VOU CAMINHANDO NAS ESTRADAS DESSA VIDA.... E ME PROTEGEM SETE LUZES DE ORIXÁS... FILHOS DE UMBANDA , MINHA FÉ É O QUE ME GUIA NOS CAMINHOS DE ARUANDA SOB A PAZ DE OXALÁ!!!!!!
sábado, 26 de dezembro de 2009
ORIXÁS REGENTES DO ANO DE 2010
Orixás que vão reger 2010
Como de costume em algumas doutrinas, sabe-se que o Orixá a reger o ano, será aquele em que o dia da semana esta "consagrado". Em 2010, iniciaremos o ano, em uma sexta-feira, dia este com maiores irradiações do Grande Pai Oxalá e da Grande Mãe Iemanjá.
Ano regido pela Senhora da Geração e o o Senhor da Fé, que ano !
Sabe-se que assim como Oxalá, que reúne todas as qualidades dos todos Orixás, em Iemanjá temos de todas nossas Mães Divinas, por isso são chamados de Rei e Rainha na Umbanda.
Lógico que cada Orixá tem sua atribuição na Criação, e o que ele faz, somente ele pode faze-lo, todos se completam, e formam a coroa de Olorun, o Divino Criador de Tudo e todos nós, sem exceção.
O fato de cultuar um Orixá, em hipótese alguma, o contrapomos com o Criador, mas sabemos que Eles são as manifestações do único Criador, e por meio deles poderemos chegar ao interior do nosso Pai. Pois cada um nos direcionará, em um sentido a ser evoluído, o Amado Mestre Jesus mesmo disse:.."ninguém vai ao Pai senão por mim." e sabemos que ele é um dos Tronos do Fé e do Amor, eis uma dica, uma chave importantíssima para podermos evoluir..
Iemanjá e Oxalá, são Orixás Universais, pólos positivos das linhas de Umbanda,e só o fato de pensarmos neles, já nos enchemos de esperanças de certezas de nossos objetivos serem realizados se formos merecedores.
Mas esses dois amados Orixás, também nos colocam a refletir, sobre nossos pensamentos, comportamentos, e atitudes, pois se são puro Amor, são também a pureza e a plenitude em todos os sentidos. Temos aí mais um ano, para nos elevar e aprimorar como pessoas, pais ,filhos ,avós, religiosos, etc...
Aproveitemos então, ao iniciar este ano, além de pedirmos o amparo material, pensemos sobre essa oportunidade de crescimento e evolução, pois muitas vezes necessitamos romper com nossos sentimentos para crescer.
Se entreguem nos braços da Amorosa e Divina Mãe das Águas e do Sagrado Pai da Fé, mas façam isso como crianças que correm para receber o abraço e permitam ser acolhido por essas duas forças poderosas da Criação Divina.
Enfeitem suas casa e seus terreiro com muitas flores, de todos os tipos. Tomem banho com as ervas de Iemanjá, para que sua vibração se imante em seus espíritos.
Consagrem seus banhos na força de Mamãe Iemanjá, consagrem sua flores. Façam suas oferendas com amor e simplicidade, pode ter certeza que não é a quantidade que importa. Os Orixás se interessam por aquilo que trazemos em nós, de boa vontade, propósito, gratidão, capacidade de perdoar e muitos outros sentimentos dos quais somos aprendizes
Abaixo dicas para entrada do ano:
Mãe Yemanjá oferendas : Velas branca, azul claro e prata, champanhe branca, calda de ameixa, manjar, arroz doce, pêssego em calda, melão, uva itália, pêra, rosas brancas, palmas brancas. Pode oferendá-la à beira mar.
Ervas para banhos e defumações: Alfazema, Anis Estrelado, Rosa Branca, Camomila Flor, Man jericão, Erva de Sta Maria, Mentruz, Hibisco Flor, Manjerona, Mulungu Casca , Raiz, Noz Mos cada, Margarida, Sensitiva, Arroz..
As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do divino Oxalá... e entram nos gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da fé.
Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas, côco verde, mel e flôres. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc.Ervas: alcachofra, alcaçuz, alecrim, alfazema, aquiléia (mil folhas), bardana, boldos (todos), girassol, hortelã, incenso, levante, manjericão, manjerona, rosa branca, sálvia, tomilho, folha da costa , algodoeiro, angélica, anis estrelado, artemísia.
Texto : Balú
sábado, 19 de dezembro de 2009
FELIZ NATAL.....
Mensagem de Natal e Ano Novo
Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas.
É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca.
É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações.
É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.
Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.
O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração.
Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.
Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz.
Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes.
Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último.
Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.
Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo.
Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!
FELIZ NATAL AMIGOS!
Formam-se nuvens de esperança num céu de bondade,
Em cada coração há uma enorme desejo de felicidade e alegria!
Lares se iluminam numa magia sem qualquer maldade,
Iniludível, apenas o amor engrandece este lindo e peculiar dia...
Zelando totalmente pela nossa total paz e harmonia!
No íntimo de cada um de nós está o sentimento mais puro,
Aquele que norteia o significado verdadeiro da comemoração,
Todos sabem que Jesus é o nosso salvador e o porto seguro,
Aquarela de todas as emoções num só bondoso coração,
Libertando em todos nós os termos da sublime doação!
Mudanças de atitudes e gestos de solidariedade,
Inquietação vestida da mais simples e calorosa nobreza,
Guardando em cada Ser o sentindo da sua própria verdade,
Originando a fagulha da mais verdadeira e sincera felicidade,
Somamos nossas expectativas numa única vontade: PAZ
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
QUEM AMA A UMBANDA NÃO SUJA A PRAIA
http://www.minhaumbanda.com.b
Axé a todos os Filhos de Pemba! Axé a todos os Filhos de Orixás! Axé a todos os Umbandistas que respeitam , amam e evocam os Orixás de forma digna, coerente e responsável. Lei de Pemba e Ação de Orixás a todos os umbandistas que desrespeitam, sujam, denigrem a natureza e a Umbanda.
Mês de dezembro tem festa na praia e comemoração a Yemanjá, mas no final nos deparamos com um saldo triste e lamentável de desrespeito dos próprios umbandistas com a Umbanda, com a sociedade e com a natureza. É só andar pela praia na manhã seguinte de uma “festa” a Yemanjá que encontramos, junto à alegria e à beleza do nascer do sol, o reflexo feio e entristecedor que os “umbandistas” deixaram da Umbanda para a sociedade. São toneladas e toneladas de sujeiras nas areias das praias, algo incompreensível a qualquer um que tenha o mínimo bom senso, independente de religião. Afinal de contas, como aceitar objetos como vidros, madeiras com pregos, plásticos, comidas, fitas, pontas de cigarro, entre tantos materiais que sujam, machucam e matam sendo jogados ao mar? São objetos que algumas vezes são descarregados pela força da natureza nas areias das praias e em outras afundam no mar matando os animais marinhos sem dó ou piedade, portanto é muita incoerência aceitar que isso seja um ato religioso ou que faça parte de algo sagrado de uma religião.
Realmente, como umbandista, religiosa e Mãe, não vejo sentido, coerência e muito menos função nesses atos. Não consigo compreender essa ignorância cultural, ecológica, social e religiosa que os próprios umbandistas têm quando insistem em sujar descontroladamente a praia, o mar e a natureza como um todo.
Não consigo entender como Pais de Santo, Lideres religiosos, Sacerdotes, Babalaôs e Irmãos de Fé, em pleno século vinte e um, ainda acreditam e vivenciam a cultura de que Yemanjá atende aos pedidos que são colocados em barquinho de isopor e jogados ao mar; que Yemanjá, como Orixá vaidosa, gosta de pente de plástico, espelho e vidro de perfume e que, portanto, é preciso “dar” a Ela esses objetos como forma de presente. Será que ainda não entenderam que Yemanjá é VIDA e que isopor, plástico, vidro e ponta de cigarro MATAM?!? Somente sendo muito alienado para permitir que seus filhos e seu terreiro pratiquem tais atos que não são nada religiosos.
