RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dr José Bezerra de Menezes


Água Energizada - Dr. Bezerra de Menezes
Se você ou algum ente querido está adoentado, saiba que a corrente médica do Dr. Bezerra de Menezes passa nos lares onde é solicitada, nas noites de segundas, quartas e sextas-feiras para realizar bênçãos e amenizar os sofrimentos dos familiares. Esse maravilhoso trabalho de benção é realizado através da água fluída. Para se beneficiar desse tratamento proceda da seguinte forma:

ÁGUA ENERGIZADA PELA EQUIPE MÉDICA DO DR. BEZERRA DE MENEZES

Todas as segundas quartas e sextas-feiras, coloque um copo com água sobre a cabeceira da cama ou lugar próximo. Antes de dormir, faça o seguinte pedido, com muita fé:

"QUE A CORRENTE MÉDICA DO DR. BEZERRA DE MENEZES COLOQUE NESTA ÁGUA O REMÉDIO NECESSÁRIO PARA O EQUILÍBRIO DO MEU CORPO E DA MINHA ALMA".

Na manhã seguinte, tome três goles dessa água sem colocar os pés no chão. O restante, passe no local onde estiver o problema (perna, braço, cabeça, barriga, etc.)

DESEJO SINCERAMENTE QUE SEJA ÚTIL A TODOS.....

Oração à Bezerra de Menezes

Nós Te rogamos , Pai de Infinita Bondade e Justiça , as graças de
Jesus Cristo,através de Bezerra de Menezes e suas legiões de
companheiros.

Que eles nos assistam , Senhor , consolando os aflitos, curando
aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem
suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que
desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quanto apelam ao Teu
Infinito Amor.

Jesus , Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos
dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e
Prudente; faze-o Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras,
de Teus santos espíritos, a fim de que a Fé se eleve , a Esperança
aumente , a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as
coisas.

Bezerra de Menezes , Apóstolo do Bem e da Paz , amigo dos humildes e
dos enfermos, movimentai as tuas falanges amigas em benefício
daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais.

Santos espíritos , dignos obreiros do Senhor, " derramai as graças e
as curas sobre a humanidade sofredora ", a fim de que as criaturas
se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão,
semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo !!! Amém!

Obrigado... Obrigado... Obrigado !!!

A História do Hino de Umbanda


A História do Hino de Umbanda

Nascido em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal, José Manuel Alves,este Leonino, já em sua terra natal era ligado a Música, tendo dos 12 aos 22 anos tocado clarineta na Banda Tangilense, em sua cidade natal. Com pouco mais de 20 anos, em 1929, vem para o Brasil, indo residir no interior do estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários postos, aposentando-se como capitão.

Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas Populares e, ao longo da mesma compôs dezenas de músicas as quais foram gravadas por famosos intérpretes da época: Irmãs Galvão, Osni Silva, Ênio Santos, Grupo Piratininga, Carlos Antunes e Carlos Gonzaga entre outros. Suas composições mais famosas foram: Em 1955, Juanita Cavalcanti gravou a marcha "Pombinha Branca" de sua autoria em parceria Reinaldo Santos; em 1956, Zaccarias e sua Orquestra gravaram o dobrado "Quarto Centenário", de sua parceria com Mário Zan. Compôs ainda valsas, xotes, dobrados, baiões, maxixes e outros gêneros musicais.

Em 1957, realizou sua única gravação no antigo disco de vinil, o "LP", acompanhado de sua banda, sendo a gravadora a RCA Victor. Mas … e a Umbanda? Aonde entra?

Para a Umbanda, e para vários Terreiros compôs diversos pontos gravados por diversos intérpretes, como por exemplo, "Saravá Banda" gravado em 1961 por Otávio de Barros, "Prece a Mamãe Oxum" gravado em 1962 pela cantora Maria do Carmo. Além destes temos: "Pombinha branca" (com Reinaldo Santos), "Ponto de Abertura" (com Terezinha de Souza e Vera Dias), "Ponto dos Caboclos", "Prata da Casa", "Prece a Mamãe Oxum", "Xangô Rolou a Pedra", "Xangô, Rei da Pedreira", "São Jorge Guerreiro", "Saravá Oxóssi", "Homenagem à Mãe Menininha" (c/ Ariovaldo Pires), Saudação aos Orixás, além do Hino da Umbanda.

