessoas, a sua religião e a natureza.

Sinceramente , amo Minha Umbanda, pratico-a e vivencio-a 24 horas por dia, mas quando vejo absurdos como esse onde os homens mascaram suas ignorâncias por trás da religião Umbanda tenho vergonha de dizer que sou umbandista. E é nesse momento que agradeço aos Orixás por MINHA UMBANDA ser tão diferente, ser tão responsável e respeitosa. É nesse momento que bato no peito e falo que a Minha Umbanda, a UMBANDA CARISMÁTICA, é praticada totalmente no sentido consciente e que é sentida e manifestada diariamente por seus praticantes, não apenas como religião, mas como religiosidade. É nesse momento que compreendo porque tantos perdem tanto tempo em mal dizer da Umbanda Carismática, afinal só se joga pedras em árvores que dão bons frutos. É nesse momento que rogo a Ogum e a Yemanjá para que tragam a Esperança e a Lei na vida de todos os umbandistas.

E se você ainda acredita que esse “simples” ato de sujar a praia e o mar não tem consequências para a natureza, veja essas imagens e conscientize-se:

Imagem1

Não seja conivente com esse crime! Confronte, discuta, opine, questione, faça diferente … Não deixe que esta prática odiosa continue sendo hábito. Faça você também a parte que lhe cabe!

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