Não consigo aceitar que em meio a toda essa conscientização ecológica mundial ainda existam pessoas que se isentam de suas responsabilidades e acham que não há problema algum com a questão ecológica ou, pior ainda, que o problema é de responsabilidade somente do governo.
Se você ainda não consegue entender o sentido dessas palavras e contesta meu modo de pensar peço que, por alguns minutos, pense comigo: Imagine que você ou algum ente querido seu esteja brincando na praia, no mar, sob a energia vibrante do Sol e de repente perfure o pé em um prego enferrujado que está preso a uma madeira que fez parte de um barquinho jogado a Yemanjá. Neste momento você vai compreender o sentido religioso do prego e enxergar que esta dor e todo o transtorno causado por essa perfuração é algo sagrado? Depois deste episódio você vai aceitar a Umbanda como uma religião divina? Acredito que não! Acredito você irá reclamar, xingar e mal dizer a Umbanda e seus “desrespeitosos, ignorantes e porcos macumbeiros que se dizem religiosos e ainda têm a coragem de pregarem que a Umbanda só faz o bem”…
Acorde! Não dá para reclamar de discriminação e de intolerância religiosa se não há o mínimo de bom senso, cultura, tolerância e responsabilidade por parte dos umbandistas. Não há como lamentar que ninguém respeita a Umbanda se os próprios umbandistas não respeitam as pessoas, a sua religião e a natureza.
Sinceramente , amo Minha Umbanda, pratico-a e vivencio-a 24 horas por dia, mas quando vejo absurdos como esse onde os homens mascaram suas ignorâncias por trás da religião Umbanda tenho vergonha de dizer que sou umbandista. E é nesse momento que agradeço aos Orixás por MINHA UMBANDA ser tão diferente, ser tão responsável e respeitosa. É nesse momento que bato no peito e falo que a Minha Umbanda, a UMBANDA CARISMÁTICA, é praticada totalmente no sentido consciente e que é sentida e manifestada diariamente por seus praticantes, não apenas como religião, mas como religiosidade. É nesse momento que compreendo porque tantos perdem tanto tempo em mal dizer da Umbanda Carismática, afinal só se joga pedras em árvores que dão bons frutos. É nesse momento que rogo a Ogum e a Yemanjá para que tragam a Esperança e a Lei na vida de todos os umbandistas.
E se você ainda acredita que esse “simples” ato de sujar a praia e o mar não tem consequências para a natureza, veja essas imagens e conscientize-se:
Não seja conivente com esse crime! Confronte, discuta, opine, questione, faça diferente … Não deixe que esta prática odiosa continue sendo hábito. Faça você também a parte que lhe cabe!
domingo, 6 de dezembro de 2009
A VIDA
A VIDA
Vida é existência! Como somos seres espirituais, a vida é uma das vias de evolução do espírito, que é eterno - imortal. A Mãe da Vida - criativa e geradora - é a Divindade Yemanjá, criada e gerada pelo Divino Criador, Olorum, para ser um princípio doador e amparador da vida. Ela atua com intensidade na geração dos seres, das criaturas e das espécies. As características marcantes da Divina Mãe Yemanjá são o amor maternal, a criatividade e a geração. Ela simboliza o amparo, a maternidade que envolve os seres, amparando-os e encaminhando-os diligentemente, protegendo-os até que tenham seus conscienciais despertados, estando aptos a se guiar. A criatividade de Mãe Yemanjá torna os seres, criaturas e espécies capazes de se adaptarem às condições e meios mais adversos. geração irradia essa qualidade a tudo e a todos, concedendo-lhes a condição de se fundirem, para se multiplicar e se repetir. Yemanjá é a amada Mãe da Vida, pois gera vida em si mesma e sustenta o nascimento. Ela é a água que vivifica os sentimentos e umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida). Ela rege o mar, que é um santuário natural, um altar aberto a todos. Por isso, é chamada "Rainha do Mar", para onde tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido. Água é vida. Somos regidos pelas águas, pois tanto o nosso corpo como o nosso planeta são constituídos predominantemente por água. A energia salina das Sete Águas Divinas de Mãe Yemanjá cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras para o nosso organismo. O mar é alimentador da vida e irradiador de energias que purificam o planeta e o mantém imantado.Vida é espiritualidade e espiritualização e, portanto, imortalidade. A carne é apenas um meio para evoluirmos. A vida é a vivência das virtudes do espírito, na luz.