Mas como foi estabelecida a sua ligação com a Umbanda? Cego de nascença, José Manuel Alves foi, no início da década de 60, em busca de sua cura. Foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade do médium Zélio de Morais, fundadores da Umbanda. Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua cegueira era de origem cármica, José Manuel Alves ficou apaixonado pela religião e, ainda em 1960, fez o Hino da Umbanda para mostrar que esta Luz Divina, que vem do Reino de Oxalá, não é para ser vista com os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com olhos do espírito, no encontro da mente com o coração …

O Hino foi apresentado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto do mesmo que resolveu apresentá-lo como Hino da Umbanda no 2º Congresso de Umbanda em 1961, sendo oficializado na 1ª Convenção do CONDU-Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda em março de 1976.

Podemos nesta pequena história ver que este hino é fruto de um Amor muito grande pela Umbanda, Amor este oriundo de uma Fé profunda, daquelas obtidas com a Humildade e a Resignação ante ao Conjunto de Leis do Pai Maior.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PALAVRAS....


“As pessoas estão cansadas de palavras. Porém, ainda precisamos usar as palavras. Então como as palavras podem ser o meio para dar uma experiência a alguém? Quando eu consigo alinhar meus pensamentos com minhas palavras e as ações, eu posso ajudar alguém. As palavras podem fazer ou romper. Podem romper relacionamentos em muitos pedaços. Mas quando eu tenho um templo de paz dentro de mim, eu consigo juntar tudo que foi separado. Para isso eu preciso tornar o templo do meu coração tal que outros possam ter o repouso e o conforto dos meus sentimentos puros. Deus está à procura de instrumentos que possam fazer esse serviço. Não pense que os outros devem mudar, mas transforme-se e seja livre. Tenha a determinação de que é agora ou nunca.”

terça-feira, 25 de agosto de 2009

OS ANJOS NA UMBANDA


Os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.

Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.

É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um "fortalecimento para o anjo de guarda", ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.

E para os médiuns?

Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.

Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.

Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.

Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.

O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.

O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).

O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d'água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.

Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.

O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.

Seu Anjo da Guarda te Chama!

Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: "_fulano seu anjo da guarda te chama!"

Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).

Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.

O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.

Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.

Banhos: Os banhos com ervas de Oxalá servem para fortalecer a sintonia com nosso Anjo da Guarda.

Fio-de-Contas: Todo de miçangas brancas, fazendo uma breve oração a cada miçanga colocada no fio. Deixar 3 dias imantando numa bacia de ágate branca, em um "amaci" feito com água mineral e pétalas de rosa branca (não aquecer a água, apenas despetalar as rosas sob a água).

Orações para o Anjo da Guarda:

Santo Anjo do Senhor

Meu zeloso guardador

Se a ti me confiou a Piedade Divina

Me governa, me rege, me guarda e me ilumina.

Amém.

Anjo de Luz,

Guardião da minha vida.

A Ti fui confiado pela Misericórdia de Deus.

Ilumina meu espírito,

Guarda-me da maldade,

Orienta a minha inspiração,

Fortalece a minha

sintonia com a Espiritualidade Superior e torna-me forte diante

das tempestades que venham a afligir meu intimo.

Lembre-me todos os dias

de não julgar nem ferir.

Banhe a minha mente de

Amor e Harmonia, para

que eu possa tornar o

mundo melhor para aqueles que convivem comigo.

Quero assim me tornar digno de sua proteção e amor.

Assim seja.

Extraído da Apostila do Curso de Umbanda - Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Generosamente enviada por Ricardo Zapparoli


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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

AS CRIANÇAS DA UMBANDA


AS CRIANÇAS DA UMBANDA

Salve amados irmãos.....

Dia 24 de agosto comemoramos o dia de Pai Oxumarê, o Divino Trono da Renovação , o Arco-Irís Divino.

