quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

ORAÇÃO INDÍGENA


Oh! Grande Espírito, cuja voz ouço nos ventos,
e cujo alento dá origem a toda a vida,
ouça-me, sou pequeno e fraco, necessito de Sua força e sabedoria. Deixa-me andar na beleza,
Faze meus olhos contemplarem sempre o vermelho e o púrpura do Pôr do Sol. Faze com que minhas mãos respeitem as coisas que criastes,
e que meus ouvidos sejam aguçados para ouvir a Tua voz.
Faze-me sábio para que eu possa compreender as coisas que ensinaste ao meu povo.
Deixa-me aprender as lições que escondeste em cada folha, em cada rocha.
Busco força. Não para ser maior que o meu irmão, mas para vencer o maior inimigo, eu mesmo. Faze-me sempre pronto para chegar a Ti, com as mãos limpas e olhar firme,
a fim de que quando a vida se apague, como se apaga o poente, o meu espírito possa chegar a Ti sem se envergonhar.

Que você possa vir pela água, pelo vento, por caminhos limpos ou cheios de folhas de outono. Mas que, de qualquer modo, você venha, e que se cumpram todas as profecias
dos deuses e deusas que um dia nos conheceram, quando éramos ainda mais crianças em espírito. Que se cumpram todas as promessas que fizemos um ao outro, sob a luz da lua e enquanto tínhamos o solo sagrado sob os nossos pés. Eu te consagro nesse momento
e em todos os outros em que ainda vou olhar o horizonte distante, e esperar por você.
Eu peço o poder das estrelas e de toda a dança do Universo, para receber você em meu coração, de onde, na verdade, você nunca saiu.

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