Yemanjá, nossa Mãe, Rainha do Mar, Senhora da Coroa estrelada, é a Orixá Maior doadora da vida e dona do ponto de força da natureza, o Mar, santuário aberto, onde tudo é levado para ser purificado e depois devolvido. Ela foi gerada na qualidade criativa e geradora do Criador Olorum e é a criatividade e a geração em si mesma. Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente dita. Yemanjá é a água que nos dá a vida, como uma força divina. O Planeta Terra é na verdade, o planeta água, porque se constitui de três quartos de água. Quando não há água, não há vida, e sem vida nada existe. Yemanjá, a Guardiã do Ponto de Força da Natureza, o Mar, é a Orixá que tem um dos maiores santuários. As pessoas que vivem onde há muita água são mais emotivas. Quem vive à beira-mar absorve uma irradiação marinha muito forte. Isso o torna mais saudável, menos suscetível a doenças do que quem vive distante do mar. A irradiação marinha, assim como a das matas, é purificadora do nosso organismo. Do mar saem irradiações energéticas salinas que purificam o planeta e energias magnéticas que imantam o globo terrestre, ou o mantém imantado. O mar é um santuário, um altar aberto a todos e regido por nossa mãe Yemanjá, a Rainha do Mar, onde tudo é levado para ser purificado e depois devolvido. Yemanjá, nossa mãe geradora, a mãe da vida, é em si mesma a qualidade criativa e geradora de Olorum. Ela não é uma deusa, mas é um princípio criativo, doador da vida, que gera a criatividade e a irradia de forma neutra a tudo que vive, dando-lhes a apacidade de se adaptar às condições e meios mais adversos à vida. Também gera e irradia a qualidade genésica,concedendo a tudo e a todos a condição de se fundir com coisas ou seres afins para multiplicar-se e repetir-se.
A energia salina cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes, irradia energias purificadoras para o nosso organismo. O mar é o melhor irradiador de energias cristalinas; suas águas são condutores naturais de energias elementais, que são concretizações puras de energia. O mar é alimentador da vida. Esta é uma ação permanente. O homem não pode alterá-la e ela não depende do homem para existir ou atuar. É um princípio divino e, como tal, age sobre tudo e todos. À beira-mar, sobre o mar e dentro do mar existe um plano etéreo da vida que é habitado por muito mais seres que na face da terra. A vida ali, atinge a casa das dezenas de bilhões de seres regidos pelo “principio” Yemanjá. O ponto de força do mar, e sua Guardiã, não querem ser vistos apenas como objetos para adoração mística. Querem não ser profanados por aqueles que trazem todos os vícios humanos em seu íntimo. Essas pessoas maculam o mar com aquilo que têm de pior. Por isso o mar é tão fechado em seus mistérios maiores, revelando apenas seus mistérios menores e, assim mesmo, parcialmente. É uma forma de defesa de seus princípios sagrados. Yemanjá é a Mãe da vida e como tudo o que existe só existe porque foi gerado, então, ela está na geração de tudo o que existe. Ela atua na geração dos seres, das criaturas e das espécies. O amor maternal é uma característica marcante dessa divindade, mas, se Yemanjá é uma mãe ciumenta dos seus filhos, também é uma mãe que não perdoa o erro daqueles que vão até seu ponto de força na natureza, os mares para fazer o mal. Olhem para o mar e começarão a descobrir os mistérios da Natureza. Descobrindo o seu encanto e magia, irão conhecer o outro lado da vida. Ao mar, alimentador da vida, se dirigem milhares de espíritos após o desencarne, à procura de paz. Lá encontram um campo vasto para viver em Paz. Simbolicamente, Mãe Yemanjá é representada com a estrela do mar, que é a estrela da geração (vida).