Temos em Pai Oxumarê (Trono da Renovação),o fundamento de uma linha de trabalho bastante conhecida na Umbanmda – a Linha das Crianças (também chamada de Erês, Ibejada ou Cosmi e Damião) que, muitas vezes,são interpretadas incorretamente até mesmo pelos próprios umbandistas.

Podemos observar e perceber que a maioria dos Terreiros só trabalham com essa Linha uma vez por ano,ou seja,na “Festa de São Cosmi e Damião.

Se observarmos bem,poderemos perceber também,que a maior preocupação dos organizadores é a quantidade de doces,bolos e sacolinhas que irão distribuir ; se o guaraná e o suco serão suficientes;qual o tamanho do bolo;quantos brinquedos;etc...E muitas vezes,o que é ainda pior,associando tudo isso a uma disputa do tipo quem pode mais...

É claro que as Oferendas que amorosamente são entregues e o trabalho de distribuição de doces e bolo para as crianças tem sua importância e seu valor...mas,isso não é tudo....

É muito importante nos lembrarmos do Fundamento dessa Linha de Trabalho da Umbanda.

A Linha das Crianças é regida por nosso Amado Pai Oxumarê,Orixá da Renovação dos seres e da vida em todos os sentidos.Além de vários outros Orixás estarem presentes na regência individual de cada uma delas,como Mãe Oxum,Mãe Iemanjá,etc....

Por que a Linha das Crianças é regida por Pai Oxumarê ou,pelo Trono da Renovação?

Quem melhor do que as “Crianças”para expressar a “Renovação”? Ou seja,o novo,o começo,a mudança...

Elas são a pureza dos sentimentos de dentro para fora,a ausência de vícios(pois os vícios vão sendo adquiridos à medida que ficamos “adultos” e vamos nos sobrecarregando de formas pensamentos negativos,tristezas,angústias,agonias,falsidades,desilusões,mágoas,etc...).Elas são a alegria e a vivacidade das cores do Arco-Íris....

É esta renovação em que o Pai Oxumarê sustenta nas Linhas das Crianças.Através delas,o Divino Trono da Renovação vem diluindo o antigo e o ultrapassado para assim estarmos prontos para as novidades boas que o Universo reservou para nós.

A Linha das Crianças são formadas por espíritos encantados da Natureza ; são seres encantadores e verdadeiros,inocentes e puros,desconhecedores das maldades,dos vícios e das más intenções humanas....realizam um trabalho importantíssimo na Umbanda e nos levam ao encontro de nossa “Criança Interior”que nada mais é que nossa “Essência Divina”,nosso verdadeiro “Eu”, que, ao decorrer de nossa existência foi ficando esquecido e maculado ,sobrecarregado de negativismos....esses seres encantados tem o poder de fazer aflorar do nosso íntimo esse verdadeiro “Eu”que é pureza,paz,alegria,bondade e amor....Ou não é assim que nos sentimos quando estamos juntos a elas , as Crianças?

Elas são seres alegres,cheias de vida,inocentes ,e ficam felizes com a nossa felicidade...

São muito simples em seus pedidos,pois são seres da Natureza e como tal utilizam os elementos da natureza para trabalhar....não exigem tal brinquedo,tal roupa,tal comida....

Nosso sentimento de gratidão é que associa à imagem da criança ,os presente,os doces,as balas,etc....porque isso são coisas que criança gosta.....e isso é bom,pois é uma forma carinhosa de demonstrarmos nosso amor e agradecimento...porém,tudo deve ser feito com bom senso,pois podemos perceber que infelizmente,as pessoas ainda misturam as coisas;muitos médiuns manifestam suas próprias vontades,deficiências e insatisfações em nome de seus Guias e “querem” tantas coisas ,chegando ao ridículo em suas incorporações...”enfeitam” tanto as entidades que mais se parecem fantasiados para uma festa de carnaval....

Conhecendo os Fundamentos e a seriedade desta ou de qualquer outra Linha de Trabalho,e sendo que a entidade precisa mesmo é de um médium para trabalhar,será que aquele que não pode dar um “presentinho”para a entidade deixará de incorporá-la?

Pensem nisso....