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
IANSÃ,O RAIO QUE ILUMINA AS TREVAS DO EGO !!!!
Iansã, o raio que ilumina as trevas do ego!
Iansã é uma das mães Orixás mais cultuadas dentro da Umbanda e do Candomblé. Seu nome vem do yorubá - Iyá Mesan (a mãe de nove filhos). Iansã simboliza o aspecto guerreiro e protetor da Mãe Divina. É o arquétipo da mulher determinada, que vai a luta e não espera as coisas acontecerem. Como vibração divina, Iansã é o próprio axé que movimenta toda Criação. É também força direcionadora dentro da vida dos seres humanos. Senhora da Lei, és aplicadora e desencadeadora dos processos cármicos ligados a justiça divina. Mas é também, amparadora e guardiã dos trabalhos dármicos (missão) desempenhados por diversas consciências encarnadas aqui na Terra. Seu elemento é o ar na sua forma mais revolta. Muito comum também associá-la as tempestades e a qualquer tipo de evento climático. Na Umbanda está ligada as pedreiras, devido a sua forte ligação com Xangô. Tem como símbolos principais o raio e a espada. O raio é o símbolo da Justiça Divina atuando no plano físico. A espada é o instrumento da Lei, que zela, protege e ampara a todos. Em um nível mais profundo e romântico, o raio é a força que ilumina as trevas do ego, iluminando assim, toda nossa sombra psíquica e mostrando-nos o caminho verdadeiro para a auto-realizaçã o espiritual. A espada é o símbolo da luta pessoal, do melhoramento, da morte dos próprios vícios e viciações. Seu sincretismo acontece com Santa Bárbara, santa católica, que tem como símbolos o cálice e a espada, além de ser evocada durante as tempestades. O sincretismo afro-católico sempre foi e ainda é muito importante dentro dos rituais afro-brasileiros, especialmente dentro da Umbanda. Entendemos e vemos Santa Bárbara como uma manifestadora das qualidades de Iansã. Santa Bárbara é Iansã, Iansã não é “apenas” Santa Bárbara, mas através dela, percebemos uma manifestação humana dessa força. Santa Bárbara é, na linguagem própria do culto, uma filha iluminada de Iansã, que reflete em todos os sentidos as qualidades desse Orixá. Uma “alma-partícula de Iansã”, enviada pela Mãe a Terra... Além disso, aqui o conceito de egrégora torna-se extremamente importante, pois quando alguém ora e eleva-se através de Santa Bárbara, acessa mentalmente uma egrégora (somatório coletivo de pensamentos e sentimentos elevados) construídos através dos muitos anos que existe o culto a essa santa. Mais do que isso, também acessa e entra em sintonia com os espíritos socorristas que atuam dentro dessa egrégora de Santa Bárbara. A isso, soma-se dentro da Umbanda, a egrégora/vibraçã o de Iansã e o trabalho de seus muitos falangeiros, em uma síntese bem universalista e ecumênica, tão própria da religião. Lembrando sempre aos mais “tradicionalistas” , que os Orixás não são africanos, mas sim, são universais, estão em todos os povos, etnias e culturas. Como divindades amorosas que são, por todos velam, independente de raça, cor, língua, etc... Lembrando também, que talvez a única e verdadeira egrégora que exista seja a do AMOR INCONDICIONAL, e é por ela que Iansã e Santa Bárbara trabalham juntas, pois estão muito além das tolas convenções ou preconceitos dos seres humanos, pois é o amor, o amparo e o zelo pela humanidade, o que verdadeiramente importa a essas queridas Mães. Sua saudação é o Eparrei! (entoado de forma vibrante), som que faz referência ao barulho das trovoadas, além de ser uma saudação a força dos raios e tempestades. É um poderoso mantra de defesa espiritual, que pode ser vibrado mentalmente dentro do chacra frontal em situações de assédios e demandas espirituais. Seu toque dentro da Umbanda é o barravento, ritmo vindo da cultura bantu, percutido de forma veloz, que potencializa o axé movimentador da mãe, além de ser o toque ideal para que suas falangeiras dancem e girem pelo terreiro, “horizontalizando” e trazendo para o campo físico toda vibração e energia de Iansã. Iansã também é considerada a senhora dos eguns (espíritos desencarnados) . É ela que, depois da partida do cordão de prata, direciona os espíritos para o plano espiritual, depositando todos nas mãos amorosas de papai Obaluayê, Orixá responsável pelas passagens de um plano para o outro. Quando cultuada dessa forma, ganha o nome de Iansã das Almas ou Iansã do Balê. Balê é um nome africano para “casa dos mortos” ou cemitério. Suas festas e homenagens acontecem no dia 4 de dezembro, devido ao sincretismo católico. Sua cor é o amarelo e o vermelho. Seu número o nove. Nos cultos de nação é também chamada de Oyá, um epíteto para Iansã, nome que também faz referências a seus domínios em relação ao tempo climático.