Uma outra questão também que me vêm à cabeça ,relacionado à Linha das Crianças,são as crianças encarnadas....nossos filhos,netos,os filhos dos umbandistas ou mesmo as crianças que freqüentam nosso terreiro.

As crianças de hoje serão os umbandistas de amanhã....Estamos fazendo algo sobre isso?

Como estamos preparando nossas crianças para o futuro?

Creio que temos muito a fazer em relação a esse assunto....Creio que precisamos nos pré-ocupar com nossas crianças,com a sua evolução e educação religiosa....

Deixar que elas participem ativamente do terreiro;criar cultos especiais para elas;instruí-las com doutrina e escolinha sobre a Religião Umbanda;ensiná-las as práticas dos rituais;auxiliar a desmistificar a religião;livrá-las do preconceito....e por aí vai....

Felizmente alguns irmãos já tomaram consciência da importância das crianças dentro da religião e realizam um lindo trabalho,mas muitos ainda não despertaram para isso....

Enfim,amados irmãos,vamos pensar nisso com carinho....afinal ,de certa forma, são todos nossos filhos,pois somos os mais velhos na religião....somos o exemplo querendo ou não.

Vamos orientar os médiuns,orientar os consulentes,esclarecer dúvidas,trazer a luz do conhecimento e da verdade da Umbanda .Mas , não deixemos pra depois.....vamos pensar nisso já....Vamos cuidar mais e melhor de nossas crianças!!!!!!!

Saravá às Crianças da Umbanda!!!!!!!!!!

Abraço fraterno a todos!!!!

Paz e luz!!!!!!!

Mãe Aurélia

domingo, 16 de agosto de 2009

Os Fundamentos Divinos das Linhas de Umbanda Sagrada


A Umbanda, ainda que não evidencie isso à primeira vista, é uma religião muito rica em fundamentos divinos. E, se isso acontece, é porque é nova, não foi codificada totalmente e não tínhamos um indicador seguro que nos auxiliasse na decodificação dos seus mistérios.

Atualmente, um século após sua fundação por Zélio Fernandino de Moraes e o senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, espíritos mensageiros têm transmitido-nos algumas chaves mestras que têm aberto vastos campos para decodificarmos seus mistérios e iniciarmos sua verdadeira codificação, tornando-a tão bem fundamentada que talvez, no futuro, outras religiões recorram a estas chaves para interpretarem seus próprios mistérios. Se não, vejamos:
1º) Na Umbanda, as linhas de trabalhos espirituais, formadas por espíritos incorporadores, têm nomes simbólicos.
2º) Os guias incorporadores não se apresentam com outros nomes, e só se identificam por nomes simbólicos.
3º) Todos eles são magos consumados e têm na magia um poderoso recurso, ao qual recorrem para auxiliarem as pessoas que vão aos templos de Umbanda em busca de auxílio.
4º) Um médium umbandista recebe em seus trabalhos vários guias espirituais cujas manifestações ou incorporações são tão características que só por elas já sabemos a qual linha pertence o espírito incorporado.
5º) As linhas são muito bem definidas e os espíritos pertencentes a uma linha falam com o mesmo sotaque, dançam e gesticulam mais ou menos iguais e realizam trabalhos mágicos com elementos definidos como deles e mais ou menos da mesma forma.
6º) Cada linha está ligada a alguns orixás e podemos identificar nos seus nomes simbólicos a qual dos espíritos de uma mesma linha são ligados.
7º) Isto acontece tanto com as linhas da direita quando com as da esquerda, todas regidas pelos sagrados orixás.

Com isso, temos chaves importantes para avançarmos no estudo dos fundamentos da Umbanda Sagrada até chegarmos ao âmago do mistério dos seus nomes simbólicos. Mas para chegarmos ao âmago, antes temos que saber qual é o meio ou a diretriz que nos guiará nesta busca, já que temos linhas de Caboclos, Pretos-velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Exús, Pomba-giras, etc. E esta chave mestra se chama “Fatores de Deus”. Antes de falarmos sobre fatores ou sobre o que eles significam, precisamos abrir um pouco mais o leque de assuntos desse nosso comentário para fundamentarmos os mistérios da Umbanda Sagrada.