Vós surgiu, minha Mãe, Como uma tempestade. E nos seus olhos eu vi, A bela face da verdade. Rainha de encantadores Jacutás, Senhora de todos os Congás. Chuva que acaricia o Ser, Ventania que traz o poder. Ouço vossa voz melodiosa, E de minha alma mil canções florescem. Entre as brumas, percebo-te esplendorosa, Dançando entre estrelas que descem. És a beleza da tormenta, E o brilho do anoitecer. És o raio que acalenta, E o fulgor do amanhecer. És o som do trovão, E a Justiça de Xangô. És o amor em turbilhão, E o canto de Agô. És a força da guerra, Que conduz ao campo da paz. És a semeadura da terra, Com os ventos que a semente traz. És o caminho reto, Que a todos vigia. Vitória, contigo é certo, És a estrela que guia. Sopro de luz e axé, Rainha de todo Orixá. Flecha veloz na mata de Odé, Menina dos olhos de Oxalá... És o ritmo do barravento, Que ensina a dançar na guerra. És a fúria dos elementos, Que dissipam toda treva. És a chama da coragem, Início, busca e determinação. És o começo da grande viagem, Pelos longos caminhos da evolução. És a faísca que brilha no bambuzal, E o corisco que açoita o ego. És o sangue, a força vital, E a direção que conduz o cego. És a espada que degola o vício, Guerreando ao lado de Ogum. És a linda canção que desabrocha, Dos lábios de papai Olorum. És luta, suor e trabalho, Que enobrece o coração. És honra, força e amparo, No jardim da compaixão... Por ti, Oh! Mãe, o raio estoura, E do alto até o embaixo, A voz de Xangô ecoa... Luz que a Vida ampara, Em uma de suas faces vejo, O semblante de Santa Bárbara... Vento que afasta os males, O seu uivo reverenciamos, Nas pedreiras e nos vales... Ventarola que sopra no mar, É por ti que as ondas quebram, No reino de Iemanjá... Almas santas, venham todas me valer! Toco o solo e te saúdo, Rainha do Balê... Infinito é seu esplendor, E nem mesmo com mil versos, Cantaríamos todo seu valor... Mãe Divina, em ti vejo o amor, E em seu cálice apanho, A mais tenra flor... Eparrei Iansã, Eparrei bela Oyá! Nos guie, hoje e sempre, Pelas voltas que o mundo dá...
Fernando Sepe – 24 de novembro de 2006, inspirado pelo sopro de luz dessa Mãe...
[b]Mais músicas? http://www.musicas-especiais.com[/b]
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
ERA IANSÃ
Não era noite, não era manhã.
Mas ao mirar o céu,
Conduzida por estrelas,
Via-se a chagada da filha de Nanã.
Era tanto brilho, era tanta beleza.
Era tanta força presente em seu olhar,
Ventos e raios anunciavam
A chegada de OYÁ.
Era tanta emoção, era tanta alegria,
Se alguém chorava, se alguém sorria,
É porque avistava, no céu em festa
A comandante do tempo, a rainha da ventania.
Senhora do vento, Senhora do raio
Brilhante e forte tal o sol de cada manhã
Eparrei... é a Dona do tempo!
Eparrei, é a bela Iansã!