Voltemo-nos para a Bíblia Sagrada e nela vamos ler algo semelhante a isso:
- E no princípio havia o caos.
- E Deus ordenou que do caos nascesse a luz, e a luz se fez.
- E Deus ordenou tudo e tudo foi feito segundo suas determinações verbais e o “verbo divino”, realizados por sua excelência sagrada.
Identificou nas determinações dadas por Deus a essência de suas funções ordenadoras e criacionistas. Assim explicado, o “verbo divino” é uma função e cada função é uma ação realizadora.

Mas, se assim é, tem que haver um meio através do qual o verbo realizador faça sua função criadora. E esse meio não pode ser algo comum mas sim extraordinário, divino mesmo, já que é através dele que Deus realiza. E se cada verbo é uma função criadora em si mesmo, e muitos são os verbos, então esse meio usado por Deus tem que ter em si o que cada verbo precisa para se realizar enquanto função divina criadora de ações concretizadoras do seu significado excelso.

Nós sabemos que a alusão ao verbo divino na Bíblia Sagrada não teve até agora uma explicação satisfatória pelos estudiosos dela e pelos seus mais renomados intérpretes, relegando-o apenas às falas ou pronunciamentos de Deus. Mas isto também se deve ao fato de seus intérpretes não terem atinado com a chave mestra que abre o mistério do “verbo divino” mas que agora, de posse da Umbanda Sagrada, explica-nos tudo, desde o caos bíblico ao big-bang dos astrônomos e desde o surgimento da matéria até o estado primordial da criação tão buscado atualmente pela física quântica. Sim, o verbo divino e seu meio de realizar suas ações tanto está na concretização da matéria quanto no mundo rarefeito da física quântica. E está desde a reprodução celular quanto na geração dos corpos celestes.
- O verbo divino é a ação!
- E o meio que ele usa para realizar-se enquanto ação, denominamos de fatores de Deus.

Por fatores, entendam as menores coisas ou partículas criadas por Deus e elas são vivas e são o meio do verbo divino realizar-se enquanto ação, já que cada fator é uma ação realizadora em si mesmo e faz o que o verbo que o identifica significa.
- Assim, se o verbo acelerar, significa agilizar o movimento de algo, o fator acelerador é o meio usado por Deus para acelerar o movimento ou o deslocamento do que criou e deve evoluir. E o mesmo acontece, ainda que em sentido contrário, com o verbo desacelerar e com o seu fator identificador que é o fator desacelerado.
- Já o verbo movimentar, cujo significado é dar movimento a algo, tem como meio de realizar-se enquanto ação o fator movimentador. O mesmo acontece com verbo paralisar, cuja função é oposta e que tem como meio de se realizar como ação o fator paralisador.
- E o verbo abrir tem como meio de se realizar como ação o fator abridor. Já o verbo fechar, cuja função é oposta ao verbo abrir, tem como meio de se realizar como ação o fator fechador.
- E o verbo trancar, cujo significado é o de prender, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator trancador. E o verbo abrir, cujo significado é o de liberar, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator abridor.
- E o verbo direcionar, cujo significado é dar rumo a algo, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator direcionador. Já o verbo desviar, cujo significado é o de desviar do alvo, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator desviador.
- E o verbo gerar, cujo significado é fazer nascer algo, tem como meio de se realizar enquanto ação realizadora o fator gerador. E o verbo esterilizar, cuja função é oposta, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator esterilizador.
- E o verbo magnetizar, cujo significado e função é dar magnetismo a algo, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator magnetizador. Já o verbo desmagnetizar, cuja função e significado são opostos, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator desmagnetizador.
- E o verbo cortar, cujo significado e função é partir algo, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator cortador. Já o verbo unir, cujo significado e função é juntar algo, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator unidor.
Muitos são os verbos e cada um é em si a ação que significa e muitos são os meios existentes no que denominamos por fatores de Deus. Aqui, neste comentário, já citamos os verbos:
- Acelerar e Desacelerar; – Movimentar e Paralisar; – Abrir e Fechar; – Trancar e Abrir; – Direcionar e Desviar; – Gerar e Esterilizar; – Magnetizar e Desmagnetizar; – Cortar e Unir.
São poucos verbos se comparados aos muitos que existem, mas são suficientes para os nossos propósitos.
Tomemos como exemplo o verbo trancar e o fator trançador e vamos transporta-los para uma linha de trabalhos espirituais e mágicos de Umbanda, a dos Exus trancadores, onde temos estes nomes simbólicos: – Exu Tranca-ruas, ligados a Ogum.
- Exu Tranca-tudo, ligados a Oxalá.
- Exu Tranca-giras, ligados a Oyá.
- Exu Sete Trancas, ligados a Obaluayê.
- Exu Tranca Fogo, ligados a Xangô.
- Exu Tranca Rios, ligados a Oxum.
- Exu Tranca Raios, ligados a Yansã.
- Exu Tranca Matas, ligados a Oxossi.
Se o verbo trancar significa prender, e se o fator trancador é o meio pelo qual ele se realiza enquanto ação, então todo exu que tenha em seu nome simbólico a palavra tranca é um gerador desse fator e que, quando o irradia tranca algo, certo? E se tomarmos o verbo abrir e o fator abridor, temos uma linha de trabalhos espirituais e mágicos de Umbanda, a dos Exus abridores, onde temos estes nomes simbólicos:
- Exu abre tudo – ligado a Oxalá.
- Exu abre caminhos – ligado a Ogum.
- Exu abre portas – ligado a Obaluayê.
- Exu abre matas – ligado a Oxossi.
- Exu abre tempo – ligado a Oyá.
E se tomarmos o verbo romper, aqui não citado, e o fator através do qual sua ação se realiza, temos estas linhas de trabalhos espirituais e mágicos:
- Ogum rompe tudo – ligado a Oxalá.
- Ogum rompe matas – ligado a Oxossi.
- Ogum rompe nuvens – ligado a Yansã.
- Ogum rompe solo – ligado a Omulú.
- Ogum rompe águas – ligado a Yemanjá.
- Ogum rompe ferro – ligado a Ogum.
E temos linhas de Caboclos e de Exus com estes mesmos nomes:
- Caboclos e Exus rompe tudo.
- Caboclos e Exus rompe matas.
- Caboclos e Exus rompe nuvens.
- Caboclos e Exus rompe solo.
- Caboclos e Exus rompe águas.
- Caboclos e Exus rompe ferro.
Muitos são os verbos e cada um tem um meio ou fator através do qual se realiza enquanto ação. Por isto, afirmamos que a Umbanda é riquíssima em fundamentos e não precisa recorrer aos fundamentos de outras religiões para explicar suas práticas ou os nomes simbólicos dados aos Orixás, que são as divindades realizadoras do verbo divino ou as suas linhas de trabalhos espirituais e mágicos, que são manifestadores espirituais dos mistérios do verbo divino. Se atinarem bem para a riqueza contida no simbolismo da Umbanda Sagrada, poderão dispensar até as interpretações antigas herdadas do culto ancestral aos Orixás praticado em solo africano, porque Deus, ao criar uma religião, dota-a de seus próprios fundamentos divinos e espera que seus adeptos os descubram e os aplique a sua Doutrina e práticas, aperfeiçoando sua concepção do divino existente nos seus mistérios.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

ORIXÁS


ORIXA BRIGA PELA NOSSA COROA?
Olá a todos, mais uma vez estamos aqui prestando nossa contribuição para divulgarmos o lado sagrado da Umbanda que tanto amamos.
Hoje abordaremos um exclarecimento sobre algo que comumente escutamos em determinados terreiros por parte de seus dirigentes quando estão fazendo um atendimento com o consulente dizem: FILHO ORIXA TAL ESTA BRIGANDO COM ORIXA TAL PELA SUA COROA.
Será que isso é verdadeiro?
Quando estudamos a Teogonia de Umbanda aprendemos que Orixa que significa "senhores do alto ou ainda senhores da luz" são qualidades de Deus.
Nós temos Orixas que regem: A Fé, O Amor, O Conhecimento, A Justiça. A Lei, A Evolução e a Geração na vida dos seres, qualidades estas ligadas diretamente a Nosso Pai Olorum ( Deus)
Se entendemos que Deus é a perfeição suprema, como podemos admitir que tenha lógica que determinado Orixa esta brigando pela nossa coroa?
Isso nos mostra uma falha que não existe em Deus e que não pode ser aceitada de forma racional.
Irmãos e irmãs, muitos pela falta de informação "dizem a verdade que lhes cai bem" porém que somente sobrevive no meio humano, pois não tem um lado divino ou seja, não tem fundamento.
Quando estudamos os planos da vida, ou planos da criação verificamos a perfeição de Deus no que tange o momento exato que adentramos na vibração do planeta e a fatoração de nossos Pais e Mães Orixas.
Orixa é sagrado, é amor, é luz, não se pode hoje dentro da Umbanda acreditar que os mesmos brigariam pela coroa de um filho, mostrando assim uma falha gravissima na criação.
Alegarmos tal anatema é abrir uma comparação infeliz na perfeição divina.
Muitos sacerdotes mal informados e alimentados por fantasias, ainda pregam este absurdo o que mostra uma deficiência imensa em nossa religião criando mitos e dogmas desnecessários.
É preciso conduzir nossa religião com bom senso antes de qualquer prática!
Orixa tem fundamento, tem força e tem luz, pois são qualidades de Deus e não ficam por ai disputando esta ou aquela cabeça!
Conheça mais sua religão, estudando obras sérias, questionando seus guias e acima de tudo conhecendo o fundamento sagrado da Umbanda
Encerro por aqui nossa reflexão semanal deixando um pensamento do Paulo de Tarso:
"Tudo me é lícito, porém nem tudo me convém..."
Reflita e viva a Umbanda com alegria, amor e paz... Na luz dos Orixas!
Com meu abraço fraternal,
--
Pai Géro
CENTRO ESPIRITUALISTA DE UMBANDA - ESPERANÇA

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ARROBOBÔ OXUMARÊ !!!!!



Oxumarê, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no Candomblé não se mata cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.

A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se – é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical.

Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem.

Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo.

Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc.

Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris, sendo atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover. Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc.

Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.

Não podemos nos esquecer de que tanto na África, como especialmente no Brasil, a população negra, foi continuamente assediada pela colonização branca. Uma das formas mais utilizadas por jesuítas para convencer os negros, era a repressão física, mas para alguns, não bastava o medo de apanhar. Eles queriam a crença verdadeira e, para isso, tentaram explicar e codificar a religião do Orixás segundo pontos de vista cristãos, adaptando divindades, introduzindo a noção de que os Orixás, seriam santos como os da Igreja Católica. Essa busca objetiva do sincretismo sem dúvida foi esbarrar em Oxumarê e na cobra – e não há animal mais peçonhento, perigoso e pecador do que ela na mitologia católica.

Por isso, não seria difícil para um jesuíta que acreditasse sinceramente nos símbolos de sua visão teológica. Reconhecer na cobra mais um sinal da presença dos símbolos católicos na religião do Orixás e nele reconhecer uma figura que só poderia trazer o mal.

Na verdade, o que se pode abstrair de contradições como as que apresenta Oxumarê é que este é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.

Seu domínio se estende a todos os movimentos regulares que não podem parar, como a alternância entre o dia e a noite, o bom e o mal tempo (chuvas) e entre o bem e o mal (positivo e negativo).

Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em seu habitat característico, podendo realizar rápidas incertas.

Pierre Verger acrescenta que Oxumarê está associado ao misterioso, a tudo que implica o conceito de determinação além dos poderes dos homens, do destino, enfim: É o senhor de tudo o que é alongado. O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.



CARACTERÍSTICAS

COR
Verde e amarelo (cores do arco-íris, ou, amarelo rajado de preto)

FIO DE CONTAS
Verde e amarelo

ERVAS
Mesmas de Oxum

SÍMBOLO
Cobra e Arco-Íris.

PONTOS DA NATUREZA
Próximo da queda da cachoeira.

FLORES
Amarelas

PEDRAS
Ágata. (Topázio, esmeralda, diamante)

METAL
Latão (Ouro e Prata mesclados)

SAÚDE
pressão baixa, vertigens, problemas de nervos, problemas alérgicos e de pele

DIA DA SEMANA
Terça-feira

ELEMENTO
Água

CHAKRA
Laríngeo

SAUDAÇÃO
Arrobobô

BEBIDA
Água Mineral

ANIMAIS
Cobra

COMIDAS
Batata doce em formato de cobra, bertalha com ovos

NUMERO
14

DATA COMEMORATIVA
24 de agosto

SINCRETISMO
São Bartolomeu

INCOMPATIBILIDADES
sal, água salgada



ATRIBUIÇÕES

Oxumarê, é a renovação continua, mas em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. É a renovação do amor na vida dos seres. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou foi substituído pelo ciúme, então cessa a irradiação de Oxum e inicia-se a dele, que é diluidora tanto da paixão como do ciúme. Ele dilui a religiosidade já estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto.

LENDAS DE OXUMARÊ

COMO OXUMARÊ SE TORNOU RICO

Oxumarê era o babalaô da corte de um rei que, embora fosse rico e poderoso, não pagava bem seu sacerdote, que vivia na pobreza. certo dia, Oxumarê perguntou a ifá o que fazer para ter mais dinheiro; ifá disse que, se ele lhe fizesse uma oferenda, ele o tornaria muito rico. Oxumarê preparou tudo como devia mas, no meio do ritual, foi chamado ao palácio. não podendo interromper o ritual, ele não foi; então, o rei suspendeu seu pagamento. quando Oxumarê pensava que ia morrer de fome, a rainha do reino vizinho chamou-o para tratar seu filho doente e, como Oxumarê o salvou, a rainha pagou-o muito bem. com medo de perder o adivinho, o rei lhe deu ainda mais riquezas, e assim se cumpriu a promessa de ifá.



ORIXÁ DO ARCO-ÍRIS !!!

Certa vez, Xangô viu Oxumarê passar, com todas as cores de seu traje e todo o brilho de seu ouro. Xangô conhecia a fama de Oxumarê não deixar ninguém dele se aproximar. Preparou então uma armadilha para capturar Oxumarê. Mandou uma audiência em seu palácio e, quando Oxumarê entrou na sala do trono, os soldados chamaram para a presença de Xangô e fecharam todas as janelas e portas, aprisionando Oxumarê junto com Xangô. Oxumarê ficou desesperado e tentou fugir, mas todas as saídas estavam trancadas pelo lado de fora.

Xangô tentava tomar Oxumarê nos braços e Oxumarê escapava, correndo de um canto para outro. Não vendo como se livrar, Oxumarê pediu a Olorum e Olorum ouviu sua súplica. No momento em que Xangô imobilizava Oxumarê, Oxumarê foi transformado numa cobra, que Xangô largou com nojo e medo.

A cobra deslizou pelo chão em movimentos rápidos e sinuosos. Havia uma pequena fresta entre a porta e o chão da sala e foi por ali que escapou a cobra, foi por ali que escapou Oxumarê.

Assim livrou-se Oxumarê do assédio de Xangô. Quando Oxumarê e Xangô foram feitos Orixás, Oxumarê foi encarregado de levar água da Terra para o palácio de Xangô no Orum (céu), mas Xangô não pôde nunca aproximar-se de Oxumarê.

COMO OXUMARÊ SERVE À OXUM E XANGÔ

Quando xangô e Oxum quiseram se casar, perceberam que seria difícil viverem juntos, pois a casa de Oxum era no fundo do rio e xangô morava por cima das nuvens. então, resolveram arranjar um criado que facilitasse a comunicação entre os dois. falaram com Oxumarê, que aceitou servir de mensageiro entre eles. só que, durante a metade do ano em que é o arco- íris, Oxumarê levava as águas de Oxum para o céu; não chovia e a terra ficava seca. por isso, Oxumarê resolveu que, nos seis meses em que fosse cobra, deixaria o serviço. nesse período, xangô precisa descer até Oxum, e então acontecem os temporais da estação das chuvas.







Retirado da Apostila do curso de Umbanda da Sociedade Espiritualista Mata Virgem
Fontes de Pesquisas: Não informadas
Imagens Retiradas da internet


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